terça-feira, 1 de outubro de 2019

Doença similar à leishmaniose, porém mais grave, é descoberta no Brasil

Duas pessoas morreram por causa da enfermidade, que já acometeu 150 pessoas em Sergipe

Por Da Redação

Leishmaniose visceral / mosquito palha

Mosquito palha (Latinstock/VEJA/VEJA)

Uma nova doença, com sintomas semelhantes à leishmaniose visceral, mas mais grave e resistente ao tratamento, foi descoberta em Sergipe. Duas pessoas morreram por causa da enfermidade, que já acometeu 150 pessoas em Aracaju. O parasita ainda é desconhecido, mas os pesquisadores já identificaram que ele é diferente da Leishmania, responsável pela leishmaniose.

A doença está sendo investigada por um grupo de pesquisadores brasileiros, que publicaram um artigo na Emerging Infectious Diseases, a revista do Centro de Controle de Doenças Infecciosas (CDC) dos Estados Unidos. A pesquisa é realizada no Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID), com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Liderada pela professora Sandra Regina Costa Maruyama, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o estudo está sendo desenvolvido em colaboração com colegas da equipe do professor João Santana Silva, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP-USP).

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Diagnóstico, sintoma e tratamento

O diagnóstico e tratamento dos pacientes foi feito pelo médico Roque Pacheco de Almeida, professor do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Sergipe, pesquisador e médico do Hospital Universitário/EBSERH de Aracaju. Em entrevista à Agência Brasil, Almeida contou que a doença vem infectando pessoas desde 2011 na capital sergipana, quando ele diagnosticou e tratou o primeiro caso. Esse paciente morreu em 2012, em consequência da doença.

Os sintomas, segundo ele, são muito parecidos aos do calazar (nome mais popular da Leishmaniose visceral), mas evoluem com mais gravidade. “A gente trata muitos pacientes com calazar aqui. São vários por ano. Um desses pacientes não respondeu ao tratamento. Ele recidivou [a doença reapareceu], tratamos novamente, recidivou de novo. E, na terceira recidiva, apareceram lesões na pele. Em pacientes sem HIV não vemos isso. Ele não tinha HIV e apareceram lesões na pele, pelo corpo inteiro, tipo botões, que chamamos de papulas”, contou o médico.

“Quando fizemos a biópsia, eram células repletas de parasitas. E aí o paciente evoluiu gravemente ao que chamamos de Leishmaniose visceral grave, com sangramento. O baço dele era gigante e a gente tentou formas de tratamento, mas ele não sobreviveu”, contou.

Almeida coletou amostras de tecidos desse paciente e os enviou a João Santana Silva, especialista em imunologia da FMRP-USP, que não conseguiu identificar o parasita pelos métodos tradicionais, comparando-o às espécies já conhecidas de Leishmania. Em 2014, a identificação do parasita ficou a cargo da bióloga e imunologista Sandra Regina Costa Maruyama, que começou a desconfiar que se tratava, na verdade, de um novo parasita que ainda não havia sido descrito pela ciência.

“A gente estava diante de um caso grave. Como não conhecíamos outras doenças, a gente achou que era um calazar grave. Mas quando fomos ver, o parasita isolado da medula óssea, da pele e do baço [desse paciente] se comportava também de maneira diferente em um camundongo [de laboratório]. O parasita [retirado] da pele dava lesão na pele do camundongo, mas não dava nos órgãos. E o parasita que veio da medula óssea dava lesão parecida com o calazar, no baço e no fígado [do camundongo]. Temos então dois parasitas diferentes no mesmo paciente”, falou Almeida.

Eles então fizeram um sequenciamento do DNA do parasita, que foi comparado ao de outros protozoários. Os pesquisadores perceberam, então, que não se tratava do Leishmania. O novo parasita se assemelha ao Crithidia fasciculata, que infecta apenas insetos e que é incapaz de infectar mamíferos. No entanto, essa nova espécie de parasita foi capaz de infectar humanos e camundongos – e de forma grave.

Segundo Almeida, os 150 pacientes isolados também estão sendo testados para se avaliar se também foram infectados por esse novo parasita. “Boa parte desses pacientes também pertence a esse novo grupo. Ou seja, o problema pode ser ainda maior do que estamos imaginando”, disse.

Os pesquisadores esperam, em breve, conseguir descrever o novo parasita e nomear a nova doença. “Identificamos um parasita novo, uma doença nova, que causa uma doença grave e com resposta terapêutica não totalmente suficiente ou eficaz. Queremos entender a extensão disso e de onde apareceu esse parasita, se foi uma mutação. Tem uma linha grande de pesquisa para a gente investigar. Também queremos ver, geograficamente, para onde está se expandindo o parasita”, disse Almeida.

Leishmaniose

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 50 mil e 90 mil pessoas adoecem todos os anos com leishmaniose visceral. Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil. Também conhecida como calazar, ela é transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto infectado, conhecido popularmente como mosquito palha ou birigui. A transmissão aos insetos ocorre quando fêmeas do mosquito picam cães ou outros animais infectados e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral.

Segundo o Ministério da Saúde, esses insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas. Eles se desenvolvem em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo). No ambiente urbano, o cão é a principal fonte de infecção para o vetor, podendo desenvolver os sintomas da doença, que são: emagrecimento, queda de pêlos, crescimento e deformação das unhas, paralisia de membros posteriores e desnutrição, entre outros.

Nos humanos, os sintomas da doença são febre de longa duração, aumento do fígado e do baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia. Se não tratada, pode ser fatal.

Em 2017, segundo o Ministério da Saúde, 4.103 casos de leishamiose visceral foram notificados no Brasil, sendo que 1.824 deles registrados na Região Nordeste. Em média, cerca de 3,5 mil casos são registrados anualmente. Nos últimos anos, a letalidade vem aumentando gradativamente. Em 2017, 327 pessoas morreram no Brasil por causa dessa doença.


Veja

Quando o sonho de emigrar para Portugal vira pesadelo

Brasileiros que partiram para o país nos últimos anos relatam suas desilusões, dificuldades e dramas na busca frustrada por uma vida melhor

Por Hérica Marmo, de Lisboa

MALAS PRONTAS - Marina Lamar, na Praça do Comércio, em Lisboa: “Vamos voltar, chegamos ao limite” (Daryan Dornelles/.)

No seu mais recente disco, Bandeira da Fé, Martinho da Vila gravou uma música em homenagem aos novos imigrantes brasileiros em Portugal. Em Fado das Perguntas, o sambista conta a história de um sujeito que disfarça o sofrimento com as baixas temperaturas do inverno e com a solidão dentro de uma tasca. “Tudo bom, nada mal”, diz a letra. Na realidade de parte dos mais de 100 000 brasileiros que hoje vivem do outro lado do Atlântico, não está nada bom. Em vez de pastel de bacalhau, queijo da Serra ou amêijoas, o que essas pessoas andam experimentando no país-­irmão é o gosto da desilusão. A gerente comercial Marina Lamar, de 28 anos, integra esse grupo. “Mudamos para tentar melhorar de vida”, conta ela, que chegou a Lisboa em setembro de 2018, com o marido, os filhos de 1 e 9 anos e grávida do terceiro. “Hoje vivemos pior que no Brasil.”

A família de Marina tinha uma rotina simples em Vitória, no Espírito Santo, mas conseguia viajar (“parcelando mil vezes no boleto”), ter carro, animais de estimação, vida social. A decisão de deixar o Brasil foi motivada pelo medo da violência e pelo desejo de proporcionar um ensino gratuito de qualidade aos filhos. Após um tempo vivendo na casa de amigos, o casal resolveu batalhar por um endereço só da família. Como o preço dos aluguéis na capital é muito alto (não se consegue nada por menos de 4 600 reais nos melhores bairros), os dois começaram a procurar lugares mais afastados. Depois de morarem em um quarto de hostel e em uma quitinete infestada de percevejos, conseguiram alugar um apartamento de dois quartos numa cidade a 20 quilômetros do bairro de Lisboa onde o marido trabalha como garçom. “Passados seis meses, a senhoria pediu o imóvel. Fiquei sem chão”, lembra Marina, que hoje mora de favor no apartamento de uma amiga, enquanto espera sair o passaporte do filho que nasceu em Portugal para retornar a Vitória. “Chegamos ao limite”, desabafa. Para cruzar o Atlântico de volta, Marina conta com a ajuda de parentes do casal que estão se cotizando para pagar as cinco passagens de avião.

NO PREJUÍZO – Nathalia: dificuldades para pagar o aluguel da loja no Porto

NO PREJUÍZO – Nathalia: dificuldades para pagar o aluguel da loja no Porto (Daryan Dornelles/.)

A onda de desencanto representa a ressaca pós-inundação migratória. Depois do êxodo em direção a Miami a partir dos anos 90, Portugal virou o eldorado para muitos que buscam uma fuga de problemas como a violência e o desemprego. Em 2018, a comunidade de brasileiros no país europeu chegou ao número de 105 000, 23,4% superior ao total registrado em 2017. Novamente, o Brasil liderou o número de títulos de residência emitidos, 28 210, e representa o país natal de 21% dos imigrantes que vivem por lá. Para os mais endinheirados, o governo local oferece vantagens até mesmo para conseguir a nacionalidade, e o mercado imobiliário constrói condomínios sob medida, com casas a partir de 2 milhões de reais e adaptações como cômodos para empregadas, espaços que não existem nas residências das famílias portuguesas. Para quem não tem o mesmo colchão financeiro e arrisca tudo na mudança, há o grande perigo de trombar com a barreira da tímida economia portuguesa. O PIB, equivalente a 900 bilhões de reais, é menos que a metade da economia do Estado de São Paulo (2,2 trilhões) e deve crescer 1,9% em 2019, segundo estimativas oficiais. “Nem sempre o processo migratório é bem-sucedido, às vezes por falta de informação antes da viagem, expectativas não condizentes com a realidade ou dificuldades de integração”, afirma Luís Carrasquinho, responsável em Portugal pelo Programa de Apoio ao Retorno Voluntário e à Reintegração (ARVoRe).

A iniciativa, da Organização Internacional para as Migrações (OIM), não só banca a volta de expatriados sem condições de arcar com o custo das passagens como dá um incentivo financeiro para a reintegração no mercado de trabalho do país de origem. Desde 2007, o Brasil é a na­ciona­lidade mais representativa no ARVoRe — e, nos últimos anos, o número de pedidos de ajuda de brasileiros vem aumentando. Em 2017 foram 335 solicitações e em 2018 elas chegaram a 616. Em 2019, até agosto, o ARVoRe já havia recebido 418 candidaturas.

CONSELHEIRO – Marinho: consultoria para quem quer empreender no país

CONSELHEIRO – Marinho: consultoria para quem quer empreender no país (Daryan Dornelles/.)

A goiana Claudine Alves, de 40 anos, foi uma das pessoas que se beneficiaram do programa. Ela desembarcou em Lisboa em dezembro de 2017 com os dois filhos, então com 7 e 16 anos, para encontrar o marido, que vinha de Londres. Claudine vendeu o carro e os móveis antes de sair do Brasil e levou as economias para ajudar no recomeço. Na chegada, o primeiro choque foi térmico. Dos 39 graus de Goiânia, eles foram para 4 graus. O marido, que havia conseguido emprego na construção civil, acabou sendo dispensado com a diminuição de obras no inverno. Enquanto o casal penava para encontrar trabalho, as economias trazidas do Brasil eram queimadas no aluguel e nas despesas da casa. Nas vésperas do Natal, os dois deram duro numa confeitaria fazendo bolo-­rei, doce típico das festas de fim de ano portuguesas. Na hora do pagamento, tomaram um calote. “Uma brasileira que contratava os funcionários sabia que não tínhamos documentos e disse: ‘Não vou pagar nada, não. Se quiserem, reclamem na polícia’.” Nos meses seguintes, Claudine conseguiu bicos num café e numa empresa de limpeza. Mas o que ganhava era muito abaixo das despesas. “Em cinco meses, a gente se viu numa situação desesperadora, à beira do despejo, com a proprietária dizendo que ia arrombar a porta e nos expulsar. Era muita humilhação”, conta. A família acabou salva pelo ARVoRe. Um mês depois de se candidatar ao programa, estava voltando para casa.

Embora tenha uma taxa de desemprego baixa (6,7%) em comparação com a trágica realidade brasileira (12,5%), Portugal está longe de ser um oásis para quem procura trabalho — e os estrangeiros sofrem mais ainda com essa dificuldade. A relações-­públicas carioca Ana Duarte, de 43 anos, chegou a Lisboa em 2016 e guarda no notebook os mais de 300 e-mails que enviou com seu currículo desde então. Apenas sete empresas retornaram, das quais só uma era em sua área de atuação — e ela não ficou com a vaga. “Quando terminar meu mestrado, vou tentar uma bolsa em outro país europeu”, conta. Na falta de encontrar um emprego qualificado, a administradora Nathalia de Lima, de 32 anos, investiu cerca de 50 000 reais para montar com o marido, engenheiro de produção, uma loja de frutos secos caramelizados e doces em uma das estações de metrô mais movimentadas da cidade do Porto. As vendas iam bem, porém não o suficiente para pagar o caro aluguel do imóvel. “Tentamos negociar o valor da locação, mas o administrador foi irredutível”, diz Nathalia, que atualmente tenta recuperar o investimento vendendo o estoque pela internet. No momento, há vagas sobrando para setores específicos, como o de tecnologia de informação. Portugal criou um visto especial para atrair talentos da área das mais diferentes partes do mundo. Neste ano, até julho, 284 brasileiros obtiveram o documento, de um total de 338 autorizações. Muitos que têm qualificação acabam trabalhando no país como motorista de Uber ou motoboy para sobreviver.

DE VOLTA – A goiana Claudine com a família: retorno ao Brasil depois de calote no trabalho e ameaça de despejo

DE VOLTA – A goiana Claudine com a família: retorno ao Brasil depois de calote no trabalho e ameaça de despejo (Cristiano Mariz/.)

Em busca de uma saída, alguns brasileiros começaram a ganhar dinheiro oferecendo serviços à grande comunidade de conterrâneos expatriados, como o de bufê de festa infantil caprichada, um negócio estranho às famílias portuguesas. O empresário paulista Marinho Ponci, de 52 anos, por sua vez, criou uma consultoria no Porto para brasileiros interessados em montar negócios por lá. Para quem pensa em empreender, ele dá duas dicas: paciência e reserva financeira de pelo menos dois anos. “O primeiro ano é terrível; no segundo, entende-se o mercado; e no terceiro o negócio pode deslanchar”, afirma. Para quem desembarca com urgência em ganhar a vida em euros, alerta o consultor, é grande o risco de o sonho português virar um pesadelo.

Publicado em VEJA de 2 de outubro de 2019, edição nº 2654


Veja

General diz que ainda não sabe que foi demitido do comando do Incra

Militar foi demitido após desavenças com Nabhan Garcia

Por Evandro Éboli

Nabhan Garcia, secretário de Assuntos Fundiários, batia de frente com o general, que deixou o governo (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O general João Carlos Jesus Corrêa, que não é mais o presidente do Incra, como revelou o Radar, disse não ter sido informado oficialmente ainda da decisão do governo.

“Oficialmente não fui avisado de nada, mas deve ser verdade” – disse o general à coluna no final da tarde.

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Desavenças com o secretário Especial de Assuntos Fundiários, o ex-presidente da UDR Nabhan Garcia, motivaram sua demissão.


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Guarda-roupa Casal 4 Portas 6 Gavetas - Araplac Sofia com Espelho

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Vacina de sarampo deve ficar mais cara para SUS por alta demanda global, diz Mandetta

Ministro da Saúde deve levar pauta para Organização Mundial da Saúde

Ministro da Saúde deve levar pauta para Organização Mundial da Saúde

Ministro da Saúde deve levar pauta para Organização Mundial da Saúde | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP

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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta segunda-feira, que o custo da vacina de sarampo deve aumentar por causa da alta procura mundial. O imunizante é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ele, há falta de fornecedor global de vacinas para a quantidade comprada pelo País. "Ontem (domingo), o Brasil propôs uma reunião estendida, com mais de dez países, onde pautamos a questão da vacina e a crise de vacina, que é global, já que o sarampo voltou em praticamente todos os continentes. Os Estados Unidos estão numa luta enorme contra o sarampo, México com dificuldade de abastecer, e o Brasil com São Paulo concentrando os casos, e pouquíssimos produtores mundiais de vacina. Imaginamos que o preço da vacina deve ter tendência de alta, porque vai acabar prevalecendo a lei de mercado", disse Mandetta, a jornalistas, em Washington.

O ministro participa de reunião de ministros da Saúde das Américas, na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), na capital americana. O ministro afirmou que o País foi apoiado a levar a pauta para a Organização Mundial da Saúde, para que as metas de 2020 e 2030 sobre vacinação considerem o tema como um bem imaterial da humanidade. "O Brasil percebe uma falha de mercado na produção de vacinas global", afirmou Mandetta. Ainda sobre sarampo, o ministro voltou a dizer que há dificuldade em lidar com "uma geração inteira que só tomou uma dose" da vacina. "O Brasil tem uma boa cobertura para primeira dose, que é feita aos 12 meses, mas não tem uma boa cobertura para a segunda dose do sarampo", afirmou.

Ele também disse que "um movimento anti-vacina baseado em 'fake news'" atrapalha a imunização. "E você tem um outro fenômeno, que são as mães atuais que não viram essa doença. As avós viram, mas uma geração mais jovem acha que isso não existe, minimiza, não viveu o estresse que foi controlar essas doenças", afirmou Mandetta. Em Nova Iorque, a matrícula nas escolas fica condicionada à apresentação do atestado de vacinação contra Sarampo e as famílias devem prestar contas, mesmo se alegarem motivos religiosos para não vacinarem as crianças. Um surto de sarampo na cidade acarretou na nova legislação. A prefeitura de Nova Iorque ordenou a vacinação em áreas da cidade e chegou a estabelecer inclusive multas aos que não se vacinarem.

Questionado sobre o tema, Mandetta disse ter dúvida se a política punitiva é o caminho correto. "No caso, é mais a construção de consciência mesmo", afirmou. Ele mencionou ter ido ao Congresso solicitando que as consequências da não vacinação sejam colocadas em "um patamar um pouco mais importante". O ministro quer que as escolas solicitem a carteira de vacinação na matrícula, não para impedir a inscrição da criança, mas para comunicar ao Ministério Público e ao Conselho Tutelar em caso de ausência de imunização básica.

O ministro também mencionou que quer que 100% dos homens que, aos 18 anos, se apresentam ao Exército sejam vacinados. Segundo ele, o Bolsa Família é o único programa social no Brasil que condiciona o pagamento do benefício à apresentação da carteira de vacinação em dia.


Agência Estado e Correio do Povo


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Setor público registra déficit primário de R$ 13,44 bilhões em agosto

Dívida bruta sobe para 79,8% do PIB e volta a bater recorde

Déficit nominal atingiu R$ 280,759 bilhões nos oito primeiros meses do ano

Déficit nominal atingiu R$ 280,759 bilhões nos oito primeiros meses do ano | Foto: Marcos Santos / USP Imagens / Divulgação / CP

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Formado por União, estados, municípios e empresas estatais, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 13,448 bilhões em agosto, divulgou, nesta segunda-feira, o Banco Central (BC). O resultado representa uma leve melhora em relação à agosto do ano passado, quando as contas ficaram negativas em R$ 16,876 bilhões. Entretanto, o déficit ainda é superior ao rombo de R$ 9,529 bilhões registrado no mesmo mês de 2017.

O déficit primário representa o resultado negativo das contas do setor público desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. O montante difere do resultado divulgado na sexta-feira pelo Tesouro Nacional porque, além de considerar os governos locais e as estatais, o BC usa uma metodologia diferente, que considera a variação da dívida dos entes públicos.

No mês passado, segundo o BC, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve déficit primário de R$ 16,459 bilhões. Os estados e os municípios registraram superávit de R$ 2,657 bilhões; e as estatais, déficit primário de R$ 355 milhões.

Nos oito primeiros meses do ano, o setor público acumula déficit de R$ 21,95 bilhões. O déficit primário do Governo Central chega a R$ 42,535 bilhões de janeiro a agosto. O resultado negativo foi parcialmente compensado pelos superávits primários de R$ 19,815 bilhões pelos estados e municípios e de R$ 770 milhões das estatais (federais, estaduais e municipais).

O resultado do Banco Central é o levado em conta para o cumprimento da meta fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias e no Orçamento Geral da União, que corresponde a R$ 132 bilhões de déficit primário nos três níveis de governo e nas estatais para 2019. Este será o sexto ano consecutivo de resultados negativos nas contas públicas.

Os gastos com os juros da dívida pública totalizaram R$ 50,187 bilhões no mês passado. Essas despesas chegam a R$ 258,808 bilhões de janeiro a agosto e a R$ 349,203 bilhões – 4,96% do Produto Interno Bruto (PIB) – no acumulado de 12 meses até agosto.

Resultado nominal

O déficit nominal, representado pela soma do resultado primário e dos juros, atingiu R$ 63,644 bilhões em agosto, R$ 280,759 bilhões nos oito primeiros meses do ano e R$ 444,711 bilhões (6,32% do PIB).

O resultado nominal é levado em conta pelas agências de classificação de risco ao analisar o endividamento de um país. Quanto maior o rombo nas contas públicas, a recomendação de investimento piora porque o país não está conseguindo economizar para pagar a dívida pública.

Dívida bruta

A dívida bruta do setor público avançou em agosto e voltou a bater recorde. Em agosto, o indicado chegou a 79,8% do PIB (R$ 5,617 trilhões), contra 79% do PIB em julho e 77,2% em dezembro do ano passado. Assim como o resultado nominal, a dívida bruta é usada pelas agências de classificação de risco para traçar comparações internacionais.


Agência Brasil e Correio do Povo

Guarda Municipal de Novo Hamburgo recebe viaturas e drones para monitoramento

Drones também serão utilizados em operações da Defesa Civil

Por Stephany Sander

Guarda Municipal de Novo Hamburgo recebeu viaturas e drones para monitoramento

Guarda Municipal de Novo Hamburgo recebeu viaturas e drones para monitoramento | Foto: Stephany Sander / Especial CP

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A Guarda Municipal de Novo Hamburgo recebeu, na tarde desta segunda-feira, nove novas viaturas e dois veículos aéreos não tripulados (VANTs), popularmente conhecidos como drones. Os equipamentos serão usados no monitoramento da cidade. A ação faz parte do processo de reestruturação da corporação, que já conta com R$ 2,5 milhões de investimentos.

Os novos veículos são sedans de porte médio, modelo Chevrolet Cobalt, e cada um custou aproximadamente R$ 85 mil. Já os drones somam mais de R$ 25 mil. Todos os recursos são oriundos do Programa Municipal de Desenvolvimento Integrado (PDMI), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimentos (BID).

Segundo o secretário de Segurança, general Roberto Jungthon, nas próximas semanas os agentes da Guarda Municipal irão passar por capacitação para operar os drones e a expectativa é que até o final da primeira quinzena de outubro os equipamentos ja estejam em cooperação. “Eles darão a possibilidade de ampliar a capacidade de monitoramento da Guarda Municipal em áreas de difícil visualização, além de serem aproveitado também em ações da Defesa Civil”, explicou.

Os veículos não tripulados contam com microfone, farol, sinalizadores, sensores de movimento e câmera de transmissão ao vivo e filmagem, que operam com até 7 quilômetros de distância.


Correio do Povo

FGTS: adesão ao saque-aniversário começa nesta terça; veja regras

A modalidade não deve ser confundida com o "saque imediato", que permite a todos os trabalhadores a retirada de 500 reais por conta vinculada

Por Diego Freire

Contas inativas FGTS: como consultar saldo

No caso do saque-aniversário, a Caixa permitirá uma retirada anual, limitada a percentuais do saldo em conta, a partir de 2020 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A Caixa Econômica Federal disponibilizou, na madrugada desta terça-feira 1º, uma cartilha atualizada com informações para movimentações de contas do FGTS. O documento confirma que, a partir desta data, trabalhadores já podem comunicar o banco se desejam aderir à nova modalidade conhecida como “saque-aniversário”. O manual completo pode ser baixado na página do banco.

Para aderir ao saque-aniversário é necessário manifestar interesse pelo site do FGTS (na seção “saque-aniversário”, realizando cadastro pelo número do CPF) ou no aplicativo “FGTS”, que está disponível para download na Google Play Store(para dispositivos com sistemas Android) ou na Apple Store (para iPhones).

A modalidade não deve ser confundida com o “saque imediato“, que permite a todos os trabalhadores o saque de 500 reais por conta vinculada que tenha a quantia disponível. Os saques podem ser realizados de acordo com o mês de aniversário do trabalhador e clientes da Caixa possuem prioridade para receber as quantias. Confira aqui o calendário e as condições para o saque imediato.

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No caso do saque-aniversário, a Caixa permitirá uma retirada anual, limitada a percentuais do saldo em conta, a partir de 2020. Apenas quem manifestar interesse pelos canais do FGTS fará parte desse plano. Caso o trabalhador não tenha interesse, basta que não adote qualquer ação.

Há uma contrapartida do banco para os optantes ao saque anual no mês do aniversário: eles não terão mais o direito de retirar todo o dinheiro em caso de demissão sem justa causa. É possível mudar de ideia, mas para isso será necessário aguardar um período de carência de dois anos.

O trabalhador que optar pela sistemática de saque-aniversário poderá receber, anualmente, no mês de seu aniversário, parte do somatório dos saldos de suas contas vinculadas – apurados na data do débito por meio da aplicação da alíquota correspondente e pelo acréscimo da parcela adicional, estabelecidas na tabela abaixo:

Limite das Faixas de Saldo (em R$)
Alíquiota
Parcela Adicional em (R$)

de 00,01 até 500,00
50,00%

de 500,01 até 1.000,00
40,00%
50

de 1.000,01 até 5.000,00
30,00%
150

de 5.000,01 até 10.000,00
20,00%
650

de 10.000,01 até 15.000,00
15,00%
1.150,00

de 15.000,01 até 20.000,00
10,00%
1.900,00

acima de 20.000,01
5.0%
2.900,00

Ou seja, com 500 reais no somatório das contas o trabalhador poderá sacar 50% do valor no mês do aniversário (250 reais), sem quantia adicional. Para um saldo de 600 reais, é permitido o saque de 40% do valor (no caso, 240 reais), acrescidos de uma parcela adicional de 50 reais, totalizando 290 reais que seriam retirados no somatório das contas. Já uma pessoa com 21 mil reais no somatório das contas do FGTS, na fatia máxima da tabela, poderia retirar 5% desse total (1050 reais), mais uma parcela adicional de 2900 reais, totalizando 3950 reais.

Aderindo a essa modalidade o trabalhador abre mão do saque do valor integral do FGTS no caso de uma demissão sem justa causa, mas mantém o direito de receber multa rescisória de 40% sobre o valor total da conta. Ele também poderá continuar sacando os valores das contas anualmente, mesmo demitido, e seguirá com a possibilidade de utilizar o saldo para situações previstas em lei, como em caso de compra de imóvel, doenças graves ou aposentadoria, entre outras.

Mesmo optando pelo “saque-aniversário” a partir deste 1º de outubro, o trabalhador pode alterar a modalidade desejada quantas vezes quiser até 1º de janeiro de 2020, quando será efetivada a última opção desejada pelo e terão início os pagamentos.

O trabalhador que optar pelos saques anuais deverá indicar uma entre duas opções de datas para receber os pagamentos: no primeiro dia útil do mês de aniversário (neste caso, o débito da conta vinculada ocorrerá antes do crédito de juros e atualização monetária do mês em questão) ou no dia 10 ou próximo dia útil subsequente, quando este dia for sábado, domingo ou feriado (nesse caso, o débito na conta vinculada ocorrerá após crédito de juros e atualização monetária do mês de aniversário).

Os pagamentos poderão ser realizados em contas bancárias da Caixa ou de outro bancos, além da opção de retirá-los em canais de pagamento físico da Caixa (como lotéricas ou agências, entre outros).

VEJA ouviu especialistas para avaliar se vale a pena aderir ao saque-aniversário. Leia as análises aqui.


Veja

Peru: Parlamento suspende presidente por ‘incapacidade moral’; vice assume

Mais cedo, Martín Vizcarra dissolveu o Parlamento e declarou que convocaria eleições

Por Da Redação

Martín Vizcarra e Mercedes Aráoz (Andres Valle/Presidência do Peru/Flickr/Andrea Verdelli/ Reuters/VEJA)

A vice-presidente do Peru, Mercedes Aráoz, tomou posse como presidente interina do país na noite desta segunda-feira, após o Congresso – liderado pela oposição – decidir suspender por um ano o presidente Martín Vizcarra por “incapacidade moral”.

“Estou assumindo temporariamente a Presidência da República”, afirmou Aráoz antes de dizer que Vizcarra “incorreu em grave infração constitucional” ao anunciar, horas antes, a dissolução do Congresso.

Aráoz declarou que é o seu “dever como cidadã, como mulher, como mãe, e como vice-presidente assumir este mandato”, embora a decisão de Vizcarra conte com grande apoio da população.

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O Congresso do Peru suspendeu o presidente Martín Vizcarra do cargo durante 12 meses por “incapacidade moral”, logo após o governante ter anunciado nesta segunda-feira a dissolução do órgão em meio a uma crise entre os poderes Executivo e Legislativo.

A decisão foi tomada com 87 votos dos legisladores presentes no plenário, a maioria do partido fujimorista Força Popular, de seu aliado Partido Aprista e representantes da direita e da extrema-direita.

Em meio ao impasse, o chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas e os comandantes do Exército, Marinha, Força Aérea e Polícia Nacional reafirmaram “seu pleno apoio à ordem constitucional e ao presidente Martin Vizcarra como chefe supremo.

A informação foi publicada no Twitter da presidência junto a uma foto da reunião dos comandantes militares com Vizcarra no Palácio do Governo.

O presidente lançou um ultimato ao Congresso no domingo, anunciando que o dissolveria caso lhe negasse um voto de confiança para reformar o método de nomeação de magistrados, buscando assim impedir que o tribunal superior seja tomado pela oposição.

Mas o Congresso, controlado pela oposição fujimorista, decidiu nesta segunda-feira ignorar o pedido do presidente e iniciar de imediato a nomeação.

“Está claro que a obstrução e a blindagem (do Congresso) não cessam e não haverá acordo possível”, disse o presidente, enquanto centenas de manifestantes reunidos do lado de fora do parlamento comemoravam sua decisão.

(Com EFE e AFP)


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Indústria de transformação é o setor que mais perdeu vagas no RS

Em oposição, menor corte de vagas ocorreu no Litoral Norte entre 2003 a 2017

Por Samantha Klein

Materiais que seriam destinados para as plataformas P-71 e P-72 foram vendidos como sucata

Materiais que seriam destinados para as plataformas P-71 e P-72 foram vendidos como sucata | Foto: Alina Souza

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O estudo sobre a Estrutura e evolução do emprego formal no RS e em suas Regiões Funcionais (2003-17), desenvolvido pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria do Planejamento (Seplag), fez um raio-x do emprego e desemprego no Estado no últimos anos.

Divulgado nesta segunda-feira, o levantamento mostra que os setores da tríade maior empregabilidade, menor qualificação e menores salários, tais como o coureiro-calçadista e o naval, foram os mais afetados a partir da retração econômica enfrentada no País. Esses são exemplos de indústria de transformação, setor que modifica a matéria-prima em algo novo.

A análise feita por pesquisadores do Departamento é baseada em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), de periodicidade anual e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Os empregos nos setores de industriais de materiais de transporte recuaram 32,7%, assim como a indústria mecânica apresentou corte de 22% de suas vagas entre 2015-2017. O setor de calçados, que já havia encolhido, perdeu mais 9,7% da força de trabalho formalmente empregada.

O estudo confirma a desaceleração do emprego, em especial, nas regiões Metropolitana, Serra e Sul. Essa última demonstra um fenômeno diferente das demais áreas do Estado devido à criação de milhares de vagas ligadas ao Estaleiro Rio Grande e ao Porto quando estavam em construção as plataformas P-71 e P-72. No caso do estaleiro, por exemplo, a Ecovix ingressou com recuperação judicial e realizou uma onda de demissões a partir de 2014. 

Indústria de transformação

Os setores que, em momentos de economia em alta empregavam mais pessoas com baixa qualificação foram os mais prejudicados no pós-2014. Por outro lado, a tendência é de demora na recuperação desses postos de trabalho. "Especialmente na indústria e um pouco nos serviços, é bem comum redução nos setores que pedem menos qualificação", resume o pesquisador Guilherme Sobrinho.

Também autor do estudo, o pesquisador Tomás Pinheiro Fiori, ressalta que a região de Rio Grande é um exemplo de ascensão e retração muito rápidas. "Tivemos momentos muito distintos ali com a enorme expansão do trabalho na metade dos anos 2000 e depois o recuo em massa dessa indústria com o fim das obras dos estaleiros". 

Nessa região, os números surpreendem em termos de indústria da transformação. Em 2014, no início da crise econômica, havia 27.951 pessoas empregadas na chamada "região funcional 5" ou Corede Sul, que congrega 22 municípios. Já em 2017, era 18.871 empregos. A variação negativa é de 32,5% e a tendência é de que outras centenas de vagas tenham sido extintas.

A Serra, ao longo de todo o período analisado, foi uma região que expandiu em termos de quantidade de empregos e população, assumindo assim o protagonismo que anteriormente era da Região Metropolitana. "A questão demográfica na Serra é positiva porque as taxas de natalidade não são ainda tão baixas, há recebimento de pessoas de outras regiões, assim como a indústria metalmecânica ainda tem grande absorção de mão de obra", sustenta.

Crescimento, retração e estabilidade no Litoral

Entre 2003 e 2014, o Rio Grande do Sul teve um crescimento constante em termos de empregabilidade. A média anual foi de 3,7%, refletindo-se em todas as atividades.

Já a partir de 2014, há uma fase acentuada de reversão conforme os dados do extinto Ministério do Trabalho. A perda média de vagas de empregos foi de 2,3% ao ano até o final de 2017.

Na contramão do fluxo de recessão, o Litoral foi a região que mais variou positivamente no período entre 2003 e 2017, conforme destaca Guilherme Sobrinho. "Essa variação do emprego formal é condizente com a realidade demográfica porque é a região que vem recebendo população do restante do Estado nos últimos anos".

A região litorânea, em especial o Litoral Norte, se destaca pelos serviços e comércio. "Como não é uma região de indústria de transformação, caracteriza-se pelo turismo de temporada e moradia de pessoas que se aposentam, é favorável para os serviços e comércio. Embora não há aumento de PIB, as pessoas que vão morar na praia, levam renda que foram geradas em outras regiões, tais como aposentadoria e aluguéis", complementa Fiori. 


Correio do Povo