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terça-feira, 1 de outubro de 2019
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
Foto de lixo é tirada de contexto para atacar ‘hipocrisia’ do público do Rock in Rio
POLITICA.ESTADAO.COM.BR
Foto de lixo é tirada de contexto para atacar ‘hipocrisia’ do público do Rock in Rio
Imagem de 2013 voltou a circular no Facebook após primeiro fim de semana do festival; publicação acusa público de "querer
Ex-Walmart, o grupo Big corre atrás do básico
Um ano depois de ser comprado pelo fundo de investimento Advent, o Walmart Brasil, agora grupo Big, investe para tentar igualar a concorrência
Loja do Maxxi em Diadema: reformada, a unidade vai servir de modelo para as outras (Alexandre Battibugli/EXAME)
Há pouco mais de três anos, o fundo de investimento americano Advent viu uma oportunidade onde a maior parte do mercado só via problemas: a operação brasileira da rede de supermercados americana Walmart. Após muita insistência, o fundo conseguiu marcar uma reunião na sede da companhia, em Bentonville, no estado de Arkansas, para apresentar sua proposta. Passaram-se dois anos entre a primeira conversa e o fechamento de um acordo, em junho de 2018.
Sem pagar um real, o Advent ficou com 80% da operação do Walmart no Brasil, e se comprometeu a investir 2 bilhões de reais na empresa até 2021. Foi o maior negócio do fundo em duas décadas no país e também o mais desafiador. Não era segredo para ninguém que a divisão brasileira do gigante do varejo acumulava prejuízos e não estava entre as prioridades da matriz. A operação adquirida tinha lojas em estado de abandono, equipes sobrepostas e pouca conexão com os consumidores de seus principais mercados. O Walmart é um tremendo desafio. Mas o trabalho está em curso.
O interesse do Advent veio com a crise econômica. Em 2016, a gestora buscava empresas para investir o dinheiro de um fundo de 2,1 bilhões de dólares levantado com foco na América Latina. O Brasil estava no auge da recessão e a meta era focar setores resistentes. A experiência da crise econômica de 2008 nos Estados Unidos mostrava que os setores de varejo alimentar e de autopeças tinham espaço mesmo na crise. E o Advent já possuía experiência no varejo brasileiro, com participações em redes como a gaúcha Quero Quero, que vende material de construção e eletrodomésticos, e a Dufry, de produtos importados.
Para entrar no ramo de supermercados a oportunidade disponível era de um gigante. O Walmart ocupa a terceira posição no ranking de maiores empresas do setor no Brasil e faturou 28 bilhões de reais em 2017, menos do que os 28,5 bilhões de 2013. Na visão do Advent, era uma oportunidade.
Um ano depois de assumir o negócio veio uma decisão radical: abrir mão da marca Walmart e transformar a empresa em grupo Big, dono das bandeiras Big, Bompreço, Maxxi, Sam’s Club, Nacional e TodoDia. A decisão foi recebida com surpresa pelos consumidores, mas faz sentido na visão de especialistas. “A marca Walmart perdeu força no Brasil. Ressuscitá-la seria caro. Então, adotar uma marca local, mais próxima, foi uma boa ideia”, diz Ricardo Rodrigues, diretor da AGR Consultores.
O trabalho mais relevante, porém, está acontecendo longe dos holofotes, a cargo do novo presidente, Luiz Fazzio, ex-Carrefour. O Walmart, que ficou com 20% da empresa, também tem um dos cinco assentos no conselho de administração. Após um diagnóstico dos (poucos) pontos fortes e dos (muitos) pontos fracos da operação, o fundo definiu cinco pilares de atuação, em um plano de sete anos. A meta principal é apenas e tão-somente chegar ao mesmo patamar da concorrência. “Não dá para falar em inovação enquanto não for feito o básico”, diz um executivo próximo ao Advent.
A primeira meta é reforçar sua operação de atacarejo, o Maxxi. Maiores concorrentes da companhia, o Grupo Pão de Açúcar e o Carrefour vêm investindo em suas bandeiras Assaí e Atacadão, respectivamente, que ganharam espaço na crise econômica. O Assaí abriu 18 lojas só no ano passado; o Atacadão, 20. O Maxxi andou para trás. Há dez anos, a marca tinha 55 lojas; hoje, tem 43. Para reverter o encolhimento, não basta abrir unidades. “O fato de a empresa não ter dado atenção a esse formato gerou um desgaste de imagem e um distanciamento do cliente”, diz Alexandre van Beeck, sócio da consultoria de varejo GS&Consult.
Enquanto os concorrentes se adaptaram para atender melhor os consumidores, o Maxxi se manteve focado em atender pessoas jurídicas. Os corredores do Maxxi até pouco tempo tinham fardos fechados de desodorantes e pouca variedade de marcas. A nova gestão contratou o executivo Beto Alves, que veio do Atacadão com a missão de colocar o Maxxi no presente. A loja de Diadema, na Grande São Paulo, uma das maiores da rede, foi reformada e seu modelo agora está sendo replicado em outras unidades. Além de novos equipamentos, a loja ampliou o sortimento, de 4.000 para 6.000 produtos, e reduziu o espaço voltado para pequenos comerciantes.
Para atender esse público, a marca reforçou as vendas por telefone. A meta é reformar todas as unidades até o fim do ano; já foram 27. As unidades renovadas têm visto o faturamento crescer em 50%, com dois pontos a mais de margem. Em breve, o Maxxi ganhará sua primeira nova loja, em São Paulo, depois de anos perdendo espaço. Virá da reforma de uma unidade do Walmart na Vila Maria.
Supermercado controlado pela Amazon: o setor está em transformação | Richard Levine/AGB Photo
Na mesma linha de atuação, o grupo também vai ampliar o Sam’s, clube de compras de produtos importados que tem atualmente 28 lojas no Brasil. Apesar do nome estrangeiro, a marca foi mantida pelo Advent por motivos estratégicos. O formato é semelhante ao do atacado, com embalagens grandes e econômicas. Mas os produtos são importados e os sócios pagam 75 reais por ano para ter acesso a itens exclusivos. A bandeira é considerada um das grandes vantagens do grupo Big no mercado brasileiro.
Com a venda do negócio ao Advent, a divisão local do Sam’s Club tornou-se a única no mundo não operada diretamente pelo Walmart. Enquanto nos outros formatos o Big precisa correr atrás da concorrência, o modelo do Sam’s Club não tem equivalente no país. A meta da empresa é chegar a 80 lojas do Sam’s Club no Brasil, sendo que 30 delas devem vir de unidades convertidas. A primeira nova loja da marca foi inaugurada neste mês, em Brasília, com 20 mil novos sócios — as vendas cresceram até cinco vezes nos primeiros dias.
Enquanto Maxxi e Sam’s Club ganham lojas, os hipermercados vão perder espaço. O Advent comprou a companhia com cerca de 120 unidades de hipermercados. Quando a arrumação da casa terminar, a ideia é que o formato tenha entre 50 e 60 lojas. Até lá, todas as unidades devem passar por reforma.
O plano é investir 1 bilhão de reais em reformas e conversão de lojas até dezembro do ano que vem. Renovadas, as unidades têm sido reinauguradas com festas para aproximar o cliente. Um show surpresa da cantora Elba Ramalho no centro de Recife marcou o relançamento das lojas em Pernambuco, onde o grupo usa a marca Bompreço. Até o final do ano serão reinauguradas as oito lojas na cidade de São Paulo com a marca Big. O sortimento das unidades está diferente. O grupo criou departamentos regionais de compras em Recife, Salvador e Porto Alegre para aumentar a oferta de marcas locais. As lojas de Pernambuco, por exemplo, não tinham bolo de rolo.
Entregador da Rappi: parceria com o Carrefour no Brasil | Getty Images
Para melhorar a rentabilidade, além de vender mais, a empresa tem de ser mais eficiente. Na antiga gestão, os processos internos eram tantos que se levavam 15 dias para mudar o preço de um produto na loja. Agora a alteração acontece em um dia — como na concorrência. Um próximo passo é aproveitar melhor o espaço dos terrenos. O Advent identificou 251 imóveis próprios com potencial de desenvolvimento de prédios residenciais e comerciais. A ideia é fazer parcerias com incorporadoras. Um projeto piloto com três imóveis já está em estudo.
E o digital?
Toda essa reorganização deve levar pelo menos dois anos. É um trabalho necessário, mas que fará a rede Big perder ainda mais tempo para a concorrência. “O mercado amadureceu nos últimos anos. A régua ficou mais alta, e o fundo vai ter trabalho para transformar o Big em um negócio atraente”, diz um empresário do setor. Uma das maiores frentes de inovação é a digital. As compras online ainda são pouco expressivas no Brasil — foram 68 bilhões de reais no ano passado, cerca de 4% do varejo total.
Nos Estados Unidos, o volume de vendas na internet bateu 444 bilhões de dólares em 2018, cerca de 10% do varejo total. Por lá, concorrentes online, como a Amazon, começaram a abrir e comprar supermercados. “O avanço da concorrência fez com que o Walmart percebesse que precisa olhar mais para o e-commerce e menos para as lojas físicas”, afirma Neil Stern, sócio da consultoria de varejo McMillanDoolittle, baseada em Chicago, nos Estados Unidos.
Mas, no Brasil, o trabalho de reerguer as lojas físicas tem deixado pouco tempo para o grupo Big se ocupar do online. Em maio deste ano, a empresa encerrou seu marketplace. A avaliação interna foi de que a operação perdia muito dinheiro e gerava pouca receita. Além disso, o negócio não tinha sinergias com as lojas físicas. O Advent prepara uma nova abordagem para o digital e deve lançar um piloto em São Paulo nos próximos meses. Enquanto o Big engatinha, o Grupo Pão de Açúcar já oferece a modalidade “clique e retire” em 89 lojas.
No ano passado, a companhia comprou a startup de entregas James Delivery. O Carrefour firmou parcerias com as startups Rappi, de entregas, e Propz, de análise de dados. O risco é o Big correr para alcançar os concorrentes e, quando chegar lá, perceber que ficou para trás de novo.
Exame
Com guerra comercial, China celebra 70 anos da Revolução Comunista
China passou de país devastado pela guerra à segunda maior economia do mundo. Agora, em meio à guerra comercial com os EUA, país tenta manter o crescimento
Por Redação EXAME
China: país celebra nesta semana os 70 anos da revolução que colocou o Partido Comunista no poder (Kevin Frayer/Getty Images)
A China celebra nesta semana os 70 anos da revolução que colocou o Partido Comunista no poder. No dia 1º de outubro de 1949, era fundada a República Popular da China (RPC), que anos mais tarde se tornou uma potência econômica capaz de brigar com os Estados Unidos.
Com o aniversário, a RPC ultrapassa em um ano o tempo de existência da União Soviética e o Partido Comunista se torna o segundo partido há mais tempo no poder, atrás somente do Partido dos Trabalhadores da Coreia.
Para comemorar, o governo organizou um gigantesco desfile militar na capital Pequim, liderado pelo presidente Xi Jinping e marcado para as últimas horas desta segunda-feira 30, pelo horário de Brasília. O evento vai contar com cerca de 15.000 funcionários e centenas de aeronaves e peças do arsenal militar.
O desfile com aparatos militares modernos busca lembrar como o país passou de um território devastado pela ocupação japonesa, com 90% da população vivendo no campo, para tornar-se 60% urbano e a segunda maior economia do planeta.
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Na última sexta-feira 27, em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o ministro das Relações Exteriores chinês Wang Yi disse que, nas últimas sete décadas, 850 milhões de chineses foram retirados da pobreza e que centenas de milhares ingressaram na classe média.
O que o ministro não deixou claro é que o período de transição não foi fácil para os chineses. O líder Mao Tse-tung, que fundou a RPC, realizou reformas estruturais, coletivizou fazendas e reestruturou as estruturas sociais do país, mas cerca de 45 milhões de pessoas morreram de fome durante seus anos no poder.
Parte do que tornou a China uma potência no século 21 foram as mudanças lideradas por Deng Xiaoping há 40 anos, que colocaram o país em um modelo econômico único, chamado de “economia socialista de mercado”.
Hoje, o governo de Xi Jinping, que reforçou o controle da mídia estatal e construiu um novo culto em torno dos símbolos de Estado, tenta manter o crescimento da nação. Em 2019, o país sofre com os efeitos da guerra comercial travada com os Estados Unidos, na qual ambos atuam sobretaxando milhões de dólares em produtos dos rivais. As consequências internas já são sentidas, com o crescimento da produção industrial em agosto subindo 4,4%, o ritmo mais fraco em mais de 17 anos.
Politicamente, o país também sofre com os protesto de Hong Kong, que acontecem ininterruptamente há mais de três meses, na pior crise com a ex-colônia britânica desde seu retorno à China em 1997. Em 9 de junho, mais de um milhão cidadãos da ilha, que gozam de autonomia em relação ao governo central chinês, foram às ruas protestar contra uma lei do governo local que autorizaria extradições para a China continental.
Devido à repressão violenta por parte das autoridades, agora, mesmo com a retirada oficial do projeto de lei, os governantes não conseguem cessar os protestos, que ganharam repercussão internacional — neste domingo 29, os protestos voltaram a ter confronto entre a polícia e os manifestantes, com alguns cartazes criticando os 70 anos de governo do Partido Comunista.
As crises internas e externas acontecem enquanto a China tenta expandir sua “nova Rota da Seda”, batizada de “Iniciativa Belt and Road”. O projeto foi lançado em 2013 para investir mais de 1 trilhão de dólares em infraestrutura na Ásia, Europa, Oriente Médio e África e tornar a China uma força de influência no Oriente.
Até agora, foram mais de 200 bilhões de dólares emprestados e 90 bilhões investidos, segundo o governo. Para conseguir focar novamente as atenções no crescimento, contudo, o presidente Xi Jinping precisará negociar com os descontentes, dos Estados Unidos a Hong Kong.
Exame
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Hotel fazenda do Litoral cria pacote turístico com atrações da Serra para trazer gente de fora do RS
A ideia é organizar melhor o turismo da região
GIANE GUERRA
Vista aérea do Acqua LokosDivulgação Acqua Lokos
Conhecido parque aquático do Litoral, o Acqua Lokos está lançando um pacote turístico que une passeios na praia com uma viagem também para a serra gaúcha. A ideia é atrair turistas de fora do Rio Grande do Sul, usando a fama já grande da Serra para movimentar também a região litorânea.
A empresa entende que o turismo do Litoral ainda é desorganizado. A ideia é que o trabalho da iniciativa privada supra lacunas. Em especial, que a economia da região dependa menos do veraneio. Diretor do Acqua Lokos, Fabiano Brogni diz que fora listadas 40 atrações possíveis para oferecer no inverno e 50 no verão, além de roteiros serranos, como Caminhos de Pedra e Vale dos Vinhedos.
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— Há ainda a possibilidade de passar pelos cânions do Rio Grande do Sul, através da bela rodovia Rota do Sol — acrescenta o executivo.
O pacote modelo é para três pessoas com duração de cinco dias e custa a partir de R$ 3,5 mil. Incui voo de São Paulo para Porto Alegre, aluguel de veículo, hospedagem e acesso ao parque. Há outras opções.
Hall da fama
Situado no litoral do Rio Grande do Sul, o Acqua LokosParque Hotel entrou para o chamado "Hall da Fama" do TripAdvisor em maio. O site reúne avaliações feitas por turistas e dá este selo para estabelecimentos que recebem pela quinta vez consecutiva outra avaliação, chamada de Certificado de Excelência e que premia locais que sempre recebem ótimas avaliações.
Empreendimento em Capão da Canoa, o Acqua Lokos ganhou o certificado na categoria Hotel, fazendo com que entrasse para os os "mais famosos" entre os viajantes. O empreendimento, no entanto, também tem a referência na categoria Parque.
Antes conhecido apenas como parque aquático, o Acqua Lokos virou um centro de lazer do Litoral nos últimos anos. A empresa também decidiu funcionar inclusive no inverno. O objetivo era driblar o efeito da sazonalidade, que deixa o negócio muito mais difícil de tocar.
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
GaúchaZH
Presidente do Peru determina dissolução do Congresso
Martín Vizcarra alega que negação ‘fática’ de voto de confiança lhe teria aberto caminho para fechar Parlamento dominado pela oposição em meio à escolha de novos integrantes da Suprema Corte
O Globo, com agências internacionais
Manifestantes do lado de fora do Congresso do Peru apoiam a ameça, agora concretizada, do president Martín Vizcarra de dissolver a Casa Foto: GUADALUPE PARDO/REUTERS
LIMA – O Peru mergulhou em uma grave crise constitucional nesta segunda-feira com decisão do presidente Martín Vizcarra dedissolver o Congressounicameral do país. O movimento acontece em meio ao processo de escolha pelos parlamentares de seis dos sete integrantes do Tribunal Constitucional , a Suprema Corte do Peru. Os congressistas responderam apresentando moção de vacância da Presidência por "incapacidade moral" do chefe de Estado e agora decidem se votarão a medida ainda nesta segunda.
— Estou dando uma solução democrática e constitucional ao impasse que enfrentamos há meses ao permitir que os cidadãos definam nas urnas o futuro do país — justificou Vizcarra em pronunciamento na TV em que anunciou sua decisão.
Vizcarra busca evitar que o atual Parlamento, dominado pela oposição liderada pela direitista Força Popular, de Keiko Fujimori, indique quase a totalidade do Tribunal Constitucional. Candidata derrotada nas eleições presidenciais de 2016 e filha do ex-presidente Alberto Fujimori, Keiko está presa e sob investigação por sua ligação com o escândalo de corrupção envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht.
Mais cedo, o primeiro-ministro do Peru, Salvador del Solar, havia apresentado pedido de votação de uma chamada "questão de confiança" quanto a projeto enviado ao Congresso pelo presidente para alterar o processo de escolha dos integrantes do Tribunal Constitucional. Segundo Vizcarra, a intenção do projeto é deixar esta escolha mais transparente, mas, na prática, sua apreciação forçaria uma interrupção do atual processo de substituição de seus integrantes.
Vizcarra decidiu pela manobra do voto de confiança depois de ver proposta sua de antecipar para o ano que vem as eleições gerais previstas para 2021 engavetada pelo Congresso. O mandatário acusa o Parlamento dominado pela oposição de bloquear seu trabalho com sucessivas interpelações a seus ministros e pressão para renúncia de integrantes do Gabinete.
Pela Constituição peruana, um presidente pode fechar o Congresso e convocar novas eleições legislativas se o Parlamento rechaçar duas vezes o governo por meio do mecanismo constitucional da “questão de confiança”, negando respaldo a seu gabinete ministerial, a um projeto de lei ou política governamental.
Segundo o presidente, essa confiança já havia sido negada duas vezes anteriormente quando o Parlamento rechaçou projetos de reforma política por ele apresentados este ano, e novamente o foi agora, de maneira "fática", com o início pelo parlamentares, ainda nesta segunda-feira, da escolha dos novos integrantes do Tribunal Constitucional, mesmo sob ameaça de dissolução.
Pela manhã, a Casa aprovou com 87 votos o nome de Gonzalo Ortiz de Zevallos Olaechea, primo do presidente do Parlamento, Pedro Olaechea, para integrar a Corte Suprema. Já Manuel Sánchez Palacios, com 73 votos a favor, seis contra e 13 abstenções, fracassou em obter a aprovação mínima de 87 parlamentares, ou dois terços dos 130 assentos do Legislativo. Olaechea anunciou que o processo continuaria nesta terça com a avaliação de mais sete postulantes oo Tribunal Constitucional do país.
A última vez que um presidente do Peru fechou o Congresso foi em 1992, quando Alberto Fujimori alegou obstrução a temas de segurança e economia. Seus opositores, no entanto, afirmam que ele fez isso para barrar investigações de corrupção.
O escândalo da Odebrecht também atingiu quatro ex-presidentes do Peru: Pedro Pablo Kuczynski, conhecido pela sigla PPK e que cumpre prisão domiciliar; Alejandro Toledo (2001-2006), que aguarda decisão sobre sua extradição dos EUA para responder a processo relativo ao caso em seu país; Ollanta Humala (2011-2016), que aguarda a conclusão de seu processo em liberdade após a promotoria do Peru pedir pena de 20 anos de prisão; e Alan García (1985-1990 e 2006-2011), que se suicidou em abril passado antes de ser preso preventivamente por envolvimento no escândalo.
O Globo
Bolsonaro impede o aumento anual do fundo eleitoral. É preciso pressionar o Congresso pela manutenção do VETO
Juiz arquiva inquérito sobre prefeita com base na Lei de Abuso de Autoridade
O juiz Jacobine Leonardo, do Tribunal Regional Eleitoral de Tocantins, arquivou um inquérito contra a prefeita da cidade de Bernardo Sayão, Maria Benta Azevedo, com base na Lei de Abuso de Autoridade.
A investigação, relata o G1, foi aberta após o recebimento de denúncia anônima pelo Ministério Público.
Na decisão, o juiz afirmou que o arquivamento é “medida que se impõe, sob pena de configuração do art. 27 da lei 13.869, de 05 de setembro de 2019”.
A norma diz que é crime “requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa”.
O Antagonista