quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

IBGE: queda dos investimentos continua a puxar PIB para baixo

Os investimentos na economia, que são um importante indicador para a capacidade produtiva futura do país, continuam em queda e representam um dos principais fatores a puxar para baixo o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Os dados das Contas Nacionais Trimestrais, divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, no terceiro trimestre, a Formação Bruta de Capital Fixo (que são os investimentos) recuou 3,1%. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou queda de 13,5%.
“Vimos um recuo importante dos investimentos em função da queda nas importações de bens de capital (máquinas e equipamentos), o que tem a ver com as expectativas e com o aumento dos juros reais, o que reflete no crédito. E a gente continuou tendo desempenho negativo da construção civil, que também impacta negativamente nos investimentos”, afirmou a coordenadora das Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Ela destacou que, no terceiro trimestre, os serviços também continuam puxando para baixo o PIB por seu grande peso na economia. “Os serviços relacionados à indústria tiveram as maiores quedas, as partes de transportes e comércio foram as maiores quedas dentro dos serviços”, disse.
No caso do consumo das famílias, a retração nos últimos 12 meses alcançou 5,2%. “A gente continuou tendo indicadores ruins no mercado de trabalho, a inflação arrefeceu, mas continua alta, o crédito para pessoas físicas está apresentando taxas reais negativas, já que os juros continuam altos. Tudo isso afeta negativamente o consumo das famílias”, disse a pesquisadora.
Contas nacionais
O PIB fechou o terceiro trimestre do ano com queda de 0,8% em relação ao trimestre anterior. Com isso, o país registra o sétimo trimestre seguido de retração da economia. No resultado acumulado do ano até setembro, o PIB apresentou recuo de 4% em relação a igual período de 2015, maior queda para esse período desde o início da série em 1996. Nos últimos 12 meses, a retração alcançou 4,4%.
Na análise dos subsetores da economia, a agropecuária teve retração de 1,4% no período, a indústria caiu 1,3% e o setor de serviços registrou queda de 0,6%. Os dados do IBGE mostram ainda que o consumo das famílias caiu 0,6% e o do governo, 0,3%. No setor externo, as exportações de bens e serviços caíram 2,8% e as importações recuaram 3,1%.
A coordenadora das Contas Nacionais ressaltou que a economia brasileira está tendo taxas negativas há sete trimestres consecutivos, ou seja, desde o começo do ano passado. “Em 2014, a gente tinha a indústria em queda e os serviços e a agropecuária ainda subindo. O consumo das famílias também crescia e tem papel relevante no PIB. Em 2015, a queda se disseminou pela economia, mas a agropecuária ainda continuava com crescimento. Agora em 2016, todas as grandes atividades econômicas, tanto a agropecuária quanto a indústria e os serviços, estão em queda. A agropecuária foi influenciada pelas quebras de safra por causa do clima desfavorável”.

Antibiótico pode ajudar a evitar que Zika danifique o cérebro fetal, diz estudo

Da Agência Xinhua
Cientistas norte-americanos disseram ter identificado células do tecido cerebral fetal que são alvo do vírus Zika e determinaram que um antibiótico comum considerado de uso seguro durante a gravidez, o azitromicina, pode bloquear esta infecção, pelo menos em células cerebrais cultivadas em laboratório. As informações são da agência chinesa Xinhua.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco (UCSF) relataram que o vírus Zika infecta preferencialmente as células cerebrais com abundância de uma proteína chamada AXL, que atravessa a membrana celular externa com vários tipos de células e serve como um portão de entrada para o vírus invasor.
As células do cérebro fetal que incorporam esta proteína incluíram células estaminais neurais e células progenitoras que eventualmente formam outros tipos de células cerebrais e que desempenham um papel especialmente importante no crescimento e desenvolvimento do cérebro em estágio fetal.
Outras células com  a proteína AXL incluíram micróglia, que são as células imunes do cérebro, e os astrócitos, um tipo de célula cerebral já totalmente desenvolvida e especializada que suporta os neurônios na condução dos sinais neurais. Os neurônios que têm falta da AXL não foram facilmente infectados, em contraste com observado anteriormente em camundongos de laboratório previamente utilizados para estudar a infecção pelo Zika.
Os pesquisadores então examinaram 2.177 remédios aprovados pela Food and Drug Administration  (FDA) dos EUA para verificar sua capacidade de bloquear a infecção por Zika nas células cerebrais cultivadas no laboratório e identificaram vários remédios que o fizeram, incluindo a azitromicina, um antibiótico amplamente utilizado.
As descobertas, publicadas online no Journal Proceedings of the National Academy of Sciences dos EUA, foram lideradas por Joseph DeRisi, líder do Departamento de Bioquímica e Biofísica da UCSF, e Arnold Kriegstein, diretor do Centro de Regeneração e Medicina Eli e Edythe Broad e pesquisador celular na UCSF.
"A nossa caracterização da infecção no cérebro humano em desenvolvimento esclarece a patogênese da infecção congênita ZIKV (pelo vírus Zika) e fornece uma base para pesquisar possíveis estratégias terapêuticas para evitar com segurança as consequências mais graves desta epidemia," concluíram no artigo.
O vírus Zika é transmitido principalmente pelo mosquito tropical Aedes aegypti. Estima-se que entre um por cento e 13 por cento das mulheres infectadas durante a etapa inicial da gravidez pelo vírus têm bebês com microcefalia, condição definida por uma cabeça menor e com danos cerebrais.
Atualmente, não há tratamento para evitar que o vírus Zika prejudique o feto, e o mecanismo biológico que explica como a microcefalia surge a partir da infecção ainda não está claro.

Senado aprova projeto de lei para que presos sejam levados a juiz em 24 horas


O plenário do Senado aprovou hoje (30) o projeto de lei que estabelece o prazo máximo de 24 horas para que presos em flagrante sejam levados à presença de um juiz. O prazo poderá ser estendido para 72 horas se houverem dificuldades operacionais justificadas, como o caso em que a cidade com juiz mais próxima esteja longe do local da prisão.
O projeto também regulamenta uma série de questões envolvendo as audiências de custódia, como a necessidade de exame de corpo de delito e a presença de um defensor durante o interrogatório policial. Os policiais que efetuarem a prisão não poderão também estar presentes na audiência de custódia e ela deverá ser utilizada para atestar apenas a legalidade e a necessidade da prisão, não para tomada de depoimento e coleta de provas para o inquérito.
Para a senadora Simone Tebet (PMDB-MT), que relatou a matéria no plenário, o projeto poderá auxiliar a Justiça a separar os presos perigosos dos que cometerem crime de menor potencial ofensivo, que possam ser postos em liberdade. Segundo ela, assim, será possível reduzir o número de prisões e de presos que ficam detidos durante meses antes de terem seus casos analisados por uma autoridade judicial.
“Depois de muito debate e muito diálogo, entendemos que chegamos a um parecer de consenso. O projeto não tem a ver apenas com o direito do encarcerado, mas a nossa preocupação, acima de tudo, é com a Justiça e com a sociedade”, explicou.
O projeto seguirá para análise da Câmara dos Deputados. Se for alterado, volta ao Senado para última análise antes de seguir para sanção presidencial.

Chapecó e Medellín se unem em homenagens às vítimas do acidente com a Chapecoense

Em noite de emoção, uma multidão de colombianos fez tributo às vítimas de acidente da Chapecoense dentro e fora do estádio do Nacional. Foto: Bruno Alencastro/Agência RBS
Arquibancadas lotadas em Chapecó
A casa da Chape, que vinha embalada para a inédita final, voltou a ficar cheia na quarta à noite. Refletores ligados, arquibancadas lotadas e uma multidão de verde e branco por todos os lados.

Aeronáutica colombiana afirma que avião caiu sem combustível
Secretário de segurança aérea da Colômbia afirmou: "Podemos afirmarclaramente que o avião não tinha combustível no momento do impacto".

Fernando Carvalho se retrata por declaração que causou mal-estar
Muito criticado nas redes sociais, dirigente do Inter se desculpou por afirmar que clube já tinha sua "tragédia pessoal" no Brasileirão.

Renato presta apoio à Chapecoense
Técnico concedeu entrevista coletiva nesta quarta com a camisa dos catarinenses. "O sofrimento é grande, mas a vida segue", falou. O Grêmio treina nesta quinta-feira à tarde.

Novos embates marcam pacote anticorrupção
Renan Calheiros tenta apressar votação de propostas no Senado após membros da Lava-Jato ameaçarem com renúncia coletiva.

O que esperar da economia brasileira
PIB do terceiro trimestre caiu 0,8%, levando economistas a piorar suas projeções para a retomada da atividade econômica.

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Ampliações da pista, do pátio e do terminal estão entre as exigências do governo, que dará o direito de exploração do aeroporto por até 25 anos.

Entenda o que significa a decisão tomada pelo STF sobre o aborto
Turma do Supremo afastou a prisão preventiva de cinco denunciados por aborto. Juristas ponderam que medida deste caso específico não provoca alteração na lei penal.

Estado tem 488 vagas temporárias de emprego abertas
Saiba como garantir uma dessas oportunidades.

BRDE abre inscrições para concurso público com salário de R$ 6,7 mil
Todas as vagas são para preenchimento de cadastro reserva.

Sentimentos conflitantes
Filme "O filho eterno", adaptação do romance de Cristóvão Tezza, estreia nesta quinta.

Temperaturas em elevação
Uma massa de ar seco que está sob o Estado promete deixar o tempo firme nesta quinta e elevar as temperaturas gradualmente até o fim da semana. Na Fronteira Oeste, os termômetros podem passar dos 30ºC.

STF deve julgar hoje denúncia contra Renan Calheiros


Brasília - Presidente do Senado, Renan Calheiros, fala à imprensa antes da Ordem do Dia (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros, fala à imprensa  (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar hoje (1º) denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2013 contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Se a denúncia for aceita, o parlamentar se tornará réu no Supremo. O relator do processo é o ministro Edson Fachin.
De acordo com a denúncia, Renan teria usado o lobista de uma empreiteira para pagar pensão a uma filha que teve fora do casamento. O peemedebista também é acusado de ter adulterado documentos para justificar os pagamentos. Renan nega as acusações. O caso foi revelado em 2007.
A defesa de Renan sustenta que o senador “já esclareceu todos os fatos relativos a essa questão e é o maior interessado no esclarecimento do episódio”. Segundo a assessoria de Renan, o parlamentar “foi o autor do pedido de investigação das falsas denúncias em 2007, há quase dez anos.”

Em fevereiro deste ano, Fachin já tinha pautado a ação para julgamento mas, no mesmo mês, foi retirada da pauta depois que a defesa de Renan Calheiros apresentou recurso alegando a existência de uma falha na tramitação do processo.

O Medplex Eixo Norte foi projetado em conformidade com as normas da Anvisa

Acordo de paz entre governo colombiano e as Farc entra em vigor hoje


Presidene da Colombia Juan Manuel Santos e Chefe das FARC Rodrigo Londono Echeverry 'Timochenko' apertam as mãos após assinar acordo de paz em Bogotá 24 nov 2016
Novo acordo de paz é assinado entre o governo da Colômbia e as Farc Agência Lusa/ETA/Mauricio Duenas Castaneda/Direitos Reservados
O acordo de paz, que acaba com meio século de enfrentamentos entre o governo colombiano e a maior guerrilha do país, começa a ser implementado nessa quinta-feira (1º).  Os rebeldes das Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia (Farc) têm 150 dias para entregar todas as suas armas às Nações Unidas.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, comemorou a ratificação do pacto, na quarta-feira (30) à noite, depois de dois dias de intensos debates. Segundo ele, 1º de dezembro é o Dia D – o início do fim de 52 anos de violência, que resultaram na morte de mais de 200 mil colombianos e no deslocamento de mais 6 milhões.
Santos ganhou o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para negociar o desarmamento do grupo guerrilheiro mais antigo da América Latina. Foi um processo que durou quatro anos e quase termina em fracasso.  O primeiro pacto, assinado por Santos e pelo líder das Farc, Rodrigo Londono (conhecido como Timochenko), foi rejeitado em um plebiscito em outubro. Novas negociações resultaram numa segunda versão, menos tolerante com os rebeldes – como pediam os que votaram contra na consulta popular.
O segundo acordo manteve a promessa feita aos guerrilheiros, de que poderiam formar um partido político, disputar eleições e ocupar cargos públicos. A oposição, liderada pelo ex-presidente e atual senador Álvaro Uribe, queria que o documento fosse submetido a um novo plebiscito. Mas Santos decidiu submetê-lo à aprovação do Congresso, onde o governo tem maioria.
Tanto Santos quanto Londono argumentaram que o acordo de paz foi o resultado de amplo debate e que era mais importante implementar a paz o quanto antes do que colocar em risco a trégua entre o governo e a guerrilha e recomeçar de zero.  A discussão mobilizou também os colombianos no exterior – como o barítono Alfredo Martinez, 30 anos, que canta em óperas em Buenos Aires.

“Uma guerra tão longa deixa profundas feridas. Muitos achavam que não deviam perdoar os responsáveis pela violência tão facilmente, da noite para a manha, e que eles deveriam responder por seus crimes”, disse à Agência Brasil. “Mas no fundo, todos os colombianos querem a paz. E o bom é que esse acordo abriu as portas para o debate e todos se informaram a respeito, para apoiar ou rejeitar o pacto. Não importa. O importante é que o debate se deu”.

Além do desarmamento das Farc, o acordo prevê a erradicação dos cultivos de drogas ilegais (que financiavam as atividades guerrilheiras, depois da queda do comunismo no Leste Europeu) e programas sociais para integrar mais de 6 mil mil rebeldes à sociedade civil. Opositores ao acordo argumentavam que a Colômbia iria gastar uma fortuna em um momento de desaquecimento da economia. O tema fará parte dos debates nas eleições do próximo ano.
O acordo de paz colombiano foi mediado pelo governo cubano, que continua de luto pela morte do líder revolucionário Fidel Castro.  Ele morreu na sexta-feira (25), aos 90 anos. Suas cinzas estão sendo levadas, em uma peregrinação pelo país. e serão enterradas domingo (4).

Força-tarefa da Lava Jato pode renunciar

Carlos Fernando Lima anuncia que, se Michel Temer sancionar a sem-vergonhice da Câmara, a força-tarefa da Lava Jato renunciará coletivamente. 
 



 

Reunião de Pauta: Uma cusparada nos brasileiros 

 






Renan sem pressa para aprovar o AI-5 da ORCRIM


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Aprovada a PEC do fim do foro


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Bumlai invoca amizade com Lula para silenciar


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Piloto de avião teria omitido falta de combustível


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Taxa básica de juros tem segunda queda consecutiva e fica em 13,75% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou hoje (30) uma nova redução dos juros básicos da economia (Selic), de 0,25% ponto percentual. A taxa, que estava em 14% ao ano, caiu para 13,75% ao ano. A decisão foi unânime.
No mês passado, o comitê também reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, a primeira queda em quatro anos.
De acordo com comunicado divulgado pelo BC após a reunião, “a inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência de quedas de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais difundida”.
O Copom destaca ainda, entre outros fatores, que as projeções para a inflação de 2016, nos cenários de referência e mercado, recuaram e se encontram em torno de 6,6%. As projeções para 2017, nos cenários de referência e mercado, situam-se em torno de 4,4% e 4,7%, respectivamente. Para 2018, as projeções encontram-se em torno de 3,6% e 4,6%, nos cenários de referência e mercado, respectivamente. Além disso, na visão do comitê, os passos no processo de aprovação das reformas fiscais têm sido positivos até o momento.
Principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação, a taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Copom aumenta a taxa, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.
No Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerre 2016 em 7,3%. O mercado financeiro já estima um índice menor. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, a inflação oficial fechará o ano em 6,8%.
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Leilão para concessão de quatro aeroportos à iniciativa privada será em março


Brasília - O movimento no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek diminuiu após os passageiros seguirem a recomendação da Anac para chegarem duas horas antes do embarque (José Cruz/Agência Brasil)
Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, já foi concedido à iniciativa privada José Cruz/Agência Brasil
O leilão para a concessão dos aeroportos de Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Fortaleza à iniciativa privada será realizado no dia 16 de março do ano que vem. A previsão do governo é que sejam investidos R$ 6,613 bilhões nos quatro terminais. O edital será publicado amanhã (1º) no Diário Oficial da União.
Entre as exigências de investimentos nos aeroportos estão a ampliação dos terminais de passageiros, dos pátios de aeronaves e de estacionamentos. No aeroporto de Salvador, há exigência de construção de uma nova pista de pouso e decolagem e no de Florianópolis será preciso construir um novo terminal de passageiros e um estacionamento. As concessionárias também deverão fazer melhorias imediatas nos terminais, como revitalização e atualização de sinalizações e de sistema de iluminação, disponibilização de internet gratuita e de alta velocidade, além de melhorias de banheiros e fraldários, sistemas de climatização, escadas e esteiras rolantes. As tarifas de embarque serão fixadas em contrato e terão o mesmo valor vigente atualmente.
Para participar do leilão, a empresa terá que comprovar operação por pelo menos cinco anos em aeroporto com ao menos 9 milhões de passageiros, para os terminais de Salvador e Porto Alegre, 7 milhões para Fortaleza e 4 milhões para Florianópolis. O prazo de concessão dos editais será de 25 anos para o aeroporto de Porto Alegre e de 30 anos para os demais.
O governo espera arrecadar no mínimo R$ 3 bilhões em outorga com a concessão dos aeroportos. Uma das inovações do novo modelo de editais de leilões é que as empresas vencedoras do leilão terão que pagar 25% do valor da outorga à vista, além do ágio, e o restante será pago ao longo da concessão. "Isso poderá ajudar os consórcios vencedores a obter créditos no mercado financeiro", disse o secretário executivo do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), Moreira Franco.
Infraero
Outra mudança no modelo de concessões é que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não irá mais participar da licitação, como aconteceu nos leilões de aeroportos realizados até agora. As concessionárias terão que pagar R$ 340 milhões para que a Infraero realize um Programa de Demissão Voluntária para os funcionários que hoje trabalham nesses quatro aeroportos.
O prazo entre o lançamento do edital e a realização do leilão foi ampliado de 45 para 100 dias, e os editais serão lançados em português, espanhol e inglês. O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, disse que as novas regras têm tido boa aceitação do mercado e o governo espera que leilão seja bastante concorrido.
A concessão dos aeroportos faz parte do pacote de 34 projetos lançado pelo governo em setembro. Moreira Franco destacou que o governo está cumprindo o prazo previsto para a realização das concessões. "Os prazos devem ser cumpridos porque criam ambiente para a segurança jurídica", disse.
No caso do aeroporto de Porto Alegre, onde será preciso fazer a desocupação de um terreno para a ampliação da pista de pouso e decolagem, a obrigação do acordo com as famílias será do concessionário. O custo estimado é de R$ 146 milhões.