terça-feira, 30 de abril de 2019

Magazine Luiza fecha compra da Netshoes por R$ 244 milhões | Clic Noticias

por Tássia Kastner
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Operação depende de aval de acionistas e também do Cade
A Magazine Luiza fechou um acordo para a compra do site de artigos esportivos Netshoes por US$ 62 milhões (R$ 244 milhões). A operação depende de aval de acionistas da Netshoes e também do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Segundo a Magazine Luiza, foi firmado um acordo com acionistas detentores de aproximadamente
47,9% das ações da Netshoes pela aprovação da proposta em assembleia —a empresa precisa de dois terços dos acionistas. Após a conclusão da aquisição, o ecommerce passará a ser uma subsidiária da Magazine Luiza.
Em fato relevante divulgado ao mercado, a varejista diz ter acertado o pagamento de US$ 2 por ação em dinheiro, abaixo do valor de fechamento das ações nesta segunda, que encerraram a US$ 2,65 na Bolsa de Nova York.
Além da Magazine Luiza?, a B2W (que controla Submarino e Americanas.com) também tentou comprar a vare
A Netshoes abriu capital há dois anos, mas desde então vinha sendo penalizada por investidores por seu endividamento elevado e crescimento do prejuízo. Desde o IPO, os papéis recuaram 85,3% na Bolsa.
No quarto trimestre de 2018, a Netshoes registrou prejuízo líquido de R$ 90 milhões, quase o dobro do mesmo período de 2017. A receita com vendas caiu 1%, a R$ 566,4 milhões. A dívida total da empresa era de R$ 228,9 milhões no quarto trimestre de 2018.
“A Netshoes entrou em um acordo de fusão após um extenso processo no qual avaliamos as nossas perspectivas como uma empresa independente e avaliamos, oportunidades para proteger valor aos acionistas em um processo de venda”, escreveu Marcio Kumruian, presidente da empresa, em mensagem a acionistas que acompanhou a divulgação de resultados.
“Resultados financeiros e o aumento da pressão de fluxo de caixa levou a uma reavaliação de perspectivas e resultou na decisão de acordo de fusão”, acrescentou Kumruian.
Antes de formalizar a venda no Brasil, a Netshoes se desfez da operação no México e da Argentina. Os dois países foram citados, na época do IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês), como destino da aplicação dos recursos levantados na operação.
A Netshoes foi fundada em 2000 como uma loja física de calçados em São Paulo, por Marcio Kumruian e Hagop Chabab. Com o fracasso nas vendas, o negócio migrou para a internet.
Além da Netshoes, o grupo tem ainda o varejo de moda Zattini e operava no segmento de suplementos alimentares a outros varejistas, negócio que foi encerrado no ano passado
Fonte: Folha Online – 29/04/2019 e SOS Consumidor
Eliane Cantanhêde
Vera Magalhães
Coluna do Estadão
Fausto Macedo
José Nêumanne
Coluna do Estadão

Tarifa de gás natural terá redução a partir de 1º de maio | Clic Noticias

por Edda Ribeiro
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Motoristas que abastecem carros com GNV vão pagar 3,8% mais barato
Rio – O gás natural vai ficar mais barato a partir de 1º de maio. Segundo a Naturgy, empresa que atende a mais de 950 mil clientes no Estado do Rio, a redução mais significativa será na tarifa do GNV: os motoristas de automóveis abastecidos com gás natural pagarão 3,8% mais barato. Para o gás residencial, a queda ficará em 1,4% na Região Metropolitana do Rio.
Os clientes que moram no interior do RJ terão baixa nos preços de 1,3% nas residências; de 2,9% nos postos de GNV e de 2,1% nas indústrias. A Naturgy informou que a redução foi resultado da queda no custo de aquisição do gás natural fornecido pela Petrobras.
No Rio, o metro cúbico do GNV está com valor médio de R$ 3,037, chegando a custar R$ 2,79 no Engenho de Dentro, e R$ 2,84 na Vila da Penha e em Campo Grande. O maior valor encontrado, segundo pesquisada Agência Nacional de Petróleo (ANP), feita entre 14 e 20 de abril, foi na Barra da Tijuca, onde o gás sai a R$ 3,29, o metro cúbico.
Fonte: O Dia Online – 29/04/2019 e SOS Consumidor


Adiar a reforma da Previdência é ‘insanidade’, diz deputado

O deputado Evair de Melo (PP), que integra a comissão especial da reforma da Previdência, disse a O Antagonista que… [leia mais]


Acorde, Gleisi

Gleisi Hoffmann já se dirigiu ao Palácio de Miraflores para defender a ditadura de Nicolás Maduro ou ela ainda está… [leia mais]

Militares venezuelanos com Guaidó

Juan Guaidó e Leopoldo López estão na base militar de La Carlota.
Eles anunciaram que os militares “se puseram ao… [leia mais]


A ambiguidade de Bolsonaro

Jair Bolsonaro, por meio de seu porta-voz, disse que defende – “neste momento” – a permanência do Coaf com… [leia mais]

A manobra anti-Moro

No Congresso Nacional, há oito emendas para tirar o Coaf de Sergio Moro… [ leia mais]

Lula ignorado

Uma repórter da Folha de S. Paulo disse que a TV Globo mandou ignorar a propaganda de Lula… [leia mais]
LEGISLATIVOS IRRESPONSÁVEIS
XVIII- 137/18 – 30.04.2019
________________________________________
BARRIGA IRRESPONSÁVEL
Enquanto a REFORMA DA PREVIDÊNCIA vai sendo empurrada com a barriga irresponsável dos deputados escolhidos para compor a Comissão Especial da Câmara Federal, a economia do Brasil segue internada na UTI  respirando por aparelhos.
TAXA DE DESOCUPAÇÃO
O que mais lamento é que nenhum destes preguiçosos deputados, independentemente de suas crenças ideológicas, leva em conta que a TAXA DE DESOCUPAÇÃO da população brasileira, que avançou para 12,7% no trimestre móvel até março, segundo informou hoje o IBGE, é uma preocupante CONSEQUÊNCIA da forte anemia que atinge todos os setores da nossa empobrecida economia.

COMPASSO DE ESPERA
Não sei qual a penetração do Ponto Crítico no ambiente da Câmara Federal. Entretanto, se os leitores ajudarem através de um forte compartilhamento, é importante informar  aos deputados e senadores  que –O nível de emprego depende da expectativa que os empresários têm de obter lucro com a produção”, como bem afirma o professor de Economia do Insper, Fernando Ribeiro.

CÂMARA DE VEREADORES DE PORTO TRISTE
Pois, enquanto  a REFORMA DA PREVIDÊNCIA fica em modo-SEI LÁ PARA QUANDO- e a -TAXA DE DESOCUPAÇÃO- segue elevada, no ritmo da BAIXA CONFIANÇA, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre (deveria mudar para PORTO TRISTE) aprovou, nesta madrugada, por 22 votos a favor e 14 contra, um severo aumento de IPTU. Fantástico, não?
REPRESENTANTES DO ATRASO
Os eleitores desta turma do atraso devem estar muito satisfeitos, certamente. Suponho que nenhum eleitor dos seguintes 22 vereadores que votaram a favor do novo IPTU, terão algo a reclamar quando receberem o carnê de 2020 e seguintes:
CLÁUDIO CONCEIÇÃO (DEM) SIM
NELCIR TESSARO (DEM) SIM
REGINALDO PUJOL (DEM) SIM
ANDRÉ CARUS (MDB) SIM
COMANDANTE NÁDIA (MDB) SIM
IDENIR CECHIN (MDB) SIM
LOURDES SPRENGER (MDB) SIM
MENDES RIBEIRO (MDB) SIM
JOÃO CARLOS NEDEL (PP) SIM
ALVONI MEDINA (PRB) SIM
JOSÉ FREITAS (PRB) SIM
PROFESSOR WAMBERT (PROS) SIM
AIRTO FERRONATO (PSB) SIM
HAMILTON SOSSMEIER (PSC) SIM
MOISÉS BARBOZA (PSDB) SIM
RAMIRO ROSÁRIO (PSDB) SIM
CASSIO TROGILDO (PTB) SIM
DR. GOULART (PTB) SIM
GIOVANE BYL (PTB) SIM
LUCIANO MARCANTÔNIO (PTB) SIM
PAULO BRUM (PTB) SIM
MAURO PINHEIRO (REDE) SIM,
vão reclamar quando verem os valores do IPTU de 2020 e seguintes.
OS CORRETOS VEREADORES/ PENSADORES
Infelizmente, os corretíssimos e procedentes argumentos dos vereadores/pensadores Ricardo Gomes e Felipe Camozzato não conseguiram convencer os ATRASADOS de que aumento de impostos é danoso sob todos os aspectos sociais e econômicos.
Em tempo: – Recomendo que os eleitores que se sentirem traídos anotem os nomes dos maus vereadores para não deixar que voltem ao legislativo e/ou qualquer cargo público.
SERVIÇOS PRESTADOS
Volto a afirmar: IPTU não é para ser atualizado pela planta de valores dos imóveis, mas, exclusivamente, por SERVIÇOS PRESTADOS PELA PREFEITURA. Não se trata de ser caro ou barato, mas de atender o que as AUDIÊNCIAS PÚBLICAS decidirem. Esta lógica, infelizmente, passa longe da cabeça da maioria dos vereadores de Porto Triste. Argh!
MARKET PLACE
EXPORTAÇÕES- Como é possível diminuir a TAXA DE DESOCUPAÇÃO? As exportações de bens manufaturados caíram 9,1% no primeiro trimestre de 2019 contra igual período do ano passado. Na mesma comparação, as importações caíram 1,6%. A combinação resultou em um aumento perto dos 60% no déficit da balança da indústria de transformação.
O saldo negativo de janeiro a março atingiu US$ 6,8 bilhões, seguindo a tendência de deterioração do saldo comercial da indústria de transformação. No ano passado, o déficit foi de US$ 4,3 bilhões. Em 2017, de US$ 2,5 bilhões. Os dados são do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
FRASE DO DIA
O conformismo é carcereiro da liberdade e inimigo do crescimento.
John Kennedy

DEPRESSÃO, TENDÊNCIAS SUICIDAS E PSICOPATIA: A HISTÓRIA DE SOFRIMENTO MENTAL DE PRESIDENTES AMERICANOS! | Clic Noticias

(BBC News, 28) Washington permaneceu montado em seu cavalo encarando o espaço vazio enquanto dezenas de soldados britânicos atacavam-no em um milharal.Enquanto seus combatentes fugiam em pânico na baía de Kip, em Manhattan, o comandante de 44 anos entrou em estado catatônico, segundo o biógrafo Ron Chernow.
No verão de 1776, a Guerra de Independência dos Estados Unidos estava indo tão mal para os rebeldes que George Washington aparentemente tentou uma ação suicida ao encontrar tropas britânicas.
Os assistentes do futuro primeiro presidente dos EUA agarraram as rédeas de sua montaria e com alguma dificuldade conseguiram levá-lo à segurança.
Um dos seus generais, Nathanael Greene, disse mais tarde que Washington estava “tão irritado com a má conduta de suas tropas que ele buscou a morte em vez da vida”.
O colapso emocional de Washington ilustra como até mesmo os maiores administradores de crises podem quebrar sob pressão.
Avançando quase dois séculos e meio, o estado mental de seu descendente político está sob uma análise menos compreensiva.
A psiquiatria presidencial voltou à moda desde que Donald Trump entrou na Casa Branca.
Nicho de mercado
Há até um subgênero editorial dedicado a colocar o 45º presidente no divã do psiquiatra.
Tais títulos incluem The Dangerous Case of Donald Trump: 27 Psychiatrists and Mental Health Experts Assess a President (O Caso Perigoso de Donald Trump: 27 Psiquiatras e Especialistas em Saúde Mental Avaliam um Presidente, ainda sem tradução no Brasil), Rocket Man: Nuclear Madness and the Mind of Donald Trump (O Homem do Foguete: A Loucura Nuclear e a Mente de Donald Trump, também sem tradução no Brasil) e A Clear and Present Danger: Narcissism in the Era of Donald Trump (Um Perigo Claro e Presente: Narcisismo na Era de Donald Trump, sem edição por aqui).
Mas Trump – que afirma ser “um gênio muito estável” – não é de forma alguma o primeiro líder americano a ser chamado de lunático.
John Adams, o segundo presidente americano, foi descrito por seu arquirrival Thomas Jefferson – que viria a ser seu sucessor – como “às vezes absolutamente louco”.
O jornal Philadelphia Aurora, porta-voz do partido de Jefferson, atacou Adams dizendo que ele era “um homem despojado de seus sentidos”.
Theodore Roosevelt, segundo o contemporâneo Journal of Abnormal Psychology, “entraria para a história como um dos mais ilustres exemplos psicológicos da distorção dos processos mentais conscientes”.
Enquanto Roosevelt fazia campanha em 1912 para retornar à Presidência, o proeminente historiador americano Henry Adams disse: “Sua mente está em pedaços… sua neurose pode terminar em um colapso nervoso, ou mania aguda”.
Depois que Woodrow Wilson, o 28º presidente dos EUA, teve um derrame, seus críticos afirmaram que a Casa Branca havia se tornado um asilo de loucos, apontando como prova as barras instaladas em algumas janelas do primeiro andar da mansão.
Mas, como relata John Milton Cooper em sua biografia de Wilson, essas barras foram, de fato, adaptadas durante a Presidência de Teddy Roosevelt para impedir que seus filhos quebrassem janelas com suas bolas de beisebol.
Metade dos mandatários sofreu de doença mental
De qualquer forma, de acordo com uma análise psiquiátrica dos primeiros 37 comandantes-em-chefe americanos, Adams, Roosevelt e Wilson tinham problemas reais de saúde mental.
O estudo de 2006 estimou que 49% dos presidentes sofreram de uma doença mental em algum momento da vida (um número que os pesquisadores afirmam estar de acordo com as taxas nacionais).
Vinte e sete por cento deles foram afetados por esses distúrbios enquanto estavam no escritório.
Um em cada quatro preencheu os critérios diagnósticos para depressão, incluindo Woodrow Wilson e James Madison, disse a equipe do Centro Médico da Universidade Duke, na Carolina do Norte.
Eles também concluíram que Teddy Roosevelt e John Adams tinham transtorno bipolar, enquanto Thomas Jefferson e Ulysses Grant lutavam contra a ansiedade social.
O professor Jonathan Davidson, que liderou o estudo, disse: “As pressões de tal trabalho podem desencadear problemas que estavam latentes em alguém.”
“Ser presidente é extremamente estressante e ninguém tem capacidade ilimitada de fazê-lo para todo o sempre”.
Woodrow Wilson teve seu derrame em 1919 durante uma luta condenada para que o Tratado de Versalhes, tratado de paz assinado pelas potências europeias que encerrou a Primeira Guerra Mundial, fosse aprovado.
O derrame deixou-o incapacitado e depois desse episódio ele sofreu com depressão e paranoia até o fim de sua Presidência, em 1921.
A primeira-dama Edith Wilson praticamente dirigiu a Casa Branca, deixando oponentes furiosos sobre seu “governo de anáguas”.
No momento em que Wilson deixou o cargo, um repórter disse que ele era um medroso e “os restos quebrados do homem” que uma vez fora.
Paralisia do luto
Acredita-se que duas outras Presidências tenham sido destruídas pela depressão clínica.
De acordo com Davidson, professor da Duke, um forte transtorno depressivo tornou Calvin Coolidge (1923-1929) e Franklin Pierce (1853-1857) ineficazes como líderes depois que seus filhos morreram.
Pierce sofreu uma tragédia horrível pouco antes de sua posse, em 1853. O 14º presidente, sua esposa, Jane, e seu filho, Benjamin, estavam em um trem quando este descarrilhou perto de Andover, Massachusetts.
A carruagem foi jogada em um aterro e Benjamin quase foi decapitado. Ele morreu instantaneamente.
O menino de 11 anos era o único sobrevivente de três filhos dos Pierces.
O presidente democrata escreveu a Jefferson Davis, seu secretário de guerra: “Como poderei convocar minha virilidade e reunir minhas energias para todos os deveres diante de mim, é difícil de ver”.
Davidson, da Duke, diz que o tormento interior de Pierce levou-o a abdicar de qualquer papel executivo real enquanto a nação se dirigia para uma guerra civil, que enfim começou em 1861.
Ele foi o único presidente eleito por seu próprio direito a ser expulso de seu partido na eleição seguinte.
A dor de Pierce, juntamente com o estresse de presidir um país prestes a se dividir, parece ter exacerbado seu abuso de longa data do álcool.
Ele morreu de doenças relacionadas à insuficiência hepática, segundo o biógrafo Michael F. Holt.
Calvin Coolidge assumiu o cargo como um líder otimista, trabalhador e enérgico.
Mas no verão de 1924 seu filho de 16 anos, Calvin Jr, foi jogar na quadra de tênis da Casa Branca, usando tênis sem meias.
O menino teve uma bolha no dedo do pé, que infeccionou, e ele morreu de infecção generalizada.
De acordo com a biografia de Amity Shales, Coolidge se culpou pela morte do adolescente.
Ele ordenou a construção de lápides para si mesmo, sua esposa e filho sobrevivente, John, além de uma para Calvin Jr.
“Sempre que olho pela janela”, dizia o presidente, “vejo meu garoto jogando tênis naquela quadra”.
Seu comportamento tornou-se cada vez mais errático. Ele explodia com convidados, ajudantes e familiares.
Durante um jantar na Casa Branca, ficou fixado em um retrato do presidente John Adams, comentando que sua cabeça parecia muito brilhante.
Coolidge ordenou a um empregado que esfregasse um trapo nas cinzas da lareira, subisse em uma escada e aplicasse as cinzas na pintura para escurecer a cabeça de Adams.
(John Quincy Adams também sofria de depressão e costumava vagar em torno da Casa Branca, jogando bilhar e irritando sua esposa britânica, segundo uma biografia de Harlow Giles Unger.)
Coolidge praticamente se retirou da vida política. O mais preocupante era sua ignorância sobre alarmes econômicos um ano antes da quebra da Bolsa de Valores americana em 1929.
Quando algum tipo de legislação foi considerada para refrear a crescente especulação de ações, ele disse aos repórteres: “Eu não sei o que é ou quais são suas provisões ou qual tem sido a discussão”.
Em sua autobiografia, o 30º presidente escreveu: “Quando ele [meu filho] partiu, o poder e a glória da Presidência foram com ele.”
“Eu não sei por que tal preço foi exigido por ocupar a Casa Branca.”
Outros presidentes foram capazes de se recuperar da tragédia pessoal do luto.
Theodore Roosevelt lutou contra depressão severa no início de sua carreira política após a morte de sua jovem esposa no Dia dos Namorados de 1884.
Ele partiu por dois anos para o território de Badlands, na Dakota do Sul, onde construiu um rancho, caçou búfalos, prendeu ladrões e nocauteou um pistoleiro em um bar.
Propensão à melancolia
Abraham Lincoln foi propenso durante toda sua vida à melancolia, segundo o biógrafo David Herbert Donald.
Em 1841, em Springfield, Illinois, enquanto atuava como legislador estadual, Lincoln rompeu seu noivado com Mary Todd (eles eventualmente se casaram) e mergulhou em profunda depressão.
Um amigo colocou-o sob supervisão antisuicida, removendo navalhas e facas de seu quarto.
Havia rumores na capital do Estado de que ele havia enlouquecido.
Dada sua morosidade, os assessores devem ter temido a maneira como ele lidaria, durante a Guerra Civil Americana, com a morte de seu filho de 11 anos, Willie, provavelmente de febre tifoide, na Casa Branca em fevereiro de 1862.
Mais tarde naquele ano, após outra derrota humilhante, desta vez na Segunda Batalha de Bull Run, Lincoln disse ao seu gabinete que se sentia quase pronto para se enforcar, segundo o livro de Donald.
Apesar do luto, o 16º presidente conseguiu se manter equilibrado e o país, unido.
Foi só depois da morte de Willie que Lincoln finalmente demitiu seu vacilante comandante militar, George McLellan.
Ele o substituiu por um homem depressivo, tímido e provavelmente alcoólatra, que ficava enjoado ao ver sangue. Ulysses Grant, no entanto, levaria o Exército da União, ou do Norte – contrário à política escravagista e à divisão do território americano de acordo com ela – à vitória.
Presidentes “psicopatas”
Apesar do estigma persistente da doença mental, alguns especialistas acreditam que essas descobertas possam ajudar alguns líderes – até um certo ponto.
Um estudo de 2012 realizado por psicólogos da Universidade Emory, no Estado americano da Geórgia, revelou que vários presidentes exibiam traços psicopáticos, incluindo Bill Clinton.
Os dois considerados mais psicopatas foram Lyndon Baines Johnson (1963-1969) e Andrew Jackson (1829-1837), o herói de Trump.
Atributos psicopáticos foram identificados pela equipe de Emory como charme superficial, egocentrismo, desonestidade, insensibilidade, tomada de riscos, mau controle dos impulsos e falta de medo.
A pesquisa cobriu todos os presidentes, exceto o atual e o antecessor, Barack Obama.
O professor Scott Lilienfeld, que liderou o estudo, diz: “Eu suspeito que, no longo prazo, essas características vão chegar a (outras) pessoas. Então, sim, elas podem permitir que pessoas subam a posições de liderança.”
“Mas estou menos confiante de que elas resultarão em melhor liderança geral, especialmente a longo prazo.”
Johnson, por exemplo, tinha um ego do tamanho de seu Ese roubou sua eleição ao Senado em 1948, e depois ainda mais descaradamente fez piadas sobre isso, de acordo com a biografia de Robert Caro.
Johnson não se constrangia ao casualmente colocar a mão debaixo da saia de outra mulher enquanto sua esposa, Lady Bird, estava sentada a seu lado.
Ele gostava de humilhar os subordinados, convocando-os a tomarem nota de suas palavras enquanto urinava na pia ou defecava no banheiro.
No entanto, Johnson pode ter causado seu próprio Alamo político ao mentir para o povo americano sobre uma falsa briga naval no Golfo de Tonkin em 1964.
Ele usou o incidente para escalar a guerra dos EUA no Vietnã.
Mas em meio à hecatombe da Ofensiva do Tet, quatro anos depois – um ataque lançado pelos norte-vietnamitas e vietcongues contra as forças americanas e sul-vietnamitas – Johnson anunciou que não concorreria a um segundo mandato.
Já o presidente Andrew Jackson – que assinou a Lei de Remoção Indígena, uma ato de limpeza étnica – é lembrado hoje mais por sua crueldade do que pela invejável realização de ser o único presidente a pagar integralmente a dívida nacional.
E a reputação de Bill Clinton, é claro, foi deixada em farrapos por sua impulsividade sexual.
Alguns presidentes lidaram com as tensões do Salão Oval de forma pior do que outros.
Ainda como vice-presidente, Richard Nixon tomava medicamentos para ansiedade e depressão juntamente com comprimidos para dormir regados por álcool.
A biografia escrita por John A. Farrell detalha como o instável líder que viria a ser derrubado da Presidência pelo caso Watergate (escândalo político que levou à sua renúncia) bebeu excessivamente ao longo de seu mandato.
Fitas da Casa Branca gravaram-no falando enrolado em meio ao tilintar dos cubos de gelo.
Henry Kissinger, seu principal diplomata, disse certa vez que Nixon não poderia atender ao primeiro-ministro britânico durante uma crise no Oriente Médio porque ele estava “muito bêbado”.
Seu psicoterapeuta, Dr. Arnold Hutschnecker, era o único profissional de saúde mental conhecido por ter tratado um presidente na Casa Branca.
Ele disse que Nixon tinha “uma boa parte dos sintomas neuróticos”.
E Donald Trump?
O diagnóstico à distância do professor Davidson, da Duke, diz que o presidente americano não está mentalmente doente. Ele cita o debate internacional entre psiquiatras sobre se o narcisismo – uma característica tantas vezes atribuída ao atual presidente – é um distúrbio de personalidade genuíno.
Nassir Ghaemi, autor de A First-Rate Madness: Uncovering the Links Between Leadership and Mental Illness (Uma Loucura de Primeira Linha: Descobrindo as Ligações entre a Liderança e a Doença Mental, ainda sem tradução no Brasil), afirma que o presidente Trump tem “sintomas maníacos clássicos”.
O professor de psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade Tufts, em Boston, diz: “Ele não dorme muito. Ele tem um nível de energia física muito alto”.
“Ele é muito impulsivo com os gastos, sexualmente impulsivo, não consegue se concentrar. Seus traços foram mais benéficos para ele durante a campanha presidencial, onde ele foi extremamente criativo”, continua.
“Ele foi capaz de captar coisas que pessoas normais, mentalmente saudáveis e estáveis, como Hillary Clinton, por exemplo, não conseguiram.”
A Presidência de Trump, como dizem muitas vezes, quebrou normas históricas.
Mas as vidas estranhas e perturbadas dos líderes americanos sugerem outra questão: o que é normal?
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