quinta-feira, 4 de julho de 2019

Gramado da Arena do Grêmio é alvo de críticas na Copa América

Publicado em 3 de jul de 2019

Estádio do Grêmio recebe críticas de jogadores e técnicos brasileiros e estrangeiros.
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Leite relaciona adesão ao RRF com pagamento em dia do salário

Governador pretende contrair novos financiamentos, de até R$ 3 bilhões, como antecipação da venda das estatais da energia

Por Flavia Bemfica

Leite avaliou a aprovação a autorização para que o Executivo venda as três estatais do setor de energia

Leite avaliou a aprovação a autorização para que o Executivo venda as três estatais do setor de energia | Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini / CP

O governador Eduardo Leite (PSDB) fez mais uma vez, na manhã desta quarta-feira, uma estimativa do montante a ser arrecadado com as privatizações da CEEE, da Sulgás e da CRM. E vinculou indiretamente o compromisso de pagar em dia os salários dos servidores ao final do primeiro ano de governo à adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). “O Regime de Recuperação Fiscal vai nos possibilitar buscar crédito no mercado para alcançarmos aí até R$ 3 bilhões de antecipação de receitas das privatizações, que vão nos ajudar a cumprir com o compromisso dos passivos e liberar nosso orçamento para pagar os salários em dia”, disse, completando ainda que o Estado tem possibilidade de receitas extraordinárias em outras operações que está estruturando. As declarações foram feitas durante coletiva de avaliação da aprovação, na terça, pela Assembleia Legislativa, da autorização para que o Executivo venda as três estatais do setor de energia.

Os debates a respeito de quanto o governo vai arrecadar e sobre a destinação do dinheiro seguem na pauta da base aliada, da oposição e das entidades de servidores envolvidas. Porque, na prática, os processos são complexos, há uma série de restrições ou previsões legais e a preocupação generalizada de que o dinheiro das vendas ‘vire poeira’. A Lei Complementar 159/2017, que instituiu o Regime de Recuperação Fiscal, estabelece um roteiro bem definido. O artigo 2º da lei determina que os recursos das privatizações serão destinados para a quitação de passivos. O mesmo artigo abarca a autorização para realização de leilões de pagamento, nos quais será adotado o critério de julgamento por maior desconto, para fins de prioridade na quitação de obrigações inscritas em restos a pagar ou inadimplidas.

Já o artigo 11 é o que detalha para quais finalidades o Executivo poderá buscar financiamento, a partir da adesão ao RRF. São seis ao todo: para custear programas de desligamento voluntário de pessoal; para programas de auditoria do sistema de processamento da folha de pagamento de ativos e inativos; para os leilões de pagamento previstos no artigo 2o; para a reestruturação de dívidas com o sistema financeiro; para a modernização da administração fazendária; e para a antecipação da receita da privatização das empresas.  No caso da antecipação das receitas de privatização, citado pelo governador, para a operação de crédito o Estado deverá oferecer, em benefício da União, penhor das ações da empresa a ser privatizada. E, ainda, fazer alterações no corpo diretor da empresa a ser vendida, com o objetivo de permitir que o credor (no caso a ou as instituições financeiras que emprestarão o dinheiro) indique representante.

Nesta manhã, questionado sobre como a sociedade vai acompanhar a modelagem a ser feita pelo BNDES para definir os preços de venda e a forma como serão feitas, Leite disse que nos próximos dias o BNDES vai selecionar as consultorias que darão suporte técnico aos trabalhos. Os custos de toda a modelagem, conforme o governador, serão conhecidos ao final do processo, e incluídos nas operações. “Os custos são apurados e no processo de venda serão resolvidos” resumiu. Não está claro ainda se o Estado arcará com eles ou se serão incluídos no preço final de venda. O governador afirmou também que o Executivo tem “compromisso absoluto com a transparência de todos os atos”, e que poderá, antes do final da modelagem, conforme forem sendo resolvidas etapas, “apresentar os passivos apurados e de que forma serão alocados.” Por enquanto, ainda não foi divulgado como isso será feito.


Correio do Povo

Bolsonaro abandona ideia de "pacto dos poderes" sem conseguir acordos com Congresso

Presidente pregou necessidade de "pacto de ideias" para aprovar reformas e evitar "populismo"

Agenda de Maia

Agenda de Maia "pós-Previdência" preocupa o Executivo | Foto: Carolina Antunes / PR / Divulgação CP

Sem conseguir fechar acordo com o Congresso e após sofrer uma série de derrotas, o presidente Jair Bolsonaro decidiu enterrar de uma vez por todas o "Pacto pelo Brasil". Trinta e seis dias após a reunião entre Bolsonaro e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, o protocolo de intenções que sugeria a união entre os Poderes para o surgimento de "um novo tempo" nunca chegou a sair do papel e acabou escancarando divergências.

Ao participar nesta quarta-feira, em São Paulo, da cerimônia do Exército que marcou a troca de chefia no Comando Militar do Sudeste, Bolsonaro afirmou que "a política mudou" e deu novas estocadas na direção do Congresso. "Nós não precisamos de pacto assinado no papel. O pacto que nós precisamos, com o Poder Legislativo e com o Poder Executivo, é o nosso exemplo de votarmos matérias, de apresentarmos proposições que fujam do populismo", comentou ele.

Logo em seguida, dirigindo-se ao general Luiz Eduardo Ramos - que assumirá hoje a Secretaria de Governo no lugar de Carlos Alberto dos Santos Cruz -, Bolsonaro afirmou que o passado do militar será útil na articulação do Palácio do Planalto com o Congresso. "Ajudaremos, e muito, a resgatar a credibilidade de nossas instituições", argumentou o presidente.

O "Pacto pelo Brasil" foi proposto a Bolsonaro por Toffoli, ainda em fevereiro. Em 28 de maio, quarenta e oito horas depois das manifestações de rua que defenderam o governo e alvejaram o Congresso e o Supremo, uma reunião dos chefes dos Poderes, no Palácio da Alvorada, terminou com o esboço de documento que destacava cinco pontos prioritários para o Brasil sair da crise. Na lista constavam a reforma da Previdência, a "modernização" tributária, a desburocratização das rotinas administrativas, a repactuação federativa e o combate ao crime - "nas ruas e nos gabinetes" - à corrupção e aos privilégios.

O texto, porém, foi rechaçado tanto na Câmara como no Senado. Para começar, integrantes do Centrão entenderam o trecho do documento que falava em crime de "gabinetes" como uma provocação de Bolsonaro à chamada "velha política", por causa das investigações da Lava Jato. Parlamentares chegaram a dizer, ainda, que a iniciativa representaria um "cheque em branco" para Bolsonaro. Na outra ponta, magistrados observaram que a medida feria a independência do Judiciário. "Pactos com agendas que caminham para o debate ideológico têm dificuldade de passar", disse Maia, para quem o documento acabou rotulado como "pauta do governo". Toffoli, no entanto, foi em linha oposta. "Eu penso que um pacto pelo desenvolvimento econômico e social do Brasil é um dever de todos os Poderes", afirmou o presidente do Supremo. "Ainda acredito na necessidade da harmonia e da ação conjunta nesse sentido."

Derrotas

Desde que a proposta de pacto foi discutida, o governo sofreu uma série de reveses no Congresso e até mesmo no STF. Bolsonaro ficou contrariado, por exemplo, quando o Senado derrubou os decretos que flexibilizavam o porte e a posse de armas, obrigando-o a mudar de estratégia. Além disso, a decisão do ministro Luís Roberto Barroso de suspender a Medida Provisória que transferia a demarcação de terras da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Agricultura também representou uma derrota para o governo.

A retirada do sistema de capitalização da proposta de reforma da Previdência foi vista no Planalto como outra tentativa de enquadrar Bolsonaro. O presidente declarou, recentemente, que o Congresso quer transformá-lo em uma "rainha da Inglaterra", que reina, mas não governa. E nesta quarta falou na necessidade de proposições que "fujam do populismo".

A afirmação causou mais um ruído num momento em que Bolsonaro precisa de apoio para aprovar mudanças no sistema de aposentadoria. Nos bastidores, o presidente critica a intenção do Congresso de montar uma agenda própria, pós-Previdência. Maia tem feito reuniões periódicas com a diretoria do Banco Central e quer emplacar projetos populares, como o que reduz a taxa de juros do cheque especial. Não sem motivo: um estudo do BC apresentado a ele mostrou que famílias com salários de dois a três salários mínimos entram com frequência no vermelho.

Nos bastidores, auxiliares de Bolsonaro avaliam que Maia quer concorrer à Presidência, em 2022, e tem um plano de ação no Congresso que poderá ser embalado como plataforma eleitoral.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Criar leões como bichos de estimação é permitido no Paquistão

Publicado em 3 de jul de 2019

Nos últimos anos, centenas de animais foram levados ao Paquistão ou criados no país, onde os felinos simbolizam riqueza e poder. Um leão pode custar cerca de 700 mil rúpias, já um leão branco é vendido por um milhão e 400. Os valores equivalem a entre 7 e 8.800 euros ou de 30 a 40 mil reais.
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Relator apresenta novas mudanças em terceira versão de parecer sobre Reforma da Previdência

Samuel Moreira manteve idade mínima para aposentadoria de policiais em 55 anos

Samuel Moreira apresentou nova versão de relatório sobre Reforma da Previdência

Samuel Moreira apresentou nova versão de relatório sobre Reforma da Previdência | Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados / CP

As regras para as aposentadorias dos policiais que atuam na esfera federal serão mantidas. As categorias, que incluem policiais federais e legislativos, se aposentarão aos 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e 25 anos de exercício efetivo na carreira, independentemente de distinção de sexo. A manutenção das condições consta do novo voto do relator da Reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Esta foi a terceira versão do parecer de Moreira e agora a votação está prevista para acontecer nesta quinta-feira.

Antes do início da sessão, que começou nessa quarta-feira com sete horas de atraso, líderes partidárias haviam anunciado um acordo para reduzir para 52 anos para mulheres e 53 anos para homens, a idade mínima de aposentadoria para os policiais em nível federal.

Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que a suavização das condições de aposentadorias para policiais que servem à União criaria um efeito cascata que desidrataria a reforma da Previdência. A declaração ocorreu depois que Maia se reuniu com Moreira e o presidente da comissão especial, deputado Marcelo Ramos (PL-AM).

No início da noite dessa quarta-feira, o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros, disse que o governo analisa, juntamente com o Congresso, adotar condições diferenciadas de aposentadoria para policiais federais e legislativos, que poderiam ser incluídas no relatório da reforma.

Estados

No voto lido, Moreira recuou da permissão para que estados e municípios aumentem a contribuição dos servidores públicos locais para cobrir os rombos nos regimes próprios de Previdência. A possibilidade constava do relatório apresentado pelo relator. Com a desistência, os estados e os municípios voltam a ficar integralmente fora da reforma da Previdência. Caberá às Assembleias Legislativas estaduais e às Câmaras Municipais aprovar a validade da reforma para os governos locais, assim como o aumento das alíquotas dos servidores sob sua alçada.

Relator restringe aumento de CSLL a bancos médios e grandes

Principal ferramenta para elevar a arrecadação da seguridade social e cobrir parte do rombo da Previdência, o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 15% para 20% será restrito a bancos médios e grandes. A modificação consta do novo voto complementar do relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP), apresentado nessa quarta-feira.

O voto anterior previa que a elevação da alíquota valeria para todas as instituições financeiras, exceto a B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo). As cooperativas de crédito haviam sido beneficiadas com aumento menor, para 17%. Com o novo texto, os demais tipos de instituições financeiras, como corretoras, distribuidoras, sociedades de crédito e investimentos, sociedades de crédito imobiliário, sociedades de arrendamento mercantil, fintechs, entre outras, continuarão a pagar 15% de CSLL. As cooperativas de crédito também foram poupadas do aumento.


Agência Brasil e Correio do Povo

Peru surpreende, goleia Chile e enfrenta o Brasil na final da Copa América

Com grande atuação e gol de Paolo Guerrero, peruanos voltam a uma decisão depois de 44 anos

Por Rafael Peruzzo

Seleção peruana teve grande atuação na Arena do Grêmio, na noite desta quarta-feira

Seleção peruana teve grande atuação na Arena do Grêmio, na noite desta quarta-feira | Foto: Ricardo Giusti

O Peru será o adversário do Brasil na decisão da Copa América. Na semifinal disputada nesta quarta-feira, na Arena do Grêmio, os peruanos surpreenderam o Chile, venceram por 3 a 0 e avançaram à final de domingo, no Maracanã. Um resultado inesperado, mas justo pelo que foi a partida. Gallese, goleiro do Peru, foi o destaque da noite gelada em Porto Alegre. Paolo Guerrero deixou a sua marca.

A seleção peruana mostrou suas credenciais logo a um minuto. Em bela jogada de Guerrero, o centroavante limpou a marcação e deu para Cueva, livre, bater para fora. A resposta do Chile veio aos 6 minutos. Após boa triangulação pela esquerda, Aránguiz tocou para Beausejour e recebeu de volta, mas chutou à direita, perdendo o gol.

Os peruanos dominavam o jogo, enquanto o Chile era apático em campo. Aos 19, Flores roubou a bola e carregou até a grande área, o chute cruzado desviou na zaga. O gol era questão de tempo. Aos 20, cruzamento de Cueva, Carrillo deu um leve toque de cabeça e a bola sobrou para Flores, que finalizou no canto, 1 a 0.

Além de criar as principais oportunidades, o Peru era competente na marcação e não dava espaços. Aos 37 minutos, Carrillo foi lançado pelo lado direito, o goleiro Arias foi até a lateral tentar roubar a bola e acabou driblado, Yotún recebeu o cruzamento, matou no peito e bateu para o gol vazio, um golaço, 2 a 0.

Como era de se esperar, o Chile foi para cima na segunda etapa. Aos 5 minutos, cobrança de falta na área e Vargas cabeceou, a bola bateu na trave. Com a vantagem no placar, o Peru ficava no campo de defesa esperando o adversário e especulando nos contra-ataques. E foi assim que quase marcou o terceiro. Aos 14 minutos, rápido contragolpe, troca de passes na área e Yotún chutou por cima do gol.

Aos 22, Beausejour, sem querer, quase encobriu Gallese. O goleiro do Peru voltou a aparecer aos 29, ao salvar o chute de Vargas, que perdeu uma chance incrível. Gallese, inspirado, ainda evitou o gol de Sánchez. Nos acréscimos, Guerrero, com direito a drible no goleiro, fez o terceiro, 3 a 0.

No fim, o Chile ainda teve pênalti, sofrido por Aránguiz. Eduardo Vargas tentou cavadinha e, sem sucesso, parou na defesa do goleiro Gallese, que não precisou fazer esforço para segurar a cobrança, reflexo da má atuação chilena ao longo do confronto.

Na primeira fase, Brasil e Peru já se enfrentaram, com goleada brasileira por 5 a 0.

Copa América 2019 - Semifinal

Chile 0
Arias; Isla, Medel, Maripán (Castillo) e Beausejour; Pulgar, Vidal, Aránguiz e Fuenzalida (Sagal); Alexis Sánchez e Eduardo Vargas. Técnico: Reinaldo Rueda.

Peru 3
Pedro Gallese; Luis Advíncula, C. Zambrano, Luis Abram e Miguel Trauco; Renato Tapia, Yoshimar Yotún, André Carrillo (Polo) e Christian Cueva (Ballón); Edison Flores (C. Gonzáles) e Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca.

Gols: Flores, Yotún e Guerrero (Peru)

Arbitragem: Wilmar Roldán (EQU)

Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)

Público: 33.058

Renda: R$ 8.305.120,00


Correio do Povo



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Quinta-feira terá marcas negativas em vários pontos do RS

São José dos Ausentes deve registrar mínima de -2°C

Dia será gelado em todo o Rio Grande do Sul

Dia será gelado em todo o Rio Grande do Sul | Foto: Alina Souza

A massa de ar polar sobre o Rio Grande do Sul se intensifica nesta quinta-feira, e o dia será de muito frio no Estado. A temperatura segue baixa inclusive ao longo da tarde. Em diferentes regiões, o amanhecer terá mínimas negativas.

Conforme a MetSul Meteorologia, a temperatura muito baixa, associada ao vento, poderá provocar geada negra em municípios de maior altitude. O sol predomina em todo o território gaúcho, e muitas áreas deverão ter céu claro ao longo do dia. Nuvens aparecem em algumas regiões. A noite, frio segue ganhando força.

Em Porto Alegre, sol predomina ao longo do dia. Mínima na Capital será de 4°C, enquanto máxima não passa dos 14°C.

Mínimas e máximas no RS

São José dos Ausentes -2°C / 10°C
Vacaria 0°C / 12°C
Santa Maria 1°C / 13°C
Alegrete 2°C / 14°C
Pelotas 1°C / 13°C
Capão da Canoa 6°C / 14°C


Correio do Povo


Samuel Moreira apresentou nova versão de relatório sobre Reforma da Previdência

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Relator apresenta novas mudanças em 3ª versão de parecer

Agenda de Maia

POLÍTICA

Bolsonaro abandona ideia de "pacto dos poderes" sem conseguir acordos com Congresso

Leite avaliou a aprovação a autorização para que o Executivo venda as três estatais do setor de energia

GOVERNO DO ESTADO

Leite relaciona adesão ao RRF com pagamento em dia do salário

GERAL

RS busca aumentar a aviação regional

Governo Bolsonaro quer usar parte dos recursos para indenizar produtores rurais

NOTÍCIAS

Brasil pode extinguir Fundo Amazônia se não chegar a acordo com Noruega e Alemanha

Resultado de junho fez fluxo cambial acumulado no ano ficar negativo

ECONOMIA

Brasil tem pior fluxo cambial para junho em quase quatro décadas

Guerrero marcou o gol que fechou o placar na Arena

COPA AMÉRICA

Guerrero festeja a classificação e diz que não há favorito na final

Roddy Zambrano fez arbitragem polêmica e não agradou argentinos

Argentina apresenta reclamação formal à Conmebol

Jogador foi escolha para substituir o lesionado Neymar

SELEÇÃO BRASILEIRA

Willian tem lesão na coxa e desfalca Brasil na final

Jogador projeta que frio do inverno possa ser um aliado

GRÊMIO

"Vamos procurar fazer o dever de casa", diz Rômulo sobre jogo contra o Bahia

INTER

Jonatan Alvez publica mensagem de despedida do Inter

Seleção holandesa venceu das suecas por 1 a 0

COPA DO MUNDO FEMININA

Holanda vence Suécia por 1 a 0 e pega EUA na final

Gol que garantiu equipe na decisão foi marcado na prorrogação

Mulher de 59 anos ficou por uma hora amarrada à porta da unidade

CAXIAS

Dona de casa protesta acorrentada a portão de posto de saúde

Para Defensoria Pública, situação de presos em viaturas piorou nos últimos tempos

POLÍCIA

Mais de oito mil pessoas ficaram presas em delegacias e viaturas no primeiro semestre

Presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius (no centro), apresentou resultados durante a reunião-almoço do Tá na Mesa

RURAL

Faturamento das cooperativas no Rio Grande do Sul cresce 12% em 2018

Ministra informou que carne devolvida pode ser utilizada no mercado brasileiro

ECONOMIA

Ministra confirma devolução de frango com salmonella por Reino Unido

MUNDO

Criança brasileira desaparece em rio na fronteira dos EUA e México

Em postagem, irmãos afirmam estarem

MUNDO

Irmãos brasileiros estão à deriva em veleiro na Polinésia Francesa

Empresa já foi criticada pela forma como lidou com os acidentes do 737 MAX

Boeing dará US$ 100 milhões a famílias de vítimas de acidentes com 737 MAX

Vídeo íntimo que estaria sendo falsamente atribuído a atriz

GENTE

Paolla Oliveira tomará medidas judiciais após vídeo: "Não sou eu"

Escritores Pilar Del Río e José Luís Peixoto participam de encontro sobre a obra de José Saramago

LITERATURA

Legado de José Saramago é tema de encontro em Porto Alegre

Feira de Moda Plus Size BPSPOA oferece moda feminina, masculina, íntima e entre outros estilos

CORREIO FEMININO

Feira Plus Size chega à 13ª edição oferecendo experiência completa de moda

Desfoka irá realizar vivências literárias a partir de esquetes teatrais e oficinas de artes

CULTURA

Projeto Desfoka oferece atividades culturais em Porto Alegre

Onília Araújo irá falar de mercado e a construção dos hábitos negros

Porto Alegre recebe 7º Afro'N'Talks nesta quinta

Reportagem do ano passado anunciou que a série deverá virar filme

BREAKING BAD

Com foto, atores da série geram especulação sobre novo trabalho

MÚSICA

Pianista norte-americana Asami Hagiwara se apresenta em NH

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Produção industrial cai 0,2% em maio; recuo foi menor que o esperado

por Daniela Amorim

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Analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast projetavam queda de 0,35%; no acumulado do ano indústria já diminuiu 0,7%

Em relação a maio de 2018, a produção subiu 7,1%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um aumento de 2,3% a 9,8%, com mediana positiva de 6,85%. No acumulado do ano, a indústria teve queda de 0,7% e, em 12 meses, a produção ficou estável (0,0%).

Segundo o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo, uma série de fatores conjunturais explica a piora na produção industrial, como o ambiente de incertezas elevadas, o alto nível de desemprego e a crise na Argentina, importante parceiro comercial do Brasil.

A indústria chegou a maio com a produção 3,7% aquém do patamar pré-greve de caminhoneiros, ou seja, o nível de abril de 2018. "Teve aumento de incertezas afetando decisões de investimentos e de consumo, manutenção de um mercado de trabalho com um contingente importante de pessoas fora dele e o agravamento a partir de abril da crise na Argentina afetando as exportações", enumerou Macedo.

Ele lembrou que a queda de 0,2% em maio praticamente elimina o ligeiro ganho de 0,3% obtido em abril. Dos 26 ramos investigados, 18 segmentos tiveram retração em maio ante abril.

"Para além de voltar ao território negativo, chama atenção a disseminação das quedas entre as atividades investigadas. O perfil de queda foi o mais espalhado desde maio de 2018, que era bem caracterizado pelo efeito da greve de caminhoneiros", completou o pesquisador do IBGE.

O destaque negativo no mês foi a queda de 2,4% na fabricação e veículos automotores, embora tenha havido expansão na produção de caminhões, impedindo um recuo ainda maior no setor.

Produção de bens de capital sobe 0,5% em maio ante abril

A produção da indústria de bens de capital teve alta de 0,5% em maio ante abril, segundo o IBGE. Na comparação com maio de 2018, o indicador mostrou aumento de 22,2%. No ano, houve elevação de 1,9% na produção de bens de capital. No acumulado em 12 meses, a taxa ficou positiva em 4,2%.

Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou queda de 1,8% na passagem de abril para maio. Na comparação com maio de 2018, houve alta de 14,9%. No ano, a produção de bens de consumo subiu 1,7%. No acumulado em 12 meses, o aumentou foi de 1,0%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de maio foi de recuo de 1,4% ante abril. Em relação a maio de 2018, houve alta de 28,0%. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve redução de 1,6% na produção em maio ante abril. Na comparação com maio do ano passado, a produção cresceu 11,4%.

Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção teve expansão de 1,3% em maio ante abril. Em relação a maio do ano passado, houve uma elevação de 2,3%. No ano, os bens intermediários tiveram redução de 2,0%. Em 12 meses, houve diminuição de 0,9% na produção.

Produção recua em 18 dos 26 ramos industriais em maio ante abril

A indústria registrou perdas na produção em 18 das 26 atividades pesquisadas na passagem de abril para maio. A principal influência negativa para a queda de 0,2% na produção foi do recuo de 2,4% em veículos automotores, reboques e carrocerias, que devolveram parte do avanço de 6,4% registrado em abril.

Outras contribuições negativas relevantes foram de bebidas (-3,5%), couro, artigos para viagem e calçados (-7,1%), outros produtos químicos (-2,0%), produtos de metal (-2,3%), produtos de minerais não-metálicos (-2,1%) e produtos diversos (-5,8%).

Na direção oposta, entre os oito segmentos com avanços, o crescimento mais significativo foi registrado pelas indústrias extrativas, com expansão de 9,2%, eliminando assim parte do recuo de 25,6% acumulado nos quatro primeiros meses de 2019.

Segundo André Macedo, as indústrias extrativas voltaram a crescer devido à retomada da extração de minério de ferro no Pará, que tinha sido prejudicada pelo excesso de chuvas nas leituras anteriores, além do bom desempenho da extração de petróleo.

Também houve crescimento em maio ante abril na fabricação de setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%), interrompendo dois meses consecutivos de quedas, período em que acumulou uma perda de 4,9%.

Indústria opera 17,5% abaixo do pico de produção registrado em maio de 2011

A queda de maio aumentou a distância entre o patamar de produção atual e o ponto mais elevado já registrado na série histórica da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. Em maio, o patamar de produção estava 17,5% menor que o auge alcançado em maio de 2011, em nível semelhante ao de janeiro e fevereiro de 2009.

"Tem um distanciamento importante, e que está aumentando mês a mês, conforme vão entrando informações negativas", ressaltou Macedo. "A indústria está 1,4% abaixo do patamar que havia encerrado o ano passado."

No mês de maio, a fabricação de bens de capital estava 32,9% abaixo do pico de produção registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operavam 25,6% aquém do ápice de produção visto em junho de 2013. Já os bens intermediários estavam 17,8% abaixo do pico visto em fevereiro de 2011.

Fonte: Estadão - 02/07/2019 e SOS Consumidor

Impossível pagar os caros planos de saúde? Veja o que pode ser uma saída

por Regina Pitoscia

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O uso da tecnologia para promover a desintermediação e simplificar os modelos de negócios já passou pelos transportes com o Uber, pelos imóveis com o Airbnb, pelo entretenimento com a Netflix, pelas finanças com as muitas fintechs, e agora chega aos serviços de saúde. E com resultados positivos não só para o consumidor, mas para as partes envolvidas em todo o processo, com a eliminação de altos custos, desburocratização, e distribuição mais equânime do resultado da operação.

O sistema Dandelin que chegou ao ramo de serviços de saúde há um ano pode ser boa opção para quem não tem ou não teve condições de bancar as altas mensalidades dos planos de saúde convencionais. E com certeza deve haver muita gente nessa situação.

Estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, apontou a dificuldade econômico-financeira de quem depende dos planos de saúde no País: o reajuste das mensalidades em 18 anos, de 2000 a 2018, foi de 382%, bastante acima da inflação oficial de 221% acumulada no período. Sem condições de suportar essa discrepância no reajuste, nos últimos quatro anos mais de 3 milhões de brasileiros cancelaram seus contratos com as operadoras.

O consumidor, com seu salário reajustado quando muito pela inflação, não teve seu poder aquisitivo preservado para permanecer nos convênios particulares. Sem falar dos que perderam o emprego ou tiveram sua renda achatada. A saída não foi outra senão sair em busca de planos mais populares, que começaram a proliferar pelos grandes centros urbanos ou, na pior das hipóteses, ficar na dependência do atendimento pelo serviço público, com toda a sorte de problemas que isso possa implicar.

A fintech Dandelin foi criada com bases nos princípios da economia compartilhada, na produção de valores coletivos e descentralização de poder. A plataforma conecta pacientes a médicos por meio de um simples aplicativo e deverá, em breve, estender o mesmo sistema para outros serviços de saúde, como os de laboratórios e hospitais.

O interessado faz um cadastro, sem nenhum custo inicial, e no dia seguinte já pode começar a usar os serviços de consulta, sem as famosas e duras carências. Por enquanto, a rede funciona na cidade de São Paulo, com uma lista com 700 médicos credenciados, em mais de 30 especialidades, e mais de 17 mil horários disponíveis. O programa passará a funcionar também em Belo Horizonte nos próximos meses e está aceitando o pré-credenciamento de usuários.

O participante faz consultas necessárias em número ilimitado e, por elas, paga uma mensalidade que poderá variar, mas não será superior a R$ 100 reais. Pagamento que será feito com o cartão de crédito, sempre no fim de cada mês. Os custos do uso real dos serviços são rateados entre os participantes, atualmente em torno de 2.700: quanto maior o número de participantes menor o custo de cada um.

“Além de baixar os custos para o participante, temos condições de fazer um repasse maior aos médicos”, afirma Felipe Burattini, diretor e fundador da Dandelin. Ele explica que atualmente a média de retorno de uma consulta paga pelos convênios tradicionais gira entre R$ 20 e R$ 30 reais e com o aplicativo ele chega em R$ 100 reais.

Interessante notar que por esse esquema ganha o usuário com custos mais baixos, ganha o médico com repasse maior e também a administradora da plataforma. Mas nada comparado com os ganhos das maiores operadoras de planos de saúde, que acabam ficando com a maior parte dos recursos de cada serviço.

Evidente que por oferecer apenas consultas nesse momento, não dá para comparar os serviços da Dandelin com os de um plano de saúde mais completo. Mas ele pode ser uma saída para quem ficou sem eira nem beira em relação a um convênio médico e precisa fazer uma consulta e não pretende enfrentar as filas do SUS (Sistema Único de Saúde).

Burattini, que atua há muito tempo no setor de saúde, percebeu a oportunidade de usar os conceitos da economia compartilhada em uma plataforma tecnológica para a prestação de serviços, com qualidade e custo mais baixo. Existe uma equipe na Dandelin que prospecta médicos, treina atendentes, visita consultórios para o credenciamento na rede. E há todo um cuidado de checagem de CRM e informações sobre os profissionais antes que passem a fazer parte do seu cadastro.

No aplicativo há um sistema de avaliação recíproco, do paciente em relação ao médico e vice-versa. Na medida em que uma das partes não esteja de acordo com os padrões de relacionamento predeterminados, poderá haver exclusão da rede.

A partir de agosto, o diretor prevê a inclusão de serviços de laboratório e, posteriormente, de convênios para internação e cirurgias.sempre com a mesma perspectiva de custos reduzidos aos usuários. O aplicativo Dandelin está disponível tanto para Androids como para iOS, nas lojas virtuais Google Play e Apple Store.

Fonte: Estadão - 02/07/2019 e SOS Consumidor

LIVRO SOBRE DESIGUALDADE É O MELHOR EM ANOS, DIZ CELSO ROCHA DE BARROS!

(Celso Rocha de Barros - Ilustríssima - Folha de S.Paulo, 30) “Uma História de Desigualdade” é o melhor trabalho produzido pelas ciências sociais no país nos últimos anos. Caso seja sinal de uma tendência de conciliar rigor quantitativo com discussões teóricas historicamente relevantes, talvez estejamos prestes a assistir a uma grande era na reflexão sobre a sociedade brasileira.
O livro é fruto de tese de doutorado em sociologia defendida na Universidade de Brasília. O autor, Pedro H. G. Ferreira de Souza, pesquisador do Ipea, venceu com essa pesquisa prêmios conferidos pela Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais (Anpocs) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Por isso o livro é, fundamentalmente, uma tese. Tem gráfico, tem tabela —e grande parte de seu atrativo vem disso. Para quem estuda sociedade brasileira, trata-se de uma leitura obrigatória, embora a discussão sobre dados possa afastar alguns leitores.
O Brasil é um caso de grande interesse para os estudos sobre desigualdade. Já fomos o país mais desigual do mundo e continuamos no pelotão da frente em todas as medidas nesse quesito. Ao nosso lado nessa nada honrosa lista estão outros países da América Latina e países africanos extremamente pobres e/ou afetados por guerras civis.
Quando a desigualdade russa disparou nos anos 1990, lembro-me de pessoas dizendo: “se continuar assim, vai ficar igual ao Brasil”. Quando um pesquisador estrangeiro fala de “brasilianização”, o mais provável é que esteja se referindo a algum cenário de desigualdade crescente.
Nada disso é novidade, mas é raro o assunto ser tratado com dados novos e procedimentos estatísticos rigorosos.
O trabalho de Souza e de seu orientador Marcelo Medeiros (também pesquisador do Ipea) ganhou notoriedade, inicialmente, como contestação da reivindicação petista de que a desigualdade havia despencado na era Lula. A tese mostra uma notável estabilidade na fração da renda controlada pelo 1% da população mais rica.
Sem a utilização dos dados obtidos por Souza, o quadro anterior indicava grande queda da desigualdade, causada pela redução (aí sim, bem grande) da distância entre os pobres e a classe média, ou entre os pobres e os não tão pobres.
Na verdade, é possível resumir o lulismo em um gráfico com os dois resultados. Os pobres conseguiram se aproximar do meio da distribuição da renda, mas os governos petistas não encostaram na renda dos mais ricos. É a redistribuição sem conflito, bem descrita nos trabalhos de André Singer.
Se Souza e Medeiros tivessem só ajudado a compor metade desse quadro, já seria uma bela contribuição. Mas o livro é bem mais que isso.
Sob um certo aspecto, é a história de uma proporção: a parte da renda nacional que está nas mãos dos ricos. Souza foi atrás de dados de tabelas do Imposto de Renda que refletem melhor a renda dos ricos que as pesquisas domiciliares por amostragem, base dos estudos anteriores. Os ricos —e, em especial, os muito ricos— aparecem pouco nessas pesquisas, que, portanto, tendem a subestimar a desigualdade total.
De posse dos dados e após reconstruir a história da taxação da renda no Brasil, Souza reconta a evolução da proporção da renda dos brasileiros controlada pelos ricos, com atenção especial ao 1% mais rico, de 1926 a 2013.
A despeito dessa façanha, o livro é bem mais do que um bom trabalho de sistematização de dados. O que os números revelam é interessantíssimo. Não há espaço aqui para discutir todos os resultados, nem mesmo os mais interessantes, mas vale a pena citar ao menos um, com seus desdobramentos.
A desigualdade brasileira caiu nos períodos democráticos (tanto no período de 1945 a 1964 quanto na fase atual) e subiu durante as ditaduras (tanto no Estado Novo quanto no regime militar). Souza é o primeiro a dizer que não se deve interpretar esse fato apressadamente.
É possível que a democracia tenha reduzido a desigualdade, dando voz aos pobres que exigiram redistribuição; também é possível que as ditaduras tenham levado a um crescimento da desigualdade, pois reprimiram movimentos sociais pró-redistribuição, como os sindicatos. Mas em cada uma das conjunturas-chave (as transições para a democracia e para regimes autoritários), vários outros fatos também podem ter sido decisivos.
Enquanto lia, ocorreu-me uma hipótese bem mais pessimista: talvez a democracia brasileira só tenha sido capaz de se sustentar enquanto foi possível redistribuir renda. Espero que as descobertas de Souza inaugurem um bom debate sobre o tema.
O livro oferece ainda apoio parcial às teses do economista Jeffrey Williamson, que mostrou que a desigualdade na América Latina não era tão mais alta do que a europeia, no final do século 19. Nossa excepcionalidade está no fato de que perdemos a “grande equalização” que ocorreu nos países ricos durante o século 20. As comparações internacionais, a propósito, são um dos pontos fortes do livro.
Os resultados de Souza nos fazem pensar sobre o quanto a falta de democracia nos fez perder a grande equalização. Está claro, porém, que não se trata apenas disso. Afinal, a Europa passou por grandes calamidades no século 20 que acabaram por reduzir a desigualdade. As guerras mundiais, as crises econômicas e a inflação destruíram uma quantidade imensa de riqueza.
Souza chama de “Jencks-Piketty” a hipótese de que a desigualdade só cai bruscamente pela ação de grandes reviravoltas históricas (em geral, desastres). O nome é uma homenagem aos pesquisadores Christopher Jencks e Thomas Piketty.
Souza, por sinal, parece inclinado a interpretar seus resultados à luz de Jencks e Piketty, relacionando os grandes movimentos da desigualdade às grandes crises brasileiras que causaram sucessivas mudanças de regime político.
Faz sentido e é consistente com os dados, mas ainda acho que se deva dar mais uma chance à hipótese de que a democracia foi crucial para derrubar a desigualdade, tanto aqui quanto nos países ricos.
O século 20 foi uma era de calamidades, mas também dos espetaculares ganhos sociais obtidos pela social-democracia e suas variantes onde ela teve chance de se desenvolver. As duas coisas aconteceram ao mesmo tempo. É difícil isolar os efeitos da democracia e os das calamidades, mas vale a pena continuar tentando.
De qualquer forma, parece claro que precisaremos levar a sério a ideia de Mangabeira Unger de que “a imaginação antecipa o trabalho da crise” e começar a pensar em soluções para o problema da desigualdade que sejam compatíveis com alguma estabilidade institucional.
Supondo, é claro, que ainda estejamos, enquanto país, interessados em reduzir nossas desigualdades. Isso já foi mais certo.


Ex-Blog do Cesar Maia



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