segunda-feira, 1 de julho de 2019

O PT quer fazer fritura lenta de Sérgio Moro

O ministro da Justiça, o ex-juiz Sérgio Moro. (Foto: Lula Marques/Fotos Públicas)

30 de junho de 2019 Brasil, Notícias, Política

Deputados do PT querem tentar fazer com que o processo de fritura de Sérgio Moro seja lento, o que pode não resultar na perda de seu cargo. Pensam que Bolsonaro, quando quer, mantém mesmo os nomes enroscados, a exemplo do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro. As informações são da revista Época.

Os petistas afirmam que nunca houve a expectativa de que Sérgio Moro saísse ou fosse saído do Ministério da Justiça por causa das conversas do Telegram. Também não esperam que saia em breve.

Defesa de Moro

Nos atos de apoio à Operação Lava-Jato e ao governo Jair Bolsonaro que ocorreram em algumas cidades brasileiras neste domingo, as convocações partiram de centenas de fontes diferentes que são menos parecidas entre si do que um olhar distante supõe. Há ao menos 200 movimentos — alguns formados por nem meia dúzia de pessoas — que, ao mesmo tempo que protestam contra a corrupção, competem por atenção entre si. Há disputas internas, rachas e até brigas por quem consegue o melhor espaço nas ruas.

Os chamados “movimentos anticorrupção” têm origem variada: um dos mais antigos é o Revoltados On-Line. Atualmente, o grupo é claramente um apoiador do governo Bolsonaro, mas, em 2010, quando surgiu, era apenas um fórum de internet. Grande parte dos grupos em atuação nasceram em 2014, quando a Lava-Jato começou, e ao longo do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. No entanto, mesmo após a saída de Dilma da Presidência da República, dezenas de movimentos continuaram sendo fundados e hoje a maioria serve de base para o PSL, o partido do presidente Bolsonaro.

A máquina de comunicação para os atos ainda envolve influenciadores digitais, muitos deles agora eleitos deputados federais que comparecem no carro de som do movimento à sua escolha. Os atos deste domingo começaram a ser divulgados três dias após as revelações do site The Intercept Brasil dos diálogos entre procuradores da Força Tarefa da Lava-Jato e o ministro Sérgio Moro.

Antes mesmo do vazamento, no dia 6 de junho, alguns movimentos pequenos já haviam protocolado pedidos às autoridades para se manifestar neste dia 30 em apoio às reformas do governo Bolsonaro. Após os vazamentos, praticamente todos os movimentos se juntaram. O julgamento do pedido de liberdade do ex-presidente Lula no STF (Supremo Tribunal Federal) na última terça-feira também turbinou as convocações.

Paulo Gusmão, o publicitário e ativista que criou o boneco Pixuleco em 2015, percebeu que havia movimentos demais com pouca identidade própria. Em março deste ano, criou a ONM (Organização Nacional dos Movimentos).

“A ONM é uma organização criada exatamente para tentar unir todos os movimentos para facilitar a condução das pautas e discutir e amadurecer politicamente os movimentos de rua. A ONM já tem quase 100 movimentos. A nossa preocupação é de manter a disciplina das decisões que são tomadas, mas mantendo a soberania de cada movimento”, diz Paulo.

Briga por espaço

Na Avenida Paulista por exemplo, além do Vem Pra Rua — um dos maiores grupos anticorrupção do País — mais treze movimentos chamaram seus simpatizantes para comparecerem ao ato, segundo ata de um encontro entre os representantes dos movimentos com a Polícia Militar na semana passada. Na reunião houve discussões entre as lideranças pelo local em que cada pretendia estacionar seu carro de som. A tensão foi tanta que alguns dos participantes deixaram a reunião. Após a ata do encontro ter sido divulgada, grupos menores acusaram os maiores de terem sido privilegiados.

Pautas distintas

Os movimentos possuem também divergências sobre as pautas que devem ser defendidas. O MBL, o movimento com mais representantes eleitos e maior alcance nas redes, não compõe e não pensa em compor a ONM, e junto com o Vem Pra Rua não participou do último ato do dia 26 de maio por considerá-lo governista e radical.

Essa posição garantiu ao MBL forte volume de críticas por parte dos demais movimentos que foram para as ruas no final de maio. Em alguns momentos, o grupo foi mais criticado do que o próprio PT.

Renato Battista, coordenador do MBL, assume que existem diferenças, mas não gosta de detalhar quais são elas. “Falar de diferenças entre os movimentos pode gerar intriga desnecessária. O MBL possui uma agenda, baseada em princípios liberais, e por isso estamos tão presentes no debate público”, afirmou.

Apesar da disputa por espaço e atenção, as pessoas que vão às ruas não estão muito preocupadas em guardar o nome dos grupos que fazem as convocações. Uma pesquisa do Monitor do debate político no meio digital da USP (Universidade de São Paulo), realizada durante a manifestação do dia 26 de maio, mostra que apenas 8% dos entrevistados disseram não conhecer o MBL enquanto o movimento Nas Ruas é desconhecido por 33% dos ouvidos na pesquisa.


O Sul


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Onda de frio mais intensa do ano chega na primeira semana de julho

Temperatura abaixo de 0°C e geada ampla podem acontecer. (Foto: Reprodução)

30 de junho de 2019 Capa – Destaques, Geral, Notícias, RS

O último dia de junho terminou chuvoso em todo o estado. Depois de uma onda de calor, que chegou a 30°C em Porto Alegre, julho vem aí e trará frio já na primeira semana. Chuva forte, ventania e geada são esperados em áreas do estado entre segunda (1°) e a quinta (3). Se preparem! Será a onda de frio mais intensa do ano até agora, com potencial para provocar temperatura abaixo de 0°C e geada ampla.

Regiões Metropolitana, Noroeste, Planalto, Serra e Litoral Norte ainda terão muita chuva na segunda. A chuva vai parar na fronteira com o Uruguai, onde esfriará muito. A temperatura sofrerá queda mais intensa a partir da virada de segunda para terça-feira (2), dia em que a mínima vai bater os 9ºC na capital. A partir de terça, a queda será gradativa em todo estado. Com destaque para sexta-feira (5), quando Porto Alegre deverá enfrentar mínima de 4ºC. O frio intenso começará a dar trégua somente a partir de sábado (6). A frente fria seguinte está prevista para chegar por volta dos dias 18 ou 19 de julho.

No geral, julho terá temperaturas máximas variando pouco acima das médias padrão, que são entre 18ºC e 21ºC, nas regiões Oeste e Leste. No Sul e na Serra, as máximas aumentam um pouco além dos 15ºC a 18ºC habituais.


O Sul

Temperaturas começam a cair na Europa

Foram registradas oito mortes em consequência da onda de calor

Onda de calor na Espanha

Onda de calor na Espanha | Foto: Jaime Reina / AFP / CP

Após seis dias de uma onda de calor na Europa, as temperaturas começaram a cair neste domingo, embora na Alemanha e Itália os termômetros continuem em níveis elevados. Na França, onde foi registrado o recorde absoluto de temperatura na sexta-feira, 45,9ºC no sul do país, as temperaturas caíram quase 10 graus em Paris e no noroeste, mas no leste do país o calor permanece intenso, a 36 ou 37ºC. Na Itália, que registrou máximas de 37 e 38ºC, a previsão meteorológica era de tempestades para a região norte, mas com uma queda das temperaturas efetiva a partir de quarta-feira.

Até o momento foram registradas oito mortes em consequência da onda de calor: quatro na França, duas na Espanha e duas na Itália. O calor, com intensidade excepcional para o mês de junho, provocou vários incêndios na França e na Espanha: muitas pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas. Os vinhedos do sul da França também foram muito afetados. "Há 30 anos sou viticultor. Eu nunca vi um vinhedo queimado por uma onda de calor como ontem ", afirma Jérôme Despey, enólogo e vice-presidente do principal sindicato agrícola francês.

Incêndios na Espanha

Na Espanha, mais de 700 soldados, centenas de bombeiros, aviões e veículos de combate ao incêndio foram mobilizados para lutar contra as chamas no centro e nordeste do país, onde as temperaturas permaneciam próximas de 42ºC. Um incêndio declarado na sexta-feira à noite em Almorox (50 km ao leste de Madri) devastou mais de de 2.000 hectares e se propagava pela região, o que provocou a retirada de centenas de moradores de uma localidade próxima.

Perto da cidade de Toledo, outro incêndio obrigou moradores a abandonar suas casas. Na Catalunha (nordeste), um grande incêndio iniciado na quarta-feira devastou milhares de hectares. Neste domingo, a situação era "estável", mas ainda serão necessários vários dias antes de extinguir totalmente as chamas, informou o governo local. A meteorologia prevê o início da queda da temperatura a partir deste domingo na Península Ibérica, mas os termômetros ainda marcavam 38 graus em Madri e Albacete (leste).

Calor na Alemanha

A Alemanha também sofre com o calor, sobretudo nas regiões leste e central, com temperaturas de 36 e 37ºC. A queda de temperatura está prevista para segunda-feira. De acordo com o serviço meteorológico do país, a temperatura média de junho no país foi 4 graus superior a do período internacional de referência de 1981-2010.


AFP e Correio do Povo


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Prefeito de Alpestre sofre ferimentos graves em acidente no Norte do RS

Valdir Zasso se envolveu na colisão frontal de seu carro contra uma caminhonete

Por Agostinho Piovesan

Carro ficou destruído com força do impacto

Carro ficou destruído com força do impacto | Foto: Josias Marques / Infoco RS / Especial CP

O prefeito de Alpestre, Valdir José Zasso, 69 anos,  ficou ferido num acidente de trânsito ocorrido na ERS 324, na localidade de Santa Lúcia, em Planalto, Norte do Estado. Ele conduzia um Nissan Versa com placas de Alpestre. No acidente se envolveram o veículo do prefeito e uma caminhonete Mitsubishi L200 Triton, com placas de São Domingos (SC). A bordo estava o médico Rogério de Lima, 29 anos, natural de Planalto.

O veículo do prefeito seguia no sentido Planalto-Ametista do Sul, onde iria participar de um almoço. Rogério estava retornado para casa de um plantão no Hospital São Gabriel, de Ametista do Sul. A pista molhada pode ter contribuído para o choque frontal.

Inicialmente as vítimas foram socorridas pelo SAMU e medicadas no Hospital Nossa Senhora Medianeira de Planalto. Diante da gravidade dos ferimentos, Zasso foi transferido para o Hospital da Unimed de Chapecó. Lima foi transferido para o Hospital das Clínicas de Passo Fundo.


Correio do Povo


Quatro pessoas são mortas e 13 ficam feridas em chacina em bar no Rio

O direito à posse e ao porte de armas é uma questão de princípio

JOÃO LUIZ MAUAD

Há estatísticas para todos os gostos, quando o assunto são armas. Há países muito bem armados (Suíça) com baixas taxas de criminalidade. Há países onde o porte e a posse são proibidos (Honduras) com índices altíssimos e há países onde praticamente não há armas (Japão), com índices de homicídios irrisórios.

Para efeito de argumento, vamos supor que mais armas em poder da população pacífica levem a maiores taxas de homicídios e crimes violentos. Se mais armas levarem a mais crimes, a política (utilitária) apropriada normalmente sugerida é que os governos restrinjam ao máximo a posse de armas de fogo pelos cidadãos comuns.

O problema dessa política proibicionista é que ela é totalmente inconsistente com o direito de legítima defesa e o direito de, em última instância, o cidadão assumir a responsabilidade pela sua própria segurança – já que a polícia não pode estar em todos os lugares o tempo todo, e nem sempre é eficaz quando presente.

Leia também: O “Leviatã”: Thomas Hobbes e o papel do soberano

Acho que ninguém, em sã consciência, negaria estes direitos individuais fundamentais, de boa fé.

Infelizmente, como temos visto no Brasil, nas últimas décadas, proibições e restrições à posse de armas punem as pessoas de bem (aqueles que cumprem a lei e apenas se defenderiam com elas), e não aqueles cometem abusos (criminosos e psicopatas), que não estão nem aí para a lei.

A única maneira razoável de sair deste conflito, portanto, é favorecer a liberdade e punir severamente o mau uso das armas, se e quando ocorrer.

Em resumo, acredito que a questão da posse de armas não é um problema passível de solução utilitária. O direito à posse e ao porte de armas é uma questão de princípio.

Leia também: Qual leitura Bolsonaro deveria fazer das manifestações de domingo?

Meu direito à autodefesa e minha disposição de assumir responsabilidade por isso – dada a probabilidade de que o governo não conseguirá me defender a contento – não deveriam ser comprometidos por análises frias de custo-benefício.


João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.


Instituto Liberal

Palácio Piratini abre as portas para a população

Proposta da atividade era de aproveitar o fluxo de turistas que vieram a Capital para assistir aos jogos da Copa América

Por Henrique Massaro

Grupos formados na recepção do Palácio Piratini faziam visitas guiadas de cerca de 15 minutos por parte do local

Grupos formados na recepção do Palácio Piratini faziam visitas guiadas de cerca de 15 minutos por parte do local | Foto: Mauro Schaefer

O Palácio Piratini, em Porto Alegre, recebeu uma intensa movimentação ao longo do sábado. Sem agendas governamentais, a casa do poder Executivo estadual abriu suas portas para que a população em geral pudesse conhecer parte da história do prédio e, consequentemente, do próprio Rio Grande do Sul. A proposta da atividade era de aproveitar o fluxo de turistas que vieram a Capital para assistir aos jogos da Copa América.

Das 10h às 16h, grupos formados na recepção do Palácio faziam visitas guiadas de cerca de 15 minutos por parte do local. Além de turistas, diversos gaúchos aproveitavam a oportunidade para conhecer um pouco mais da história do próprio Estado. Logo na entrada, na escadaria do Piratini, eram apresentados para os bustos de Getúlio Vargas, Carlos Barbosa e Júlio de Castilhos, e ouviam parte da história da construção do prédio.

No andar de cima, eram apresentados ao célebre salão Negrinho do Pastoreio e ao salão Alberto Pasqualini. Nos dois espaços, as guias mostravam os lustres de meia tonelada, o mobiliário revestido de ouro e, é claro, os conhecidos murais pintados pelo italiano Aldo Locatelli. O passeio ainda contava com a apresentação de dois veículos históricos localizados no Piratini: m Ford de 1919, utilizado somente por Borges de Medeiros, e um Stutz de 1928, que até hoje é o carro que abre os festejos de 20 de setembro.

De São Paulo, Matheus Theodoro, de 22 anos, veio pela primeira vez a Porto Alegre para assistir ao jogo entre Brasil e Paraguai, na quinta-feira passada, e ficou no final de semana para conhecer melhor a cidade. Ele disse que, antes de vir, foi alertado sobre a insegurança na Capital, mas que achou o movimento bastante tranquilo no Centro Histórico durante o sábado. “Achei bem legal conhecer a história do Rio Grande do Sul”, comentou ele, que, além do Palácio Piratini, foi à orla do Guaíba fazer um passeio de barco.


Correio do Povo

Promotores se insurgem contra proposta que mina atuação de juízes nas redes sociais

Associação Ministério Público Pró-Sociedade considera o texto incompatível com as reais atribuições/deveres de um cidadão investido de autoridade pública

Ministro Dias Toffoli é o presidente do CNJ

Ministro Dias Toffoli é o presidente do CNJ | Foto: Nelson Jr. / SCO / STF

A Associação Ministério Público Pró-Sociedade divulgou nota de ressalva jurídica sobre a proposta de um “manual de conduta” do Conselho Nacional de Justiça  (CNJ) que visa restringir a liberdade de expressão dos juízes nas redes sociais. A entidade, conhecida por alojar em seus quadros promotores e procuradores linha dura, recebeu a minuta da Proposta de Resolução do CNJ – que defende que os magistrados não adiantem o teor de decisões judiciais ou atendam a pedidos de partes, advogados ou interessados por meio de plataformas digitais e aplicativos – e considera o texto incompatível com as reais atribuições/deveres de um cidadão investido de autoridade pública. "Nos causou estranheza, já que visa a restringir a liberdade de expressão dos juízes brasileiros", afirma.

O grupo de trabalho do CNJ recomendou que os juízes evitem manifestações nas redes “que maculem a imparcialidade” dos julgamentos e “afetem a confiança do público no Poder Judiciário”. As regras valeriam para todos os sites da internet, plataformas digitais e aplicativos de computador e dispositivos móveis voltados à interação social. Segundo os promotores, antes de análise do conteúdo da proposta, é necessário deixar claro que ninguém tem que fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude da Lei, conforme o artigo 5.º, inciso II, da Constituição Federal.

Eles argumentam que restrições especificamente à liberdade de expressão somente podem ser feitas aos militares em razão da hierarquia e da disciplina a que são submetidos e apenas porque estas, além de previstas no texto do Constituinte originário, visam a garantir as liberdades de toda a sociedade, vez que são o que permite manter o braço armado do Estado sob controle.

Dois pontos da Resolução são destacados pelo MP Pró-Sociedade: a) evitar embates ou discussões, inclusive com a imprensa, não devendo responder pessoalmente a eventuais ataques recebidos; b) procurar apoio institucional caso seja vítima de ofensas ou abusos (cyberbullying, trolls e haters), em razão do exercício do cargo. "Esses dois artigos negam o direito à legítima defesa consagrado na lei e permitido na Constituição Federal e excluem a possibilidade da retorsão imediata, consagrada pela doutrina e jurisprudência dos Tribunais brasileiros, até porque caracterizam também legítima defesa", alertam os promotores.

Para eles, pior ainda, é que os dois artigos da proposta tornam o juiz um cidadão menor, e, injustificadamente, estimulam a covardia e omissão, perfil não adequado de um magistrado. "A legítima defesa e retorsão imediata sequer são negados aos militares apesar das restrições existentes". A nota do MP Pró-Sociedade pontua que se realmente for aprovada a famigerada Lei Anti-Lava Jato, com a aprovação dessa resolução, a liberdade de expressão ou será crime ou será punível administrativamente, calando e intimidando quem quiser ser transparente com a sociedade.

O MP Pró-Sociedade pede que não seja expedida a Resolução pelo CNJ porque resultará em imposição de restrições a juízes de uma atuação digna ao combate à corrupção e à macrocriminalidade, esperando que isso não esteja no contexto de contra-ataque à Lava Jato.


Agência Estado e Correio do Povo

Máquina de Mentiras

JOÃO CESAR DE MELO

Depois de ter repercutido como verdade, o jornal Folha de S. Paulo de hoje, em editorial, reconhece que as conversas atribuídas a Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato podem ser falsas e criminosas. “Podem”, no vocabulário da Folha, significa “são”.

Alguém aí se lembra que pouco antes das últimas eleições a Folha denunciou o “escândalo do Whatsapp”, sugerindo que Bolsonaro fazia campanha ilegal; e que semanas depois do resultado da eleição, reconheceu que não havia nenhuma prova que sustentasse a veracidade do que ela mesma havia publicado? Eu me lembro.

Quem conhece um pouco da história do socialismo sabe que a mentira sempre foi sua principal estratégia de propaganda. A campanha anti-americana no Brasil é o exemplo mais obsceno.

A abertura dos arquivos da StB, braço theco da KGB, revelou a rede de agentes comunistas no Brasil desde a década de 1950, atuando basicamente em duas frentes: campanha anti-americana e desestabilização social e política para gerar uma guerra civil.

Leia também: O Avesso do Conservadorismo de João Pereira Coutinho

Nessa campanha anti-americana, foram criados jornais e revistas, além de cooptados diversos jornalistas, políticos e intelectuais engajados em repercutir mentiras contra os Estados Unidos, todas meticulosamente redigidas em Moscou. Forjavam documentos e fontes sem o menor pudor.

A maior mentira de todas sempre foi a do “imperialismo americano”, que serve até hoje como cortina de fumaça para o imperialismo comunista ainda em vigor – vide o que faz a China (ainda governada pelo mesmo partido que levou 70 milhões de inocentes à morte), a Rússia (cujo presidente é um ex-agente da KGB) e Cuba (até hoje influenciando movimentos comunistas na América Latina).

Como já disse Mark Twain: “Enquanto a verdade calça os sapatos, a mentira já deu a volta no mundo”. O movimento socialista liderado no Brasil pelo PT vem desde sua origem difamando tudo e todos não-alinhados a ele. Difamam até seus aliados históricos (como o PSDB, seu filho bastardo), se isso lhes oferecer ganho político.

Leia também: Propostas para Economia: Bolsonaro X Haddad

Durante o governo FHC, foram jogados na imprensa diversos dossiês contra membros do governo. Depois de destruir a reputação do ministro da educação Paulo Renato, José Dirceu confessou que tudo o que fora divulgado sobre ele era mentira. Dilma Rousseff avalizou um falso dossiê contra José Serra. Aécio Neves foi chamado de traficante de cocaína – afirmação que chega a ser engraçada, já que a esquerda é notoriamente apoiada pelos grandes carteis de drogas. Até Marina Silva já foi alvo da máquina de mentiras do PT. Eles fazem isso com todos.

Os comunistas que Lenin e Stalin não mandaram fuzilar, foram difamados até a destruição completa de suas reputações.

De um ano para cá, o alvo é Jair Bolsonaro, taxado até de nazista – uma contradição retórica, dado que o PT apoia os regimes teocráticos islâmicos que juram a destruição de Israel.

Esse “vazamento” de conversas de Sérgio Moro é só mais um produto da máquina de mentiras do PT, que também diz que o atual ministro da justiça é agente da CIA etc.

Leia também: Eco-profetiza do apocalipse

Se esse golpe contra a Lava Jato não colou, não tem problema. Na semana que vem eles criam e jogam outra mentira no ventilador.

O que os petistas não se deram conta é que o mundo de hoje é muito diferente da década de 1960. Hoje, exige-se algo mais que uma reportagenzinha de jornal. A Folha precisa colocar os dois pés no século 21.


Instituto Liberal

Câmara terá negociação para reincluir estados e municípios na reforma da Previdência

Governadores viajarão a Brasília esta semana para discutir a matéria

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltará a se reunir com governadores nesta terça-feira, em Brasília, para tratar da reforma da Previdência

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltará a se reunir com governadores nesta terça-feira, em Brasília, para tratar da reforma da Previdência | Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados / CP

A semana na Câmara dos Deputados vai começar com as últimas negociações entre equipe econômica, líderes partidários e governadores para uma possível reinclusão de estados e municípios na reforma da Previdência ainda na comissão especial que trata do tema. Pelo projeto enviado pelo governo federal, a proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19) da reforma da Previdência valeria automaticamente para servidores dos estados e dos municípios, sem necessidade de aprovação pelos legislativos locais, mas esse ponto foi retirado do parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que voltará a se reunir com governadores nesta terça-feira. Se houver acordo, a inclusão dos governos locais na reforma entrará no voto complementar do relator, cuja leitura está marcada para terça-feira na comissão especial. “O nosso limite é a terça-feira. Na terça-feira, o relator apresenta o relatório e votamos na comissão especial na próxima semana, para que fique pronto (para ser votado) no plenário na semana seguinte”, disse Maia, na quinta-feira (27), na saída da residência oficial da presidência da Câmara, no Lago Sul, em Brasília, após reunião com líderes partidários e o relator Samuel Moreira.

Rodrigo Maia mantém a expectativa de votar a PEC 6/19 no plenário da Câmara antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho. Na semana passada, a comissão especial encerrou a fase de discussões do parecer. Após a votação do relatório no colegiado, o texto será apreciado no plenário da Câmara e precisará de uma aprovação de três quintos dos deputados (308) em dois turnos. Caso aprovada, a proposta segue para análise dos senadores.

Governadores

Na última quinta-feira (27), o ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve na casa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em Brasília, para buscar um avanço na acomodação dos estados na reforma da Previdência. O encontro ocorreu no dia seguinte à visita de governadores do Nordeste ao Congresso. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), também esteve no encontro e afirmou que a equipe econômica vai trabalhar para apresentar uma proposta que agrade aos governadores.

“Esperamos que até segunda-feira (1º) se possa ter um entendimento com os governadores, que permita a vinda deles a Brasília na terça-feira para poder haver uma manifestação pública da construção de um entendimento” disse. Durante as conversas com os parlamentares na semana passada, os governadores afirmaram que a reforma como está não resolve o problema de caixa dos estados. Eles reivindicaram a aprovação de projetos que aumentem os recursos dos governos locais.


Agência Brasil e Correio do Povo


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Privatizar o Carnaval Carioca pode ser bom para todo mundo

LUCAS BERLANZA

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e o prefeito da capital, Marcelo Crivella, se reuniram nesta quarta-feira para abordar o futuro dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e de seu icônico palco desde o famigerado governo Brizola, o Sambódromo. Os dois anunciaram uma decisão histórica: privatizar o espetáculo e o espaço.

Crivella disse que a Prefeitura não é mais capaz de financiar as escolas. Witzel, que vem se portando como entusiasta dos desfiles, disse que quer o Sambódromo ativo o ano inteiro, movimentando a cidade e angariando recursos, e que isso constará do plano de concessão. Vem sendo levantado, desde antes do anúncio, que um poderoso investidor quer aportar R$ 100 milhões para financiar o espetáculo e a gestão do espaço.

Muitos dirão que os desfiles já são privados, afinal são organizados pela Liga Independente das Escolas de Samba e há patrocínios, como o vultoso auxílio da Rede Globo, que hoje é uma das principais fontes de recursos das escolas de samba. No entanto, todos sabem que ainda existe o envolvimento da Riotur e que as escolas vivem se mobilizando para não deixar de receber uma relevante subvenção pública, fornecida pela prefeitura.

Não quero saber dos motivos de Crivella e do fato óbvio de que ele não gosta de Carnaval. Isso é colocado nos holofotes porque os dirigentes das escolas e da LIESA não estão acostumados a correr atrás do prejuízo que eles próprios impuseram à festa e se acomodaram a um modelo que não se sustenta mais.

Desde a década de 1930 (os desfiles surgiram em 1932), especialmente a partir da prefeitura de Pedro Ernesto, os desfiles de escolas de samba no Rio são patrocinados por verba pública. Trata-se de uma tradição que se consagrou desde a era varguista e foi alimentada pelos agentes culturais envolvidos nas apresentações e no espetáculo, tendo muitos deles absorvido a estúpida ideia de que a cultura só existe onde há dinheiro público. É o mesmo gênero de mentalidade que enseja a crença em que a cultura no Brasil só existe se existir um Ministério responsável por ela, o que implica concluir que a cultura no Brasil foi inventada pelo governo Sarney.

Leia também: De volta ao Estado católico de Carlos Nougué

O espetáculo de desfiles de escola de samba mudou muito ao longo das décadas. Não se pode dizer, absolutamente, que seja a mesma coisa que era em 1932 ou em 1950. Ao longo do tempo, os barões do jogo do bicho assumiram o comando de várias escolas, utilizando-as para lavagem de dinheiro. Os carros alegóricos se agigantaram, os preços subiram, as arquibancadas populares foram escasseando. Os dias sagrados de Carnaval na Marquês de Sapucaí se transformaram em um grande negócio.

O impacto do dinheiro do bicho, sem morrer completamente, diminuiu, mas alguns agentes ainda menos interessantes, como as milícias e o tráfico de drogas, também pintaram no financiamento de algumas agremiações. Não é possível tapar esse Sol com a peneira. É a pura verdade, infelizmente. Em paralelo, entretanto, a prefeitura, especialmente na gestão de Eduardo Paes, dobrou o investimento – sem ter deixado, a qualquer momento, de participar.

Esse grande negócio, no entanto, é um patrimônio cultural e turístico do Rio de Janeiro. Não se pode, por conta de todas essas mazelas, menosprezar os grandes sambas e artistas formados ao longo da História, os espaços de convivência e socialização das quadras, a presença dessas agremiações e suas torcidas no cotidiano do carioca ao longo de quase noventa anos. Os desfiles e seu campeonato são um modelo de entretenimento e manifestação cultural fundado no Rio, que tem identidade e tem impacto. Não se pode jogar tudo no mesmo balaio.

É claro que há pessoas que discordam do que acabei de escrever no último parágrafo. Há outras que até concordam, mas acreditam que a presença, em algum grau, da criminalidade e as constantes viradas de mesa de dirigentes que se recusam a cumprir os regulamentos da competição que disputam tornam os desfiles indignos de receberem verba pública. Outras ainda concordam, mas simplesmente não gostam de Carnaval.

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Essas pessoas devem ser obrigadas a financiar os desfiles? É função do Estado subvencionar um espetáculo gigante que cobra ingressos de altos valores e mantém camarotes caríssimos com ritmos alternativos ao longo do Sambódromo? Eis um lado da questão. Respondo: não, essas pessoas não deveriam ser obrigadas a financiar. Qualquer bom liberal dirá isso.

O modelo não está moralmente compatível com o tamanho do espetáculo e a forma como está organizado hoje. Não é justo continuar usando verba pública nele. Se os desfiles fossem bem menores e bem mais modestos, franqueados ao público ou realizados com preços populares, como antigamente – e não, apresso-me em dizer que não estou pregando a pura e simples volta ao passado -, os valores diminutos de verba pública até poderiam ser mais facilmente justificados, mas mesmo assim, se as escolas realmente têm penetração na sociedade carioca, isso seria mais um motivo para acreditar na facilidade de angariar financiamento privado.

O outro lado da questão é: o que ganham as escolas com a permanência desse modelo? É interessante viver de pires na mão, na dependência do gestor público que assumir a prefeitura? É interessante não conquistar autossuficiência? A LIESA foi fundada em 1984 e até hoje não brigou por isso. Não perseguiu efetivamente uma fonte de financiamento que permitisse que as escolas não vivessem na dependência dos recursos públicos, sujeitas, com isso, às críticas constantes dos que não as apreciam ou não gostam de Carnaval, mas têm o seu dinheiro empregado nelas.

O que realmente ganham, não as escolas, mas os dirigentes, com a certeza da verba pública é a liberdade para “coçarem o saco” e preservarem o Carnaval em sua caminhada rumo à total falta de credibilidade e ao abandono. É evidente que não proponho a privatização como a panaceia, aquilo que resolverá todos os problemas do Carnaval, até porque é um caso em que não haveria concorrência de mercado e sim apenas a transferência da responsabilidade e da fonte das verbas para a iniciativa privada. No entanto, é uma tendência que um grande investidor exija mais transparência e respeito ao regulamento para não perder dinheiro. Nesse caso, ganham os foliões. Se alguns dirigentes de caráter duvidoso e alianças no submundo perdem com isso, quem é que realmente se importa?

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Faz diferença se o dinheiro vem do Estado ou de uma grande empresa? Se aqueles milhões que entram na conta de uma escola vêm de um grande investidor ou do prefeito, que diferença faz para quem vai vestir sua fantasia e desfilar? Ganha o espetáculo, que passa a ser independente do Estado e ter um argumento a mais para ignorar os críticos, que podem contestá-lo à vontade, sem estar pagando um centavo para financiá-lo.

Com a ideia de Witzel de movimentar o Sambódromo o ano inteiro, também ganha o espetáculo mais fonte de riquezas. Ganham as escolas com investidores e anunciantes. “Ah, mas aí terão que estampar marcas de empresas em carros alegóricos ou fazer desfiles com temas enlatados…” Por favor, sejamos inteligentes, isso não é necessário. Há outras maneiras de os anunciantes e investidores marcarem presença. Acreditar que é impossível um espetáculo manter seu valor artístico e sua natureza enquanto se sustenta por vias privadas é um velho trauma das esquerdas estatizantes que podemos perfeitamente dispensar.

A privatização pode ser boa para todo mundo. Para quem não gosta, para quem gosta, para quem desfila, para quem assiste, para quem torce. Vamos experimentar – vale a pena. Doer mais do que já está doendo, matar os desfiles mais do que já estão matando, não vai, pessoal.


Lucas Berlanza

Jornalista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lucas Berlanza é carioca, editor dos sites “Sentinela Lacerdista” e “Boletim da Liberdade” e autor do livro “Guia Bibliográfico da Nova Direita – 39 livros para compreender o fenômeno brasileiro”.


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