terça-feira, 7 de abril de 2020

Medo e coragem

População está assustada, o que induz gestores a radicalizar medidas


No combate à epidemia de Covid-19 tem predominado a estratégia de isolamento das pessoas em casa, numa espécie de quarentena radical e proibição geral de atividades, com raras exceções. Tudo para reduzir a chance de contágio com o novo vírus. O modelo tem inspiração nos pesquisadores liderados por Neil Ferguson, do Imperial College de Londres, que fazem previsões catastróficas de milhões de mortes caso o isolamento radical não se concretize. Ele chega a propor 18 meses de isolamento!
Mas há quem pense o contrário. A epidemiologista da Universidade de Oxford Sunetra Gupta alerta, por exemplo, que tais premissas ignoram a grande circulação prévia e imperceptível do vírus, que sempre antecede a descoberta de novas epidemias, e o fato de que isso leva grande parte da população a já ser portadora assintomática do vírus antes mesmo de nos darmos conta da disseminação, o que aumenta o risco de contágio dentro de casa, durante qualquer isolamento.
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O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania, em cerimônia em Brasília - Pedro Ladeira - 9.jul.19/Folhapress
É o aumento do contágio por assintomáticos (mais de 90% dos casos) que faz uma epidemia de um vírus sem medicação específica e sem vacina parar de progredir e terminar. A maior parte da população já imunizada reduz a progressão e acaba protegendo a parcela que ainda não foi contaminada. Isso ocorre em todas as epidemias/pandemias virais e produz um padrão em forma de uma curva, que sobe com o aumento rápido do número de casos, estabiliza quando a maioria da população já foi contaminada, e cai provocando o fim da epidemia.
É um processo inexorável, faça quarentena ou não faça. Foi assim na gripe espanhola, em 1919, na gripe asiática, em 1957, na gripe A (H1N1), em 2009, e na primeira curva do coronavírus na China. Ela dura em torno de 10 a 14 semanas. No Brasil, ao redor da terceira semana de abril deverá começar a queda do número de novos casos, terminando na primeira semana de junho. Façam ou não façam quarentena! Por isso, defendo priorizar e reforçar a proteção dos grupos de maior risco de contágio: idosos e doentes crônicos, como fazem os países com melhor resultado, como Coreia do Sul, Japão, Israel e Suécia. E complementar aplicando o maior uso de testes.
Nos países europeus que radicalizaram na quarentena, em vez de diminuir, o número de casos aumentou muitas vezes e não houve achatamento da curva epidêmica. Isso já é possível ver na aceleração de novos casos na quarentena do Brasil. Mas como a população está muito assustada, ela acredita que quanto maior o isolamento e a proibição, mais segura ela estará. Isso induz os gestores públicos a radicalizar medidas.
Quando coordenei o enfrentamento à devastadora pandemia de H1N1 no Rio Grande do Sul —o epicentro dela no Brasil—, segui protocolos científicos e não fechei escolas, comércio e indústrias porque não tive lá, como não há agora, evidências de que tais medidas reduzam o curso da epidemia. Resolvi correr o risco sanitário e político disso. A ciência prevaleceu com o controle rápido do surto, sem faltar atendimento à população.
Nesta epidemia, as consequências da quarentena radical serão arrasadoras. O isolamento e o bloqueio da atividade econômica estão precipitando uma quebradeira geral, o que será seguido por desemprego e perda de renda de gigantesca massa de trabalhadores. Não são as grandes empresas que me preocupam, mas as vítimas mais frágeis: os pequenos comerciantes e os autônomos. Um grande entendimento entre o governo federal e os estados pode pôr fim a uma situação difícil de sustentar.
Compartilho da mesma posição do presidente Jair Bolsonaro de que é possível superar a epidemia e reduzir as perdas humanas sem radicalizar com isolamentos que vão quebrar o país e jogar milhões de brasileiros na miséria. E admiro a coragem do presidente de se posicionar contra uma correnteza de pânico, se recusando a pegar carona no medo, pensando no futuro do nosso país.
No Brasil, mais de 90% da população não têm condições econômicas de seguir em isolamento por mais duas semanas. A maioria das pessoas já está passando até fome. Quantos terminarão esse isolamento sem seus empregos? Que isolamento é possível nas favelas? Ficar em casa de quarentena curtindo Netflix é privilégio de poucos.
Osmar Terra
Médico, deputado federal (MDB-RS) e ex-ministro da Cidadania



Folha de S. Paulo

Dólar cai, interrompe sequência de altas e vale R$ 5,29

Desvalorização da moeda norte-americana ante o real ocorre em meio à queda no número de mortes por coronavírus na Europa

Dólar interrompeu a série de seis altas consecutivas e caiu 0,64% nesta segunda-feira

O dólar interrompeu a série de seis altas consecutivas e caiu 0,64% nesta segunda-feira. Com a variação, a moeda norte-americana fechou o dia negociada a R$ 5,292 após renovar o recorde nominal na última sexta-feira, quando fechou o dia cotado a R$ 5,326.
A desvalorização do dólar ante o real ocorre em meio ao clima esperançoso nos mercados internacionais após queda no número de mortes por coronavírus na Europa.
O número de mortes pelo novo coronavírus na Espanha diminuiu pelo quarto dia consecutivo no domingo, enquanto a Itália registrou seu menor número diário de óbitos em mais de duas semanas.
Nos EUA, Nova York, epicentro da doença no país, informou pela primeira vez em uma semana que as mortes por vírus no Estado caíram em relação ao dia anterior.
A esperança de que a curva de contágio nas principais economias do mundo tenha atingido seu pico impulsionava ativos arriscados nos mercados internacionais, com rand sul-africano, peso mexicano e dólar australiano, pares do real, ganhando contra a divisa norte-americana.

R7 e Correio do Povo

Ar frio ingressa no Rio Grande do Sul e temperaturas caem nesta terça-feira

Máxima em Porto Alegre deve chegar a 23°C

Temperaturas ficam mais agradáveis nesta terça-feira

O sol predomina no Rio Grande do Sul nesta terça-feira, com amplos períodos de sol claro em diversas regiões. No entanto, a entrada de uma massa de ar seco e frio ingressa no Estado, baixando um pouco as temperaturas, com clima típico de outono.
De acordo com a MetSul Meteorologia, o começo do dia pode ter cobertura de nuvens, com nevoeiro ou neblina no Norte e Nordeste do Estado, como Serra, grande Porto Alegre e Litoral Norte. Faz frio cedo e à noite na maioria das cidades gaúchas, mas especialmente em locais de maior altitude.
Em Porto Alegre, sol aparece entre nuvens. Na Capital, mínima deverá ser de 14°C, e máxima não ultrapassa os 23°C.

Mínimas e máximas no RS

Capão da Canoa 16°C / 23°C
Caxias do Sul 10°C / 19°C
Santa Rosa 10°C / 24°C
Cruz Alta 11°C / 23°C
Chuí 10°C / 21°C
Santa Cruz 13°C / 23°

MetSul Meteorologia e Correio do Povo



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Mandetta confirma permanência no Ministério da Saúde

Ministro frisou que inimigo é o Covid-19, mas lembrou de críticas que atrapalham trabalho

Ministro reconheceu momentos de tensão e que chegou a

Após um dia tenso de especulações sobre sua saída, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, confirmou que seguirá à frente da pasta. "Vamos continuar, pois continuando a gente vai enfrentar o nosso inimigo, que tem nome e sobrenome: Covid-19", frisou.
Antes, Mandetta indicou que o ministério teve muitas dificuldades ao receber críticas sempre que anunciava uma medida para conter o coronavírus. "A crítica construtiva enobrece, gostamos. Temos dificuldade quando as críticas não vem para construir e, sim, dificultar o ambiente de trabalho. Eu não preciso traduzir, vocês sabem. Adotamos uma determinada linha e termos que voltar e fazer contrapontos" relatou.
O ministro reconheceu que a pressão acentuada nesta segunda-feira afetou o trabalho na pasta. "Hoje foi um dia em que o trabalho rendeu menos", admitiu, revelando a tensão causada pela possível demissão - a notícia de sua demissão ganhou os corredores de Brasília ao longo do dia. "Foi um dia emocionalmente muito duro para todos. Alguns colegas chegaram a limpar as gavetas, ajudaram até mesmo a limpar as minhas gavetas", revelou.
Mandetta frisou que as restrições estipuladas pelos governos dos estados deverão ser mantidas enquanto não houve segurança na estrutura de trabalho e estoque de medidas protetivas aos médicos.
O momento de crise no Ministério ocorreu enquanto o Brasil contabilizava 553 mortes causadas por Covid-19 e cerca de 12 mil casos. 

Correio do Povo


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