Depoimento foi prestado no ano passado e subsidiariam investigação da Lava Jato
Delator relata R$ 100 mil mensais ao ministro Augusto Nardes | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Em delação premiada, o ex-subsecretário de Transporte do Rio Luiz Carlos Velloso afirmou que o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU) girou R$ 1,2 milhão na corretora Advalor, alvo da Operação Lava Jato nesta sexta-feira. O delator relatou que o ex-gerente da Petrobrás Pedro Barusco lhe apresentou a Advalor "em razão do pagamento mensal de R$ 100 mil mensais ao ministro Nardes". Augusto Nardes foi o ministro do TCU responsável pela análise das contas da ex-presidente Dilma (PT). Em 2015, Nardes atribuiu a então presidente "responsabilidade direta sobre as pedaladas fiscais". O depoimento de Luiz Carlos Velloso foi prestado em 30 de maio de 2017 e subsidiaram a investigação da Lava Jato sobre a Advalor.
A Polícia Federal prendeu pela manhã o empresário João Paulo Julio Pinho Lopes, filho de Miguel Julio Lopes, ambos ligados à corretora. A delação de Luiz Carlos Velloso foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli. O ex-subsecretário também cita em sua declarações o deputado federal Julio Lopes (PP-RJ). "Barusco apresentou a corretora em razão do pagamento mensal de 100 mil reais ao ministro Nardes; que o dinheiro já estava lá porque Barusco tinha conta lá; que tratou sempre com Miguel Julio Lopes", relatou.
"Depois da investigação da Lava Jato acredita que Miguel que foi morar definitivamente em Portugal, quando passou a tratar com seu filho João." Luiz Carlos Velloso narrou que "pegava a cópia dos extratos da conta da Advalor e guardava no cofre para fins de controle". O delator contou que "acumulava muita coisa jogava fora os extratos antigos". "Usou também a Advalor para receber o dinheiro de caixa 2 destinado a campanha de Julio Lopes pagos por Marcos Vidigal; que o dinheiro do colaborador nessa conta se restringia à remuneração paga por Nardes ou Julio Lopes ao colaborador", declarou.
No depoimento, o ex-subsecretário afirmou que "para operacionalizar a conta, tinha que comparecer na Advalor antes para avisar que seriam feitos depósitos". Velloso disse que "avisava com uma semana de antecedência para realizar saques na conta da Advalor ou ainda solicitar que recursos fossem entregues no escritório político". "A Advalor também fazia transferências para terceiros em conta de pessoas indicadas pelo colaborador, conforme comprovantes; Que as transferências feitas em benefício de Flavio Camilotti foram feitos pela Advalor a mando do colaborador a pedido de Nardes; Que quando queria o dinheiro, comparecia diretamente na Advalor para sacar o dinheiro", afirmou.
De acordo com o delator, para Julio Lopes "os saques eram feitos de acordo com as necessidades da campanha". Velloso declarou que a corretora "sempre levou o dinheiro para o escritório político". "Nunca redirecionou dinheiro inicialmente destinado a Julio Lopes para Nardes; que, eventualmente, numa necessidade de Nardes pode ter feito isso, mas nunca houve conexão entre eles", contou. "A conta era única e tinha dinheiro dos três, do próprio colaborador, Nardes e Julio Lopes; que, atualmente, a conta deve ter aproximadamente 700 mil; Que acredita que 350 mil pertencem ao colaborador, sendo os outros 350 mil pertencentes a Julio Lopes."
O delator afirmou que estava "desatualizado" dos valores porque não lidava com a Advalor havia 2 anos. Velloso disse que "começou o relacionamento" na corretora em 2012. "A conta do escritório político movimentou R$ 3,5 milhões para Julio Lopes; que para o ministro Nardes movimentou na Advalor aproximadamente 1,2 milhão; que movimentou na Advalor uns R$ 600 mil referentes a gastos pessoais", relatou. A reportagem está tentando contato com o ministro Augusto Nardes e com o deputado Julio Lopes, deixando espaço aberto para manifestação para os envolvidos.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
UOL Confere: Em debate, presidenciáveis erram sobre urnas eletrônicas e desarmamento
Após STF, procuradores aprovam reajuste de 16% em seus salários
Concessão do aumento para o Supremo e o MPF ainda depende da aprovação de projeto de lei
"Se chegar nas minhas mãos, analiso", diz Temer sobre reajuste do Judiciário
Caso seja aprovada, proposta terá efeito cascata, aumentando os salários de outros servidores
Por Lula, PT volta a pressionar STF a pautar prisão em 2ª instância
Advogados alertam que há risco de Tribunal Superior Eleitoral banir partido do horário político
Polícia investiga suposta atuação de deputados em assassinato de Marielle
Vereadora do PSOL foi morta em março e, até agora, o crime não foi desvendado
Motorista diz que atacante do Sport encomendou morte de desafeto
Jogador quase foi contratado pelo Corinthians, que desistiu após protestos
Gasômetro da Usiminas explode em Ipatinga e deixa ao menos 25 feridos
Bairros do entorno da unidade precisaram ser esvaziados após acidente
Menina chilena morre durante voo da Latam entre Miami e Santiago
De forma preliminar, foi informado que a menor pode ter sofrido uma parada cardiorrespiratória
Caixa passa a aceitar apostas pela internet para Loterias Federais
Para utilizar o portal, usuário deve realizar um cadastro informando seu CPF
Educação
Após falha, MEC prorroga inscrição para estudantes do Fies no 2º semestre
Música
Simone e Simaria pegam fãs de surpresa e gravam DVD na volta aos palcos
Famosos
Demi Lovato deixa reabilitação para receber tratamento em Chicago
Agenda do dia
Futebol | Sexta-feira tem jogos pela série B do Campeonato Brasileiro