sexta-feira, 3 de abril de 2020
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Vendas de carros registram o pior mês de março em 14 anos
Pandemia do Coronavírus já afeta números do setor
Lojas fechadas e produção suspensa são realidade pelo coronavírus | Foto: Guilherme Almeida / CP Memória
Agência Estado e Correio do Povo
Lojas fechadas e produção suspensa são realidade pelo coronavírus | Foto: Guilherme Almeida / CP Memória
Afetadas pela pandemia do novo coronavírus, as concessionárias de veículos tiveram em março o menor volume de vendas para o mês desde 2006. Foram 163,5 mil unidades vendidas, em soma que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo balanço da Fenabrave, federação que reúne as revendedoras espalhadas pelo País. O número de março, se comparado a igual mês do ano passado, representa queda de 21,8%.
As vendas também caíram em relação a fevereiro - mês mais curto e que teve o feriado do carnaval - a uma taxa de 18,6%. O tombo no terceiro mês do ano fez o resultado acumulado do ano aprofundar a piora do mercado, com retração de 8,1% - no primeiro bimestre, a contração havia sido de 1%. No trimestre, as vendas somaram 558 mil unidades. Apesar de março ter tido o menor resultado desde 2006, o trimestre não regrediu tanto e voltou a níveis de 2018.
A pandemia do coronavírus, que chegou ao Brasil no fim de fevereiro, começou a afetar a venda de veículos na segunda quinzena do março, em especial na última semana. Na primeira quinzena de março, a média diária da venda de veículos leves era de 10,2 mil unidades. No fechamento do mês, o ritmo diário caiu para 7 mil unidades.
Varejo
As vendas nas lojas físicas do comércio da cidade de São Paulo despencaram na segunda quinzena de março por causa do isolamento social. Entre consultas a prazo e à vista, a retração na segunda quinzena de março foi de 53,4% em relação ao mesmo período de 2019, segundo Associação Comercial de São Paulo.
A maior queda foi nos negócios a prazo, de -61,7%, enquanto nos negócios à vista, o recuo foi de -45%. No mês fechado de março, que teve a primeira quinzena no azul, o saldo também foi negativo na comparação anual: -27% ante março de 2019.
Agência Estado e Correio do Povo
Indústria de óleo envasa álcool 70% em Santa Rosa
O material deverá ser utilizado por unidades de saúde e hospitais
Correio do Povo
A distribuição dos produtos começa nesta sexta-feira. | Foto: Felipe Dorneles / Especial / CP
Uma indústria de óleo de soja de Santa Rosa encerrou, nesta quinta-feira, o envasilhamento de 36 mil litros de álcool 70%. O produto a granel foi doado pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única) para o governo do Rio Grande do Sul e será distribuído para municípios de todo o Rio Grande do Sul. O material deverá ser utilizado por unidades de saúde e hospitais.
O caminhão chegou a Santa Rosa no último domingo e o envasilhamento começou nessa terça-feira. A partir de um pedido do Estado, a Camera Agroindustrial, além de ceder a estrutura para o trabalho, disponibilizou 40 mil garrafas, caixas de papelão para o armazenamento e uma equipe de colaboradores. A rotulagem foi feita por voluntários dos grupos de Rotary da cidade. O rótulo foi doado pelo Sicredi.
Roberto Kist, diretor da Camera, diz que esta é uma das formas encontradas pela empresa a fim de contribuir para minimizar os efeitos ocasionados pela pandemia. Nesta sexta-feira, começa a distribuição dos produtos. As Coordenadorias Regionais de Saúde farão a entrega aos municípios.
Correio do Povo
Anvisa autoriza laboratórios agropecuários a fazer testes do coronavírus
Força-tarefa será composta por Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo
Agência Estado e Correio do Povo
Testes deverão ser feitos também por laboratórios agropecuários | Foto: Mauro Schaefer
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quinta-feira, 2, Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs) a realizarem análises para o diagnóstico da covid-19. A rede de LFDAs é coordenada pelo Ministério da Agricultura, que informou que os laboratórios ainda aguardam a destinação de insumos, como reagentes, para iniciar os testes.
"A Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa valerá, em princípio, por seis meses, mas pode ser renovada enquanto reconhecida pelo Ministério da Saúde a emergência relacionada à pandemia do novo coronavírus. Também há previsão da utilização de laboratórios da Embrapa, o que deve ocorrer em uma segunda etapa", disse o Ministério em nota.
De acordo com as negociações já realizadas entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Agricultura, os laboratórios que irão compor a força-tarefa serão os LFDAs de Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Agência Estado e Correio do Povo
Maternidade da Santa Casa em Pelotas permanece fechada
Contratos de 14 obstetras e um pediatra encerraram no final de março
Correio do Povo
A Santa Casa informa que os pacientes ainda internados no setor seguem recebendo assistência
. | Foto: Angélica Silveira / Arquivo / Especial / CP
A Maternidade da Santa Casa de Pelotas continua fechada. Os 15 médicos que trabalhavam no setor não tiveram os contratos renovados. Conforme o diretor de interior do Sindicato Médico do RS (Simers), Fernando Uberti, o contrato se encerrou no último dia 31 e a administração do hospital não procurou os 14 obstetras e um pediatra para negociar uma renovação. “O contrato havia terminado em 31 de janeiro e foi feito um termo aditivo por mais dois meses. Como não tivemos proposta de renovação, encerramos o trabalho.
No ano passado, de forma sistemática, havia atraso salarial, muitas vezes de até quatro meses e eram pagos até dois meses após notificação do Sindicato, ou seja, as dívidas nunca foram quitadas com os médicos.” Ele conta que, com a situação, muitos profissionais se afastaram do plantão.
Em nota, a Santa Casa informa que os pacientes ainda internados no setor seguem recebendo assistência. A administração disse ainda que, por meio de consultoria do Hospital Sírio Libanês, vem aplicando diretrizes constantes em seu relatório final, que mostrou setores que dão prejuízo. Com isso, a instituição informa que tomou medidas de melhorias na gestão.
Segundo a nota, apesar do apoio da Secretaria Municipal de Saúde para manter o serviço, a Maternidade persiste em dar prejuízo, o que tem contribuído para que a defasagem do pagamento dos médicos tenha sido maior que a dos demais serviços. O hospital informa ainda que não pode priorizar um setor em detrimento dos demais porque, se assim o fizer, teria que fechar grande parte dos serviços, prejudicando toda a comunidade.
Correio do Povo
Presidente da Fifa diz não saber quando o futebol poderá ser retomado
Infantino falou sobre a crise global da saúde devido ao coronavírus que forçou a suspensão de torneios em quase todo o mundo
Pacaembu foi transformado em hospital temporário em São Paulo | Foto: Nelson Almeida / AFP / CP
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, admitiu nesta quinta-feira que ninguém pode determinar hoje quando o futebol poderá ser retomado devido à pandemia de coronavírus. "Todos nós gostaríamos de ter futebol amanhã, mas infelizmente isso não é possível e ninguém no mundo de hoje sabe quando poderemos jogar como antes", disse o chefe da Fifa.
Em uma teleconferência durante o 72° Congresso da Conmebol, Infantino falou sobre a crise global da saúde devido ao coronavírus que forçou a suspensão de torneios de futebol em quase todo o mundo. "Se o futebol pode dar uma lição de vida, é essa. Na Fifa, colocamos a saúde em primeiro lugar", enfatizou o dirigente, que alertou que a situação "vai nos afetar".
"Nosso mundo e nosso esporte serão diferentes quando voltarmos ao normal. Temos que garantir que o futebol sobreviva e que possa prosperar mais uma vez", observou ele.
Em sua mensagem, Infantino disse que estes "são tempos de respeito por quem sofre e por quem ajuda. Pela primeira vez, o futebol não é a coisa mais importante. A saúde vem primeiro e deve continuar sendo até que esta doença seja derrotada", observou ele durante uma teleconferência no Congresso da Conmebol, que foi realizada em sua sede em Assunção.
AFP e Correio do PovoEntenda por que a vacina contra Covid-19 ainda não foi produzida
Pesquisador do Instituto Butantan explica etapas para produção de vacinas e qual a previsão para a população ser imunizada contra o novo vírus
R7 e Correio do Povo
Para se chegar a uma vacina contra o novo coronavírus, é preciso entender a imunologia relacionada à infecção por coronavírus | Foto: Douglas Magno / AFP / CP
Enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmava mais de meio milhão de infectados e 20 mil mortos pelo novo coronavírus, as previsões mais otimistas para a conclusão da fabricação das vacinas indicavam apenas para meados de 2021.
Por que, num cenário de pandemia e preocupação generalizada, sua distribuição pode demorar mais de um ano? E quais são as etapas do processo de criação de uma vacina? Para Renato Mancini Astray, pesquisador científico de vacinas virais do Instituto Butantan, em São Paulo, o prazo dado foi razoável.
“São necessários alguns anos [para se concluir a fabricação de uma vacina]. Normalmente, mais de cinco”, diz Astray. O cientista explica que é possível separar estas etapas em três processos principais: descoberta, desenvolvimento e testes clínicos.
Entenda as etapas de fabricação da vacina
Na descoberta, segundo o cientista, são testados diversos antígenos (substâncias para produção de anticorpos), parte que confere a imunidade ao agente viral. Nessa etapa, se inclui a forma como esse antígeno poderá ser produzido, como ele poderá ser formulado e qual a sua quantidade ideal. O teste mais determinante desta fase, como explica Astray, “é a prova de conceito, na qual se demonstra que animais de laboratório uma vez imunizados com a preparação tornam-se imunes ao patógeno (causador da doença) relacionado”.
A fase de desenvolvimento se dá quando o protótipo vacinal é estudado com a intenção de se criar um produto a partir dele. São abordados, durante a etapa, aspectos como a produtividade, pureza final e estabilidade da vacina em diferentes condições. O passo importante desta fase é o TPP (Target Product Profile, em inglês), que indica e descreve qual será o público alvo do produto, suas características desejáveis e sua estratégia de administração, entre outras coisas.
Ao chegar à fase de testes clínicos o protótipo já tem características próprias de um potencial produto. Ela se divide em três etapas finais: demonstrar ausência de toxicidade; mostra imunogenicidade (potencial de uma medicação em provocar estas respostas imunes); demonstrar eficiência.
Segundo o cientista, são muitos os cuidados ao longo destes processos, “desde o cuidado escolher uma forma viável de produzir a vacina para os testes, significando uma preparação segura e economicamente viável, até cuidados com a toxicidade e efetividade da preparação”.
Quais burocracias fabricadores devem cumprir
Existem, ainda, alguns trâmites burocráticos ao longo do processo de criação, fabricação e distribuição de uma vacina. Renato Astray explica que há uma legislação específica e revisada com frequência pela Anvisa, além da necessidade de se produzir a vacina em condições de Boas Práticas de Fabricação (Inmetro), o que, de acordo com ele, “exige investimentos altos para a construção de uma fábrica de vacinas”.
A Anvisa afirma que sua regra para a fabricação de vacinas é “basicamente a mesma dos países que são referência em medicamentos e vacina no mundo”. Após os produtos estarem prontos, a agência faz a análise dos dados da vacina para validar suas informações de segurança e eficácia.
Em nota, a Anvisa assegurou que os produtos e insumos voltados para o combate à Covid-19 tem recebido prioridade total de análise pela agência.
Busca pela vacina contra a Covid-19
Para se chegar a uma vacina contra o novo coronavírus, explica Astray, é preciso entender a imunologia relacionada à infecção por coronavírus. Em um primeiro momento, segundo ele, os estudos se baseiam no que se sabe sobre outras versões do coronavírus que causaram epidemias, como o SARS e o MERS.
Em seguida, deve ser feita uma preparação precisa para mostrar a eficiência em testes em animais, seguindo para os testes em humanos. Por fim, conclui, “a construção de estrutura produtiva e aprovação por agências reguladoras”.
Na busca pela vacina contra a Covid-19, institutos e indústrias de diversos países aceleraram suas pesquisas e encurtaram os prazos para a fabricação de uma vacina para entre 12 a 18 meses.
Entretanto, uma nova previsão animou aqueles que esperam pela chegada mais breve das vacinas: na última segunda-feira, a Johnson & Johnson anunciou que cofinanciará, ao lado da Barda (Biomedical Advanced Research and Development Authority), agência dos Estados Unidos, uma vacina que poderá estar pronta ao início de 2021.
Também nos EUA, o KPWHRI (Kaiser Permanente Washington Health Research Institute) foi a primeira organização a realizar pesquisas por uma vacina contra o vírus. Os trabalhos em Seattle são financiados pelo NIH (National Institutes of Health). Na Alemanha, o laboratório Pfizer e a startup BioNTech trabalham juntos em busca do antídoto.
A China provavelmente terá mais de uma pesquisa por vacinas contra a Covid-19. Anunciada pelo governo chinês, a Academia Militar de Pesquisa Médica, ligada à Academia Militar de Ciências, lidera um dos estudos, e, a partir de abril, outras instituições iniciarão trabalhos em busca de uma vacina.
No Brasil, pesquisadores do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) lideram uma pesquisa por vacinas feitas por meio de partículas artificiais parecidas com o novo coronavírus. Ainda não há, porém, previsão para a conclusão dos trabalhos. Entretanto, os cientistas esperam que a vacina já seja testada em animais nos próximos meses.
R7 e Correio do Povo
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