quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

POR QUE O GOVERNO E O MERCADO NÃO DEVEM SE MISTURAR?

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Por Ney Carvalho, publicado pelo Instituto Liberal

A derrocada de Eike Batista do posto de homem mais rico do Brasil e a ascensão ao topo de Jorge Paulo Lemann revelam percursos e trajetórias antagônicos.

O primeiro cevou-se em relações promíscuas com o estado brasileiro e suas inúmeras ramificações. Buscou a grandeza nas malhas de favores fiscais e contratos milionários com bancos e concessões governamentais. O segundo cresceu no comércio de varejo, depois produzindo e vendendo cerveja e refrigerantes, procurando a satisfação do consumidor nada mais do que isto. Os resultados auferidos pelos dois são flagrantemente reveladores. Assim como seus fracassos e sucessos.

Trata-se, precisamente, da oposição entre estado e mercado. Quanto mais estado mais corrupção e ineficiência. Tanto mais mercado, menos devassidão e eficácia maior. As nações em que o estado é menor são menos corruptas. E quanto mais pujante o mercado interno, mais eficientes são os produtos e serviços à disposição do consumidor.

Na medida em que os véus estatistas, que nublaram a cena brasileira nos anos do lulopetismo, se vão esvanecendo ressalta a importância do mercado como aferidor do mérito que deve envolver a ascensão dos empreendedores. Não é a proximidade ou elogio do governante de plantão que deve servir como régua para medir a grandeza ou eficiência dos empresários. Mas os resultados expressos na aceitação de seus produtos e serviços pelo mercado e nos consequentes lucros deles advindos.

A bazófia grandiloquente de Eike Batista nos tempos de Lula e Dilma contrasta, de modo flagrante, com o permanente e discreto silêncio de Jorge Paulo Lemann. São oriundos de vinhos produzidos em pipas distintas, e que não devem se misturar: estado e mercado.

PERDA DA NOÇÃO DE LIMITE

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Por Percival Puggina

Estou certo de que o leitor concordará com o enunciado: não é condição de “normalidade” de uma ação humana o fato de ela estar sendo praticada por muitos, pela maioria ou por todos. A normalidade de uma ação está condicionada à sua adequação a uma norma. Todos podem estar desrespeitando sinais de trânsito, mas isso não faz “normais” as infrações.“Comum” e “frequente” não são sinônimos de “normal”. Fazer cabeças não é normal.

O fato de ser muito difícil aos jovens não reproduzirem o que o grupo em que estão inseridos faz (numa estranha conformidade rebelde ou numa rebeldia conformada), associado ao fato de muitos adultos reproduzirem as condutas dos jovens (numa ridícula cirurgia plástica do modo de agir), multiplicou, nas últimas décadas, os problemas de comportamento e suas conseqüências sociais. O já idoso “É proibido proibir!” se constitui, ainda, na expressão síntese de generalizada forma de conduta em que qualquer tentativa de estabelecer limites é vista como repressiva. Nada é abusivo exceto a tentativa de acabar com os abusos. Apenas as empresas e as instituições militares parecem restar como locais onde a autoridade ainda se permite estabelecer limites.

As conseqüências dessa gandaia podem ser contempladas no âmbito familiar, nas escolas e universidades, nos parlamentos, nas ruas e assim por diante. Exemplo do mês? Perdeu a noção de limites o professor paraninfo da turma de formandos da Famecos/PUCRS, quando, em seu discurso, passou a incorrer nos mesmos equívocos jornalísticos que condenou nas primeiras palavras que proferiu. Instalou-se em sua bolha ideológica e a ela referenciou a realidade política do país. Tratou de fazer cabeças entre as cabeças dos convidados cativos de suas poltronas. Não respeitando a pluralidade do auditório e dos formandos, o homenageado fez o que sequer as jovens oradoras da turma fizeram: deu-se o direito de descarregar sobre todos um discurso político a respeito dos fatos recentíssimos da história nacional.

Afirmou, o professor paraninfo, que uma “presidenta eleita foi afastada por um golpe parlamentar, civil e infelizmente midiático”; disse haver “um político suspeito de corrupção, assumido a presidência do país”. E por aí andou, silenciando sobre tudo que não lhe convinha, tomando lado, calçando chuteiras e dando bicos na bola dos fatos. Pais, parentes e amigos dos formandos receberam uma porção do que supostamente foi servido à turma, em doses diárias, nos vários anos do curso. Para não deixar dúvidas quanto a isso, falou, também, o diretor da faculdade, endossando, sem pestanejar, o discurso do paraninfo, cujas palavras disse representarem “o que certamente pensa o coletivo da Famecos”.

Coletivo, sem motorista nem cobrador, costuma ser coisa complicada, controlada pela esquerda e concebida para ser inexpugnável.

* Vídeo com a íntegra da solenidade pode ser assistido aqui. Às 2h e 21 min. da gravação começam os referidos discursos.

10 desculpas que você deve parar de usar agora mesmo para não abrir seu negócio

Como diz a frase célebre de Albert Einstein: “O único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”. Não tem jeito, se o seu sonho é abrir seu negócio próprio e investir em sua ideia, é preciso batalhar, ser persistente e encarar as dificuldades como oportunidades.

Pode parecer muito clichê, mas o fato é que dificilmente você vai ler a história de alguém que se deu bem sem suar a camisa antes. A melhor forma é se concentrar e acreditar em você mesmo. Para isso, que tal começar eliminando aquelas “desculpinhas esfarrapadas”? Confira dez delas, logo abaixo, e corte-as agora mesmo do seu vocabulário.

1 – “Não sei por onde começar”

Você acha que tem a ideia perfeita e o dinheiro necessário, mas não sabe como fazer seu negócio acontecer. Não é desculpa.

O que você precisa é ter coragem para dar o primeiro passo. Se quiser se sentir mais confiante, procure conhecimento. Busque na internet e em livros tudo o que precisa saber para começar um negócio e vá em frente.

A resposta: O portal do Sebrae oferece cursos a distância sobre como iniciar um pequeno ou grande negócio. Além disso, alguns livros também podem ajudá-lo a começar. Um exemplo é: Do Sonho à Realização em 4 Passos, de Steven Gary Blank.

Aqui na Academia, há uma série de textos que também pode ajudar quem está começando:

2 – “Estou velho para isso”

Se você for encarar a vida com essa visão, sempre será tarde demais para tudo. Por isso, esqueça esse pensamento, pare de perder tempo e corra atrás dos seus sonhos.

Você se lembra daquele ditado “antes tarde do que nunca”? É exatamente isso que as pessoas que não têm medo de empreender, em qualquer idade, pensam.

A resposta: Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) em conjunto com a FGV e o SEBRAE, apresentou que em 2015, 8,4% dos empreendedores iniciantes tinham entre 55 a 64 anos. Em 2007 esse percentual era de 4,9%.

Para se inspirar

Marck Krauze, sócio-fundador do aplicativo Ezmall, focado em atrair consumidores para lojistas de acordo com a localização, é um exemplo de empreendedor que começou sua startup depois dos 40 anos. Sua empresa espera faturar 7 milhões de reais até o fim deste ano.

3 − “A economia do país (ou do mundo) está em crise”

É fato que não estamos vivendo o melhor momento econômico no Brasil, mas isso não pode ser mais um motivo para adiar sua empreitada.

Se por um lado o consumo cai com a economia em recessão, por outro o cenário pode ser mais favorável a um novo negócio, pela baixa competitividade.

A resposta: No comércio eletrônico, por exemplo, a crise parece estar sendo ignorada pelos empreendedores. Pesquisa recente do Ibope Conecta, mostra que 85% acreditam que o setor seguirá crescendo este ano, com resultados superiores a 25% para um terço deles. Os outros dois terços apostam em alta de até 20%.

Talvez para quem queira começar um negócio esse ano, o online seja o melhor caminho. Procure identificar oportunidades que ninguém está explorando ainda, focando em necessidades do consumidor.

Dica: Um bom exercício para se colocar no lugar do consumidor e descobrir suas necessidades é praticando a técnica do Design Thinking.

4 – “Ter um emprego é mais seguro do que empreender”

Pode até ser verdade, mas isso não deve impedi-lo de se arriscar em busca do seu sonho. A verdade é que na vida sempre teremos de correr riscos se quisermos sair da zona de conforto e buscar nossa realização, seja pessoal ou profissional.

A resposta: Para se sentir mais confortável nessa mudança, você deve se planejar, ter um pé de meia para conseguir pagar suas dívidas enquanto seu negócio ainda não gera lucro. Além disso, você pode buscar mentores, investidores ou sócios que possam ajudá-lo com o trabalho antes de largar o emprego definitivamente.

5 – “Mas há muita concorrência”

Boa notícia. Isso significa que você escolheu um segmento promissor e com alto número de consumidores.O grande segredo vai ser, então, procurar oportunidades nesse mercado que ainda não foram exploradas por outros negócios.

A resposta: Para ajudar a se diferenciar de seus concorrentes, você deve estudá-los. Isso inclui mapear quem são as empresas que atuam diretamente no seu segmento e também aqueles que não são concorrentes diretos, mas que podem influenciar no sucesso de seu negócio. Faça um plano descrevendo quais são as principais forças e fraquezas dessas empresas, preços, condições de pagamento, estratégia de promoção e produtos oferecidos.

Com essas informações, você ficará mais preparado para encarar o mercado e conquistar seus consumidores.

6 − “Não tenho o dinheiro suficiente”

Ser um empreendedor é a arte de conseguir fazer tudo com poucos recursos, principalmente no começo. Você precisa ser criativo para conseguir se dar bem com pouco investimento.

A resposta: Você pode recorrer a um empréstimo ou procurar investidores dispostos a colocar dinheiro no seu negócio, assim não precisará desembolsar uma grana alta no começo. Para encontrar a pessoa certa, comece a frequentar eventos relacionados ao seu mercado, palestras e até redes sociais segmentadas, nelas você pode conseguir o parceiro ideal para ajudá-lo nas finanças iniciais.

Para se inspirar

Já ouviu a história da “startup de 30 reais”? Com apenas esse investimento, Jonny Ken fundou o Migre.me, um dos encurtadores mais usados no Brasil. O serviço chegou a registrar 300 milhões de URLs compactadas, o equivalente a 1,6 URL compactada por segundo.

Quer saber mais? O fundador dessa startup, atualmente, faz parte do time de Colunistas do UOL HOST e você pode conferir curiosidades e dicas dele todo mês.

7 – “Não tenho as competências certas”

Cada pessoa tem seus pontos fortes e fracos. Se você acredita que não tem todas as competências que seu negócio exige, então pode buscar um sócio. Essa segunda pessoa deve ser alguém que agregue exatamente aquilo que você acredita não ter.

Mas, há algumas habilidades que não tem jeito, se você não tem, precisa desenvolvê-las. Elas são importantes para quem quer empreender.

A resposta: O site Socioteca é uma rede social voltada para promover ideias e negócios. Lá, você pode interagir com outras pessoas e encontrar o sócio ideal.

Além disso, você pode procurar cursos gratuitos e muito conteúdo rico na internet para desenvolver e ampliar seus conhecimentos (tem alguns links lá na primeira desculpa).

8 – “Não encontrei a ideia perfeita”

E talvez você nunca a encontre mesmo, se é que ela existe. O que você deve fazer é acreditar na sua opção de negócio. Para se sentir mais seguro, procure fazer pesquisas de mercado e encontrar quais são as oportunidades nesse meio que você escolheu.

Além disso, muitas empresas começam de um jeito e, com o tempo, vão adaptando seu modelo de negócio.

A resposta: Para ajudar a sua criatividade e a busca por novas ideias, procure quebrar a rotina e fazer atividades nada habituais. Com a mente relaxada, as melhores ideias aparecem. Uma dica é buscar nichos para investir, quanto menos amplo for seu leque, maiores as chances de se tornar especialista e referência em um assunto.

Você também pode ler um livro e se inspirar na história de outros empreendedores. O título 20 Regras de Sucesso do Pequeno Empreendedor, além de trazer dicas, conta histórias reais de negócios que deram certo. Quem sabe você não encontra a ideia perfeita ao ver como outras pessoas fizeram?

9 – “E seu eu falhar?”

Se o seu negócio não der certo, você vai levantar a cabeça e falar com orgulho que pelo menos tentou. Na nossa cultura, o fracasso ainda é visto como algo negativo por muita gente, masele faz parte da vida de qualquer empresário de sucesso.Por isso, fique tranquilo, você não é o primeiro a passar por isso.

A resposta: Descubra onde foi que sua empresa errou, conserte e, como dizia Raul Seixas, tente outra vez. O primeiro passo será aceitar a situação, depois buscar conversar com outros empreendedores que também passaram pela mesma situação, isso vai ajudar você a superar o momento e seguir em frente e, quando estiver pronto, prepare-se para empreender novamente.

Para se inspirar

Grandes personalidades têm histórias de derrotas em seu passado, antes do sucesso. É o caso de Richard Branson, que lançou 400 projetos e ideias, que não deram em nada, até, finalmente, fundar a Virgin.

Confira outras histórias inspiradoras que provam que obstáculos fazem parte do sucesso.

10 – “Não tenho tempo”

O tempo é igual para todos nós. O dia sempre vai ter 24 horas, e não adianta se lamentar por isso. Se você quer abrir sua própria empresa, deve adaptar sua rotina e administrá-lapara encontrar o tempo que você precisa para se dedicar ao seu sonho de empreender. Isso também não é desculpa.

A resposta: Para ajudá-lo nessa organização de tarefas, você pode contar com aplicativos como o Free time, que analisa seus compromissos e enfatiza seus horários livres. Assim você saberá quando terá tempo disponível para se dedicar à criação do seu negócio.

Dica: Mensalmente, você encontra na academia artigos do especialista em produtividade e gestão de tempo, Christian Barbosa.

O Neotriad também é uma boa opção. Com ele você controla sua agenda e consegue ter uma visão global do que te faz gastar mais tempo. E mais, existem alguns truques para ser um empreendedor no nível avançado.
E agora, qual vai ser sua desculpa para sacudir a poeira e começar e empreender?

 

Academia UOL Host

Indireta a Trump? "Somos um país aberto ao mundo", diz Temer

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

 

 

O presidente Michel Temer (PMDB) deu nesta terça-feira (31) um recado aos investidores que queiram mudar a rota dos Estados Unidos para o Brasil em virtude das incertezas diplomáticas geradas pelo recém-empossado presidente norte-americano, Donald Trump: "Somos um país aberto para o mundo".

Sem citar nominalmente o colega norte-americano, as declarações de Temer a uma plateia composta por investidores e políticos estrangeiros, em um hotel da zona sul de São Paulo, foram feitas em meio à tentativa de Trump de deportar refugiados dos Estados Unidos, de barrar de cidadãos de sete países muçulmanos e ainda de construir um muro na divisa com o vizinho México.

"Diante de incertezas na cena internacional, o Brasil afirma-se como espaço especialmente atrativo para os negócios. Somos uma democracia plural, livre de conflitos étnicos ou religiosos. Somos um país aberto para o mundo", afirmou Temer.

De família libanesa, o peemedebista ainda pontuou que o país "se formou exata e precisamente pela imigração, por aqueles que vieram ao Brasil, das mais diferentes raças, das mais variadas tendências e construíram o nosso país. Também com nossos vizinhos, nós convivemos em paz há muitíssimos anos".

Reprodução/Twitter

Temer falou para uma plateia composta por investidores e políticos estrangeiros

Defesa das reformas trabalhista e previdenciária

Em meia hora de discurso, Temer defendeu as reformas trabalhista e previdenciária como alternativas que ajudem o país a sair da recessão.

"Não estamos preocupados com medidas populistas, de efeito imediato, só que de resultado incerto, mas com medidas populares, que, apesar das dificuldades [para implementação], se revelam benéficas", disse.

O evento em que Temer discursou, o "Latin America Investment Conference", acontece hoje e amanhã com investidores estrangeiros e brasileiros na plateia, e, entre os palestrantes, nomes como o do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, do ex-primeiro-ministro britânico John Major, do presidente da Petrobras, Pedro Parente, e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles --que faz o encerramento.

"A readequação das leis trabalhistas é peça-chave nessa agenda. A CLT [Consolidação das Leis Trabalhistas] é de 1943. Precisamos dessa modernização e fazer com que a convenção coletiva possa prevalecer", afirmou.

De interesse direto do investidor privado, as concessões em 34 áreas da economia brasileira também foram colocadas pelo peemedebista como parte da solução para estancar o que ele classificou como "crise de proporções inéditas que o governo herdou".

As alfinetadas na gestão da antecessora Dilma Rousseff foram disparadas também sobre os aspectos éticos da ação política. Temer mencionou a "roubalheira perversa que buscou ignorar ao longo tempo", ainda que sem citar o partido de Dilma, o PT, ou ela própria.

"Agora é a democracia da eficiência; as pessoas querem a eficiência do serviço público e até da política, sob o aspecto ético", definiu.

 

UOL Notícias

ESQUERDA X ESQUERDA: LUCIANA GENRO É VAIADA EM EVENTO DA UNE, MAS CIRO GOMES APLAUDE


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Não é de hoje que esquerdista bica esquerdista. Stalinistas deram até machadada em trotskista, ou melhor, no próprio Trotski, que continuava sendo comunista. Mas não deixa de ser engraçado ver as práticas fascistas dessa turma sendo utilizadas contra eles mesmos.
Foi o que aconteceu nesse evento da UNE, a União Nacional dos Esquerdistas, digo, dos “estudantes”. Luciana Genro foi condenar a postura da esquerda na luta do impeachment, criticar o governo Dilma, e recebeu uma intensa vaia dos presentes.
Os organizadores tentaram pedir silêncio em respeito ao direito de cada um falar, direito este que nunca é respeitado pelos próprios esquerdistas radicais. No olho dos outros pimenta é refresco, não? E reparem no Ciro Gomes ali, tentando aplaudir a companheira socialista, já que o oportunista de mil partidos vislumbra a chance de representar toda a esquerda jurássica em 2018:
É difícil saber quem é pior nessa turma vermelha. Mas uma coisa é certa: nem os idiotas úteis que frequentam eventos da UNE se entendem sobre apoiar ou não o PT, Lula e Dilma. Ciro é cego demais para perceber que sua estratégia não vai surtir efeito, que é um tiro no próprio pé, já que a extrema-esquerda está dividida nessa questão.
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Também, o que esperar de alguém que não consegue encontrar onde cortar um só bilhão de um governo perdulário como o nosso?

O FRACASSO DO ESTADO E A ÉTICA DOS CRIMINOSOS

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Por Maria Lucia Victor Barbosa, publicado pelo Instituto Liberal

1 de janeiro de 2017. Em penitenciárias de Manaus (AM) a Família do Norte (FDN), facção que comanda o tráfico de drogas na fronteira com a Bolívia e é ligada ao Comando Vermelho (CV), esquartejou, decapitou, arrancou corações e vísceras de 60 homens, a maioria ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Tudo foi devidamente filmado e enviado para redes sociais, cujos frequentadores consumiram avidamente a selvageria digna do Estado Islâmico.
Houve mais mortes e fugas em outros Estados, além de uma carta do PCC. Alguns trechos foram publicados na Folha de S. Paulo, de 6 de janeiro, e curiosamente neles os bandidos se referiam ao seu “código de ética” rompido, pois “a meta sempre foi lutar contra o Estado corrupto e não contra nossos irmãos mesmo que de outras organizações fossem”.
A carta terminava com o lema da poderosa organização criminosa: “paz, justiça e liberdade”, algo de tom ideológico e cínico tratando-se de degoladores, daqueles que desgraçam famílias, dos que são fonte da violência que infelicita e aterroriza cidadãos honestos.

O gigantismo dos lucros e a organização impecável do PCC e do CV são também a prova mais cabal do fracasso do Estado. Onde estavam o Executivo, o Legislativo, o Judiciário enquanto as organizações criminosas se expandiam?
Com relação ao Executivo cito excelente artigo do professor Ricardo Vélez Rodríguez, publicado no O Estado de S. Paulo de 22/10/2016. No texto Rodríguez relembra que “o empurrão inicial dado pelo brizolismo ao narcotráfico veio a ser potencializado, em nível nacional, pelos 13 anos do populismo lulopetista que simplesmente abriram as portas para o mercado de tóxicos no Brasil”.

O professor também recorda “foto de Lula, no palanque em Santa Cruz de La Sierra, com Evo Morales, ambos ostentando no peito colares feitos de folhas de coca”. A imagem simbolizou um “liberou geral” para a produção e distribuição das drogas. “Rapidamente o Brasil viu aumentar de forma fantástica a entrada da pasta-base da coca boliviana”.
Após as chacinas, demonstração de quem de fato comanda o sistema prisional, busca-se o que fazer. Algumas soluções raiam à imbecilidade como o direito de fuga e a soltura de presos. Também, para palpiteiros inconsequentes não se deve prender os que cometeram cries menores (o que seriam crimes menores?), liberar as drogas e não construir mais prisões.

Ninguém sugeriu ao Judiciário o julgamento dos 40% dos detentos em prisão provisória. Parcerias público-privadas, diferentes de terceirizações, nas quais, a iniciativa privada constrói as prisões e administra de acordo com parâmetros estabelecidos em contrato com o poder público. Reforço considerável das Forças Armadas nas fronteiras para impedir a entrada de drogas e armas, lembrando que o papel do Exército não é o de fazer revista em presídios.
Enquanto o crime lucra e domina o país temos assistido a espetáculos dignos de uma republiqueta das bananas. Citando pouquíssimos exemplos para não alongar o artigo recordemos a cena de Renan Calheiros, então presidente do Senado e do Congresso, ao lado do na época presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, ambos rasgando a Constituição ao manter os direitos políticos de Dilma Rousseff mesmo depois desta ter recebido o impeachment.

Calheiros, que tem processos adormecidos no STF desde 2007, recentemente foi denunciado ao Supremo por Rodrigo Janot, procurador-geral da República, pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mas o senador zombou da Justiça ao se recusar a sair do cargo por ser réu. Lá permaneceu salvo por uma gambiarra jurídica feita pelo próprio STF. Seu sonho ainda deve ser a aprovação da Lei de abuso de autoridade, que o livraria junto com quase 100 políticos envolvidos na Lava Jato. Se duvidar, Renan vira ministro da Justiça.

Na verdade, há um temor infundado dos que possuem foro privilegiado, porque enquanto o juiz Sérgio Moro, brilhante e rara exceção no mundo jurídico, tem cumprido a lei e mandado para a cadeia um número impressionante de figurões, o Supremo até agora não julgou ninguém da quase centena de políticos envolvidos na Lava Jato. E não se sabe quando isso acontecerá dada a morosidade da Justiça brasileira. Pode levar os anos suficientes para a prescrição dos crimes.

Com a morte em acidente de avião do ministro Teori Zavascki não se sabe o que acontecerá com as 77 delações premiadas da Odebrecht. Zavascki, com todo respeito pelo luto da família, não foi um herói, mas um ativista político como seus demais pares do Supremo. Por essa característica ele podia demorar anos a fio para homologar as delações, mas agora a situação está mais turva na medida em que tem que ser definido seu sucessor. Seguiremos com nossa tradicional insegurança jurídica? Nesse caso prevalecerá a ética da bandidagem.

TRUMP NÃO BANIU OS MUÇULMANOS: SEPARANDO OS FATOS DA HISTERIA

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Vai ficar cada vez mais difícil defender qualquer coisa do governo Trump, que tem tido erros e acertos, basicamente por dois motivos: 1) a forma pela qual ele anuncia suas medidas costuma ser terrível, apesar do conteúdo muitas vezes apontar na direção certa; 2) há um exército organizado pela esquerda e com o domínio da grande imprensa pronto para reagir, nem sempre (ou quase nunca) de forma honesta, a qualquer coisa que o “homem laranja” faça.

Trump já foi julgado antes de começar a governar direito, como aconteceu com Obama. Mas, ao contrário do democrata, que foi absolvido de qualquer pecado e ganhou até o Nobel da Paz antes de começar a autorizar bombardeios e restrições a imigrantes, o republicano já foi considerado culpado por tudo, não importa o que decida fazer, nem que tenha sido eleito de forma legítima pelo colégio eleitoral com essa plataforma de mudanças.

Já vejo até “liberais” pedindo sua cabeça, com dez dias de governo!, acusando-o de ser um “caudilho” e de desestabilizar a ordem da República. Ou seja, pregam uma reação claramente caudilhesca de republiqueta das bananas, e depositam pleno poder nos agitadores de esquerda, que poderiam desestabilizar qualquer governo de oposição.

Apontam para protestos coordenados como sinal de impopularidade, ignorando não só o resultado das urnas, como manifestações favoráveis igualmente relevantes, como a marcha pela vida em que o vice Pence participou. Todo poder a Soros, pedem esses “liberais” que não cansam de agir como idiotas úteis dos socialistas.

A ordem executiva sobre imigrantes foi um prato cheio para esse tipo de reação. Trump errou na forma mesmo, e nada como pegar um ou outro gato pingado com Ph.D., green card e emprego na Google ou no Facebook para entrevistar e mostrar o absurdo da medida “xenófoba”, “preconceituosa” e contra o Islã. Não obstante o fato de que Trump claramente defendeu o endurecimento com imigrantes muçulmanos mesmo, e venceu, vale ressaltar que não foi nada disso que ocorreu nessa medida.

David French escreveu um esclarecedor artigo para a respeitada “National Review” em que busca separar os fatos da histeria “generalizada” que tomou conta do país (a esquerda e a mídia sempre foram mestres em aparentar falar em nome de todos, mas se fosse o caso, Trump teria perdido a eleição). A conclusão do autor é direta: Trump não passou um banimento aos muçulmanos, nem nada perto disso!

Ao contrário até de sua plataforma de campanha, o novo presidente recuou bastante e passou uma ordem executiva moderada. Isso mesmo: não há nada de tão radical ali. São restrições temporárias a poucos países que afetam negativamente pouquíssimos indivíduos legitimamente detentores do green card. Não há como uma generalização impedir alguma injustiça pontual. Toda relação entre países é desta natureza: quando uma decisão é tomada para dificultar o visto de um povo, é evidente que indivíduos serão injustiçados. Mas só alguém muito infantil pode achar que dá para fazer diferente, caso a caso.

O foco dessa ordem de Trump foi nas zonas de conflito de países islâmicos. Primeiro, a ordem suspende por 120 dias a entrada de refugiados para aprimorar o processo de veto, considerado bastante frouxo na era Obama. Em seguida, restringe a 50 mil a quantidade de refugiados por ano, lembrando que os Estados Unidos são os que mais recebem esses refugiados. Parece absurdo?

Antes de 2016, quando Obama decidiu acelerar a entrada de refugiados, a ordem de grandeza era exatamente essa. Trump estaria, portanto, simplesmente retornando para o padrão, inclusive da gestão de Obama antes do ex-presidente resolver acelerar drasticamente a liberação de refugiados no país, sem o devido processo de seleção e filtro para impedir a entrada de potenciais terroristas. A população americana certamente está de acordo com a mudança de postura, que visa a aumentar a segurança interna.

Em segundo lugar, a ordem impõe um temporário banimento de 90 dias a pessoas vindo da Síria, Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen, onde ocorreu a primeira operação militar bem-sucedida de Trump, com a morte de vários membros da Al Qaeda. São países ou destruídos pelos jihadistas ou sob o comando de regimes simpáticos aos jihadistas. O Departamento de Imigração pretende obter mais informações sobre esses imigrantes, por isso o banimento temporário. Quer verificar com mais calma e atenção se cada indivíduo é mesmo quem clama ser, ou se há risco de terrorismo disfarçado. Mesmo assim existe uma cláusula de exceção para certos casos que se mostrem evidentes.

Dados os recentes ataques terroristas no mundo por imigrantes ligados aos jihadistas, não soa tão radical assim uma medida que pede tempo para avaliar melhor quem é quem, em vez de abrir as fronteiras de forma irresponsável como fez Obama. French apresenta outros argumentos e fatos, como no caso específico dos refugiados da Síria, mas o leitor já entendeu o grosso da questão: pode existir um excesso aqui e acolá, o debate é legítimo, mas a reação histérica de muitos tem sido claramente manipulada ou fruto da ignorância.

Queira ou não a esquerda, o fato é que Trump venceu, e com um discurso claramente priorizando a questão da imigração. Querer impedir na marra e no grito qualquer mudança nessa direção é que soa autoritário, antidemocrático e anti-republicano. O “homem laranja” foi eleito para dificultar a entrada de imigrantes potencialmente perigosos ou ilegais. Isso não pode estar em dúvida. Logo, é natural que ele vá nessa direção, ainda que possa escorregar ou se exceder eventualmente.

Se a população americana desejasse seguir na política de abertura irresponsável de Obama, Hillary Clinton teria vencido. Mas ela perdeu, e de lavada nos colégios eleitorais, que capturam melhor a complexidade da população americana do que a simples maioria. Protestos são legítimos e parte saudável de qualquer democracia civilizada. Mas o que temos visto até aqui são “manifestações” muitas vezes violentas, e quase sempre manipuladas pelo establishment poderoso que foi derrotado por Trump.

Muita calma nessa hora! A Estátua da Liberdade não está em prantos, o governo Trump não é fascista e não declarou guerra a todos os muçulmanos. Flavio Quintela desabafou:

O primeiro dia de vigência da ordem executiva de Trump que restringiu a entrada de estrangeiros provenientes de uma lista contendo sete países – Irã, Iraque, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iêmen – foi descrito pela mídia em geral como um caos de proporções épicas. Na esteira desse sensacionalismo veio a turminha “massa de manobra” que sempre ajuda a povoar os protestos de esquerda. Esse pessoal foi às ruas e aos saguões de aeroportos aqui nos EUA, segurando cartazes com mensagens de amor a refugiados muçulmanos e de repúdio ao presidente americano.

Os fatos reais, no entanto, simplesmente não suportam a versão da imprensa, muito menos a histeria dos manifestantes. São eles:

1 – A lista de sete países não foi feita por Trump, e sim por Obama. A última administração compilou a lista e a aprovou no legislativo como sendo a lista dos países mais perigosos para a América, contra os quais o governo americano poderia determinar sanções econômicas e migratórias. Reiterando: foi Obama quem criou a porcaria da lista.

2 – Não se pode falar em perseguição religiosa justamente pelo fato de que os sete países juntos representam uma pequena porcentagem da população muçulmana do mundo. Se Trump quisesse banir os muçulmanos, teria que ter começado pela Indonésia ou por Bangladesh.

3 – Nesse primeiro dia, cerca de 325.000 estrangeiros entraram nos Estados Unidos através dos canais legais de ingresso. Apenas 108 foram barrados por conta da ordem executiva. A grande maioria destes eram pessoas com múltiplas idas e voltas aos sete países acima, ou seja, gente que levantou suspeitas.

Como vocês podem ver, não há nada de tão absurdo nessa medida tomada por Trump. Não fossem os idiotas úteis lotando os aeroportos com seus cartazes e a mídia fazendo uma cobertura jornalística totalmente suja, ninguém perceberia o que aconteceu. Teria sido apenas mais um dia comum nos portos e aeroportos americanos.

Leandro Ruschel foi na mesma linha: “Entre sexta-feira e hoje, mais de um milhão de viajantes entraram nos EUA. 360 foram atingidos pelas restrições impostas por Trump. É um país de imigrantes e continuará sendo. Há uma histeria produzida de forma artificial pela imprensa, para variar”.

Algumas pessoas estão fazendo análise, enquanto outras estão dando vazão a suas emoções, quase sempre histéricas. Os primeiros foram os mesmos que apontaram para as grandes chances de vitória de Trump, enquanto os últimos eram aqueles que gargalhavam quando falávamos dessa possibilidade. O leitor vai continuar confiando naqueles que erraram tudo?

Rodrigo Constantino

POR QUE VOCÊ DEVE SE PREOCUPAR COM A FLEXIBILIZAÇÃO DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL?

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Por Heitor Machado, publicado pelo Instituto Liberal

Você já deve ter ouvido falar da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ou lei complementar 101 do ano 2000 que está profundamente ameaçada. Por quê você deveria estar preocupado com isso? Qual a importância dessa lei na sua vida? E por quê ela se encontra ameaçada é o tema que vamos discutir aqui.

A LRF é parte importante do (infelizmente) abandonado tripé macro econômico. O Brasil passou por grandes problemas econômicos na década de 80 com inflação elevada a níveis de dezenas de pontos percentuais ao mês. O fato é que depois de vários planos econômicos fracassados – de controle de preços a cortes de zeros na moeda – o plano Real possibilitou que a economia demonstrasse certa estabilidade durante um longo período. Esse plano não funcionaria sozinho, pois apesar de descentralizar as decisões econômicas, ainda existiam sintomas que poderiam trazer de volta a instabilidade da chamada década perdida. Podemos dizer que a LRF fez pelo Brasil na primeira década de 2000 o quê a PEC 241 fará pelo país nos próximos anos.

Antes da criação da Lei de Responsabilidade Fiscal era possível que um ente da federação pagasse dívidas usando algum órgão que ele controlasse. O governo do RJ, por exemplo, usava o BANERJ como fonte de recursos para pagar seus gastos. Já imaginou ser dono de um banco público? Pois é, todos os Estados do Brasil eram há alguns anos. Não é necessário dizer que isso trazia irresponsabilidade nos gastos com dinheiro público e a grande impressão de moeda via crédito com juros artificialmente baixos. Estamos falando de um tempo em que tirar um extrato no banco levava uma semana. E uma (ou várias) operações de crédito eram feitas para pagar os servidores públicos e todos os outros gastos sem o menor controle. O resultado dessa combinação explosiva foi o empobrecimento de todos os brasileiros.

Se foi possível algum crescimento a partir do primeiro mandato Lula, isso se deve principalmente a essa lei. Sabemos que muitas explicações são frequentemente aproximadas do ciclo de commodities e do cenário internacional. Apesar disso, o Brasil sempre foi um péssimo player no mercado internacional, vendemos pouco e compramos ainda menos, logo esse argumento pode sim ter contribuído para o crescimento mas é insatisfatório perto da estabilidade econômica trazida pelo controle da inflação. Esse foi o ingrediente que precisávamos para planejamentos de longo prazo, algo que o investidor está muito interessado. Se mostramos alguma responsabilidade de gastos, significa que o retorno do investimento dos agentes está mais protegido. Isso nos deu segurança jurídica que não tínhamos na história recente.

Mas como estamos falando de Brasil, país de grandes incertezas, vários estados, principalmente Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro colocaram seus limites de gastos sempre muito perto do limite superior das regras da responsabilidade. Acontece que para os estados, havia a falsa impressão de que a bonança nunca acabaria e ano após ano ficaram nos limites de gasto de pessoal e aumento dos seus orçamentos.

Estivéssemos nos anos 80, não ia ser uma grande discussão, o Governador Pezão ia fazer uma operação de crédito com o BANERJ, talvez 10 bilhões de reais, daqui a alguns meses iríamos acompanhar um grande aumento da inflação, os governantes culpariam a ganância dos empresários, algum economista da Unicamp diria que é necessário controlar os preços, os produtos iriam sair das prateleiras, os preços aumentariam mas a oferta diminuiria, a arrecadação cairia, o governo ficaria sem dinheiro para pagar os servidores do Estado e voltaríamos ao primeiro ponto em um looping infinito.

A realidade, no entanto, é outra. Não é mais permitido que os entes sejam financiados por órgãos que controlam. Certo? Não? Como assim. Clique aqui e veja mais detalhes.

Sim, o plano de recuperação fiscal foi um termo negociado entre a União, via ministro da fazenda, e os Estados endividados. Ele se dará da seguinte forma: estão cessados momentaneamente pagamentos de dívidas desses Estados com a União (Calote? Sim, calote), os estados deverão fazer cortes e privatizações, onde no caso do Rio de Janeiro, será privatizada a Companhia de Águas e Esgotos (CEDAE). Em regras gerais, os Estados deverão diminuir despesas e aumentar receitas (sim, os impostos vão aumentar). Essas notícias são ruins mas o pior ainda está por vir. A União se comprometeu de levar ao congresso uma flexibilização da LRF de modo a permitir que os entes federativos possam contrair empréstimos com bancos públicos. Isso muda tudo para muito pior. Os Estados estarão livres para aumentar suas dívidas e contrair empréstimos sem limites depois de 17 anos aumentando suas dívidas e contraindo empréstimos com algum limite.

Portanto, em pouquíssimos meses se nada for feito, voltaremos às mesmas condições da década de 80. Mostraremos ao mundo que ao experimentarmos a responsabilidade, não gostamos dela e escolhemos voltar à irresponsabilidade. É exatamente disso que o país não precisa nesse momento.

POR QUE A INFLAÇÃO BRASILEIRA CAIU?

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Por Adolfo Sachsida, publicado pelo Instituto Liberal

A inflação brasileira medida pelo IPCA fechou 2016 em 6,3%, dentro do intervalo da meta, e bem abaixo dos 10,6% de 2015. Não restam dúvidas que tal desempenho surpreendeu positivamente a esmagadora maioria dos analistas de mercado, jornalistas econômicos, e economistas em geral. Então resta a pergunta: por que a inflação brasileira, medida pelo IPCA, caiu?

Como a dívida pública e a questão fiscal continuam calamitosas, e a taxa de juros subiu ao longo do ano passado, me parece que a explicação de dominância fiscal não é a resposta. Note que a questão de dominância fiscal pode sim ter desempenhado papel importante entre 2014 e 2015, mas não parece ter sido a razão da queda da inflação em 2016. Aos que quiserem um estudo mais técnico, sugiro o artigo de Mendonça, Moreira e Sachsida (2016).

Outra explicação é a curva de Phillips: a enorme recessão puxou para baixo a inflação. Muitos defendem essa explicação, eu discordo. Vários de meus estudos técnicos mostram que a curva de Phillips não pode ser usada para explicar a inflação no Brasil. Aos que quiserem um estudo mais técnico, sugiro a leitura da revisão de literatura sobre o tema feito por Sachsida (2014) (publicado na Revista Brasileira de Economia).

Os estudos técnicos que realizei sobre a dinâmica da inflação no Brasil (medida pelo IPCA) me levam a apontar as expectativas de inflação como o principal componente da inflação brasileira. Você pode ler um desses estudos clicando aqui.

Em resumo, minha explicação para a queda da inflação brasileira foca nas expectativas de inflação. Com a mudança de governo no meio de 2016, e a consequente mudança nos rumos da política monetária, ocorreu um aumento significativo na credibilidade do Banco Central. Tal aumento de credibilidade ancorou as expectativas de inflação fazendo com que a mesma caísse ao longo do ano. Sendo assim, deixo aqui meus parabéns a toda equipe do Banco Central do Brasil. Outras vezes fui bem crítico com vocês, mas aqui não restam dúvidas (de minha parte) que o Banco Central do Brasil fez um excelente trabalho.

Justiça Federal em Curitiba retoma trabalhos da Operação Lava Jato

Justiça Federal em Curitiba - sede da 13 Vara Federal (Divulgação/Justiça Federal em Curitiba)

Justiça Federal em Curitiba - sede da 13ª Vara Federal -Divulgação/Justiça Federal em Curitiba

Os trabalhos da Operação Lava Jato serão retomados hoje (1º) na Justiça Federal em Curitiba. Cinco testemunhas de acusação devem ser ouvidas nesta quarta-feira, na ação penal que investiga o ex-ministro Antônio Palocci, o empresário Marcelo Odebrecht e mais 13 pessoas. Eles foram denunciados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, após a 35ª fase da Lava Jato, chamada de Omertá, deflagrada em setembro do ano passado e que resultou na prisão de Palocci. Tanto o ex-ministro quanto Marcelo Odebrecht estão presos na carceragem da Polícia Federal (PF) na capital paranaense.

Saiba Mais

Estão previstos para hoje os depoimentos dos executivos da empresa UTC, Ricardo Pessoa e Walmir Santana, e dos empresários Vinícius Veiga Borin, Marco Pereira de Sousa Bilinski e Luiz Augusto França. Todos já assinaram acordos de delação premiada com a Justiça.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Palocci e a construtora Odebrecht teriam estabelecido um “amplo e permanente esquema de corrupção” entre 2006 e 2015. O esquema envolveria o pagamento de propina ao Partido dos Trabalhadores (PT). Os procuradores do MPF afirmam que o ex-ministro teria atuado de modo a garantir que a empreiteira vencesse licitação da Petrobras para a contratação de 21 sondas.

Entre os denunciados no processo aparecem também o ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, o ex-marqueteiro do PT João Santana, a publicitária Mônica Moura, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa e João Carlos Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil.

À época em que foram feitas, as prisões foram criticadas pela defesa de Palocci. Os advogados disseram que tudo ocorreu no estilo “ditadura militar”, de maneira secreta, e negaram as acusações, que consideraram vazias. O diretório nacional do partido classificou o fato como espetáculo pré-eleitoral, já que aconteceu seis dias antes das eleições municipais.

 

Agência Brasil

 

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