quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Agência divulga imagens do passaporte brasileiro do ditador norte-coreano Kim Jong-un

Documento foi emitido pela Embaixada do Brasil em Praga

Na imagem, Kin seria natural de São Paulo | Foto: Handout via Reuters / CP

Na imagem, Kin seria natural de São Paulo | Foto: Handout via Reuters / CP

Josef Pwang, brasileiro, filho de Ricardo Pwang e Marcela Pwang, natural de São Paulo e nascido em 1° de Fevereiro de 1983. É assim que se apresenta o líder norte-coreano Kim Jong-un em um passaporte falsificado emitido e carimbado pela Embaixada do Brasil em Praga, na República Tcheca. O documento foi revelado nesta terça-feira pela agência de notícias Reuters, que cita cinco fontes europeias de segurança. Assim como Kim Jong-un, seu pai, o falecido Kim Jong-il, tinha um passaporte falso com identidade brasileira.

A informação de que Kim teria usado documento falsificado para viajar sem levantar suspeitas não é nova, mas é a primeira vez que são conhecidas imagens. Em 2011, um jornal japonês contou que ele utilizou um passaporte brasileiro falsificado para visitar um parque da Disney no Japão, em 1991.



Os documentos datam de 26 de fevereiro de 1996 e tinham validade de dez anos. Dizem as fontes citadas pela Reuters que os papéis teriam sido obtidos de forma fraudulenta para que Kim Jong-un e o pai conseguissem vistos para entrar em países ocidentais durante a década de 1990. “Eles usaram esses passaportes brasileiros, que mostram fotos de Kim Jong-un e Kim Jong-il, para tentar obter vistos de embaixadas estrangeiras”, disse uma alta fonte de segurança ocidental citadas pelo jornal El País.

A mesma fonte disse que poderia também ser indicativo de uma possível rota de fuga. Outras quatro fontes de segurança europeias confirmaram que os dois passaportes brasileiros foram utilizados para pedir vistos em pelo menos dois países ocidentais.

A embaixada da Coreia do Norte no Brasil recusou-se a comentar o caso. Já o Ministério das Relações Exteriores brasileiro confirmou que está investigando os documentos.


Correio do Povo

Maduro inscreve sua candidatura sem oponentes de peso

Eleições vão ocorrer em 22 de abril na Venezuela

Maduro inscreveu sua candidatura para reeleição  | Foto: Carlos Becerra / AFP / CP

Maduro inscreveu sua candidatura para reeleição | Foto: Carlos Becerra / AFP / CP

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, inscreveu nesta terça-feira sua candidatura para as eleições antecipadas de 22 de abril, nas quais buscará a reeleição sem um adversário de peso ante o boicote da oposição. Com funcionários de sua confiança, Maduro visitou o túmulo do líder socialista Hugo Chávez (1999-2013), antes de se encaminhar para a sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para entregar os documentos de inscrição.

"Este é o plano da pátria 2025, que é o aprofundamento do caminho e o legado de nosso amado comandante Hugo Chávez (...) na direção da prosperidade econômica", declarou Maduro ao entregar à presidente do CNE, Tibisay Lucena, os documentos.

"Vamos elegê-lo novamente. Com o voto vamos resolver os problemas", declarou Héctor Cadenas junto a um grupo de chavistas que acompanhou o presidente ao CNE.

Maduro, ex-motorista de ônibus de 55 anos, tem quase garantida a reeleição, apesar de seu governo ser reprovado por 75% dos venezuelanos, segundo pesquisa Datanálisis, em razão da grave crise econômica no país, asfixiado pela escassez de alimentos e remédios, e pela hiperinflação. Sua maior rival, a coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) - cujos líderes Henrique Capriles e Leopoldo López estão proibidos de de disputar e exercer cargo político -, convocou o boicote às eleições, por considerá-las um "show fraudulento" sem garantias de imparcialidade. "São eleições de fachada, um mero ato político para a aclamação de Maduro por seus seguidores", declarouo cientista político Luis Salamanca.

"Comparsas" eleitorais?

Logo atrás aparece o ex-governador dissidente do chavismo Henri Falcón, um militar aposentado de 56 anos, postulado por dois partidos minoritários. Dois outros, quase desconhecidos, são o pastor evangélico Javier Bertucci e Reinaldo Quijada, um chavista que se distanciou do oficialismo. "Eles podem ser vistos como comparsas, que dão a Maduro a desculpa para dizer que tem concorrentes, mas, sem a MUD, nenhum deles têm chances", acrescentou Salamanca.

De acordo com o Instituto Venezuelano de Análise de Dados, Falcón possui 23,6% das intenções de voto, em comparação com 17,6% de Maduro. Mas a oposição está longe de ser um perigo real devido à máquina chavista e ao vasto controle institucional e social do governo, estimam os analistas. "Falcón sozinho não representa essa fachada que o governo precisa apresentar para o mundo" para legitimar o voto, disse Felix Seijas, diretor da empresa de pesquisas Delphos. Em outubro passado, o ex-governador fracassou em sua tentativa de ser reeleito no estado de Lara e gera desconfiança entre os opositores por seu passado chavista.

A cientista política Francine Jacome acredita que Falcón tem uma liderança personalista e regional, também em declínio. "Pode atrair alguns opositores, mas seu impacto será mínimo", comentou.

Novas sanções

Apesar de Maduro repetir que "haja chuva, sol ou relâmpago" haverá eleições em 22 de abril e que vai ser reeleito com ou sem oponentes, enquanto a MUD busca apoio internacional para forçá-lo a reagendar eleições com garantias. A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, exortou na segunda-feira a Venezuela a garantir "eleições credíveis", reiterando que a União Europeia (UE), que já impôs sanções a autoridades venezuelanas, está "pronta para reagir" em caso contrário.

"O modo como Maduro lidará com as eleições implicará maior isolamento internacional, mas o governo está claramente disposto a correr o risco se isso significar sua permanência no poder", ressaltou o Eurasia Group.

Citando a falta de garantias para um processo livre, o adiantamento da eleição presidencial foi rejeitado pelos 14 países do Grupo de Lima - incluindo Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Estados Unidos. Vários desses governos anunciaram que não reconhecerão os resultados. Washington, que além de medidas contra as autoridades venezuelanas impôs sanções econômicas, ameaçou um embargo de petróleo, o que significaria um duro golpe para um país que obtém 96% de suas receitas do petróleo, já que os Estados Unidos são seus principais clientes.

Parte da comunidade internacional também rejeitou o adiantamento das eleições, que deveriam ser realizadas em 2020, para eleger o Parlamento, o único poder controlado pela MUD. O CNE anunciou que irá definir a data nos próximos dias. "O cenário: maior pressão internacional, ingovernabilidade e agravamento da situação econômica e social", advertiu Jácome


AFP e Correio do Povo

A ausência da estabilidade na iniciativa privada, por Lúcio Machado Borges*

    O profissional liberal, o microempreendedor, que corresponde a 90% dos empresários no país e o autônomo, não tem estabilidade no emprego e precisam ralar para ganhar o dia. As empresas atrasam o pagamento de impostos, empurram com a barriga enquanto as contas do setor público não percebe a crise até que um dia a coisa explode. O pior é que há pessoas do poder público que acham que são credoras, como no governo do estado, quando Tarso Genro deu um aumento para o funcionalismo público, mesmo sabendo que não havia dinheiro para pagar este aumento.


*Editor do site RS Notícias

Ministro da Educação terá conduta apurada por criticas à disciplina da UnB

Mendonça Filho pediu ação de improbidade administrativa contra criadores da matéria "O golpe de 2016"

Mendonça Filho pediu ação de improbidade administrativa contra criadores da matéria

Mendonça Filho pediu ação de improbidade administrativa contra criadores da matéria "O golpe de 2016" | Foto: Marcelo Camargo / ABr / CP

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República vai apurar a conduta do ministro da Educação, Mendonça Filho, por criticas à disciplina “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, que será ministrada a partir de março no curso de ciência política da Universidade de Brasília (UnB). O ministro terá dez dias para se pronunciar sobre a denúncia. O relator do caso na comissão será o presidente do colegiado, Mauro Menezes.

O pedido de abertura do procedimento de apuração de ética foi feito pelo ex-reitor da UnB José Geraldo de Sousa Junior. Segundo ele, o ministro incidiu em conduta irregular ao supostamente constranger e ameaçar o livre exercício da docência pelo professor do Instituto de Ciência Política da UnB, Luis Felipe Miguel, idealizador da disciplina.

Mendonça Filho pediu para a Advocacia-Geral da União (AGU), o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) apurarem improbidade administrativa por parte dos responsáveis pela criação da disciplina. O Ministério da Educação justifica que Mendonça Filho está cumprindo o papel constitucional de solicitar apuração do bom uso de recursos públicos, “sob pena de, se não fizer, responder por omissão”.

“A disciplina, em seu conteúdo, apresenta indicativos claros de uso da estrutura acadêmica, custeada por todos os brasileiros, para benefício político e ideológico de determinado segmento partidário em pleno ano eleitoral, algo que pode desrespeitar o Artigo 206 da Constituição Federal, que estabelece, em seu inciso III, sobre o direito de aprender dos estudantes respeitando o pluralismo de ideias”, disse Mendonça Filho, em nota.

A Comissão de Ética Pública é o órgão responsável pela apuração de condutas de ocupantes de cargos da alta administração do Poder Executivo. Caso entenda que houve prática de infração ética por um agente, a comissão pode aplicar desde uma advertência até recomendar a exoneração. A recomendação é feita ao presidente da República, a quem cabe decidir se acolhe a sugestão.

Liberdade de expressão

A UnB informou que a proposta de criação de disciplinas é de responsabilidade das unidades acadêmicas, que têm autonomia para propor e aprovar conteúdos. Segundo a universidade, a disciplina em questão é optativa, não integrando a grade obrigatória de nenhum curso. “A UnB reitera seu compromisso com a liberdade de expressão e opinião – valores fundamentais para as universidades, que são espaços, por excelência, para o debate de ideias em um Estado democrático”, diz a universidade.

Procurado pela Agência Brasil, o professor Luis Felipe Miguel disse que optou por não dar entrevistas “para não alimentar a falsa polêmica gerada pela ação no MEC”. Em sua conta no Facebook, ele diz que tem razões para sustentar que a ruptura ocorrida no Brasil em 2016, com o impeachment da presidente Dilma Rousseff, configurou um golpe.

“Tenho discutido e continuarei discutindo essas razões com estudantes e com colegas, nos espaços do debate universitário, e com a sociedade civil, em minhas intervenções públicas. Não vou, no entanto, justificar escolhas acadêmicas diante de Mendonça Filho ou de seus assessores, que não têm qualificação para fazer tal exigência”, escreveu o professor.


Agência Brasil

Rabello deixará BNDES para disputar o Planalto

Com carreira no mercado financeiro, ele tem apenas 1% das intenções de voto, segundo pesquisa do Datafolha

Com carreira no mercado financeiro, ele tem apenas 1% das intenções de voto, segundo pesquisa do Datafolha | Foto: Andre Horta / Fotoarena / Folhapress / CP Memória

Com carreira no mercado financeiro, ele tem apenas 1% das intenções de voto, segundo pesquisa do Datafolha | Foto: Andre Horta / Fotoarena / Folhapress / CP Memória

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, comunicou ao presidente Michel Temer que vai deixar o cargo para disputar a Presidência da República pelo PSC, segundo apurou o 'Estadão/Broadcast' com integrantes da cúpula do partido. Ele deixará o posto até 7 de abril, prazo para que ministros e detentores de cargos públicos saiam do governo para disputar eleições. À frente do banco que é a maior fonte de financiamento a investimentos no Brasil, Rabello de Castro tem usado a projeção do cargo para se tornar mais conhecido da população. Costuma dizer a interlocutores que foi obra do destino ele ter sido colocado no posto a pouco tempo das eleições e num momento em que o BNDES estancou o processo de redução nos desembolsos. Com carreira no mercado financeiro, ele tem apenas 1% das intenções de voto, segundo pesquisa do Datafolha.

A estratégia, no entanto, tem causado desconforto nos corredores do banco, conforme apurou a reportagem. Já houve reuniões de diretoria, pautadas por tomadas de decisão importantes para a instituição financeira, em que o presidente não apareceu. Por outro lado, Rabello de Castro tem participado de agendas em diversos Estados, como Ceará e Piauí, e conta com assessoria externa para estruturar sua campanha. Pressão. As investidas do presidente do banco de fomento para se lançar candidato agravaram a irritação e ampliaram a pressão para substituí-lo. As articulações para acelerar sua saída, porém, foram abortadas por contada sinalização de Rabello de Castro de que vai deixar o cargo no início de abril. A investigação da Polícia Federal sobre a atuação de sua empresa, a SR Ratings, no aval a operações fraudulentas realizadas com recursos do Postalis (fundo de pensão dos Correios), também fez com que integrantes do governo contrários à permanência de Rabello passassem a "deixar tudo fluir naturalmente".

Mesmo antes de deixar a presidência do banco de fomento, Rabello de Castro intensificou os movimentos para articular sua candidatura. Na última segunda-feira, por exemplo, viajou para Fortaleza e Teresina para "divulgar atuação do BNDES no Nordeste". Rabello de Castro deixará a presidência do BNDES menos de um ano após assumir o cargo. Ele foi nomeado em maio do ano passado, em substituição à economista Maria Silvia Bastos, que pediu demissão do comando do banco. Na época, era filiado ao Novo, partido que deixou para ingressar no PSC. "O PSC de fato está animado com uma perspectiva que só acontecerá se e quando ocorrer. Estou trabalhando 101% na agenda do banco que é acelerar investimentos para o País", afirmou Rabello. Segundo ele, o tema da reunião com Temer hoje será financiamento a pequenos municípios, inclusive para segurança pública. O BNDES informou que não comenta eventuais decisões de caráter pessoal de Rabello. As informações são do jornal 'O Estado de S. Paulo'.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

"RESSUSCITANDO A DOUTRINA MONROE"!

(Emb. Rubens Barbosa - Estado de S. Paulo, 27) 1. O presidente James Monroe, nos idos de 1823, anunciou que os EUA iriam proteger os países sul-americanos de ameaças de colonização vindas de países europeus: “A América para os americanos”. Posteriormente, em 1904, Theodore Roosevelt ampliou essa política para incluir a defesa de direitos de empresas norte-americanas na América Latina. Essas ações ficaram conhecidas como a Doutrina Monroe e seu corolário. No governo Obama, em pronunciamento feito na sede da Organização dos Estados Americanos, John Kerry, então secretário de Estado, afirmou, com grande ênfase, que a era da Doutrina Monroe tinha chegado ao fim.
2. Recentemente, em discurso na Universidade do Texas (US engagement in the Western Hemisphere), antes de seu passeio este mês pela América Latina, o secretário de Estado, Rex Tillerson, anunciou: “Tínhamos esquecido a importância da Doutrina Monroe e o que ela significou para o Hemisfério”. Em nome dessa doutrina, os EUA, à medida que seu poder aumentava, assumiram o papel de polícia da região e posteriormente do mundo. Na América Latina houve mais de dez intervenções sob a justificativa de defesa dos interesses das empresas norte-americanas e das ameaças aos valores, nem sempre coerentes com a democracia, defendidos por Washington. O retorno dessa percepção no atual governo não pode deixar de ser preocupante.
3. Sem outras inovações, como nos governos republicanos e democráticos de Clinton, Bush e Obama das últimas décadas, essa política está fundada nos mesmos três pilares: economia, segurança e democracia. Na atualização trumpista, o crescimento econômico e o comércio na região devem estar associados ao aproveitamento dos recursos energéticos (petróleo, gás, eletricidade) e de infraestrutura.
4. A prioridade em segurança está relacionada com o desmantelamento das organizações transnacionais do crime organizado (em especial no México), a redução do cultivo da coca na Colômbia, o combate à corrupção (em toda parte) e melhorar a capacidade de defesa dos pequenos países da América Central e do Caribe (Caribbean Initiative 2020) contra criminosos mais bem armados e financiados, inclusive do Estado Islâmico. No tocante à democracia, em todos os países visitados a ênfase foi a situação política e econômica na Venezuela e a advertência para que o modelo da China não seja seguido. O resultado da eleição presidencial em Honduras, com fortes indícios de fraude eleitoral, foi rapidamente reconhecido por Washington.
5. A intenção de voltar aos tempos da Doutrina Monroe fica transparente nas referências feitas por Trump à intervenção dos EUA e ao estímulo a um golpe militar na Venezuela, mencionado por Tillerson. A exemplo da guerra fria, a preocupação com a crescente presença da China, primeira parceira comercial do Brasil, do Peru, do Chile e financeira, juntamente com a Rússia, da Venezuela. Um alto funcionário do Tesouro chegou a ressaltar que, “em vez de ajudar na melhora da governança e das políticas macroeconômicas, o investimento da China frequentemente deu força a governos fracos e corruptos”.
6. O anúncio da política em relação à região é coerente com a ideia dos Estados Unidos em primeiro lugar e com a defesa dos interesses de empresas norte-americanas, relegadas a segundo plano nos últimos anos. Os formuladores de decisão no Departamento de Estado não parecem estar acompanhando a dinâmica das transformações politicas, econômicas e sociais no continente e o grau de penetração que a China ganhou recentemente.
7. Nos três pilares definidos pelo Departamento de Estado, o Brasil ocupa lugar de relevo, embora aparentemente minimizado pelo governo Trump. Não está clara a mensagem que foi passada não só ao Brasil, mas para a região, quando o secretário de Estado e o subsecretário Shannon, em visitas recentes, literalmente pularam Brasília. Somos hoje o país na região com a maior dependência econômica da China e, além disso, membro do Brics. Por outro lado, como reagiriam os EUA em eventual ato agressivo da Venezuela em relação ao território contestado na Guiana? E qual a reação dos países da região à aplicação da Doutrina Monroe numa eventualidade desse tipo?
8. No caso do México, além do problema de segurança, dependendo de como for concluída a renegociação do acordo de comércio com os EUA (Nafta), o relacionamento bilateral pode ganhar contornos inusitados a partir da próxima eleição presidencial, em junho, hoje liderada nas pesquisas por López Obrador, candidato de esquerda com claras posições restritivas aos EUA.
9. Em meados de abril, o Peru deverá organizar a Cúpula das Américas com a presença de todos os chefes de Estado, menos Maduro, da Venezuela, desconvidado com apoio do Grupo de Lima (o Brasil incluído), mas ameaçando comparecer de qualquer maneira. Será interessante acompanhar o encontro presidencial, especialmente se Trump comparecer, alguns dias antes da contestada eleição antecipada na Venezuela, e como reagirão os países em face da eventual retomada do clima de guerra fria, em vista da crescente presença da China em nossa região.
10. O ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, disse que “os EUA não sabem o que fazer na América Latina”. No tocante ao Brasil, as relações nunca estiveram em nível político-diplomático tão baixo e desgastado. Superado o clima da guerra fria, a supremacia de Washington na região deixou de ser automática.
11. Como resultado das atitudes recentes, não restará alternativa ao Brasil senão definir políticas claras para ampliar o espaço e a presença na região e buscar encontrar seu lugar no mundo compatível com uma das dez maiores economias globais na defesa de nossos interesses.


Ex-Blog do Cesar Maia

Brasil só deve dominar Leitura em 260 anos, aponta estudo do Banco Mundial

Valorização dos professores e investimento na educação infantil estão nas propostas apontadas para melhora

Brasil só deve dominar Leitura em 260 anos, aponta estudo do Banco Mundial | Foto: Samuel Maciel / CP Memória

Brasil só deve dominar Leitura em 260 anos, aponta estudo do Banco Mundial | Foto: Samuel Maciel / CP Memória

Um relatório inédito do Banco Mundial estima que o Brasil vá demorar 260 anos para atingir o nível educacional de países desenvolvidos em Leitura e 75 anos em Matemática, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Isso porque o País tem avançado, mas a passos muito lentos. O cálculo foi feito com base no desempenho dos estudantes brasileiros em todas as edições do Pisa, a avaliação internacional aplicada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). Esta é a primeira vez que o "World Development Report", relatório anual que discute questões para o desenvolvimento mundial, é dedicado totalmente à educação.

A conclusão mais importante do documento é que há uma "crise de aprendizagem" no mundo todo. "Nos últimos 30 anos houve grandes progressos em colocar as crianças nas escolas na maioria dos países, mas infelizmente muitas não entendem o que leem ou não sabem fazer contas", disse ao Estado o diretor global da área de educação do Banco Mundial, Jaime Saavedra. Segundo o relatório, 125 milhões de crianças no mundo estão nessa situação. Na América Latina e Caribe, apenas cerca de 40% das crianças nos anos finais do ensino fundamental chegam ao nível considerado mínimo de proficiência em Matemática, enquanto na Europa e Ásia são 80%. Na África Subsaariana, só 10% dos alunos têm níveis aceitáveis de Leitura. O texto sistematiza evidências e casos de sucesso de vários países para traçar um panorama da educação mundial.

A Coreia do Sul e, mais recentemente, o Peru e o Vietnã são países citados como alguns dos que conseguiram avançar com reformas e novas políticas. Entre as sugestões de iniciativas para tentar reverter o quadro principalmente nos países em desenvolvimento, estão a valorização do professor, a avaliação dos sistemas, a melhor gestão das escolas e o investimento em educação infantil. O Brasil é um dos países que fazem parte dessa crise de aprendizagem, apesar de avanços recentes em avaliações. No último Pisa, porém, o País não aumentou sua nota em Leitura e caiu em Matemática. Procurado pela reportagem, o Ministério da Educação não quis comentar o conteúdo do relatório.

Segundo André Loureiro, economista brasileiro do Banco Mundial, a demora para se atingir níveis de países desenvolvidos só vai acontecer "se o país mantiver o passo em que está". "Mas há reformas que estão sendo feitas, como a do ensino médio, que têm potencial muito grande de afetar essa trajetória", acredita. Para ele, a flexibilização do currículo e a diminuição do número de disciplinas devem deixar a escola mais atrativa para os jovens. Sem plano "O Brasil precisa urgentemente de um plano estratégico de educação", diz a presidente do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz. Segundo ela, os avanços do País são lentos porque não se sabe quais são os fatores de fracasso e sucesso das políticas. "A gente abandona as políticas e recomeça do zero sem ter aprendido nada com o passado." Para Priscila, os dois pontos principais desse plano deveriam ser a valorização do professor e da primeira infância. "O Brasil teve de expandir o sistema rapidamente para trazer muitas crianças para a escola, precisou de muitos professores e acabou tendo problema com a formação deles", diz o coordenador de pesquisas do Centro de Políticas Públicas do Insper, Naercio Menezes Filho. Mas, segundo ele, agora o País tem uma oportunidade de corrigir essa questão por causa da queda demográfica.

A natalidade diminuiu muito nos últimos anos e o número de alunos no ensino fundamental caiu quase pela metade em 20 anos. "Se mantiver o tamanho das salas, vamos precisar de metade do professores. Podemos selecionar melhor os candidatos." O relatório intitulado "Aprendizagem para Realizar a Promessa da Educação" será apresentado hoje em São Paulo em um evento na Fundação Getulio Vargas (FGV). O texto enfatiza a importância da educação para impulsionar o "crescimento econômico de longo prazo, incentivar a inovação, reforçar as instituições e promover a coesão social". Há também dados que demonstram que cidadãos mais bem educados valorizam mais a democracia.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Conselho de Ética instaura processo que pode cassar Maluf

Colegiado vai avaliar pedidos de cassação do mandato parlamentar do deputado

Conselho de Ética instaura processo que pode cassar Maluf  | Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados / CP memória

Conselho de Ética instaura processo que pode cassar Maluf | Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados / CP memória

Com uma bancada de três deputados presidiários e um sob investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR), o Conselho de Ética da Câmara finalmente instaurou nesta terça-feira, os processos por quebra de decoro parlamentar contra Paulo Maluf (PP-SP), Celso Jacob (MDB-RJ) e João Rodrigues (PSD-SC).

Nesta tarde foram sorteados os possíveis relatores dos três processos e da representação contra o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão do ex-ministro do governo Temer, Geddel Vieira Lima, também preso. As representações pedem a cassação do mandato parlamentar dos quatro. O Código de Ética determina o sorteio em cada representação de três nomes para que o presidente do colegiado, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), escolha um relator.

Os indicados para as relatorias serão anunciados na próxima semana. Foram sorteados para o caso Vieira Lima os deputados Zé Geraldo (PT-PA), Covatti Filho (PP-RS) e Hiran Gonçalves (PP-RR). Como prevê a regra interna, foram descartados parlamentares da bancada do Estado do representado e do mesmo partido.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Granizo atinge 500 famílias em São Lourenço do Sul (RS)

Plantações de milho, soja, hortifrutigranjeiros e fumo foram perdidas

Municípios da Região Sul realizam, nesta quarta-feira, levantamento dos estragos causados pelo temporal de granizo que caiu na tarde de terça-feira e causou transtornos em São Lourenço do Sul e Canguçu, no Sul do Estado. Em São Lourenço o granizo caiu no lado Oeste da cidade e afetou mais de 500 famílias, principalmente no interior do município.

Ainda na terça-feira foram distribuídas 400 metros de lonas. Uma reunião na Casa Civil estadual está prevista para a tarde desta quarta. Na oportunidade, representantes do município pretendem solicitar apoio para auxiliar as famílias atingidas. “Das lavouras onde passou o granizo não sobrou nada”, lamenta o coordenador da Defesa Civil municipal, Valdoir Ribeiro. A chuva de granizo durou cerca de 35 minutos. Carros também foram danificados. As localidade mais atingidas foram Santo Augusta, Canta Galo, Santa Tereza e Faxinal. Plantações de milho, soja, hortifrutigranjeiros e o fumo que ainda não tinha sido colhido foram perdidos. Animais domésticos morreram com o temporal. Os cálculos dos estragos estão sendo realizados pela Defesa Civil, prefeitura e Emater.

Em Canguçu, a prestação de auxilio às famílias afetadas pelos 15 minutos de granizo e vento seguia até a manhã desta quarta. Os bairros Vila Fonseca e Pedreira foram os mais atingidos. No interior, plantações de milho, soja e fumo foram distribuídas. Mais de mil metros de lonas já foram distribuídos. No interior, algumas pessoas obrigadas a passar a noite na casa de vizinhos em razão dos danos nas residências. Dezenas de famílias tiveram os telhados de suas casas destruídas. Os bairros mais atingidos foram Vila Fonseca e Pedreira.

As duas cidades já haviam decretado situação de emergência em função da estiagem que assola a região Sul.


Correio do Povo

Votação que regulamenta aplicativos de transporte é adiada para quarta-feira

Projeto precisa ser analisado novamente para que seja sancionado e vire lei

Votação que regulamenta aplicativos de transporte é adiada para quarta-feira | Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

Votação que regulamenta aplicativos de transporte é adiada para quarta-feira | Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

A disputa entre taxistas e motoristas particulares para regulamentação de serviços de transporte com aplicativos pode ter um desfecho nesta quarta-feira. A votação do projeto de lei que regulamenta o serviço, prevista para acontecer nesta terça-feira, no plenário da Câmara dos Deputados, foi adiada após reunião de líderes partidários.

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu que a Casa mantenha as alterações feitas no Senado. Segundo ele, o texto garante que a regulamentação do serviço seja feita por cada município. “Não é uma lei federal que pode e deve regulamentar esse assunto e nem devemos ter uma regra nacional que impeça os aplicativos. Isso seria um retrocesso para o Brasil, mas principalmente, um retrocesso para mais de 20 milhões de brasileiros que hoje utilizam os aplicativos também, além dos táxis”, disse Maia. “Há uma disputa, que acredito que ajuda, quanto mais disputa de sistemas distintos, mais oportunidades e alternativas a sociedade tem para escolher”, completou.

• Motoristas de aplicativos protestam contra projeto de regulamentação

Os deputados analisarão o projeto aprovado pelo Senado no início de novembro do ano passado. Originário da Câmara, o projeto de lei precisará ser analisado novamente para que seja sancionado e vire lei. Isso porque os senadores alteraram trechos do texto aprovado pelos deputados. Caso não fossem feitas modificações, o projeto iria diretamente para sanção presidencial.

As mudanças aprovadas pelos senadores no projeto afetaram os interesses em disputa: foi retirada a exigência da chamada placa vermelha e a obrigatoriedade de que os motoristas sejam proprietários dos veículos que utilizarem para a prestação do serviço. A necessidade de licenciamento com placas vermelhas estava prevista caso os veículos fossem mantidos na categoria “de aluguel”.

Apesar das mudanças, foram mantidos critérios como a certidão negativa de antecedentes criminais, a apresentação periódica de documentos às autoridades e uma maior transparência sobre o cálculo utilizado na cobrança das tarifas. A discussão gerou embate dentro e fora do plenário, entre os que acreditam que a regulamentação deve ser mais rígida e, do outro lado, os que defendem normas mais flexíveis

Segundo um dos autores do projeto aprovado pela Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o texto inicial tinha regras para evitar a exploração dos motoristas. “A gente espera que possa ser votado e que a gente possa avançar, inclusive, em termos de ter um acordo aqui que seja o melhor para o povo brasileiro, para os motoristas tanto de táxi quanto dos aplicativos”, afirmou.


Agência Brasil e Correio do Povo



Mais Brasil, menos Brasília: federalismo é o caminho para nosso progresso


Por Rodrigo Constantino

Jennifer Lawrence admite que celebridade falar de política não é algo inteligente


Por Rodrigo Constantino

Como a educação é importante para o crescimento? Resposta em dois minutos…

Publicado em: Tuesday 27 February 2018 — 13:45

Por Rodrigo Constantino

A CBI, projeto de Gustavo Teixeira, que entrevistei no vídeo da semana passada, provocou-me com a seguinte questão: como a educação é importante para o crescimento? A resposta deveria ser dada em apenas dois minutos. Impossível, claro. Mas a gente faz o que pode e tenta. Eis, então, minha mais sucinta resposta:


Guerra contra a inteligência


Por Rodrigo Constantino

Banco Central deve mirar apenas na taxa de inflação, não no nível de emprego


Por Rodrigo Constantino

A depender dos livros didáticos nacionais, os jovens terão uma visão rudimentar de mundo


Por Rodrigo Constantino

O professor...


Como a esquerda “revolucionou” a sociedade moderna


Por Rodrigo Constantino

Sempre admirei o poder de síntese, e nada como uma imagem para sintetizar todo o estrago causado pelos pós-modernistas. Peguei do perfil do meu amigo Helio Beltrão no Facebook. Essa imagem mostra como a esquerda “progressista” conseguiu avacalhar com os conceitos mais básicos da civilização ocidental, como sua verdadeira revolução não foi armada e violenta, mas sim gradual e cultural. Vejam, e comento cada ponto em seguida:


Ajuste fiscal: o debate que precisa ocorrer durante a campanha eleitoral


Por Rodrigo Constantino

Assinar revistas é coisa do passado: apoie profissionais liberais da informação


Por Rodrigo Constantino