terça-feira, 1 de novembro de 2016

Como resolver a guerra fiscal apesar do arranjo tributário brasileiro?


Por Diego Vieira

guerra-fiscal

Os meios de comunicação brasileiros frequentemente apresentam matérias ou debates sobre a chamada “guerra fiscal”. Será que ela é boa ou ruim?

Sendo objetivo, e de um ponto de vista puramente teórico e federativo, não. A guerra fiscal nada mais é que a competição entre os entes subnacionais pelos tributos, oferecendo melhores serviços e/ou menores alíquotas. É a hipótese descrita no paper de Charles M. TieboutA pure theory of local expenditures” (1956)¹.

Tiebout argumenta que a melhor forma de alocação da oferta de bens públicos e alíquotas de tributos se dá através de um arranjo em que os governos locais possam competir entre si. Dessa forma, os residentes poderiam trocar de municípios caso o governo local não atendesse seus anseios ou caso a relação custo versus benefício de residir naquela localidade não mais compensasse. Isso de acordo com suas próprias preferências.

Embora o argumento seja mais adequado para os governos locais, ou seja, municipalidades, ele pode ser aplicado para governos estaduais, se você levar em consideração questões como saúde pública e educação pública². Inclusive, pelo argumento de Tiebout, os moradores dos governos locais – ou no caso em que estou colocando os habitantes dos Estados – poderiam decidir, através da escolha dos seus representantes, se iriam oferecer saúde e educação públicas ou não.

Uma objeção frequentemente colocada pelos analistas é a hipótese do “race to the bottom”. Segundo essa hipótese, uma competição entre os Estados geraria uma busca desenfreada pela queda das alíquotas, gerando queda de receita, endividamento e um total colapso fiscal. Entretanto tal hipótese não se sustenta, vide o sistema Americano.

Mas e no caso brasileiro, quais os problemas?

O problema no Brasil é que o arranjo tributário, especialmente a alíquota interestadual do ICMS, permite que os Estados concedam benefícios “às custas” de outros Estados.

Eis um exemplo importante: Imagine um Estado A no qual somente operem uma indústria e uma exportadora. Teoricamente o Estado A não arrecada nada, pois o imposto devido na saída da indústria é neutralizado pelo crédito da exportadora, a qual possui imunidade com manutenção de crédito.

Acontece que um outro Estado B, pode conceder um benefício e atrair a indústria, passando a arrecadar a alíquota interestadual, enquanto o Estado A passa a incorrer somente nos custos dos créditos mantidos pela exportadora, assumindo que haveria pagamento dos créditos não utilizados. Claro que nesse exemplo estou ignorando um outro problema do arranjo brasileiro: a necessidade de que os benefícios sejam concedidos mediante aprovação de todas as Unidades Federadas, no CONFAZ.

Essa necessidade de unanimidade, além de gerar atritos, gera demandas judiciais junto ao STF. Resumo da “ópera”: 37 Ações Diretas de Inconstitucionalidade no STF tratando de “guerra fiscal”.

E qual seria a melhor solução?

Uma possibilidade é acabar com a alíquota interestadual. Kahir (2011) fez um estudo interessante sobre o tema, fazendo uma projeção do que aconteceria se essa alíquota fosse reduzida ou até eliminada. Obviamente a guerra fiscal continuaria a existir, e na minha opinião não vejo problemas em existir³, mas a possibilidade de fazer com que outro Estado assuma o custo diminuiria.

Outra solução (minha preferida) é um federalismo mais sério, com um requerimento de orçamento equilibrado (balanced budget requirement), algo que a LRF, se cumprida, atende muito bem. Nos EUA, os Estados concedem quantos benefícios  quiserem e pronto. A discussão fica no âmbito interno e os governantes respondem ao eleitorado.

O Canadá oferece uma outra solução interessante. As províncias estabelecem acordos, sendo as transações para fora dessas zonas tratadas como exportação4.

Finalizando, a guerra fiscal não é uma coisa ruim por si própria, mas o ambiente brasileiro proporciona uma distorção da competição entre os Estados, o que gera muito mais desgastes do que deveriam existir. Um federalismo forte melhoraria (muito) essa situação.

Referências:

1 https://www.unc.edu/~fbaum/teaching/PLSC541_Fall08/tiebout_1956.pdf
2 Digo isto pois, dentre todos os serviços públicos oferecidos, talvez saúde e educação sejam os mais sujeitos ao free rider. Free rider é um problema de política pública em que um agente se beneficia de um bem sem que tenha havido contribuído para que ele existisse. Um exemplo: um município constrói um hospital e o município vizinho somente compra ambulâncias. Todo o custo de manutenção do hospital recai sobre os ombros dos moradores do município original, enquanto os moradores do município vizinho possuem um custo bem menor.
3 Quero fazer um adendo: embora eu não seja contra a guerra fiscal, nos moldes que desenhei acima, isso não significa que eu concorde com todos os benefícios fiscais concedidos pelos Estados. Pelo contrário, vários deles são extremamente desnecessários e não provaram, até o presente momento, trazer nenhum benefício real à população. Benefícios pontuais e específicos, em especial os do tipo empréstimo concedido via fundos de desenvolvimento, além da falta de transparência em suas concessões, acabam por limitar a competição e selecionar “campeões” da economia.
4 Para os interessados, sugiro a leitura de “VAT lessons from Canada”(http://www.taxanalysts.com/www/freefiles.nsf/Files/SULLIVAN-22.pdf/$file/SULLIVAN-22.pdf)

 

SOBRE O AUTOR

Diego Vieira

Diego Vieira

 

      Temer anuncia `Cartão Reforma` e plano para regularizar propriedades

      Publicado em 01/11/2016

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      O presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira (31) em participação gravada no programa "A Voz do Brasil" que o governo irá lançar um programa para regularizar propriedades clandestinas.
      "Tem muita gente que mora em casas pequenas, em modestas habitações, mas não tem a propriedade. Ele vive lá clandestinamente. Estamos lançando um plano que vai regularizar toda e qualquer propriedade em todas as cidades brasileiras", afirmou.
      O presidente também anunciou que será criada uma linha de financiamento de cerca de R$ 5.000 para realização de reformas de casas. Segundo ele, isso será possível através da criação do "Cartão Reforma".
      "Nós vamos imaginar que o sujeito, na sua propriedade, vai querer aumentar um quarto, cimentar a casa, ampliar o banheiro. E para isso estamos lançando o chamado Cartão Reforma. Você terá direito a um crédito de até, mais ou menos, R$ 5.000 para poder reformar a sua casa".
      Durante o programa, Temer não especificou as condições para o financiamento nem de onde sairão os recursos. Declarou apenas que o objetivo é estimular a construção civil.
      "De um lado, ajuda você. Mas ajuda também a ideia do emprego. Porque isso significa construção civil. Quem sabe você, ao reformar sua casa, vai chamar mais um para ajudá-lo e dará emprego a alguém", declarou.
      O "Cartão Reforma" é um programa similar ao "Minha Casa Melhor", lançado pela ex-presidente Dilma Rousseff e que dava crédito para beneficiários do programa habitacional "Minha Casa Minha Vida" adquirirem móveis e eletrodomésticos para seus imóveis.
      As novas contratações do "Minha Casa Melhor" foram suspensas por Dilma em meio aos esforços de ajuste fiscal.
      NOVO "VOZ DO BRASIL"
      As declarações foram dadas durante a estreia do novo formato de "A Voz do Brasil", com a proposta de ter uma linguagem menos formal. Novos quadros foram apresentados e houve mais participação da audiência, com diálogo com os ouvintes.
      O bordão "Em Brasília, 19 horas", que vinha sendo substituído por frases como "Está no ar a sua voz, a nossa voz, a Voz do Brasil", foi retomado no programa.
      O programa também introduziu uma nova versão da ópera "O Guarani", de Carlos Gomes, com uma orquestração mais moderna.
      O programa de rádio existe há 81 anos e é o mais antigo do hemisfério Sul ainda no ar, fato registrado no Guiness Book, o Livro dos Recordes, em 1995. Foi criado em 1935 como "Programa Nacional", para divulgação dos atos do Estado Novo, da era Vargas.

      Fonte: Folha Online - 31/10/2016 e SOS Consumidor

       

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      BRASILEIRO NÃO TEM EDUCAÇÃO FINANCEIRA: FALTA CONHECIMENTO BÁSICO DE ECONOMIA E FINANÇAS

      blog

      Deu no GLOBO hoje:

      Há décadas o brasileiro lida com a inflação e as consequências da alta dos preços no orçamento doméstico. E, mesmo esse sendo um tema tão familiar, o conhecimento sobre o assunto é baixo. Em uma pesquisa sobre conceitos financeiros, em 30 países, o índice de respostas corretas para perguntas sobre o tema foi de 58% no Brasil, bem abaixo da média, de 78%. Isso mostra as dificuldades dos brasileiros em termos financeiros, o que compromete a capacidade de planejamento futuro.

      Os dados fazem parte de um levantamento da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que tem por objetivo medir as competências da população adulta quando o tema é educação financeira. Foram levados em conta conceitos divididos em três pilares: conhecimento, comportamento e atitude. Em todos, o Brasil teve um baixo desempenho, deixando o país na 27ª colocação geral, à frente apenas de Croácia, Bielorrússia e Polônia. Na liderança, a França.

      Na avaliação da OCDE, o foco no curto prazo apresentado por alguns países, como o Brasil, reduz a segurança financeira dessa população. “Adultos em muitos países ao redor do mundo que mostraram baixos níveis de conhecimento financeiro deixam de adotar comportamentos que poderiam melhorar sua segurança financeira, além de terem atitudes orientadas para o curto prazo”, afirma o estudo, divulgado este mês. A pesquisa foi respondida por 51.650 pessoas, sendo 1.974 delas no Brasil.

      Sem conhecer o básico de finanças, conceitos como juros simples e compostos, visão de longo prazo e o funcionamento da economia e do mercado, o brasileiro médio é refém de governos populistas e agiotas de plantão, ou todo tipo de oportunista que explora essa ignorância de forma desleal.

      Simplesmente não há como um indivíduo progredir sem conhecer o básico do mundo das finanças, sem uma educação financeira. E quando muitos indivíduos sofrem do mesmo mal, não há como a sociedade evoluir. Somos cigarras presas nas armadilhas econômicas, sem noção do alto custo disso para o país.

      Meu esforço tem sido constante para tentar reverter o quadro, ou ao menos fazer minha parte, contribuir com minha pequena parcela no esforço geral necessário. Meu novo livro, Brasileiro é Otário? – O Alto Custo da Nossa Malandragem, é uma tentativa de atacar a cultura por trás desse problema, assim como explicar o que deixamos na mesa com ela, qual o custo de oportunidade do nosso jeitinho.

      Já meu curso online “Bases da Economia” é uma tentativa de reduzir o desconhecimento sobre esse “tema indigesto”, mas fundamental para o progresso. São várias horas de aulas explicando conceitos básicos de economia, sob um prisma liberal “austríaco” que nem mesmo graduandos ou mestrandos têm acesso em nossas universidades.

      É com satisfação que comunico o lançamento do produto que faltava para fechar esse ciclo: vem aí meu novo curso online, também pela Kátedra, sobre finanças pessoais, um misto de noções do mercado financeiro com uma cultura de poupança e investimento voltados para o longo prazo. Ou seja, a tal educação financeira que nosso povo não tem, conforme vemos na pesquisa e no dia a dia.

      Aguardem maiores informações. Teremos limites de alunos, pois haverá também hangouts ao vivo comigo para dúvidas e bate-papo. As aulas estão prontas e sendo editadas, e o começo da venda do curso será em poucos dias. Eis aí um ótimo presente de Natal para dar ao filho, ao amigo, ao parceiro: um pacote completo para a sua educação e independência financeira, contribuindo assim para que ele consiga superar os obstáculos impostos pela falta de conhecimento básico nesses assuntos.

      Rodrigo Constantino

      Reflexão do juiz Sérgio Moro sobre a corrupção

       

      Publicado em 1 de nov de 2016

      Sobre a corrupção.

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      O PSOL ELEGEU O BISPO CRIVELLA NO RIO. OU: O CRESCIMENTO EVANGÉLICO É UMA REAÇÃO AOS “PROGRESSISTAS”

      Fonte: GLOBO

      Fonte: GLOBO

      Ufa! A primeira sensação é de alívio. Já pensou um socialista amigo dos black blocs no comando da Prefeitura do Rio?! Só mesmo quem inveja Caracas poderia torcer para Marcelo Freixo, empolgar-se com sua campanha. Mas, da mesma forma que teve muita gente votando nele simplesmente por ter arrepios com a ideia de um bispo da Universal no comando da “cidade maravilhosa”, milhares de pessoas não vibravam com o resultado, apenas respiravam aliviados por ter sido o menos pior.

      Cheguei a escrever na minha página do Facebook: “Não deu, Globo. Não deu, Veja. Não deu, artistas engajados, “estudantes” emaconhados e “intelectuais” abobados. Não deu, socialistas, petistas, bolivarianos. O Rio é ruim de voto, mas não tem vocação suicida. Chega perto, é verdade. Mas na hora H recua um pouco, dá um passo para trás, e sobrevive para sonhar com dias melhores depois…”

      Quem deu a vitória a Crivella foi a rejeição ao PSOL, um partido que defende até o modelo venezuelano, que destila judeofobia por aí, que fomenta o ódio de classes, das “minorias” contra os demais ou entre si, uma espécie de PT de ontem, tentando ocupar o espaço deixado por sua queda. A seita evangélica não chega a assustar tanto quanto a socialista, uma bem mais fanática e prejudicial.

      Como brincaram nas redes sociais, é melhor pagar o dízimo do que 70% de imposto. O Rio tinha outras alternativas bem melhores no primeiro turno, mas pela fragmentação da “direita”, restaram somente Crivella e Freixo. Aí não teve muito jeito: era necessário escolher o mal menor. Foram muitas abstenções, na verdade mais do que votos no socialista. Foram muitos nulos. Compreende-se. Gustavo Nogy chegou a comentar:

      O número de abstenções no Rio de Janeiro superou o número de votos do candidato Marcelo Freixo. Isso quer dizer alguma coisa. Mas alto lá: não quer dizer alguma coisa apenas à esquerda mais radical, mas também à, na falta de termo melhor, “direita” oportunista, que aproveitou a rejeição a determinados candidatos para vencer. As aspas no termo “direita” não são por acaso: o que se entende por direita na Europa não corresponde ao que se pensa como “direita” no Brasil. Se PSDB existe e é considerado partido liberal, tudo é permitido. Seja como for, o que predomina como saldo desse pleito é o voto negativo, o voto de protesto, o voto no menos ruim. E, consequentemente, qualquer celerado que se apresente como menos ruim passa a receber aplausos indevidos. Não há, em suma, o que se rejubilar disso tudo e, muito embora eu compreenda que o momento brasileiro exige o prudente gerenciamento de danos, cada vez mais me parece razoável defender a moralidade – a urgência, até – do voto nulo ou da abstenção. Não basta desacreditar dos políticos. É preciso desacreditar dos votos, ou da sacralidade de um sistema que, no fim das contas, não é muito mais que uma dança das cadeiras, com os mesmos parentes bêbados e idiotas, em que restará sentado aquele que demorar um segundo a menos para cair. Que os eleitores comemorem a derrota de Freixo (ou de Haddad) é compreensível. Que os eleitores comemorem a vitória de Crivella (ou de Dória) não é compreensível.

      Não iria tão longe. Acho que há motivos para comemorar a vitória de João Dória sim. Mas entendo seu ponto: o desespero do eleitor minimamente razoável com esse sistema podre é tanto que ele simplesmente decide não corroborar com ele. O problema dessa tática é que, na prática, não serve para muita coisa além de uma consciência limpa e um protesto. Mas alguém ainda vai levar o pleito e governar sua cidade. Melhor que seja o menos pior…

      Digamos que, dos pouco mais de um milhão de votos que Freixo recebeu, metade sejam de pessoas apavoradas com o bispo Macedo, com Garotinho, com a Universal e o próprio Crivella. Ainda assim restam mais de 500 mil simpatizantes do socialista, do socialismo. É muita gente otária! É muito masoquista, maluco, suicida, que olha para Caracas com inveja. O Rio é mesmo a capital nacional da esquerda caviar…

      São os “estudantes” que não estudam nada, pois só querem saber de “ocupar” ou fumar maconha. São os “intelectuais” abobados que ainda sonham com o socialismo, seu ópio. São os artistas engajados, aqueles que mamam nas tetas do estado pela Lei Rouanet e acham cool odiar o “sistema” que os permite consumismo burguês e liberdade de expressão, coisas ausentes no socialismo real. Enfim, são muitos idiotas que impedem o Rio – e o país – de decolar. Aos que sabem ler entre essa gente, recomendo meu novo livro Brasileiro é Otário? – O Alto Custo da Nossa Malandragem.

      Sim, o resultado foi “bom”, pois poderia ser muito pior. Mas o PSOL não morreu, e Freixo sai pensando já no Senado, falando, como mau perdedor, que a “luta” continua. Qual? A de defender marginais? A de tentar transformar o Rio em Caracas e o Brasil em Venezuela? A rejeição ao PSOL, ao PT, ao socialismo foi tanta que o povo carioca elegeu um Crivella, alguém certamente longe de empolgar pessoas decentes.

      Crivella precisa absorver bem a mensagem também: recebeu boa parte dos votos como pura rejeição ao PSOL. Terá a oposição destrutiva dos perdedores, e a construtiva dessa turma toda, que votou em Índio da Costa, Osório, Flavio Bolsonaro e mesmo Pedro Paulo no primeiro turno. Esses eleitores digitaram 10 na urna, mas não com convicção, e sim com pesar, tristeza, até aversão. Tiveram que lembrar sempre da alternativa pior, do que o 50 representava, do que anular significava. Crivella foi eleito pelo PSOL, e isso deve ficar claro.

      Fecho com uma reflexão mais geral. Faz algum tempo que digo que só os evangélicos terão força para barrar a revolução cultural marxista em curso no Brasil. Kit Gay, “identidade de gênero”, movimento feminista, movimento LGBT, degradação de valores, avacalhação da arte, destruição da família, tudo isso é parte de uma agenda esquerdista de puro relativismo e “marcha das minorias oprimidas”, uma verdadeira “revolução das vítimas”, que pegou com jeito a geração do mimimi.

      Os liberais iluministas e racionalistas simplesmente não têm a força necessária para confrontar esse movimento avassalador. Nassim Nicholas Taleb, em seu ótimo livro recente de aforismos, resume: “Nunca livre alguém de uma ilusão a menos que você possa substituí-la em sua mente com outra ilusão. (Mas não trabalhe muito duro para isso; a ilusão substituta não precisa sequer ser mais convincente do que a inicial.)”

      “É inútil tentar fazer um homem abandonar pelo raciocínio uma coisa que não adquiriu pela razão”, disse Jonathan Swift. Por isso mesmo acho que muito liberal tem sido inocente útil, massa de manobra da esquerda, ao não perceber que sua agenda é cultural e que essa “liberdade” toda pregada em nome das minorias não passa de libertinagem com o intuito de destruir as tradições clássicas e o próprio Ocidente como o conhecemos.

      É nesse contexto que os cristãos em geral e os evangélicos em particular surgem como freio ao socialismo moderno. É a tese que defendo no meu curso “Civilização em Declínio“, a de que o pêndulo extrapolou para um lado e há agora uma reação necessária. Sabemos que muitos líderes evangélicos exploram a ignorância alheia, mas o preconceito incutido pelos “progressistas” é estratégico, já que eles sabem ter aí um obstáculo ao seu projeto de poder. Ao menos a mensagem evangélica é de defesa da família, de valores mais conservadores, e da legitimidade de subir na vida, ganhar dinheiro.

      Enquanto isso, muitos católicos, seduzidos pelos comunistas da CNBB e até por um papa um tanto esquerdista, vendem somente culpa aos indivíduos, culpa pelo sucesso individual, pelo progresso próprio. É preciso rever essa mensagem, pois essa sensação de que o sucesso é um pecado tem sido a responsável pela desgraça latino-americana há séculos. Enquanto a esquerda “progressista” lutar para inverter todos os valores morais e os católicos para incutir culpa nos que conseguem avançar mais, o caminho estará aberto para os evangélicos, com sua mensagem mais acolhedora.

      Que fique claro, portanto: da mesma forma que a vitória de Crivella foi uma reação ao risco PSOL, o avanço evangélico é uma reação a essa campanha “progressista” de total inversão de valores, de puro relativismo moral, de vitimismo das “minorias”. Enquanto os artistas e “intelectuais” repetirem que ser transexual é a coisa mais normal do planeta, que fumar drogas é liberdade, que rebolar até o chão seminua aos 11 anos num baile funk é diversão, lá estará um bispo ou um crente para reagir, para intuitivamente, sem a necessidade de tantos argumentos racionais, contestar essa depravação toda e remar contra a maré vermelha.

      Os liberais clássicos e os conservadores de boa estirpe ficam um tanto tensos com esses extremos, sem dúvida. Mas se for preciso escolher, como foi na eleição municipal do Rio, então também não resta muita dúvida. Se só há o bispo evangélico e o socialista no cardápio, a opção já foi feita por nós. É triste, mas é o jeito. Os socialistas estão destruindo o Brasil há anos, e também eles são os responsáveis pela chegada de um bispo da Universal no comando da cidade mais caviar do país. Acordem enquanto é tempo…

      Rodrigo Constantino

      RECADO AOS SOCIALISTAS: A SEITA QUE DÓI MENOS!

      Já escrevi uma análise mais séria e profunda do resultado das eleições no Rio. Agora vamos com um pouco mais de “agressividade”, direto ao ponto. Eis o recado mais importante das urnas, do tal povo que a esquerda diz pensa representar, mas que só conhece pelas novelas da Globo, ou seja, não conhece: o brasileiro não quer saber de socialismo!
      O PT foi um caos, como previsto pelos liberais e conservadores. A esquerda chegou ao poder, e em vez de “justiça social”, tivemos 12 milhões de desempregados, 23 milhões de subempregados, inflação alta, degradação de valores morais, muita corrupção etc. Ou seja, a esquerda, na prática, é sempre o maior inimigo dos pobres.
      E os pobres perceberam isso! Deram um basta ao socialismo, que é mesmo tara de riquinho mimado e “intelectual”. A divisão dos votos no Rio por renda mostra bem isso: os “estudantes” burgueses e os “professores”, além dos artistas engajados, são os simpatizantes do PSOL, herdeiro do PT. A classe média trabalhadora e os mais pobres não querem saber disso.
      Circula um meme pelas redes sociais que resume muito bem a situação:
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      A “seita evangélica” ganhou? Menos mal, pois poderia ser a seita socialista, a mais fanática de todas, a mais autoritária, totalitária, destrutiva. E Marcelo Freixo, como o “bom” esquerdista que é, não saberia perder com dignidade, claro. Fez um discurso eivado de raiva, culpando os outros em vez de assumir seus próprios erros, insistindo na “luta”, aquela que o povo carioca rejeitou:
      A esquerda é democrática até a página 3. Quando o eleitor rejeita a própria esquerda nas urnas, aí a democracia perde um tanto de seu charme. O eleitor é tido como um ignorante, um burro ou um vendido. No fundo, é essa a visão que a esquerda tem do povo, por isso defende sempre o paternalismo, tratando cada indivíduo como um mentecapto incapaz.
      A seita socialista despreza o povo, eis o fato. Enxerga-o como peão num tabuleiro de xadrez, como argila a ser moldada aos anseios do esquerdista. E é coletivista, fala em nome do povo mesmo quando este diz um retumbante “não” às suas promessas. Freixo chega a ameaçar no discurso: “Vamos organizar os coletivos, insistir na luta, pois essa cidade é nossa, é maior do que as urnas”.
      Aceitar o recado das urnas, do povo? Nem passa pela cabeça oca de um autoritário desses, defensor dos marginais, dos black blocs, da Venezuela. A elite socialista carioca, símbolo maior da esquerda caviar, não quer aceitar o resultado, pois como pode esse povo ser tão burro e ingrato?! É preciso forçar o homem a ser livre, como queria Rousseau, não é mesmo?
      Quis o destino que ontem, dia 30 de outubro, dia em que a esquerda caviar levou uma baita surra no Rio, completasse exatamente três anos do lançamento do meu best-seller Esquerda Caviar, que já vendeu mais de 50 mil exemplares. Foi o Facebook quem me trouxe a memória, resgatando essa foto do inesquecível dia:
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      Quem ainda consegue idolatrar um porco assassino como Che Guevara? Quem ainda pode tomar o partido dos vândalos dos black blocs, com assassinato no currículo? Quem ainda encontra desejo de enaltecer o modelo venezuelano? Quem, em sã consciência e juízo perfeito, pode pregar o socialismo em pleno século XXI? Resposta: ninguém!
      O que restou ao PSOL e ao PT foram os “estudantes” que querem “ocupar” suas escolas em vez de estudar, fumar maconha, “salvar o mundo” em vez de arrumar o próprio quarto. Sentem-se “empoderados” com os discursos canalhas dos líderes esquerdistas. Há também os “intelectuais” abobados, viciados em marxismo, seu ópio. E os artistas engajados, idiotas ou vendidos, que adoram o socialismo de longe, enquanto desfrutam daquilo que só o capitalismo pode lhes oferecer.
      Enfim, a esquerda definha no Brasil, finalmente, como resposta ao fracasso petista. Chegou a hora de uma reação mais vigorosa. A seita socialista será enxotada do país pelas urnas, pelo povo nas ruas, o povo que trabalha, não os “mortadelas” da UNE, CUT e MST. Eis, em uma imagem, o que vimos acontecer nessas eleições municipais, e que se Deus quiser e for mesmo brasileiro, veremos também em 2018:
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      Ou, se preferirem outra imagem, mais direta ainda:
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      Esse aí de cima é o tal eleitor, o povo, esse ilustre desconhecido de vocês, “progressistas”. Aceita o recado que ele está mandando, que dói menos. A seita socialista é a pior de todas, a mais nefasta, e o povo brasileiro não quer saber dela. Vocês foram massacrados nas urnas, mas sabemos que ainda detêm muito poder, controlam a cultura, a imprensa, os sindicatos, a “educação”. Leva tempo até desinfetar tudo.
      Mas chegaremos lá. O povo acordou. E é hora de limpar o Brasil desse vermelho de sangue, desse esquerdismo torpe que só encanta mesmo essa elite tosca e as vítimas da lavagem cerebral em nossas escolas e universidades. Ficaremos livres dessa praga um dia, podem apostar. E aí o Brasil será outro, um país mais próspero, mais livre, mais justo, qualidades incompatíveis com o PT, com o PSOL, com o socialismo. Aceita, que dói menos…

      PREFEITURA DO RIO! ATÉ 2024?

      1. A probabilidade de um Prefeito do Rio se reeleger é muito alta. Em primeiro lugar porque tem um corpo de funcionários de alto nível. Ou seja, mesmo que a montagem do secretariado e do primeiro escalão fique muito aquém das promessas, a máquina da prefeitura do Rio toca o dia a dia. Segundo porque suas finanças são estáveis. O que pode oscilar é a taxa de investimentos.
      2. O slogan eleitoral de Crivella, “vou cuidar das pessoas”, independente de ter sido usado como contraponto eleitoral ao atual prefeito e seu candidato no primeiro turno ajuda a não se ter sustos financeiros, pois a redução dos investimentos passa a ser “a política de governo”. Os investimentos já deveriam cair naturalmente, pois os convênios com o governo federal, em função dos grandes eventos, terminaram.
      3. A pressão financeira virá do sistema previdenciário, que perdeu toda a liquidez e cobre suas despesas com recursos adicionais do Tesouro, além das receitas orgânicas dos descontos dos servidores e do empregador (Prefeitura). Isso também afetará a taxa de investimentos. Mas como Crivella “vai cuidar das pessoas”, poderá justificar tudo isso como sua “política de governo”.
      4. Crivella terá algumas boas notícias. A primeira é que faz parte da tradição dos servidores profissionais da área financeira da Prefeitura do Rio dar um freio de arrumação nos últimos 2 meses e deixar um oxigênio razoável para atravessar os primeiros quatro meses, agregando a antecipação do IPTU em fevereiro. Ele terá tempo de conhecer seus gabinetes. Politicamente, a “plasticidade” da maioria dos vereadores com micro-pretensões de clientela não criará problemas no legislativo. Apenas terá que ter paciência –o que não lhe falta- para administrar as agregações inorgânicas à sua base partidária frágil. Na campanha, ele se descolou da cúpula do PMDB-RJ, sabendo que a questão partidária não será o foco dos vereadores.
      5. Outra boa notícia vem do quadro nacional, não por novas e amplas transferências, mas porque a economia chegou ao fundo do poço e inicia um processo de reversão. Alguns setores se beneficiarão das primeiras medidas, como os investimentos no setor petróleo, com a nova legislação, que retornam, produzindo efeitos multiplicadores nas receitas do ISS, etc.
      6. Crivella tende a atravessar as eleições de 2018 com tranquilidade. O PSDB –uma alternativa nacional- estará fazendo parte de seu governo. E poderá inclusive se descolar de qualquer pretensão eleitoral em 2018, deixando espaço aberto para seus parceiros de segundo turno de 2016 acumularem a prefeitura com suas candidaturas em 2018. E a partir de 2018, vem o fluxo de expansão de gastos estaduais e federais e da expectativa que virá de um outro governo federal.
      7. Então chegará a 2020 com gás suficiente. “Cuidar das pessoas” o ajudará a espalhar clientela. Quem poderia ser seu adversário em 2020? Dará tempo para surgir uma alternativa? Freixo, apesar dos apoios, se mostrou um adversário frágil e com nenhum conhecimento da cidade nas Zonas Oeste e –digamos- Alta Zona Norte. Será candidato a governador? Irá para o sacrifício de seu mandato de deputado estadual? Apesar do discurso, sua derrota em 2016 atingiu-o nas vísceras. E Paes? Será candidato a governador? Se for e ganhar será menos um problema para Crivella. E se perder? Sairá manco?
      8. Mas terá dois problemas básicos. As corporações derrotadas em 2016 voltarão às ruas cobrando as promessas de seu adversário. O governo estadual ainda este ano aplicará um arrocho nos servidores, o que servirá de contraponto. E a desintegração do governo estadual continuará derramando problemas sobre a Prefeitura, especialmente na Saúde e na Segurança.
      9. A ambição de Crivella e seu grupo é de poder. Não quer concorrer com Pereira Passos, Carlos Sampaio, Dodsworth, ou Lacerda…. Olhando o horizonte desde o “mirante” de 2016, os caminhos estão abertos a Crivella para 2020. E a expectativa de seus novos amigos, e hoje parceiros, apontará para 2024.
      10. Acompanhemos!

       

      Ex-Blog do Cesar Maia

      A CENSURA ACADÊMICA: LIVROS E AUTORES PROIBIDOS NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

      blog

      Por Thiago Kistenmacher, publicado pelo Instituto Liberal

      O leitor já ouviu falar do Index Librorum Prohibitorum ou Índice dos Livros Proibidos? Se não, saiba que foi um documento promulgado em 1599 por Paulo VI e que listou obras e autores proibidos pela Igreja Católica. O Index existiu até 1948. A lista continha autores e obras que a Igreja considerava antagônicas às suas doutrinas e receava que a propagação daquelas obras e autores perverteram a fé.

      Proibição de autores que se posicionavam contra dogmas, exclusão deles das discussões, receio de trazê-los para o debate público. Isso soa familiar? Não é por menos. Hoje temos algo parecido que, a despeito de não ostentar o mesmo corpo, é guiado por alma similar.

      Então voltemos à contemporaneidade, pelo menos no que diz respeito ao Brasil e às suas instituições de ensino. Você, caso for estudante, já ouviu falar de Mises na própria universidade? Entendo. As pessoas também ouviam falar de Giordano Bruno enquanto ele esteve no Index. Já ouviu falar de Michael Oakeshott? Um pouco mais difícil, mas ainda assim não chega a me impressionar, afinal, no século XVII também se ouvia falar de René Descartes, embora seu nome constasse no Index.

      Disso concluímos que a questão não é saber que o autor existe, o que às vezes nem isso acontece. O ponto central aqui é outro, que dizer, o autor até pode ter seu nome conhecido, o problema é que liberais e conservadores, por exemplo, chegam nos estudantes pela boca de seus professores, que não raras vezes também são sacerdotes de alguma seita política. Mas assim como os interessados do período em que vigorou o Index procuravam os autores proibidos de forma quase clandestina, hoje parte dos acadêmicos também busca referências fora da universidade. E quando não procuram? Aí é que está o problema, pois nesse caso, as ideias liberais e conservadoras chegarão quase que exclusivamente pelo professor que – salvo raríssimas exceções – distorce o conteúdo original para salvaguardar os dogmas de sua religião política.

      Se as obras e nomes listados no Index eram considerados antagônicos às doutrinas católicas, hoje este índex contém obras e nomes que se opõem ao marxismo e seus derivados. Caso um professor-sacerdote esteja lendo este texto, pergunto: você já discutiu seriamente as ideias de Friedrich Hayek sem acusá-lo de “ultraliberal que favorecia a elite?” Você já discutiu Russell Kirk pela ótica do próprio autor, como faz com Eric Hobsbawm? A não ser que você seja a referida raríssima exceção, duvido muito que isso tenha acontecido.

      Conhecer o nome de Roger Scruton não significa conhecer suas obras como ele as produziu. Aliás, como Scruton é um dos nomes presentes no índex universitário, talvez os estudantes nem o conheçam e, caso ouvirem falar dele, não conhecerão o autor, mas um espantalho montado pelo professor-sacerdote. Isso para ficar num só exemplo. O Index Librorum Prohibitorum pode ter morrido fisicamente, mas sua alma continua a assombrar o novo templo das religiões políticas.

      Ainda assim o leitor pode alegar que é possível encontrar livros liberais e conservadores na biblioteca das universidades. Concordo. Mas isso não muda muita coisa. Autores satanistas, ateus, materialistas e contrários à fé católica também podem ser encontrados em inúmeras bibliotecas católicas. Não é por isso que os sacerdotes irão utilizá-los positivamente na formação dos seminaristas. Ao contrário, se estudados, só o serão no intuito de serem refutados. Voltamos ao mesmo lugar.

      Apesar disso tudo lembremos que as ideias de todos os autores citadas no Index permanecem. Seus livros continuam rodando o mundo enquanto o próprio Index desapareceu como documento e entrou para a história como uma iniciativa autoritária. O mesmo vai ocorrer no caso da “inquisição universitária”. Como diria Freud: “Onde há proibição nasce o desejo.” E com as ideias não é diferente! Quem, à época do Index e do apogeu do Santo Ofício, não gostaria de ler um autor como Galileu Galilei? Se antigamente sujeitos experimentaram a sensação de conhecer um mundo para além dos muros eclesiásticos, o mesmo parece ocorrer hoje em dia no caso da universidade. Quanto mais se descobrem autores liberais e conservadores, mas os estudantes observam a existência de um mundo para além do “santo ofício” dos seus doutrinadores.

      Conselho: recorra com voracidade aos livros do “índex acadêmico”, mesmo que alguns semestres sejam simbolicamente terríveis como os autos de fé.

       

      Instituto Liberal