Ministro pediu que solturas de presos "sejam ponderadas"
Ministro pediu que soltura de presos "sejam ponderadas" | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que não há qualquer evidência de um movimento de saques no país em meio pandemia de Covid-19. “Não vamos antecipar o caos que não vai acontecer”, pediu Moro à população durante coletiva de imprensa do governo federal, nesta terça-feira.
Durante a coletiva, o ministro apresentou as principais medidas que a pasta tem tomado no combate da propagação do novo coronavírus, em especial nas unidades prisionais do Brasil que hoje contam com 752 mil pessoas em penitenciárias somados a 15 mil indivíduos em delegacias. Obedecendo a orientação do ministério, 27 estados adotaram a suspensão total de visitas aos presídios e um deles mantém suspensão parcial. Em contrapartida, o governo estuda ampliar “regalias como o banho de sol” que, segundo Moro, podem trazer benefícios à saúde dos presos.
O Ministério da Defesa também anunciou a antecipação da vacina H1N1 e da gripe comum para agentes penitenciários e presos. Os dois grupos devem ser imunizados já na próxima etapa da campanha, junto aos caminhoneiros e portuários, como já havia anunciado o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, na segunda-feira.
Sergio Moro reforçou que não existe “motivo para temor infundado” em relação a população carcerária, já que não há registro nenhum de contágio dentro das prisões. O mesmo pedido de cautela se estendeu aos rumores de que a soltura de presos vai colocar em risco a segurança da população. Moro reforçou que a medida só está sendo aplicada em casos específicos de penas, mas pediu aos juízes e órgãos competentes que “solturas sejam ponderadas” durante pandemia de Covid-19.
Por fim, o ministro anunciou uma nova publicação de portaria em que autoriza a Força Nacional de Segurança Pública na atuação conjunta com a Saúde no auxílio de ações no combate ao Covid-19. Dentre as atividades elencadas por Moro estão escolta de medicamentos, a guarda de locais e ações sanitárias. Conforme o ministro, a Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal também estão à disposição do Ministério da Saúde.
Fronteira
Durante a entrevista coletiva, nesta terça-feira, o ministro Sergio Moro anunciou a prorrogação do fechamento da fronteira com a Venezuela devido a questões sanitárias. O novo prazo não foi divulgado por Moro. As fronteiras terrestres, aéreas e portuárias estão fechadas com a Venezuela desde 17 de março.
Correio do Povo