terça-feira, 2 de outubro de 2018

Decisão do STF abre brecha para que estados adiem pagamento à União

por Julio Wiziack e Mariana Carneiro

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Ministro Edson Fachin contrariou o Tesouro e permitiu que Rondônia parcelasse dívida atrasada

A recente vitória de Rondônia contra a União no STF (Supremo Tribunal Federal) abriu um precedente para que outros estados que refinanciaram suas dívidas possam postergar as parcelas em atraso.

O processo foi relatado pelo ministro Edson Fachin, que, há cerca de duas semanas, concedeu o desbloqueio de repasses federais para Rondônia e o parcelamento, em dois anos, de R$ 126 milhões da dívida total refinanciada que o estado deixou de pagar desde 2014.

Durante a fase de conciliação aberta pelo ministro Fachin, o Tesouro Nacional afirmou que o não pagamento compromete ainda mais a situação de Rondônia e que o parcelamento configura uma operação de crédito da União com o estado, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Para a AGU (Advocacia-Geral da União), que defende a União, a dívida está constituída e, por se tratar de uma execução, poderia ser feito o parcelamento.

Nos bastidores, advogados da AGU pressionaram o Tesouro em nome do “interesse público”. Disseram que seria melhor receber em quatro vezes, como chegou a propor o governo de Rondônia, do que em dois anos. Mas, no final, a AGU defendeu a Fazenda.

Diante do impasse, Fachin decidiu permitir o parcelamento. O ministro entendeu que Rondônia deveria ter o mesmo direito dado aos demais estados que ingressaram no programa de refinanciamento de dívidas aberto pelo governo federal em 2016.

O prazo de adesão venceu no final do ano passado.

Segundo o secretário de Finanças de Rondônia, Franco Maegaki Ono, todos que aderiram ao programa de refinanciamento tiveram a carência de dois anos.

“Nós teríamos direito a essa ‘escadinha’, mas como estávamos sob efeito de liminar [STF autorizou o não pagamento], não pagamos”, disse Ono. “Os demais estados já se utilizaram desse parcelamento. Nós, não. É uma situação diferenciada.”

O balanço mais recente do Tesouro mostra que, dentre os 21 estados com refinanciamento em curso, seis não solicitaram o parcelamento de dívidas não pagas por decisão do STF. Rondônia está entre eles. Outros oito ainda estão sob análise. Somente quatro foram deferidos.

Para o Tesouro, a decisão de Fachin abriu caminho para que esses 14 estados também consigam renegociar suas parcelas não pagas por decisão do Supremo.

Por meio de sua assessoria, o Tesouro diz que “parcelamentos judiciais, como esse autorizado pelo STF, transferem para as próximas gestões dívida que deveria ser honrada pela atual administração”.

“Ao permitir parcelamentos sem avaliação dos riscos de inadimplência e comprometimento fiscal, enfraquecem-se e desautorizam-se os ditames básicos da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse o Tesouro.

“Isso serve de estímulo para que outros entes da federação ajam de forma pouco prudente na gestão fiscal.”

A situação é dramática. Os estados têm R$ 476 bilhões refinanciados, e a retomada econômica ocorre em ritmo mais lento que o previsto, o que prejudica a arrecadação. São Paulo (R$ 225,2 bilhões), Minas Gerais (R$ 74,8 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 68,2 bilhões) são os mais endividados.

Como parte da renegociação, vinte estados se comprometeram a fazer reformas para assegurar que a dívida não cresça acima da inflação.

Parte dessa reestruturação foi a edição de leis estaduais para travar o crescimento de gastos à inflação do ano anterior —a chamada de “regra do teto”.

“O essencial no relacionamento fiscal entre a União e os estados é assegurar um endividamento sustentado”, disse à Folha a secretária-executiva da Fazenda, Ana Paula Vescovi.

“Para isso, são fundamentais incentivos alinhados por meio do PAF [como foi batizado o programa de refinanciamento de 2016], a reforma da Previdência, a desvinculação de receitas e as regras que regem carreiras do serviço público, diz Vescovi”

Segundo a secretária, neste ano, os 20 estados já teriam de estar enquadrados pelo teto.

Essa avaliação será feita no ano que vem, mas há sinais de que boa parte descumpriu a regra —muitos não realizaram todas as reformas previstas ou se valeram de decisões judiciais para contratarem novos endividamentos ou parcelarem dívidas renegociadas. Ou seja: tudo isso, no final, significa aumento da dívida devido à incidência de juros.

Os pagamentos feitos pelos estados são usados pela União para o abatimento da dívida pública. “O não pagamento obriga a União a emitir mais títulos públicos, e o custo é suportado por toda a população”, diz o Tesouro.

Como forma de estimular as boas práticas, o Ministério da Fazenda prepara uma portaria que incentiva os estados a “fazerem a lição de casa”.

A ideia é permitir que, aqueles que se enquadrarem, poderão usar possíveis folgas no teto de gastos para tomarem novos empréstimos —com ou sem garantias da União.

Essa folga, batizada de espaço fiscal, será definida levando-se em conta a capacidade de pagamento, o nível de endividamento e a receita corrente líquida. Esse indicador será recalculado uma vez a cada ano.

Consultada, a assessoria da AGU disse que, na conciliação com Rondônia no STF, defendeu a mesma tese do Ministério da Fazenda e que, agora, analisa “a estratégia processual a ser adotada em relação à decisão do ministro Fachin”.

O Ministério da Fazenda não quis comentar sobre a divergência com a AGU.

O ministro do STF Edson Fachin não respondeu até a conclusão desta reportagem.

Fonte: Folha Online - 01/10/2018 e SOS Consumidor


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Corte de Haia rejeita ação da Bolívia contra Chile por acesso ao mar

Tribunal internacional negou demanda por 12 votos a 3

Tribunal internacional negou demanda por 12 votos a 3 | Foto: Baz Cwerzinski / AFP / CP

Tribunal internacional negou demanda por 12 votos a 3 | Foto: Baz Cwerzinski / AFP / CP

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia rejeitou, nesta segunda-feira, que o Chile tenha a obrigação de negociar um acesso soberano ao Oceano Pacífico para a Bolívia. A ação foi apresentada por La Paz há cinco anos e se tornou uma prioridade nacional para o presidente Evo Morales. "Por 12 votos contra 3, a República do Chile não está obrigada juridicamente a negociar um acesso soberano ao oceano Pacífico para o Estado plurinacional da Bolívia", afirma a sentença lida pelo presidente do tribunal, Abdulqawi Ahmed Yusuf.

"A Bolívia nunca vai renunciar", disse Morales, em uma breve declaração sem responder às perguntas dos jornalistas, ao deixar o Palácio da Paz de Haia, acompanhado da delegação boliviana. O presidente destacou o apelo dos magistrados a que se siga com o diálogo entre Santiago e La Paz. "No informe, embora não haja uma obrigação de negociar, há uma invocação para seguir com o diálogo", defendeu.

Depois de desmontar um a um os argumentos apresentados pela Bolívia sobre uma eventual obrigação jurídica do Chile, os juízes pedem a ambas as partes que "continuem seu diálogo" em um "espírito de boa vizinhança" para abordar o "enclausuramento da Bolívia".

Com isso, o Tribunal de Haia põe fim a cinco anos de incertezas. A demanda de La Paz datava de abril de 2013, mas suas bases remontam ao Tratado de 1904, que selou a perda de 120.000 km2 de território, entre eles os 400 quilômetros de costa, pela Bolívia, na Guerra do Pacífico (1879-1883) contra o Chile.

Apesar da derrota militar, que supôs o enclausuramento da Bolívia - único país da América junto com o Paraguai a não ter costa -, La Paz defendia que o Chile havia-se comprometido, ao longo do último século, a negociar um acesso marítimo soberano. Os juízes desse tribunal da ONU não entenderam assim, motivo pelo qual também rejeitaram, como pedia La Paz, que o Chile "esteja obrigado a cumprir essa obrigação de boa-fé, de maneira imediata e formal, em um prazo razoável e de maneira efetiva".


AFP e Correio do Povo


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Tempo seco predomina apenas na Região Oeste e Sul

Porto Alegre terá mais chuva nesta terça-feira | Foto: Alina Souza

Porto Alegre terá mais chuva nesta terça-feira | Foto: Alina Souza

O Rio Grande do Sul recebe mais chuva nesta terça-feira. Segundo a MetSul Meteorologia, apenas a Metade Oeste e Metade Sul terão tempo seco com sol e nuvens, apesar de períodos de maior nebulosidade. No Centro do Estado, o sol irá aparecer, mas ainda tem chance de chuva em parte do dia em alguns pontos.

Já no Noroeste, Norte e Nordeste do Estado devem ter muita instabilidade nesta terça-feira. Em algumas cidades, sobretudo no Norte, a chuva será por vezes de moderada a forte. A temperatura diminui território gaúcho e a máxima não passar dos 23°C. O dia começa frio no Oeste e na Campanha.

Em Porto Alegre, muitas nuvens com chance de chuva e garoa, em especial no começo e fim da terça. Ao longo do dia, podem ocorrer intervalos de melhoria. Na Capital, as marcas devem ficar entre 15°C e 19°C.

Mínima e Máxima

Vacaria 12°C | 17°C

Santa Maria 13°C | 18°C

Rio Grande 11°C | 19°C

Passo Fundo 14°C | 19°C

Bagé 9°C | 20°C

Alegrete 11°C | 21°C

São Miguel 17°C | 22°C

Uruguaiana 12°C | 23°C


MetSul Meteorologia e Correio do Povo


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Lula esteve em reunião que acertou propina na Petrobras, diz Palocci

Juiz federal Sérgio Moro levantou sigilo de trecho da delação do ex-ministro da Fazenda

Juiz federal Sérgio Moro levantou sigilo de trecho da delação do ex-ministro da Fazenda | Foto: Suellen Lima / Folhapress / CP Memória

Juiz federal Sérgio Moro levantou sigilo de trecho da delação do ex-ministro da Fazenda | Foto: Suellen Lima / Folhapress / CP Memória

* Com informações da AE

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria participado de uma reunião no Palácio do Planalto em que foi acertado o pagamento de propina envolvendo navios-sonda da Petrobras para a campanha de Dilma Rousseff em 2010. A informação consta no acordo de delação do ex-ministro dos governo Lula e Dilma Antonio Palocci, que estava em sigilo até esta segunda-feira.

O levantamento do sigilo foi feito pelo juiz federal Sérgio Moro. Essa parte da delação de Palocci, que o ex-ministro fechou com a Polícia Federal e foi homologada pelo desembargador Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), está inserida nos autos de uma das ações penais da Operação Lava Jato contra Lula - em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na compra de um apartamento em São Bernardo do Campo e de um terreno supostamente destinado ao Instituto Lula.

Dos depoimentos prestados por Palocci no acordo, o Termo de Colaboração n.º 1 se refere "ao conteúdo do presente feito", assinalou Moro. "Examinando o seu conteúdo, não vislumbro riscos às investigações em outorgar-lhe publicidade." "Havendo ademais ação penal em andamento, a publicidade se impõe pelo menos no que se refere a depoimento que diz respeito ao presente caso (artigo 7.º, §3º, da Lei nº 12.850/2013.)", completou o magistrado. Moro assinalou que "caberá aos Juízos perante os quais ele (Palocci) responde a ações penais decidir acerca da concessão ou não a ele de benefícios, o que terá que ser feito, por exemplo, na presente ação penal".

Trecho da delação ao qual o R7 teve acesso fala da reunião:

"Que, inclusive, pode afirmar que participou de reunião, no início de 2010, na biblioteca do Palácio do Alvarada, com a presença também de Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e José Sérgio Gabrielli, na qual o então presidente da República foi expresso ao solicitar do então presidente da Petrobras que encomendasse a construção de 40 sondas para garantir o futuro político do país e do Partido dos Trabalhadores com a eleição de Dilma Rousseff, produzindo-se os navios para exploração do pré-sal e recursos para a campanha que se aproximava".

Palocci disse ainda ao delegado Filipe Hille Pace, da Polícia Federal no Paraná, que aquela "foi a primeira reunião realizada por Luiz Inácio Lula da Silva em que explicitamente tratou da arrecadação de valores a partir de grandes contratos da Petrobras".

Esta é a segunda vez que o encontro entre Lula, Dilma e Gabrielli volta a ser citado por Palocci. Em 2017, o ex-ministro falou sobre a reunião em depoimento ao juiz Sérgio Moro.

A delação do ex-ministro petista cita ainda outro episódio, em 2007, que envolve a nomeação de Jorge Zelada, indicado pelo MDB, para ocupar a diretoria internacional da Petrobras. Segundo o documento, o executivo fez um contrato de US$ 800 milhões com a empreiteira Odebrechet, que renderia US$ 40 milhões (5% do total) de propina.

Devido à "tamanha ilicitude revestida nele [contrato], teve logo seu valor revisado e reduzido de US$ 800 para US$ 300 milhões", complementa o documento.

Outro lado

O advogado de Antônio Palocci, Tracy Reinaldet, diz que "continuará colaborando com a Justiça, esclarecendo os fatos que são objeto do processo e apresentando suas provas de corroboração.

A defesa do ex-presidente Lula afirma que "a conduta adotada hoje pelo juiz Sérgio Moro [levantar o sigilo da delação] apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente Lula".

"Moro juntou ao processo, por iniciativa própria (“de ofício”), depoimento prestado pelo Sr. Antônio Palocci na condição de delator com o nítido objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados, até porque o próprio juiz reconhece que não poderá levar tal depoimento em consideração no julgamento da ação penal. Soma-se a isso o fato de que a delação foi recusada pelo Ministério Público. Além disso, a hipótese acusatória foi destruída pelas provas constituídas nos autos, inclusive por laudos periciais", acrescenta o advogado Cristiano Zanin Martins.

O defensor de Lula ainda critica a delação de Palocci.

"Palocci, por seu turno, mentiu mais uma vez, sem apresentar nenhuma prova, sobre Lula para obter generosos benefícios que vão da redução substancial de sua pena - 2/3 com a possibilidade de “perdão judicial” - e da manutenção de parte substancial dos valores encontrados em suas contas bancárias", conclui.

O R7 tenta contato com a defesa de Dilma Rousseff.



R7 e Correio do Povo


Defesa de Lula diz não haver provas em delação de Palocci

No caminho com Maiakóvski

"[...]

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

[...]"

Em delação, Palocci estima que 900 das mil medidas provisórias envolviam propina

Juiz federal Sérgio Moro levantou sigilo de trecho do documento

Ex-ministro afirmou que desvio de dinheiro ocorria em programas sociais fraudados | Foto: Evaristo Sa / AFP / CP Memória

Ex-ministro afirmou que desvio de dinheiro ocorria em programas sociais fraudados | Foto: Evaristo Sa / AFP / CP Memória

O ex-ministro Antonio Palocci, em delação premiada, disse que “estima que das mil medidas provisórias editadas nos quatro governos do PT, em pelo menos 900 houve tradução de emendas exóticas em propina”. A informação foi divulgada nesta segunda-feira após o juiz federal Sergio Moro retirar o sigilo de partes do acordo de delação. A declaração do ex-ministro à Polícia Federal foi feita no dia 18 de abril deste ano.

A Medida Provisória (MP) é um instrumento com força de lei, adotado pelo presidente da República, em casos de relevância e urgência. Produz efeitos imediatos, mas depende da aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei.

De acordo com o site do Planalto, de 1º de janeiro de 2013 quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência, a 11 de maio de 2016, um dia antes da ex-presidente Dilma Rousseff ser afastada em meio ao processo de impeachment, foram 613 medidas provisórias aprovadas.

• Lula esteve em reunião que acertou propina na Petrobras, diz Palocci

Palocci também disse que autoridades praticavam “o desvio simples de dinheiro público através de destinação de recurso para entidades fantasmas, programas sociais fraudados”.

Algumas medidas provisórias já são alvos de inquéritos na Operação Zelotes e na Lava Jato. Em setembro do ano passado, Lula virou réu por corrupção passiva em uma ação que investiga que o ex-presidente teria participado da edição da MP 471, de 2009, que prorrogou os incentivos fiscais para montadoras instaladas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

No âmbito da Lava Jato, em agosto deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. A acusação é que eles agiram para aprovar as medidas provisórias 470 e 472, que tinham como objetivo beneficiar empresas da Odebrecht. Moro, no entanto, aceitou apenas a denúncia contra Mantega.

Outro lado

O advogado de Antônio Palocci, Tracy Reinaldet, diz que "continuará colaborando com a Justiça, esclarecendo os fatos que são objeto do processo e apresentando suas provas de corroboração. A defesa do ex-presidente Lula afirma que "a conduta adotada hoje pelo juiz Sérgio Moro (levantar o sigilo da delação) apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente Lula".

"Moro juntou ao processo, por iniciativa própria (“de ofício”), depoimento prestado pelo Sr. Antônio Palocci na condição de delator com o nítido objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados, até porque o próprio juiz reconhece que não poderá levar tal depoimento em consideração no julgamento da ação penal. Soma-se a isso o fato de que a delação foi recusada pelo Ministério Público. Além disso, a hipótese acusatória foi destruída pelas provas constituídas nos autos, inclusive por laudos periciais", acrescenta o advogado Cristiano Zanin Martins.

O defensor de Lula ainda critica a delação de Palocci.

"Palocci, por seu turno, mentiu mais uma vez, sem apresentar nenhuma prova, sobre Lula para obter generosos benefícios que vão da redução substancial de sua pena - 2/3 com a possibilidade de “perdão judicial” - e da manutenção de parte substancial dos valores encontrados em suas contas bancárias", conclui.

O R7 tenta contato com a defesa de Dilma Rousseff.


R7 e Correio do Povo



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Toffoli mantém decisão de Fux e volta a suspender entrevista de Lula

Determinação de Lewandowski foi desautorizada pelo presidente do STF

Determinação de Lewandowski foi desautorizada pelo presidente do STF | Foto: Carlos Moura / STF / CP

Determinação de Lewandowski foi desautorizada pelo presidente do STF | Foto: Carlos Moura / STF / CP

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, voltou a suspender entrevista que o ex-presidente Lula daria ao jornal Folha de S. Paulo. O ministro emitiu despacho, nesta segunda-feira, desautorizando as duas decisões de Ricardo Lewandowski e confirmando a liminar proferida pelo vice da Corte, Luiz Fux.

"A fim de dirimir a dúvida no cumprimento de determinação desta Corte, cumpra-se, em toda a sua extensão, a decisão liminar proferida, em 28/09/18, pelo Vice-Presidente da Corte, Ministro Luiz Fux", definiu Toffoli. Ele indicou que uma eventual autorização à entrevista só poderá ocorrer por deliberação do Plenário do STF.

Lewandowski fez duras críticas à decisão de Fux, mais cedo nesta segunda-feira. Em despacho, afirmou que a proibição por Fux possui "vícios gravíssimos", é "questionável" e "desrespeita todos os ministros do STF ao ignorar a inexistência de hierarquia jurisdicional entre seus membros e a missão institucional da Corte".

Segundo Lewandowski, o Partido Novo não tem "legitimidade" para apresentar na Suprema Corte um instrumento processual chamado suspensão de liminar, que foi utilizado para derrubar a decisão.


Correio do Povo


Moro retira sigilo de delação de Palocci; ex-ministro fala em dinheiro ilícito na campanha de Dilma

Irineu Machado, gerente-geral de Notícias

A seis dias do primeiro turno das eleições presidenciais, o juiz Sergio Moro retirou o sigilo de parte da delação premiada feita pelo ex-ministro Antonio Palocci no dia 13 de abril de 2018, no pocesso  da Operação Lava Jato, tornando públicos os primeiros trechos do acordo. Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Palocci disse em sua delação que a campanha eleitoral de 2014, em que Dilma Rousseff foi reeleita, custou R$ 800 milhões (mais que o dobro do valor oficialmente declarado) e que a maior parte disso era dinheiro ilícito.

O ex-ministro petista afirmou também que estima que das cerca de mil medidas provisórias editadas nos mandatos de Lula e Dilma, em pelo menos 900 houve cobrança de propina.

Moro incluiu as informações delatadas por Palocci na ação penal do Instituto Lula.

Com o acordo de delação, Palocci pode ter redução de até dois terços da sua pena. Ele está preso desde setembro de 2016 na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, condenado a 12 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A defesa do ex-presidente Lula acusou Moro de agir com "nítido objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados".

Não perca, nesta terça, às 10h, a transmissão ao vivo do debate promovido por UOL, Folha e SBT com candidatos à Vice-Presidência.

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Ibope: Bolsonaro amplia liderança com 31% dos votos contra 21% de Haddad

Segundo turno teria empate de 42% entre candidato do PT e postulante do PSL

Segundo turno teria empate de 42% entre candidato do PT e postulante do PSL | Foto: PR / CP Memória

Segundo turno teria empate de 42% entre candidato do PT e postulante do PSL | Foto: PR / CP Memória

Pesquisa Ibope desta segunda-feira mostrou crescimento de Jair Bolsonaro (PSL) na liderança da corrida presidencial. Ele foi escolhido de 31% dos entrevistados, contra 27% da apuração anterior. Em segundo lugar, Fernando Haddad (PT) manteve 21%.

O terceiro lugar tem empate técnico entre Ciro Gomes (PDT) com 11% dos votos e Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%. Ciro oscilou um ponto percentual para baixo, enquanto Alckmin manteve seu índice. Houve aumento dos brancos e nulos (de 11% para 12%), enquanto os que não sabem em quem votaria foram reduzidos de 7% para 5%.

No índice de rejeição, Bolsonaro manteve 44%, com o maior número de pessoas que "não votariam de jeito nenhum". Haddad teve alta de 27% para 38%.

A simulação de segundo turno aponta empate de 42% dos votos entre Haddad e Bolsonaro. No cenário com Ciro Gomes, o candidato do PDT teria 45% contra 39% de Bolsonaro. Alckmin teria empate técnico, com 42% dos votos contra 39% do postulante do PSL. Por fim, Bolsonaro venceria Marina Silva por 43% a 38% dos votos.

Ficha técnica:

Margem de erro: 2 pontos percentuais para mais ou para menos

Nível de confiança: 95%

Número de entrevistados: 3.010 eleitores, em 208 municípios

Período: entre os dias 29 e 30 de setembro

Contratantes: TV Globo e O Estado de São Paulo

Registro no TSE: BR-08650/2018


Correio do Povo


ELEIÇÕES 2018

Em Porto Alegre, Guilherme Boulos critica Sérgio Moro

PSDB

Eduardo Leite recebe reivindicações de pró-reitores

PT

Rossetto busca vincular campanha a crescimento de Haddad


Veja atividades de campanha de candidatos a presidente: Marina Silva (Rede) https://tinyurl.com/y9d4ew4v; Geraldo Alckmin (PSDB) https://tinyurl.com/y8sqr9ds; Jair Bolsonaro (PSL) https://tinyurl.com/yaozsw4n; Ciro Gomes (PDT) https://tinyurl.com/y8p8tfj3; Fernando Haddad (PT) https://tinyurl.com/yd4en795; Alvaro Dias (Podemos) https://tinyurl.com/y8anb4f4

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A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos: https://glo.bo/2QkN9qL #GloboNews

G1.GLOBO.COM

Ibope divulga nova pesquisa de intenção de voto para presidente