quinta-feira, 2 de abril de 2020

Cientistas chineses anunciam descoberta contra Covid-19

Profissionais da ciência isolaram anticorpos que consideram eficientes contra o vírus

Entre os cerca de 20 anticorpos testados, quatro conseguiram bloquear a entrada viral, e desses dois foram
Entre os cerca de 20 anticorpos testados, quatro conseguiram bloquear a entrada viral, e desses dois foram "imensamente bons" para fazê-lo, disse Zhang 
Um grupo de cientistas chineses isolou vários anticorpos que considera "extremamente eficientes" para impedir a capacidade do novo coronavírus de entrar nas células, o que pode ser útil tanto para tratar quanto para prevenir a Covid-19.
Atualmente, não existe tratamento comprovadamente eficaz para a doença, que surgiu na China e está se proliferando pelo mundo na forma de uma pandemia que já infectou mais de 850 mil pessoas e matou 42 mil.
Zhang Linqi, da Universidade Tsinghua, de Pequim, disse que um remédio feito com anticorpos como os que sua equipe descobriu poderia ser usado de forma mais eficaz do que as abordagens atuais, incluindo o que ele chamou de tratamentos "limítrofes", como o plasma. O plasma contém anticorpos, mas é limitado pelo tipo de sangue.
No início de janeiro, a equipe de Zhang e um grupo do 3º Hospital Popular de Shenzhen começaram a analisar anticorpos do sangue colhido de pacientes recuperados da Covid-19, isolando 206 anticorpos monoclonais que mostraram o que ele descreveu como uma capacidade "forte" de se ligar às proteínas do vírus.
Depois eles realizaram outro teste para ver se conseguiam de fato impedir que o vírus entrasse nas células, disse ele em entrevista à Reuters.
Entre os cerca de 20 anticorpos testados, quatro conseguiram bloquear a entrada viral, e desses dois foram "imensamente bons" para fazê-lo, disse Zhang.
Agora a equipe se dedica a identificar os anticorpos mais poderosos e possivelmente combiná-los para mitigar o risco de o novo coronavírus sofrer uma mutação.
Se tudo der certo, desenvolvedores interessados poderiam produzi-los em massa para testes, primeiro em animais e futuramente em humanos.
O grupo fez uma parceria com uma empresa de biotecnologia sino-norte-americana, a Brii Biosciences, na tentativa de "apresentar diversos candidatos para uma intervenção profilática e terapêutica", de acordo com um comunicado da Brii.
"A importância dos anticorpos foi provada no mundo da medicina há décadas", afirmou Zhang. "Eles podem ser usados para o tratamento de câncer, doenças autoimunes e doenças infecciosas".
Os anticorpos não são uma vacina, mas existe a possibilidade de aplicá-los em pessoas do grupo de risco, com o objetivo de impedir que contraiam a Covid-19.
Normalmente não transcorrem menos de dois anos para um remédio sequer obter aprovação para uso em pacientes, mas a pandemia de Covid-19 acelera os processos, disse ele, e etapas que antes seriam realizadas sequencialmente agora estão sendo feitas em paralelo.

Agência Brasil e Correio do Povo

Ministério da Agricultura busca formas de ampliar escoamento da produção de leite

Com cadeia de produção pulverizada, ministra Tereza Cristina explicou que há mais de 1 milhão de pequenos produtores no país

"Os produtores estão muito ansiosos”, disse Cristina 
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o governo tem procurado alternativas para facilitar o escoamento da produção de leite do País. Como esse setor é extremamente pulverizado, acaba sendo prejudicado por causa das dificuldades logísticas, decorrentes das paralisações causadas pela pandemia do novo coronavírus. 
“Temos preocupação com o pessoal do leite. Temos mais de um milhão de pequenos produtores. Os produtores estão muito ansiosos”, disse Cristina, durante divulgação de boletim da situação da pandemia no País, em cerimônia no Palácio do Planalto. 
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Tereza Cristina disse que tem atuado com o Ministério da Infraestrutura para garantir que não haja paralisações do transporte feito por caminhões, que tem sofrido as consequências de fechamentos de restaurantes, hotéis, borracharias e mecânicas, toda rede instalada ao longo das estradas nacionais. 
Os caminhoneiros não falam em greve ou paralisação, mas sentem a falta de infraestrutura e de apoio para continuarem a prestar serviços. O aumento de demanda do leite nas prateleiras dos supermercados, com muitas pessoas fazendo estoque do produto, também dificultam a manutenção da oferta.

Agência Estado e Correio do Povo

Globo manda às favas a ética jornalística e parte para o ataque a Bolsonaro disposta a derrubá-lo

Por: José Aparecido Ribeiro – Jornalista / Licenciado em Filosofia – BH-MG
Globo manda às favas a ética jornalística e parte para o ataque a Bolsonaro, esquecendo-se da sua responsabilidade social, de que não é dona da verdade e nem da concessão que usufrui.
A Rede Globo de televisão deixou a ética jornalística de lado e parte para o ativismo político determinada a derrubar o Presidente Jair Bolsonaro. Colocou todo o seu arsenal tecnológico e humano a serviço de um massacre jamais visto na história de qualquer pais civilizado do ocidente. Tem a seu favor o Coronavírus e um confinamento obrigatório de uma população desprotegida intelectualmente, com baixos níveis educacionais, incapaz de fazer juízo crítico do que consome na frente da TV.
A guerra a Bolsonaro já não é mais velada, tornou-se escancarada e desproporcional, levando a uma inversão de papéis que atenta contra a democracia brasileira. A Globo não é dona dos destinos do país e nem da verdade, precisa de limites, URGENTE. Na condição de jornalista não posso me furtar a manifestar repúdio a colegas que se prestam a fazer o jogo sujo da emissora em um momento de aflição e vulnerabilidade do povo e do próprio governo. Os profissionais que produzem o conteúdo da emissora perderam a noção de ética e razoabilidade, se acham donos da verdade absoluta, ficaram cegos e alienados.
Notícias manipuladas, tiradas do contextos com montagens
As noticias manipuladas e contextualizadas de acordo com os interesses da direção da Globo passam pelas mãos de jornalistas sujeitos à códigos subliminares, a um juramento que precisa ser lembrado e honrado. Por ordem de superiores não deviam tripudiar de um presidente eleito democraticamente seja ele quem for. Não tenho procuração para defender Bolsonaro, acho que ele também precisa de limites, precisa ouvir os profissionais que ele confia, especialmente os da comunicação, porém o que estão fazendo é um desrespeito não só a ele, mas ao povo brasileiro.
A população vem sendo submetida a uma lavagem cerebral em um momento que a televisão desempenha papel estratégico de informação e de segurança nacional. Por acidente, acompanhei o Jornal Nacional desta quarta feira (25) e o que assisti me chocou, como a milhões de brasileiros. Um espetáculo de sordidez inaceitável contra a imagem de um chefe de estado, sem direito ao contraditório.
Recurso áudio-visuais servindo para descontextualizar a fala do presidente, caso de polícia
Do inicio ao fim por uma hora e meia Bolsonaro foi alvo de ilações, acusações, montagens e manipulação de informações que receberam recursos áudio visuais distorcendo a verdade para massacrar o presidente sem que ele pudesse se defender. Devo lembrar que a emissora entra na casa de 92% da população e que esta briga começou antes mesmo da posse, motivada pelos cortes em verbas publicitárias portentosas que a Globo sempre usufruiu em governos anteriores, com pouco ou nenhum esforço, como se fosse um direito e não uma concessão com regras.
Porém, o resultado desse desentendimento ganha outros contornos na medida em que a veracidade do jornalismo na maior emissora do pais é corrompida. A Globo tem concessão pública e o dever de falar a verdade, sem manipulação ou artifícios no seu conteúdo jornalístico com propósitos descabidos. Se a Globo deixou de produzir noticias e passou a agir como um partido político, sua concessão precisa ser cassada imediatamente.
Jornalismo sem ética, a serviço dos interesses da emissora
No rastro da canalhice produzida por profissionais do jornalismo, governadores mal intencionados como João Dória e Witzel estão se aproveitando, da mesma forma que políticos que nunca fizeram nada pelo país, como o garoto mimado David Alcolumbre e Rodrigo Maia, vulgo “bota-fogo”, ambos sinônimos de oportunismo. A classe jornalística não pode se submeter a este papel.
As manifestações de Bolsonaro não são libelos, estão recheadas de oportunidades para seus adversários, mas não podem ser distorcidas ao bel prazer dos inimigos políticos e nem de editores interessados em chantagear o presidente e seus ministros. Com efeito, Bolsonaro tem defeitos, é humano, mas não se curva a chantagens de empresários da comunicação acostumados a usar e abusar do dinheiro público.
Bolsonaro não está propondo o fim do confinamento, mas um retorno gradual ao trabalho afim de evitar uma tragédia maior
A ciência já mostrou que o vírus representa maior risco para pessoas com morbidades e idosos, mostrou tambem que COVID 19 não é ameaça para população economicamente ativa, e que se os cuidados de higiene forem tomados, a população não precisa deixar de trabalhar, pode retornar lentamente aos seus postos evitando uma catástrofe ainda maior.
Para a Globo não é a saúde do povo brasileiro que importa, e sim a destruição do chefe da nação e dos sonhos de quem acredita nele apesar dos seus defeitos. Chega de CANALHICE, o Brasil é maior do que os interesses de uma emissora de televisão, tá na hora de um basta nessa perseguição covarde. Se você chegou até aqui e concorda com este artigo, replique para a sua lista e vamos reagir a esse espetáculo de INSENSATEZ da maior emissora do país.
jaribeirobh@gmail.com – 31-99953-7945 WhastApp


Blog do Zé Aparecido

Irã pagará "alto preço" se atacar tropas dos EUA no Iraque, adverte Trump

Estados Unidos e Irã estão em uma tensa batalha por influência no Iraque

Há várias semanas, centenas de soldados estrangeiros têm deixado o Iraque por medo de serem infectados com o novo coronavírus
Há várias semanas, centenas de soldados estrangeiros têm deixado o Iraque por medo de serem infectados com o novo coronavírus 
O presidente dos EUA, Donald Trump, alertou o Irã e seus aliados nesta quarta-feira que pagarão um "preço muito alto" se atacarem as tropas dos EUA estacionadas no Iraque. 
"De acordo com as informações e o que se acredita, o Irã ou seus aliados estão planejando um ataque furtivo contra tropas e/ou ativos dos EUA no Iraque. Se isso acontecer, o Irã pagará um preço muito alto, na verdade", tuitou o presidente, sem especificar se se baseou em relatórios de inteligência.
Os Estados Unidos e Irã estão em uma tensa batalha por influência no Iraque, onde Teerã tem poderosos aliados e Washington mantém laços estreitos com o governo. Cerca de 7.500 soldados estrangeiros são enviados ao Iraque como parte da coalizão liderada pelos Estados Unidos, que ajuda as tropas locais a combater grupos jihadistas, mas o número está diminuindo significativamente este mês. 
Há várias semanas, centenas de soldados estrangeiros têm deixado o Iraque por medo de serem infectados com o novo coronavírus e de ajudar as agências policiais em seus respectivos países. As bases iraquianas com tropas internacionais e embaixadas estrangeiras, particularmente a missão dos EUA, foram alvo de mais de duas dúzias de ataques com foguetes desde o final de outubro. 
Os ataques, atribuídos pelos Estados Unidos a um grupo armado apoiado pelo Irã, levantaram temores de uma guerra em solo iraquiano.

AFP e Correio do Povo

Ritmo de internações por problemas respiratórios cai no país, diz Fiocruz

Número de hospitalizados subiu de 5.624 para 5.992, com aumento de 7% na última semana

Casos tinham ido de 965 para 5.624 nas semanas anteriores
Casos tinham ido de 965 para 5.624 nas semanas anteriores 

A curva de internações por SRAG (síndrome respiratória aguda grave), projetada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), perdeu ritmo na semana entre os dias 22 e 29 (a última disponível), depois de dois aumentos consecutivos e vertiginosos. Os dados estão disponíveis no sistema eletrônico InfoGripe da fundação.
O último cálculo aponta que o crescimento dos casos foi de 7% entre a última e a penúltima semana de março — o número de casos saltou de 5.624 para 5.992. Embora tenha crescido em números absolutos, é possível observar uma diminuição no ritmo de ocorrências.
Nas duas semanas imediatamente anteriores, o número de casos de doenças respiratórias dobrou. Na 10ª semana, no início de março, houve 965 casos registrados, contra 2.534 ocorrências na semana na 11ª — aumento de 162%.
Já entre a 11ª semana e a 12ª, os casos saltaram de 2.534 para 5.624 — um acréscimo de 122% na quantidade de doentes atendidos em hospitais com problemas respiratórios graves.
A queda no ritmo de ocorrências aconteceu, coincidentemente, ao mesmo tempo em que foram implantadas medidas de isolamento social no combate à covid-19 propostas pelo Ministério da Saúde. O governo estuda novas ações para os meses de abril, maio e junho. 
Entretanto, isso não significa que todos os casos de internação estejam relacionados ao novo coronavírus. SRAG é uma definição que considera também doenças causadas por outros vírus, como a influenza e outros tipos de coronavírus conhecidos pela comunidade científica. 
O sistema InfoGripe, que monitora o comportamento da doença no país, foi criado após a pandemia de influenza H1N1, em 2009. 

R7 e Correio do Povo

CBF antecipa taxas para ajudar árbitros durante período de quarentena

Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) vai receber dinheiro e repassar auxílio para juízes que só recebem quando trabalham

Árbitros receberão ajuda de custo da CBF enquanto futebol estiver parado
Árbitros receberão ajuda de custo da CBF enquanto futebol estiver parado 

A CBF começa nesta quarta-feira um repasse à Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) para ajudar os juízes brasileiros durante esse período de paralisação do futebol pela pandemia do novo coronavírus. 
O recurso vem após pedido da própria Anaf, que entendeu ser necessário distribuir um auxílio financeiro para quem depende do dinheiro recebido pelo trabalho nas partidas.
O anúncio de repasse foi feito pelo presidente da Anaf, Salmo Valentim. A CBF vai pagar R$ 6 mil para quem é árbitro do quadro da Fifa, R$ 3 mil para a categoria AB e mais R$ 1,5 mil para quem for das categorias C e D. O valor total de todo o repasse é avaliado em cerca de R$ 900 mil. 
O montante é um adiantamento de taxas de arbitragem. Quando o calendário for retomado, a quantia repassada será descontada. "O mundo vive um momento de incertezas por conta da proliferação do coronavírus.
No futebol, com as competições suspensas, muitos árbitros foram afetados economicamente. Por isso, o presidente da CBF (Rogério Caboclo) não só entendeu a situação, como aceitou o nosso pleito", anunciou Valentim no Twitter. Fora a CBF, o presidente da Anaf disse que vai recorrer também a outros setores para conseguir aumentar o auxílio aos árbitros. Valentim contou que encaminhou ofício aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para que os árbitros possam ser contemplados em programas do governo federal voltados para profissionais que não trabalham com carteira assinada.

Agência Estado e Correio do Povo

A verdadeira face do governador Dória


Cerca de 5,8 mil brasileiros continuam retidos no exterior

Chanceler diz que prioridade do Itamaraty é repatriar essas pessoas

Segundo Araújo, nas últimas semanas, já retornaram ao país cerca de 10 mil pessoas
Segundo Araújo, nas últimas semanas, já retornaram ao país cerca de 10 mil pessoas
 
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) está atuando para repatriar cerca de 5,8 mil brasileiros que seguem retidos no exterior em meio ao fechamento de fronteiras adotado por dezenas de países, por causa da pandemia do novo coronavírus. A informação é do chanceler Ernesto Araújo, que participou de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, para atualizar as ações do governo federal na crise. Segundo ele, nas últimas semanas, já retornaram ao país cerca de 10 mil pessoas.
"Nós identificamos quase 16 mil brasileiros no exterior nessas dificuldades. Desses, já conseguimos ajudar na repatriação de cerca de 10 mil e calculamos hoje que ainda há 5,8 mil brasileiros com dificuldades de retornar ao Brasil. Estamos dedicados para que todos eles possam voltar em segurança para o Brasil", afirmou.
A maior parte dos resgates foi feita em voos comerciais, principalmente de companhias aéreas nacionais, mas, com o cancelamento de voos e de rotas comerciais, além do fechamento do espaço aéreo de diversos países, o Itamaraty tem contratado voos charter (fretados) para repatriar brasileiros no exterior. Nesta terça-feira, por exemplo, desembarcaram no país cerca de 150 brasileiros, vindos do Equador, incluindo integrantes da equipe brasileira paralímpica de natação. Nesta quarta-feira, está prevista chegada de um outro voo fretado, oriundo do Peru, com mais 160 brasileiros.
O país que ainda concentra um grande contingente de brasileiros retidos, de acordo com Ernesto Araújo, é Portugal, de onde já foram resgatadas 6 mil pessoas. "Calculamos que ainda há hoje um pouco mais 1,5 mil em situação difícil. Ainda há voos comerciais programados nesses próximos três dias que devem trazer praticamente todos esses brasileiros e, se não conseguirem trazer todos, nós providenciaremos que os demais possam regressar", informou.
Segundo o ministro, citando alguns exemplos, há cerca de 50 brasileiros retidos na Colômbia e um grupo de 300 pessoas que está sendo repatriado da África do Sul. Nova Zelândia e Austrália também concentram centenas de brasileiros que ainda não conseguiram voltar ao país. Em todos estes casos, o Itamaraty também deve recorrer a voos charter para fazer a repatriação.
Ernesto Araújo disse ainda que os consultados e embaixadas do país no exterior estão mobilizados para atender e trabalhando no mapeamento dos brasileiros retidos e que precisam voltar, e pediu para que as pessoas entrem em contato com o serviço diplomático, pelos canais oficiais, para as providências de regresso ao Brasil.

Agência Brasil e Correio do Povo

Federasul e Famurs divergem sobre novo decreto que restringe atuação do comércio no RS

Segundo restrições, que valem até 15 de abril, apenas serviços essenciais podem operar

Novo decreto foi anunciado pelo governador Eduardo Leite
Novo decreto foi anunciado pelo governador Eduardo Leite 
O novo decreto anunciado pelo governador Eduardo Leite, restringindo o funcionamento do comércio, até 15 de abril, em todo o Rio Grande do Sul, a fim de atenuar o contágio pelo coronavírus, provocou reações distintas entre prefeitos e empresários, nesta quarta-feira.
Desde essa manhã, apenas segmentos considerados essenciais seguem autorizados a operar, como unidades de saúde, supermercados, farmácias, indústrias, construção civil e determinados fornecedores, por exemplo.
Se por um lado, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) classificou a decisão como “equivocada”, a Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) externou “felicidade” com o regramento, que evita flexibilizações, dependendo da cidade.
Desde a semana passada, a Famurs exigia uma medida mais enérgica, com validade em todo o território gaúcho. Até então, o governador mantinha a opção de deixar a cargo dos prefeitos a definição sobre quais serviços essenciais manter em funcionamento.
O novo decreto, embasado em estudos científicos e sanitários, reforça a importância do isolamento social como ferramenta para evitar a propagação da doença.
“Estamos felizes com o resultado adotado pelo governador e esperamos que o decreto reflita na área da saúde para que possamos salvar vidas. É claro que o governador deve sofrer pressão do setor produtivo, mas entendo que ele tomou esse posicionamento ouvindo a sua equipe de saúde, que está acompanhando a pandemia com base em dados técnicos e científicos”, destacou o presidente da Farmus, Dudu Freire, que governa Palmeira das Missões.
Em contrapartida, o vice-presidente da Federasul, Anderson Cardoso, criticou o decreto uniforme, dizendo se tratar de uma decisão “equivocada”. “Se a iniciativa privada parar, amanhã, o poder público vai ter dificuldades para pagar o salário do funcionalismo público. Não existem apenas duas posições, ‘de abre ou fecha tudo’. Onde está o meio termo?”, questionou.
Em meio ao impasse, Cardoso adiantou que argumentos médicos poderão ser apresentados ao Palácio Piratini para indicar que outros estabelecimentos também podem operar, sem o risco de propagação do contágio. O vice-presidente da entidade estima, ainda, que caso a situação não se reverta, prefeitos possam procurar o Judiciário a fim de flexibilizar o funcionamento comercial nas cidades.
Os representantes da Famurs e da Federasul falaram para o Esfera Pública desta quarta-feira. Em um ponto, Freire e Cardoso convergem. Para ambos, há inércia do governo federal em auxiliar estados e municípios em meio à crise.

Rádio Guaíba e Correio do Povo

Conmebol deve retardar volta da Libertadores

Entidade projetava reiniciar o torneio em 5 de maio, mas data deve ser abandonada

Data prevista para retorno da Libertadores deve ser abandonada
Data prevista para retorno da Libertadores deve ser abandonada 
No momento que a Conmebol anunciou a paralisação da Libertadores até o dia 5 de maio, a entidade trabalhava com um cenário positivo quanto à pandemia de coronavírus na América do Sul. Ainda não há uma previsão em relação a uma nova data para o reinício da competição, mas a entidade vai estender esse prazo nos próximos dias. Todos os dez países sul-americanos apresentam crescimento no número de casos de coronavírus e, além disso, há movimentos que deixam claro que o futebol não retornará tão cedo. No Brasil, por exemplo, os principais clubes, incluindo a dupla Gre-Nal, concederam férias aos jogadores a partir de hoje. 
No momento, até mesmo as fronteiras entre os países estão fechadas na tentativa de conter o avanço da Covid-19. A Conmebol, inclusive, antecipou até 60% dos valores das cotas por participação na fase de grupos para amenizar a crise financeira dos clubes. Grêmio e Inter recebem 3 milhões de dólares pelos três jogos em seus respectivos estádios.
Além da Libertadores, todas as demais competições estão paralisadas. Mais do que os problemas econômicos, haverá um acúmulo de jogos quando as autoridades sanitárias liberarem os grandes eventos esportivos. “A ideia é a realização das competições no mesmo formato”, diz o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior. Segundo ele, uma reunião na terça-feira entre CBF e clubes vai discutir possíveis soluções para o calendário. 
“Se for preciso, podemos ir até janeiro de 2021”, diz o gremista. A maior dor de cabeça no momento diz respeito aos Estaduais. Muitas equipes do Interior não terão condições de manter seus plantéis. “A nossa posição é de concluir o Gauchão no campo, salvo situações intransponíveis de saúde relacionadas à pandemia”, comenta Bolzan.
No Inter, ambos os assuntos − a falta de futebol e a consequente queda drástica nas receitas dos clubes − preocupam muito. Na opinião dos colorados, é preciso encontrar uma solução que mantenha todas as competições no calendário, mesmo que seja preciso finalizá-las em 2021. “Todo mundo que faz futebol precisa se sentar e encontrar a melhor solução. É difícil, mas é preciso”, enfatiza o vice de futebol, Alessandro Barcellos. 
Inter e Grêmio defendem a manutenção das competições, principalmente, por um motivo: se elas não acabarem ou ficarem mais curtas, as cotas de TV, que significam pelo menos 30% das receitas dos clubes, não serão pagas em sua totalidade. 

Correio do Povo