sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Juíza queria mandar Lula para colônia agrícola

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Juíza queria mandar Lula para colônia agrícola | Radar

É o que diz trecho da decisão que autorizou a permanência do ex-presidente na PF

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Hacker prometeu invalidar Lava Jato e libertar Lula com diálogos vazados

Foi isso o que foi oferecido à ex-­deputada Manuela d’Ávila, conforme conversas anexadas ao inquérito que apura o caso, às quais VEJA teve acesso

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MOMENTO ANTAGONISTA: O AI-5 DO DUDU - O Antagonista

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Casaco do Flamengo dado por Bolsonaro a Xi Jinping era de segunda mão | Radar

Diplomatas não conseguiram encontrar uma camisa do clube para comprar na China e recorreram a um rubro-negro que doou a peça do próprio armário

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‘Inimigo ainda é desconhecido, mas não por muito tempo’ | Radar

Em inglês, filme do governo sobre óleo no Nordeste diz que 'governo não vai descansar'

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PF: NAVIO GREGO BOUBOULINA É O RESPONSÁVEL PELO VAZAMENTO

O navio mercante Bouboulina, da empresa Delta Tankers LTD, é o responsável pelo vazamento do óleo que atinge o Nordeste, segundo a Polícia Federal.

A informação está na decisão do juiz federal Francisco Eduardo Guimarães Farias, da 14ª Vara Federal em Natal, à qual O Antagonista teve acesso.

O Bouboulina ficou retido durante quatro dias nos EUA, conforme comunicou a Marinha à Polícia Federal. Foram constatadas “incorreções de procedimentos operacionais no sistema de separação de água e óleo descarga no mar”.

O juiz determinou que fossem realizadas buscas em duas empresas do Rio de Janeiro ligadas à Delta Tankers. São elas a Lachmann Agência Marítima e a Witt O Brien’s.

Segundo o delegado Agostinho Cascardo, da PF, as empresas [alvos da operação de hoje] não são suspeitas de crime, mas podem contribuir com informações para a investigação.


O Antagonista

Ciro: Lula é responsável por “tragédia” brasileira e virou “enganador profissional”

Em entrevista ao Congresso em Foco, Ciro Gomes disse que não tem “nenhum apreço político” por Lula e afirmou que o petista é o grande responsável pela “tragédia econômica, social e política que o Brasil está vivendo”.

“Eu não me recuso a conversar com ninguém, mas não tenho nenhum apreço político pelo Lula, nenhum. Acho que ele é o grande responsável por essa tragédia econômica, social e política que o Brasil está vivendo, não tem grandeza, só pensa em si e virou um enganador profissional. Eu vi a última entrevista dele e fiquei chocado, disse que acertou com Eduardo Campos para sucedê-lo, mentira, mentira, ele vetou a candidatura de Eduardo Campos a governador [em 2006] e o Eduardo Campos chegou na minha sala chorando, trabalhávamos no mesmo prédio [Campos era ministro da Ciência e Tecnologia, e Ciro, da Integração Nacional]. Liguei para o Lula e fui diretamente lá exigir a retirada do veto. O Eduardo Campos foi candidato e eles fizeram o diabo para derrotar Eduardo Campos.”

Ele também comentou as declarações do presidiário condenado, que disse que gostaria de ser “a Fernanda Montenegro do Ciro”, em referência à personagem Dora, interpretada pela atriz no filme “Central do Brasil”. Lula comparou Ciro ao personagem do menino Josué (Vinícius de Oliveira).

“Ele não está nada bem porque não entendeu nada do filme ou ato falho, que mais Freud explica do que eu. O personagem da Fernanda Montenegro é uma velha picareta, desonesta, que rouba, recebe dinheiro do povo para escrever cartas , do povo analfabeto mais simples e joga as cartas fora e fica com o dinheiro do povo. Ela estava negociando o corpo do menino, que ia ser assassinado, para vender os órgãos do menino. Esse é o personagem que o Lula assumiu para si, e eu seria o menino. Ele não está nada bem.”


O Antagonista

Para Gleisi, ida de Moro a Curitiba é “provocação indecente”

O PT não gostou da ida de Sergio Moro à superintendência da PF em Curitiba, onde Lula está preso.

Como noticiamos, o ministro da Justiça lança hoje a primeira Delegacia de Investigação e Análise Financeira da PF.

“Essa visita é uma provocação indecente ao STF, que está para julgar os crimes que Moro cometeu contra Lula”, afirmou Gleisi Hoffmann, presidente do PT, registra a Folha.

“[A ida de Moro a Curitiba é uma] tentativa abjeta de desviar o foco dos casos Queiroz e Marielle. Ministro dos factoides no governo das fake news. (…) O modelo de combate à corrupção de Sergio Moro é conhecido: perdoou as penas dos verdadeiros corruptos em troca de delações contra seu adversário político.”


O Antagonista

Batedeira Planetária Philco Preta 500W - PHP500 Turbo 12 Velocidades 110V

Batedeira Planetária Philco Preta 500W - PHP500 Turbo 12 Velocidades

A batedeira Planetária PHP500 Turbo da Philco vai levar praticidade na hora de preparar suas receitas. Com potência de 500W você vai fazer coisas deliciosas na cozinha de maneira mais prática, fácil e rápida. Ela possui 11 velocidades mais a função turbo, tem a tampa antirrespingos e acabamento da face frontal em aço inox , que garantem a beleza e qualidade do produto. Ele ainda vem com três tipos de batedores para poder fazer receitas diferentes, aumentando o seu leque de possibilidades. Leve agora essa batedeira preta e deixe sua cozinha ainda mais completa e tenha o melhor da Philco na sua casa.


Link: https://www.magazinevoce.com.br/magazinelucioborges/p/batedeira-planetaria-philco-preta-500w-php500-turbo-12-velocidades/212949/

Defensoria Pública vai advogar para Adélio

Zanone Manuel de Oliveira Júnior deixou de advogar para Adélio Bispo de Oliveira, que agora será atendido pela Defensoria Pública da União.

A troca não interfere na investigação sobre quem pagou o advogado, pendente de liberação pela Justiça — a decisão caberá ao Supremo.


O Antagonista

Hacker: “Dá para soltar Lula hoje. Derrubar o MPF”

O hacker Vermelho prometeu a Manuela D’Ávila que as mensagens roubadas da Lava Jato poderiam soltar Lula e derrubar o MPF.

Em 12 de maio, segundo a Veja, Walter Delgatti Neto, usando o Telegram de Cid Gomes, que ele também havia invadido, enviou um recado para Manuela D’Ávila:

“Eu entrei no telegram de todos membros da força tarefa da lava jato. Peguei todos os arquivos. Dá para soltar Lula hoje. Derrubar o MPF.”


O Antagonista



Bolsonaro: reforma administrativa seria "menos traumática" do que a tributária

Jair Bolsonaro disse hoje que a reforma administrativa deveria ser prioridade do Congresso Nacional após... [ leia mais]

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Perguntado sobre Eduardo, Guedes diz que imprensa foca no "barulho"

Questionado nesta sexta-feira a respeito das declarações de Eduardo Bolsonaro sobre a possibilidade... [leia mais]

"Quem não reza a cartilha do Amoêdo, ele boicota", diz Salles

Um dia após ter a filiação suspensa, Ricardo Salles foi entrevistado pela Jovem Pan usando uma camisa do Novo... [leia mais]


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Em entrevista ao Congresso em Foco, Ciro Gomes disse que não tem "nenhum apreço político" por Lula e afirmou... [leia mais]

VÍDEO - "Fecha essa matraca", diz Bolsonaro a Frota, após deputado ter pedido prisão de Queiroz

O deputado federal Alexandre Frota divulgou no Twitter um vídeo em que, segundo o parlamentar, dias depois... [leia mais]

PF: NAVIO GREGO BOUBOULINA É O RESPONSÁVEL PELO VAZAMENTO

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Gilmar: "AI-5 é o símbolo maior da tortura institucionalizada"

Gilmar Mendes comentou a declaração de Eduardo Bolsonaro sobre um "novo AI-5"... [leia mais]

Hacker prometeu invalidar Lava Jato e libertar Lula com diálogos vazados

Foi isso o que foi oferecido à ex-­deputada Manuela d’Ávila, conforme conversas anexadas ao inquérito que apura o caso, às quais VEJA teve acesso

Por Thiago Bronzatto

PELA CAUSA - Delgatti: a PF quer saber se ele é apenas um criminoso diligente (./.)

Há cinco meses, a Polícia Federal tenta descobrir a motivação dos hackers que invadiram os celulares dos procuradores que atuavam na Lava-Jato, copiaram mensagens privadas e as entregaram ao site The Intercept Brasil, que divulgou o material em parceria com outros veículos de imprensa, incluindo VEJA. Segundo os criminosos, que já foram condenados no passado por estelionato e receptação, a incursão foi pautada exclusivamente pelo senso de justiça para atingir dois objetivos bem definidos: libertar o ex-­presidente Lula da prisão e anular os processos da maior operação de combate à corrupção de todos os tempos. Pelo menos foi isso o que eles ofereceram formalmente à ex-­deputada Manuela d’Ávila, conforme diálogos anexados ao inquérito que apura o caso, aos quais VEJA teve acesso. Parte da matéria-prima que seria utilizada para fulminar a Lava-Jato viria de conversas entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) interceptadas ilegalmente.

Candidata à Vice-­Presidência da República na chapa do PT que foi derrotada em 2018, Manuela serviu como intermediária entre os hackers e o jornalista Glenn Greenwald, diretor do Intercept Brasil. Em 12 de maio passado, às 12h14, de acordo com o que foi apurado até agora, ela recebeu uma mensagem de texto em seu Telegram: “Consegue confiar em mim?”. Após ver a foto e o número do celular do remetente, o senador Cid Gomes, Manuela não titubeou ao responder no mesmo instante: “Sim. 100%”. Cid Gomes é irmão de Ciro Gomes, ex-ministro do governo Lula e antigo aliado do presidente. O interlocutor continuou: “Olha, eu não sou o Cid. Eu entrei no telegram dele e no seu. Mas eu tenho uma coisa que muda o Brasil hoje. E preciso contar com você”. Naquele momento, segundo disse à polícia, Manuela estava num almoço de família, comemorando o Dia das Mães, e estranhou a abordagem. Suspeitou que poderia ser uma brincadeira ou um trote e permaneceu em silêncio, desconfiada, até que recebeu uma imagem de uma de suas conversas privadas com o ex-deputado Jean Wyllys. Isso provava que não era um blefe. “Cid”, então, explicou do que se tratava: “Eu entrei no telegram de todos membros da força tarefa da lava jato. Peguei todos os arquivos. Dá para soltar Lula hoje. Derrubar o MPF”, prometeu o hacker.

“BARONIL” – Conversa do hacker com Manuela d’Ávila: ele disse ter mensagens impróprias de ministros do STF

“BARONIL” – Conversa do hacker com Manuela d’Ávila: ele disse ter mensagens impróprias de ministros do STF (Cristiano Mariz/.)

No dia seguinte, 13 de maio, Manuela recebeu uma segunda mensagem do hacker. Dessa vez, ele se identificava como “Brazil Baronil” e garantia que também tinha conversas que mostrariam a parcialidade de ministros do STF, diálogos que teriam potencial para invalidar todos os processos da Operação Lava-Jato. Citou três magistrados que teriam sido alvo da interceptação: os ministros Cármen Lúcia, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso, que fariam parte de um grupo no Telegram. “Eu tenho uma conversa da carmem (que era para ser imparcial, segundo o princípio do juiz natural) dizendo sobre a norte (morte) do sobrinho do Lula. Fazendo até piada”, escreveu o hacker. “E ainda ela disse exatamente assim: quem faz mal para outrem, um dia o mal retorna, e pode ser até no sobrinho.” “A Rosa Weber saiu do grupo na hora!” Para o hacker, isso mostraria a falta de imparcialidade dos ministros, o que, segundo ele, poderia “invalidar todos atos da operação lava-­jato”.

Convencida dos bons propósitos do hacker, Manuela d’Ávila recomendou a ele que entrasse em contato com o jornalista Glenn Greenwald. Em 9 de junho, veio à tona a primeira leva de mensagens trocadas entre procuradores da Lava-Jato e o ex-juiz Sergio Moro, o atual ministro da Justiça. O material mostrou que os membros da força-tarefa discutiam entre si depoimentos e combinavam diligências — comportamento considerado, no mínimo, impróprio. Apoiada nas mensagens obtidas de maneira ilegal, a defesa de Lula pediu ao STF a suspeição de Moro. Se o pedido for atendido, o ex-presidente será libertado e os processos da Lava-­Jato poderão acabar anulados — exatamente o que o hacker queria.

NÃO ERA O “CID” – A ex-deputada Manuela d’Ávila: ela encaminhou o hacker para Glenn Greenwald

NÃO ERA O “CID” – A ex-deputada Manuela d’Ávila: ela encaminhou o hacker para Glenn Greenwald (Filipe Jordão/JC Imagem)

Walter Delgatti Neto, o hacker que entrou em contato com a ex-deputada, está preso na penitenciária da Papuda, em Brasília. É comum jactar-se com colegas da quantidade e da qualidade de informações que obteve sobre autoridades e celebridades depois da invasão de seus celulares. Disse, por exemplo, que soube antes de todo mundo que o jogador Neymar era inocente das acusações de estupro e agressão. Estudante de direito, já se gabou de ter ferido de morte o ministro Sergio Moro — ressalvando, no melhor estilo falastrão, que tudo o que foi divulgado até agora sobre o ex-juiz ainda é apenas uma “amostra grátis” do grande acervo de que dispõe. E também foi em uma dessas conversas que Delgatti reafirmou que teve acesso a diálogos reservados de ministros do STF, que incluiriam até conversas comprometedoras com procuradores da República.

As investigações da Polícia Federal ainda não concluíram se a invasão dos celulares dos ministros do STF aconteceu de fato ou se foi uma bravata dos criminosos. Delgatti está detido juntamente com outros três comparsas. Suspeita-se que o grupo tenha acessado os aplicativos de mais de uma centena de pessoas e que tenha tentado vender parte das informações colhidas. Ao vasculharem o computador e os celulares dos criminosos, os investigadores não encontraram nada que comprovasse que os aparelhos dos ministros haviam sido hackeados. Procurados, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber negam que tenham formado qualquer grupo de aplicativo entre eles. Cármen Lúcia não respondeu.

Publicado em VEJA de 6 de novembro de 2019, edição nº 2659


Veja



Eis o texto do pensador Paulo Rabello de Castro - RETRATO DO AGRO BRASILEIRO - :

No último dia 25 de outubro foram divulgados no Paraná, com a presença do governador Ratinho Júnior, os resultados definitivos do Censo Agro 2017 para todo o Brasil. Este levantamento nacional, a cargo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - talvez seja o maior do mundo, no gênero, em abrangência e detalhamento, embora tenha custado ao contribuinte brasileiro menos da terça parte do que o Departamento de Agricultura dos EUA gasta para levantar informações de conteúdo semelhante para cada questionário aplicado a seus estabelecimentos rurais. O Brasil e os servidores do IBGE estão de parabéns. E os mais de 20 mil recenseadores contratados para percorrer cada rincão deste País nos dão a dimensão da tarefa gigantesca do IBGE de mapear TODOS os mais de 5 milhões de estabelecimentos rurais do País e sua respectiva produção.

Antes do Censo Agro, a política agrícola do País, a concessão do crédito rural, as políticas fundiárias e assistenciais, eram todas operadas no escuro. O Censo Agro 2017 revela a real dimensão do chamado agronegócio brasileiro e traz surpresas interessantes. Uma delas é sobre a repartição das atividades agrícolas e pecuárias entre a chamada agricultura familiar e o agronegócio profissionalizado e inteiramente comercial. São dois mundos bem distintos. Num desses mundos, o agronegócio comercial representou a competência do profissional do campo em conduzir suas atividades bem próximo à fronteira das técnicas da chamada agricultura de precisão. São áreas de produção mecanizada, de elevada produtividade em termos mundiais e que comandam milhões e bilhões de dólares de valor de produção.

Apenas um número: três lavouras - soja, cana e milho - hoje encampam mais de metade de todo o valor da produção agrícola nacional. Nessas propriedades, a mão de obra é qualificada e dispõe dos confortos da cidade. Pouca gente faz muito e agrega valor. A produção é toda tecnificada e o uso de agentes químicos e biológicos comerciais está presente para elevar a produtividade. O agricultor levanta crédito por telefone e a assistência técnica vem por internet.

A realidade, porém, da grande maioria das propriedades rurais é bem diferente. Dos 5 milhões de estabelecimentos rurais visitados entre out/ 2017 e fev/ 2018, menos de um milhão se qualificou como tendo um sistema de produção atualizado na visão técnica e comercial. Por isso, dá para concluir o quanto ainda precisa e pode ser feito para fazer avançar o acesso ao crédito, a conhecimentos e a conservação ambiental e humana no meio agrícola. O crédito, que alguns imaginariam acessível a qualquer produtor, é uma realidade desconhecida da maioria dos que lidam no campo. As informações técnicas idem. Os insumos mais avançados tampouco estão lá. E na medida em que saímos da região centro-sul rumo ao norte e nordeste, os indicadores técnicos das propriedades rurais vão caindo vertiginosamente.

Há muito que fazer no campo para universalizar a tecnologia e o potencial de melhoria das condições da economia familiar. A grande maioria dos 15 milhões de produtores rurais ainda está longe das informações e dos recursos financeiros. Mas há também boas notícias trazidas pela macrofotografia do campo brasileiro do Censo Agro. Uma delas, surpreendente, é o GANHO de conservação ambiental obtido entre a fotografia anterior, do Censo de 2006, e este, de 2017. Ganho de 12% em áreas de preservação. Houve mais do que compensação entre o avanço de áreas desmatadas no norte e centro-oeste do País e a recuperação de áreas florestadas ou preservadas no sul, sudeste e, inclusive, no nordeste. Com isso, avançou em 11 milhões de hectares o saldo de áreas rurais (106 milhões ha) mantidas como matas e florestas pelos produtores brasileiros dentro do total dos 351 milhões de hectares ocupados nacionalmente por estabelecimentos rurais.

Ou seja, embora a luz amarela de advertência continue ligada a fim de requisitar mais atenção à conservação ambiental, o Brasil como um todo não fez feio, na última década, no seu dever-de-casa ambiental. O Censo Agro 2017 é também uma expressão de afirmação da capacidade do Brasil realizar muito com recursos escassos. O Censo Agro só foi a campo porque os técnicos do IBGE, com apoio do Congresso Nacional e da Frente Parlamentar da Agricultura, se determinaram a não deixar ocorrer mais atrasos e postergações em sua realização.

O governo do presidente Michel Temer colocou o Censo como prioridade técnica nacional. O parque tecnológico do IBGE foi integralmente atualizado para poder suportar a mega operação do Censo Agro. Executar ações públicas com eficiência não é trivial. Exige decisão política do governante, determinação ferrenha e conhecimento adequado de como chegar lá. Não se admite improvisação por parte dos governantes.

O Censo Agro, nesse sentido, é uma lição de quanto o Brasil tem jogado fora oportunidades de avanço em outras áreas públicas, como saúde e educação, quando a improvisação, a manipulação política e o desconhecimento - ignorância mesmo! - prevalecem sobre o saber fazer e o verdadeiro patriotismo. No caso do Censo Agro, felizmente, o resultado foi um espetáculo de eficiência e de amor ao País. Se você quiser obter os resultados do Censo Agro 2017 para seu Estado vá para (https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/resultados-censo-agro-2017.html)  (*)

Paulo Rabello foi presidente do IBGE entre jul/2016 e mai/ 2017.


Pontocritico.com

HACKER DISSE TER ROUBADO MENSAGENS DE MINISTROS DO STF

O hacker da Lava Jato disse a Manuela D’Ávila que havia roubado mensagens de Cármen Lúcia, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso, segundo a Veja.

Ele disse também que essas mensagens permitiriam invalidar todos os atos da Lava Jato.

Em sua conversa com Manuela D’Ávila, ele acusou Cármen Lúcia de “fazer piada” com a morte do neto de Lula.

A reportagem reproduziu a conversa:

O Antagonista


NOVEMBRO: ÚLTIMO MÊS -ÚTIL- DE 2019
XIX- 016/19 - 01.11.2019

________________________________________

ÚLTIMO MÊS ÚTIL DO ANO

Chegamos ao penúltimo mês do ano, que mais parece o último mês do calendário. Isto porque, tradicionalmente, o mês de dezembro ganha espaço para dedicação às festas de confraternização, ao amigo secreto e/ou férias natalinas onde o retorno às atividades normais acontece só na semana seguinte à entrada do ano novo.

PREMISSA VERDADEIRA

Mais: partindo desta premissa que tem se revelado verdadeira ano após ano, todas as medidas econômicas que o Brasil precisa para aumentar o desempenho das atividades produtivas, se dependerem de aprovação dos nossos valorosos deputados e senadores só serão apreciadas a partir de fevereiro, quando encerra as férias dos parlamentares.

REFORMA TRIBUTÁRIA

Diante desta realidade nua e crua o que nos resta é esperar que todos tenham o máximo de boa vontade para que tudo de bom aconteça nestes próximos 30 dias -úteis- do mês de novembro. Entretanto, se levarmos em conta que qualquer PEC tem prazo relativo longo para ser apreciada, aí não há como exigir (aliás, quem somos nós para exigir qualquer coisa?) que a REFORMA TRIBUTÁRIA seja aprovada neste ano.

PRIMEIRO SEMESTRE DE 2020

Considerando, também, a declaração que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia deu, ontem, dizendo que a REFORMA ADMINISTRATIVA deve entrar em tramitação após a aprovação (?) da REFORMA TRIBUTÁRIA, daí não há como não concluir que antes do encerramento do primeiro semestre de 2020 é praticamente impossível a aprovação destas duas REFORMAS.

PRÉ SAL, PRIVATIZAÇÕES, ETC...

Diante deste quadro de enorme e assustadora embromação, o negócio é aguardar a realização do LEILÃO DO PRÉ-SAL (marcado para o próximo dia 6/11); a aceleração das PRIVATIZAÇÕES; o encantado PACTO FEDERATIVO;  o exercício pleno da LEI DA LIBERDADE ECONÔMICA; e, se possível, a implementação das medidas que independem de aprovação do Congresso sejam implementadas.

2020 - UM ANO PROMISSOR

Pois, independente da homérica burocracia -a grande marca registrada do setor público-, o fato é que vamos encerrar 2019 numa situação extremamente melhor daquela que deixamos para trás em dezembro de 2018. Ainda que o mundo esteja se apresentando com uma cara carrancuda sob o aspecto econômico,  o fato é que a MATRIZ ECONÔMICA, sob a batuta do ministro Paulo Guedes, está sinalizando, com muita clareza, que 2020 vai ser um ano muito promissor.

MARKET  PLACE

VAGAS DE ESTACIONAMENTO - O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior assinou hoje, sexta-feira, o decreto que extingue a obrigatoriedade de construção de um número mínimo de vagas de estacionamento para os novos empreendimentos.

A iniciativa tem como propósito estimular o melhor aproveitamento dos espaços à população e incentivar a construção de empreendimentos em áreas mais centrais e providas de infraestrutura, com impacto positivo na mobilidade urbana e qualidade ambiental.

O cumprimento da exigência legal de número mínimo de vagas acaba inviabilizando a atividade de pequenos comerciantes e afasta os empreendimentos de moradias populares para as periferias.

Parabéns, prefeito Marchezan.


ESPAÇO PENSAR+

Eis o texto do pensador Paulo Rabello de Castro - RETRATO DO AGRO BRASILEIRO - :

No último dia 25 de outubro foram divulgados no Paraná, com a presença do governador Ratinho Júnior, os resultados definitivos do Censo Agro 2017 para todo o Brasil. Este levantamento nacional, a cargo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE - talvez seja o maior do mundo, no gênero, em abrangência e detalhamento, embora tenha custado ao contribuinte brasileiro menos da terça parte do que o Departamento de Agricultura dos EUA gasta para levantar informações de conteúdo semelhante para cada questionário aplicado a seus estabelecimentos rurais. O Brasil e os servidores do IBGE estão de parabéns. E os mais de 20 mil recenseadores contratados para percorrer cada rincão deste País nos dão a dimensão da tarefa gigantesca do IBGE de mapear TODOS os mais de 5 milhões de estabelecimentos rurais do País e sua respectiva produção.

Antes do Censo Agro, a política agrícola do País, a concessão do crédito rural, as políticas fundiárias e assistenciais, eram todas operadas no escuro. O Censo Agro 2017 revela a real dimensão do chamado agronegócio brasileiro e traz surpresas interessantes. Uma delas é sobre a repartição das atividades agrícolas e pecuárias entre a chamada agricultura familiar e o agronegócio profissionalizado e inteiramente comercial. São dois mundos bem distintos. Num desses mundos, o agronegócio comercial representou a competência do profissional do campo em conduzir suas atividades bem próximo à fronteira das técnicas da chamada agricultura de precisão. São áreas de produção mecanizada, de elevada produtividade em termos mundiais e que comandam milhões e bilhões de dólares de valor de produção.

Apenas um número: três lavouras - soja, cana e milho - hoje encampam mais de metade de todo o valor da produção agrícola nacional. Nessas propriedades, a mão de obra é qualificada e dispõe dos confortos da cidade. Pouca gente faz muito e agrega valor. A produção é toda tecnificada e o uso de agentes químicos e biológicos comerciais está presente para elevar a produtividade. O agricultor levanta crédito por telefone e a assistência técnica vem por internet.

A realidade, porém, da grande maioria das propriedades rurais é bem diferente. Dos 5 milhões de estabelecimentos rurais visitados entre out/ 2017 e fev/ 2018, menos de um milhão se qualificou como tendo um sistema de produção atualizado na visão técnica e comercial. Por isso, dá para concluir o quanto ainda precisa e pode ser feito para fazer avançar o acesso ao crédito, a conhecimentos e a conservação ambiental e humana no meio agrícola. O crédito, que alguns imaginariam acessível a qualquer produtor, é uma realidade desconhecida da maioria dos que lidam no campo. As informações técnicas idem. Os insumos mais avançados tampouco estão lá. E na medida em que saímos da região centro-sul rumo ao norte e nordeste, os indicadores técnicos das propriedades rurais vão caindo vertiginosamente.

Há muito que fazer no campo para universalizar a tecnologia e o potencial de melhoria das condições da economia familiar. A grande maioria dos 15 milhões de produtores rurais ainda está longe das informações e dos recursos financeiros. Mas há também boas notícias trazidas pela macrofotografia do campo brasileiro do Censo Agro. Uma delas, surpreendente, é o GANHO de conservação ambiental obtido entre a fotografia anterior, do Censo de 2006, e este, de 2017. Ganho de 12% em áreas de preservação. Houve mais do que compensação entre o avanço de áreas desmatadas no norte e centro-oeste do País e a recuperação de áreas florestadas ou preservadas no sul, sudeste e, inclusive, no nordeste. Com isso, avançou em 11 milhões de hectares o saldo de áreas rurais (106 milhões ha) mantidas como matas e florestas pelos produtores brasileiros dentro do total dos 351 milhões de hectares ocupados nacionalmente por estabelecimentos rurais.

Ou seja, embora a luz amarela de advertência continue ligada a fim de requisitar mais atenção à conservação ambiental, o Brasil como um todo não fez feio, na última década, no seu dever-de-casa ambiental. O Censo Agro 2017 é também uma expressão de afirmação da capacidade do Brasil realizar muito com recursos escassos. O Censo Agro só foi a campo porque os técnicos do IBGE, com apoio do Congresso Nacional e da Frente Parlamentar da Agricultura, se determinaram a não deixar ocorrer mais atrasos e postergações em sua realização.

O governo do presidente Michel Temer colocou o Censo como prioridade técnica nacional. O parque tecnológico do IBGE foi integralmente atualizado para poder suportar a mega operação do Censo Agro. Executar ações públicas com eficiência não é trivial. Exige decisão política do governante, determinação ferrenha e conhecimento adequado de como chegar lá. Não se admite improvisação por parte dos governantes.

O Censo Agro, nesse sentido, é uma lição de quanto o Brasil tem jogado fora oportunidades de avanço em outras áreas públicas, como saúde e educação, quando a improvisação, a manipulação política e o desconhecimento - ignorância mesmo! - prevalecem sobre o saber fazer e o verdadeiro patriotismo. No caso do Censo Agro, felizmente, o resultado foi um espetáculo de eficiência e de amor ao País. Se você quiser obter os resultados do Censo Agro 2017 para seu Estado vá para (https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/resultados-censo-agro-2017.html)  (*)

Paulo Rabello foi presidente do IBGE entre jul/2016 e mai/ 2017.

FRASE DO DIA

Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.
J. Saramago