terça-feira, 1 de outubro de 2019

Bolsonaro sobre Lula: “Quer ficar preso, fica”

Jair Bolsonaro, em conversa com o Estadão, comentou a estratégia de defesa de Lula:

“É direito dele ficar preso lá. Quer ficar, fica. Não vou interferir. Não vou tripudiar em cima dele. Foi julgado em segunda instância, terceira… O que o governo dele fez está patente. Esta noite assisti a uma entrevista de um dos delatores. Esqueci o nome dele, cabeça branca… Senhor Barusco? Ele fala em detalhes o que aconteceu no governo Lula. Não tem como várias pessoas inventarem a mesma história. O cara meteu a mão e entregou a amigos dele. Para quê? Projeto de poder. Não deu certo. Graças a Deus, não deu certo. A gente está tentando fazer aqui o melhor para o Brasil.”


O Antagonista

Espero que STF não promova impunidade, diz Aras sobre revisão da Lava Jato

Julgamento na 4ª feira

Pode permitir anular sentenças

Será estreia do novo PGR

O procurador-geral da República, Augusto ArasSérgio Lima/PODER 360

PODER360
28.set.2019 (sábado) - 16h54

O recém-empossado procurador-geral da República, Augusto Aras, disse esperar que o STF (Supremo Tribunal Federal) “não promova a impunidade” ao retomar o julgamento de tese que pode levar à anulação de condenações da operação Lava Jato.

A maioria dos ministros da Corte decidiu, na 5ª feira (26.set.2019), a favor da anulação da sentença de 1 ex-gerente da Petrobras que reclamou de ter recebido, na 1ª instância, o mesmo prazo para alegações finais que outros réus delatores. A discussão será retomada na próxima 4ª feira (2.out), quando será definido o alcance dessa decisão para outros casos. A depender da decisão, uma série de condenações da Lava Jato -inclusive em caso envolvendo o ex-presidente Lula- pode vir a ser revisada.

Em sua 1ª entrevista como chefe do MPF (Ministério Público Federal), ao jornal Folha de S.Paulo, Aras defendeu que o entendimento seja aplicado apenas a casos futuros, e não a processos anteriores. O novo PGR, que fará sua estreia no cargo no plenário do STF justamente no julgamento de 4ª feira, disse ainda que cada caso anterior precisará ser analisado, “porque, se um réu não tinha nada para arguir, ainda que pudesse falar e não falou, não há por que se nulificar“,

Espero que a Suprema Corte module os efeitos dessa decisão, que não tenhamos a debacle do sistema judicial punitivo e, mais ainda, a promoção da impunidade“, afirmou Aras na entrevista publicada neste sábado (28.set).

Questionado sobre como o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) irá lidar, sob sua gestão, com as revelações da chamada Vaza Jato, que divulgou mensagens trocadas entre integrantes da força-tarefa da Lava Jato, Aras disse que o teor das conversas “será objeto de apreciação“.

Especialmente sobre o coordenador do grupo de procuradores que atuam em Curitiba, Deltan Dallagnol, Aras afirmou: “O colega Deltan deverá se defender como qualquer cidadão e haverá de merecer um julgamento administrativo, ético, disciplinar de um colegiado imparcial, técnico, devidamente motivado. É assim que se espera que os seus atos sejam julgados“.

Aras disse ainda que não vê “nulidade” no inquérito instaurado de ofício pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, para investigar fake news e ameaças a integrantes da Corte. Foi no bojo desse inquérito que o relator, ministro Alexandre de Moraes, proferiu decisão nessa 6ª feira (27.set) que autorizou busca e apreensão na casa do ex-chefe da PGR Ricardo Janot após ele ter confidenciado, em entrevistas, que planejou assassinar o ministro Gilmar Mendes a tiros, em 2017.

Em nota divulgada neste sábado, Aras classificou as atitudes de Janot como “inaceitáveis” e ponderou que os “erros de 1 único ex-procurador não têm o condão de macular o MP e seus membros“.


Poder 360

Lei de Abuso de Autoridade impede prisão de acusado por roubo

Um homem acusado de roubo em Japeri (RJ) se livrou da prisão preventiva graças à Lei de Abuso de Autoridade.

Na decisão que o tornou réu — inclusive por usar arma de fogo e ter agido com um comparsa — o juiz Heitor de Andrade disse ter sido convencido da necessidade de prisão preventiva, mas evitou a medida para não ser punido.

Um dos artigos da lei prevê 1 a 4 anos de detenção para quem “decretar medida de privação da
liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais”.

“A vagueza das expressões utilizadas pelo legislador parece incriminar a própria judicatura […] A pretexto de se coibir o abuso de autoridade, não se pode acabar com a autoridade que o juiz precisa para decidir”, despachou o juiz.

Segundo a acusação, o homem agiu com um comparsa e usou arma de fogo para ameaçar a vítima.


O Antagonista



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Último serviço de pager encerra as atividades no Japão

Tokyo Telemessage tinha menos de 1,5 mil clientes

Na década de 1990, os pagers se popularizaram para o recebimento de mensagens Foto: Camilla MaiaNa década de 1990, os pagers se popularizaram para o recebimento de mensagens Foto: Camilla Maia

TÓQUIO — Nascidos neste século talvez nunca tenham visto um, mas os pagers eram praticamente obrigatórios entre executivos e profissionais da medicina nos anos 1980 e 1990. Antecessores do celular, eles permitiam o recebimento de mensagens de texto ou, simplesmente, dos famosos “bips”, que alertavam sobre alguma emergência. Nesta terça-feira, aTokyo Telemessage encerrou o último serviço do tipo no Japão .

Em comunicado, a companhia informou que no pico, em 1996, tinha 1,2 milhão de assinantes, mas o serviço “foi substituído pela comunicação por voz, como os telefones celulares, e declinou rapidamente”. Restaram menos de 1,5 mil clientes, praticamente todos profissionais de saúde. O último assinante privado era Ken Fujikura, que manteve o serviço porque sua mãe de 80 anos preferia esse método de comunicação.

— Como apenas a minha mãe sabia o número do meu pager, eu sabia que as notificações eram dela — contou Fujikura, ao site Nikkan-Spa. — Com o telefone, eu sabia que não era urgente.

Conhecidos como “pokeberu“ (de pocket bells , ou sinos de bolso), os pagers começaram a operar no Japão em 1968. No início, era utilizado basicamente por empresas e hospitais para alertar seus funcionários sobre alguma emergência. Os aparelhos não recebiam mensagens, apenas emitiam bipes, para que os profissionais entrassem em contato.

Nos anos 1980, os pagers ganharam uma pequena tela para exibir mensagens curtas de texto. Para enviá-las, era preciso telefonar para um número e ditar a mensagem para um atendente, responsável pela transcrição. Isso permitiu a popularização do serviço, principalmente entre o público mais jovem, que usava o pager como um predecessor do SMS.

Com a popularização dos celulares e, posteriormente, dos smartphones, os pagers caíram em desuso. Eles resistiram apenas em hospitais, onde o uso do celular sofre restrições por causa do sinal. Por funcionarem por rádio, os pagers estão sempre cobertos.


O Globo

Um buraco sem saída no metrô do Rio

As obras inacabadas da Estação Gávea, da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, abriram uma disputa entre três empreiteiras, o governo e grupos chineses

Por Juliana Estigarribia

Governador pretende aterrar a G·vea

As obras da Linha 4 do metrô carioca: o superfaturamento pode chegar a 3 bilhões de reais (Dirceu Portugal/Fotoarena)

No coração do bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, um buraco de 50 metros de profundidade inundado com 36 milhões de litros de água é um retrato da crise das empreiteiras no Brasil. Há cerca de quatro anos, as obras da Estação Gávea, da Linha 4 do metrô carioca, estão paradas por suspeita de um superfaturamento que, segundo o Ministério Público estadual, chega a 3 bilhões de reais na linha toda.

Desde o início da construção da estação em 2013, a obra consumiu 934 milhões de reais. Para terminá-la, o custo estimado pela concessionária é de mais 1 bilhão — dinheiro que ninguém quer gastar. Está previsto no contrato que o custo da obra é do governo do estado, mas este diz não ter recursos, e a Justiça proibiu novos investimentos com dinheiro público.

O Ministério Público quer que as empreiteiras paguem, como devolução do valor superfaturado. Mas as empresas que compõem o consórcio Rio Barra — Odebrecht Participações e Investimentos, Queiroz Galvão Desenvolvimento de Negócios e Zi Participações (grupo Carioca Engenharia) — afirmam que, como o caso ainda está sendo investigado, a conta da conclusão da obra ainda é do estado. Enquanto a queda de braço acontece, rachaduras apareceram recentemente em laboratórios da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, cujo campus fica ao lado da futura estação. Com medo de uma possível tragédia, moradores do bairro e a cúpula da universidade elevaram a pressão sobre o governador Wilson Witzel.

A história reúne elementos de surrealismo. Um equipamento chamado tuneladora, conhecido popularmente como “tatuzão”, está enterrado — ou, no caso, afogado — no buraco da Gávea. O equipamento custou mais de 100 milhões de reais. Somente ao longo do percurso da última estação, foram gastos cerca de 300 milhões com revestimentos de concreto, as chamadas aduelas. Todo esse investimento pode ter se deteriorado com o tempo e com o acúmulo de água. “Ninguém se prontificou a fazer esse levantamento e, enquanto isso, a obra se deteriora cada vez mais”, afirma Rene Hasenclever, presidente da Associação de Moradores e Amigos da Gávea, a Amagávea.

No bairro há 50 anos, Hasenclever acompanhou de perto a primeira fase do projeto da Linha 4, datada de 1998. A construção de seis estações que ligam a zona sul à zona oeste da cidade, hoje operando paralelamente às obras da Estação Gávea, custou cerca de 10 bilhões de reais. Com as suspeitas de superfaturamento do projeto, a obra da Estação Gávea foi paralisada em meados de 2016. Diante dos riscos de desabamento, Witzel chegou a dizer que aterraria o buraco com areia, algo que poderia custar de 20 milhões a 40 milhões de reais. O anúncio fez Hasenclever levantar 11 mil assinaturas para pressionar o governo a concluir a estação. Agora Witzel voltou atrás, dizendo que a obra precisa ser retomada. Mas como? O governo não deu entrevista.

De acordo com o Tribunal de Contas da União, mais de 14 mil obras públicas estão paradas ou inacabadas no Brasil depois de consumir quase 11 bilhões de reais dos cofres públicos. Algumas delas são tão emblemáticas quanto o buracão da Gávea. A usina termonuclear de Angra 3, da estatal Eletronuclear, por exemplo, começou a ser construída 35 anos atrás. Após inúmeras idas e vindas, as obras foram paralisadas em 2015, em decorrência de desdobramentos da Lava-Jato. A última estimativa de custo para sua conclusão está na casa dos 21 bilhões de reais. A refinaria pernambucana Abreu e Lima, da Petrobras, orçada em 21 bilhões de dólares, também está parada. Diante da perspectiva de aumento das concessões de infraestrutura, um dos principais pilares do governo de Jair Bolsonaro, sobram dúvidas sobre a segurança jurídica do processo — o que acontece com uma obra quando a empreiteira perde a capacidade de execução?

Segundo Felipe Alves, sócio do Chenut Oliveira Santiago Advogados, especializado em direito público e licitações, se uma das empresas do consórcio falir, é possível que as outras sócias escolham uma substituta. Para cobrir um consórcio inteiro, porém, as opções são muito mais morosas e complicadas, como a relicitação. Para remediar esse problema, foi aprovado, em agosto, o Decreto no 9.957/2019, que regulamenta o procedimento para relicitação dos contratos de parceria nos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário no âmbito federal. Para estados e municípios, seria necessária a aprovação de leis locais.

No Rio, há uma possível solução alternativa. A expectativa é que cerca de 700 milhões de reais recuperados pela Lava-Jato sejam usados para a obra da Estação Gávea se a Justiça autorizar o governo do estado a alocar recursos ali. Ainda assim, faltará verba para terminar a estação caso o orçamento aplicado seja o da concessionária Rio Barra. Procuradas, a Queiroz Galvão e o grupo Carioca Engenharia informaram que não vão comentar o assunto. Em nota, a Odebrecht afirma que “está disposta a encontrar uma solução técnica para a Estação Gávea, da Linha 4 do metrô”.

O prazo estimado para a finalização da obra são cerca de 36 meses. A solução do impasse se mostra ainda mais distante em razão da situação financeira das empreiteiras envolvidas no caso após os desdobramentos da Lava-Jato em suas operações. O grupo Odebrecht entrou com pedido de recuperação judicial em junho deste ano. Sua dívida total alcança 98 bilhões de reais. A Queiroz Galvão também enfrenta um processo de reestruturação de dívidas, calculadas em 10 bilhões de reais. A Carioca Engenharia continua tocando apenas as obras que já estavam na carteira, com poucos funcionários.

Solução chinesa?

Em meio às incertezas operacionais e jurídicas, EXAME apurou que quatro empreiteiras chinesas estão dispostas a concluir a obra da Gávea por um valor inferior ao orçado pela concessionária: poderia cair para algo em torno de 500 milhões de reais. De acordo com essas empresas, por enquanto não há riscos iminentes em relação ao buraco.

“Só se a retomada das obras demorar mais alguns anos”, afirma uma pessoa ligada à Top International Engineering Cooperation (Tiec), estatal chinesa que pretende oferecer um projeto de conclusão da Estação Gávea sem desembolso do governo. “Estamos conversando com pessoas ligadas ao estado do Rio para fazer, em breve, uma proposta oficial ao governador.” A Tiec também estaria disposta a assumir as obras da Linha 3, que ruma sentido Niterói, um projeto que por ora não existe oficialmente. Tudo, possivelmente, sem licitação.

Para Marcus Vinicius Macedo Pessanha, sócio do escritório de advocacia Nelson Wilians e especialista em infraestrutura, essa hipótese é delicada. O correto, segundo o advogado, seria fazer uma nova licitação. “A entrada dos chineses exige um esforço político grande. Demoraria anos para acontecer dentro dos trâmites da lei”, diz.

Para Pessanha, como a licitação inicial não foi feita em âmbito internacional, uma empresa estrangeira não pode entrar na obra. Para alguma das chinesas substituir o consórcio, o governo do Rio teria de realizar uma relicitação do contrato ou até uma expropriação. Entretanto, em qualquer uma das hipóteses, especialistas em direito público ouvidos por EXAME afirmam que o processo levaria a uma batalha judicial longa e geraria insegurança jurídica.

Rene Hasenclever, da associação de moradores: pressão pela conclusão da Estação Gávea | Felipe Fittipaldi

A expectativa é que a Justiça decida no final de setembro se o governo fluminense poderá desembolsar recursos para as obras da Estação Gávea. Enquanto isso, as empreiteiras aguardam a decisão. Do campus da PUC-Rio é possível enxergar de perto o imenso canteiro de obras da estação. Por lá circulam pelo menos 20 mil alunos, professores e funcionários. Em meio aos estudantes que passam apressados com seus smartphones, Rene Hasenclever relembra os tempos em que cursou economia na instituição. “Será que vamos ver essa obra concluída?”, diz. É uma pergunta importante não só para os moradores do Rio de Janeiro mas também para construtores interessados em assumir projetos neste complicado país chamado Brasil.


Exame

Guerra comercial, Argentina, Brexit: os desafios da nova diretora do FMI

A búlgara Kristalina Georgieva assume o comando do Fundo depois que a francesa Christine Lagarde renunciou ao cargo para assumir o Banco Central Europeu

Por Redação EXAME

FILE PHOTO: 2019 World Economic Forum (WEF) annual meeting in Davos

Kristalina Georgieva: a economista é a primeira pessoa de uma economia emergente a liderar o FMI desde a sua criação em 1944 (Arnd Wiegmann/File Photo/Reuters)

São Paulo — Começa, nesta terça-feira 1, uma nova gestão no Fundo Monetário Internacional (FMI). Com a saída da francesa Christine Lagarde, a búlgara Kristalina Georgieva assume o posto de diretora-gerente da instituição, sendo a primeira no cargo vinda de um país emergente desde a criação do FMI, em 1944.

Em nota, Georgieva destacou que é uma grande responsabilidade comandar o fundo em um momento em que “o crescimento econômico continua decepcionando, as tensões comerciais persistem e a dívida está em níveis historicamente altos”.

Em julho, depois da renúncia de Lagarde — que vai assumir o comando do Banco Central Europeu —, o FMI disse que promoveria uma processo seletivo “aberto, baseado no mérito e transparente”. Georgieva foi a única candidata, com uma indicação da União Europeia. Ela é formada em economia e sociologia, foi vice-presidente da Comissão Europeia para Orçamento e Recursos Humanos entre 2014 e 2016 e atuava como diretora-executiva do Banco Mundial desde 2017.

A nomeação da candidata era esperada, já que há um acordo não-escrito entre Europa e Estados Unidos para garantir que o presidente do Banco Mundial seja americano e o do FMI, europeu. Desde abril, por exemplo, o americano David Malpass preside o Banco Mundial, após indicação norte-americana.

Além disso, durante o processo de seleção do FMI, foi suspensa uma cláusula do regulamento que proibia um diretor-geral com mais de 65 anos, abrindo caminho para a candidatura da búlgara, que tem 66 anos. Ela ficará no posto por um mandato de cinco anos, comandando uma equipe de 2.700 funcionários.

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Suas prioridades são ajudar os países a minimizar o risco de crise e dar ferramentas para que eles possam encarar desacelerações econômicas. Georgieva também se comprometeu a continuar dando atenção a temas destacados durante a gestão de Lagarde, como as desigualdades sócio-econômicas e de gênero, os riscos de mudanças climáticas e o avanço rápido da tecnologia.

No final do mês, Georgieva tem seu primeiro grande evento no cargo: a assembleia anual do FMI. Na ocasião, a instituição apresentará suas previsões para o crescimento mundial, com o temor da chegada de uma nova recessão global. Para este ano, as estimativas do fundo são de crescimento da produção mundial em 3,2%, ante 3,6% em 2018 e 3,8% em 2017. A desaceleração pode ser acentuada devido às tensões comerciais entre EUA e China, e a instabilidade aumenta o risco de que mais países precisem da ajuda do Fundo.

A Argentina é um dos países que deve trazer maior preocupação à nova diretora. O país latino-americano negocia novamente com o FMI o reescalonamento de sua dívida de 57 bilhões de dólares com o Fundo, para evitar uma moratória. Os resultados das negociações podem ser colocados em xeque com uma possível vitória de um governo mais à esquerda de Alberto Fernandez, da chapa da ex-presidente Cristina Kirchner, nas eleições de 27 de outubro.

Georgieva é considerada “especialista em emergentes”, e economistas acreditam que seu conhecimento pode ser útil aos argentinos. Antes mesmo de assumir, no dia 25 de setembro, ela se encontrou com o ministro das Finanças argentino, Hernán Lacunza.

A búlgara também estará a frente do Fundo enquanto a Europa enfrenta um desafio inédito: a saída de um país da União Europeia. Com Boris Johnson no poder no Reino Unido, pode ser que a nação opte por um Brexit sem acordo com o bloco no próximo dia 31 de outubro. De Brexit à Argentina e guerra comercial, o FMI precisará estar pronto para agir.


Exame

Descubra como ganhar mais, mudando um simples hábito

por Michael Viriato

Estudos comprovam que a a alocação do portfólio entre as classes de ativos é a maior responsável pelo retorno destes. Para determinar quanto investir em cada classe – renda fixa, fundos multimercados, de ações e imobiliários – um dos pontos chave é a liquidez requisitada pelo aplicador, pois ela é fundamental para restringir o horizonte de investimento dos ativos.

Quando se fala em investimento financeiro, o investidor brasileiro tem o hábito de querer muito mais liquidez do que realmente precisa. Incoerentemente, este hábito se estende até na parcela que o investidor reserva para a aposentadoria.

A manutenção de liquidez nos investimentos financeiros usualmente é atribuída a três fatores: uso em emergência, aproveitamento de oportunidades e medo de possíveis mudanças econômicas. Há mais de vinte anos, com o início do plano Real em 1994, vivemos um ambiente de relativa estabilidade econômica. Portanto, essa última justificativa para manutenção de liquidez diária não deveria se sustentar. Antes de abordar as duas primeiras razões, vou comentar sobre o custo da preferência por liquidez diária.

A liquidez tem um custo. Investimentos com maior prazo possuem um prêmio de retorno. Por exemplo, para o mesmo emissor de um Certificado de Depósito Bancário (CDB) de um banco médio, o investidor pode ganhar 100% do CDI com liquidez diária ou 120% do CDI com carência de quatro anos. Uma carência de quatro anos significa que o aplicador não pode efetuar resgate nesse prazo ou se efetuar, pode ser penalizado no retorno.

Assumindo o CDI atual de 5,4% ao ano, essa diferença de 20% do CDI entre os CDBs significa uma diferença de retorno de 1,08% a mais para o CDB que rende 120% do CDI. No curto prazo, essa diferença parece não representar muito. Entretanto, quando acumulada ao longo dos anos essa pequena diferença pode representar um valor acumulado de mais de 37%.

O gráfico abaixo mostra a evolução de uma aplicação de R$50 mil nos dos CDBs acima por 30 anos. O investimento no CDB que rende 100% do CDI, depois de 30 anos, vai se valorizar para R$242 mil. Enquanto os R$50 mil CDB a 120% do CDI, se valorizar para R$332 mil, ou seja, uma diferença de R$90 mil.

O gráfico apresenta a evolução de um investimento de R$50 mil aplicados em um CDB que rende 100% do CDI e outra que rende 120% do CDI. Considerou-se o CDI atual de 5,4% ao ano.

A preferência por liquidez também provoca uma redução do horizonte de investimento nas aplicações. Consequentemente, uma menor alocação em ativos de risco que poderiam proporcionar uma alavancagem positiva de retorno. Neste caso, a diferença pode ser ainda mais significativa.

Se considerarmos uma alocação de longo prazo em ativos de risco que possam  proporcionar um retorno de 15% ao ano, como o investimento em renda variável e compararmos com investimentos de liquidez, o exemplo acima pode se tornar mais surpreendente.

O investimento de R$50 mil em uma aplicação que rende 15% ao ano se valorizaria, em trinta anos, para R$ 3,3 milhões. Portanto, quase 14 vezes superior a uma aplicação que rende apenas o CDI. Logo, quando se pensa na aposentadoria, o horizonte de longo prazo é seu maior aliado.

Com relação à necessidade de recurso para emergência, acredito que a manutenção de um valor equivalente a até três meses de seu custo mensal já é suficiente. Com um bom planejamento e o escalonamento de vencimentos de aplicações será possível ter investimentos vencendo a cada seis meses, permitindo o aproveitamento de maiores retornos. Se a precaução para formar uma reserva para emergências fosse real, os investidores deveriam preferir alugar à comprar um imóvel. Ainda podemos fazer outra analogia.

Vimos que liquidez tem um custo. Portanto, a decisão de separar um recurso para emergência é similar a pagar por um seguro cuja probabilidade de uso costuma ser superestimada. O que é melhor, pagar o “prêmio do seguro” antecipadamente e aplicar no CDB de liquidez diária, ou investir no CDB de longo prazo com maior retorno e ser penalizado, pagando o “prêmio do seguro” apenas se precisar resgatar?

A última razão para o hábito da liquidez é o medo perder oportunidades. É possível afirmar que essas oportunidades de investimento que irão proporcionar a diferença de 37% mencionada acima são muito menos frequentes do que se imagina. Adicionalmente, estudos mostram que a maior diferença de retornos dos portfólios está na decisão estratégica de longo prazo e não na decisão tática de curto prazo. Logo, este receio de perder algo também é incompatível com a probabilidade de ocorrência.

Portanto, com um bom planejamento financeiro, o investidor poderá manter em liquidez apenas o necessário e, assim, poderá aproveitar de forma mais eficiente os benefícios de aplicações com maior prazo.

Fonte: Folha Online - 29/09/2019 e SOS Consumidor


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