quarta-feira, 5 de outubro de 2016

CAPITALISMO E CARIDADE: ESTATIZAR A CARIDADE É COMO CONTRATAR UM PLANO DE SAÚDE QUE NÃO OFERECE COBERTURA QUANDO SE ESTÁ DOENTE

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Por Roberto Gomides, publicado pelo Instituto Liberal

Caridade, segundo o dicionário, significa: Boa disposição do ânimo para com todas as criaturas, bem como, qualquer manifestação dessa disposição.

Henry Hazlitt escreveu, no excelente Economics in One Lesson, que a teoria econômica é assombrada por mais falácias do que qualquer outra ciência conhecida pelo homem, e com certeza a relação existente entre o capitalismo e a caridade é mais um infeliz exemplo.

A liberdade para ajudar o próximo, em contraposição à coerção, de certa forma desperta desespero naqueles que, por não enxergarem em si mesmos a capacidade de serem caridosos como indivíduos, seja por medo, receio ou qualquer complexo infantil de serem tachados como trouxas, dominados pelas próprias inseguranças, acabam por fazer coro para que essa virtude individual seja coercitivamente imposta pelo estado.

Ao se deparar com o fato de que existem seres humanos em estado de necessidade, as pessoas tendem a vislumbrar duas hipóteses: a primeira é deixar que o auxílio ao próximo seja livre, de forma que cada um ajude quem quiser, se quiser, e quando quiser; a segunda consiste em retirar recursos coercitivamente de todos os indivíduos da sociedade e canalizá-los para um poder central que poderia coordenar as atividades de forma que sempre existam recursos disponíveis para auxiliar aqueles, que por qualquer motivo, encontram-se fragilizados.

Apesar de sedutora, a segunda hipótese padece pelo erro primário de tentar ser algo que não é. Ora, se a caridade significa a boa disposição para com os outros, como podemos ter a pretensão de universaliza-la ignorando justamente o que a define? Ou seja, beirando o absurdo, tenta-se impor algo que por definição deveria ser voluntário, seja por desconhecimento, interesse próprio, ou, por como Hayek definiu, “pretense of knowledge”.

O esfarelamento patético de nosso estado gigantesco, que tomou a riqueza dos indivíduos de forma avassaladora durante mais de uma década, justamente quando quem o sustentou mais precisa, demonstrou que estatizar a caridade é como contratar um plano de saúde que não oferece cobertura quando se está doente.

O argumento amplamente utilizado para justificar a falência do nosso “welfare state” é que tudo seria perfeito, não fosse a corrupção endêmica que impera no país e, baseado nele, apesar da realidade, testemunhamos todos os dias pessoas defendendo histericamente que sem o estado, na tentativa de prosperar, todos viveríamos na miséria…

O argumento é falho por diversos motivos, no entanto, ao meu ver, dois são gritantes. O primeiro é ignorar o fato de que pessoas tendem a tirar conclusões baseadas em perspectivas de longo prazo que não passam de suposições, ignorando o fato de que quem precisa de ajuda, precisa de ajuda hoje e não no futuro, ou seja, não pode se dar ao luxo de esperar o dia em que terão um governo composto por santos desprovidos de qualquer desvio de conduta. O segundo é mais óbvio e consiste simplesmente em desconsiderar que o indivíduo que abre mão de sua riqueza em favor de outro tem muito mais incentivo para monitorar o efeito dessa ajuda e ajustá-la de forma a retirar o beneficiário do estado de fragilidade, conduzindo-o a uma situação de independência o mais rápido possível, reduzindo o risco moral de alguém se aproveitar da benevolência alheia, como por exemplo usar a Lei Rouanet para realizar um casamento.

É inegável a dificuldade de aceitar que pessoas vivam em estado de miséria, mas não podemos terceirizar a solução dos problemas que existem no ambiente em que estamos inseridos depositando no Estado toda a responsabilidade e recursos disponíveis, na vã tentativa de superá-los.

Portanto, se o seu objetivo é que todos tenham a oportunidade de viver dignamente, ajude quem precisa e lute para que você tenha cada vez mais recursos disponíveis para tal rompendo a sociedade com esse gigante ineficiente chamado Estado, em prol de um ambiente propício para o empreendedorismo e as demais atividades econômicas, que são os verdadeiros motores da prosperidade, lembrando sempre que, como disse Frederic Bastiat: A fraternidade forçada destrói a liberdade.

Leitura sobre o tema:

James M. Buchanan, “The Samaritan’s Dilemma.” in Edmund Prelim, ed., Altruism, Morality and Economic Theory (New York: Russell Sage, 1975), pp. 71-85.

Henry Hazlitt, “Poor Relief in Ancient Rome,” The Freeman, April 1971, p. 219.

Richard E. Wagner, To Promote the General Welfare: Market Processes vs. Political Transfers (San Francisco: Pacific Research Institute for Public Policy. 1989).

Casamento bancado pela Lei Rouanet: http://oglobo.globo.com/brasil/casamento-bancado-pela-lei-rouanet-teve-show-de-sertanejo-19597901

Índice de Caridade: https://www.cafonline.org/about-us/publications/2015-publications/world-giving-index-2015

 

Instituto Liberal

FLAVIO BOLSONARO MANDA UM RECADO AOS SEUS ELEITORES: FORA FREIXO!


blogA piada do dia, ontem, foi a notícia de que o socialista Marcelo Freixo estaria de olho nos votos de Flavio Bolsonaro, achando que uma parte de seus eleitores poderia migrar para o PSOL, uma ala menos “ideológica” e mais “ética”. O bom dessa palhaçada é Freixo reconhecer que não paira acusação alguma de corrupção sobre Bolsonaro e por isso ele atrai o voto da ética. Mas daí a realmente pensar que quem vota nele por isso votaria no PSOL também vai uma longa distância…
Após publicar essa notícia na minha timeline do Facebook, meus leitores, depois da gargalhada, passaram a especular o que tinha acontecido com Freixo. Alguns acham que ele pode ter fumado alguma erva estragada. Outros acham que ele desconhece sua própria coligação, “Mudar é possível”, que conta com um partido comunista e outro, o seu mesmo, socialista. No dia em que um Bolsonaro apoiar comunista é porque o mundo veio abaixo.
Para não deixar margem a dúvidas, o próprio Flavio gravou uma mensagem aos seus eleitores, cujo recado não poderia ser mais claro. Vejam:
O Rio está, agora, entre a cruz e a foice. Não é uma escolha tão difícil assim, ao menos não para quem conhece um pouco de história. Peguei na minha timeline uma sacada genial, que define a situação do carioca: “O segundo turno no Rio vai ser tenso. De um lado, o líder de uma seita religiosa fundamentalista e retrógrada que manipula a fé e a boa vontade de seus fiéis. Do outro, o Crivella.”
A sacada é muito boa pois os eleitores de Freixo se acham laicos, contra o “fanatismo religioso”, mas não percebem que são justamente os mais fanáticos, membros de uma seita religiosa, o socialismo, que faz lavagem cerebral até em crianças e não aceita “hereges”, trata qualquer divergência como coisa de “inimigo mortal”, de gente má que só pode desejar o pior para os mais pobres. Explora a ignorância e a miséria alheias como ninguém, mais até do que a tal igreja evangélica…
De outro leitor, com grande poder de síntese: “No Rio agora é Crivella ou Venezuela”. Freixo é socialista, seu partido é o PT renovado, apoia o governo venezuelano, defende sempre os bandidos e ataca a polícia, não respeita de fato a democracia, tem até terrorista entre seus fundadores. Só quem é muito alienado e desconhece isso tudo pode votar em Freixo, confundindo-o com personagem de filme de ficção.
O PSOL mostrou sua cara durante o impeachment de Dilma: era claramente a linha-auxiliar do PT. É preciso ser muito idiota para acreditar que o PSOL é diferente do PT em sua essência, que “agora vai”, mais uma tentativa socialista para provar que é possível ter “justiça social” com tais métodos. Votar no PSOL é a prova de que a burrice insistente vence a experiência. É coisa estúpida mesmo, de quem nunca aprende com os erros.
Eu tenho, confesso, um misto de raiva e nojo dos eleitores de Freixo. Tenho nojo porque são burros arrogantes, uma combinação explosiva que define a estupidez. Eles se acham superiores, os mais nobres e abnegados seres que já pisaram na Terra, os defensores dos pobres e oprimidos, e tudo isso porque votam num socialista que fala em nome dos pobres, enquanto na prática defende bandidos e um modelo estatizante que prejudica os mais pobres (vide o PT).
A raiva fica por conta do efeito que essa estupidez tem sobre os demais, os inocentes, justamente os mais pobres com quem eles fingem se importar. Basta olhar para a Venezuela e ver o que o socialismo fez, uma vez mais, com os mais pobres, com todos. Defender isso para o Brasil – e não se engane, votar no PSOL é defender isso – é coisa de gente muito imbecil mesmo, ou muito canalha. Achar que um eleitor de Bolsonaro, que repudia tudo isso, poderia votar em Freixo é realmente o cúmulo do absurdo!

QUEM FOI SAUL ALINSKY? CONHEÇA MAIS DO GURU IDEOLÓGICO DE HILLARY CLINTON

Hillary Clinton é a “moderada”, Trump é o “radical”. Ao menos é assim que você aprende pela mídia mainstream. Mas é assim mesmo? O que pensa Hillary na prática? Quem foram os pensadores que mais a influenciaram? Responder essa pergunta é conhecer um pouco mais da verdadeira Hillary, aquela que elogia até defensoras da eugenia para “purificar” a raça, uma crença um tanto, bem, nazista.

Vejam esse trecho em que Dinesh D’Souza, um respeitado scholar, explica quem foi Saul Alinsky, uma espécie de guru ideológico da candidata democrata:

 

Espero ter ficado mais claro quem é a radical nessa disputa. Hillary, vale dizer, jamais negou a influência de seu antigo guru, nunca veio a público rejeitar suas ideias, suas crenças, sua ideologia. É uma mentalidade revolucionária e claramente antiamericana. Sabendo disso, fica mais fácil compreender porque um bufão que quer “fazer a América grande novamente” tem chances de ganhar a eleição, não é mesmo? A alternativa é fazer a América mais e mais insignificante

Rodrigo Constantino

AUMENTO DE ABSTENÇÃO É, EM GRANDE MEDIDA, CADASTRO ANTIGO SEM RECADASTRAMENTO!

(Folha de S. Paulo, 04) 1. Apesar da taxa de abstenção em 17 das 26 capitais ter subido em relação às eleições de 2012, ela caiu nas cidades que realizaram o recadastramento biométrico obrigatório nos últimos quatro anos.  Isso sugere que o aumento no não-comparecimento pode ser influenciado também pela desatualização dos dados de eleitores. Segundo dados do TSE, a taxa de abstenção média nas capitais no primeiro turno foi de 16,7% em 2012 para 16,8% neste ano. Nas 12 cidades que fizeram o recadastramento recentemente, esse número caiu de 16,55% para 13,2%.
2. Por outro lado, se forem consideradas apenas as capitais que nunca fizeram o recadastramento –caso de São Paulo e Rio– as abstenções chegaram, em média, a 21,2%. Em 2012, esse número foi 18,5%. Isso pode ter acontecido porque eleitores que mudam de cidade e não se cadastram em um novo local, assim como mortes não reportadas, inflam os índices de abstenção. Nos locais onde houve o recadastramento recentemente, os dados dos eleitores estão mais atualizados e a ocorrência desses registros errados tende a ser menor.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

AS DIFERENÇAS ENTRE UMA SOCIEDADE DE CONFIANÇA E UMA SELVA DE MALANDROS

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As diferenças de uma sociedade de confiança para uma selva de malandros podem ser percebidas nos detalhes do cotidiano. Falo de muitas dessas coisas no meu livro Brasileiro é otário? – O alto custo da nossa malandragem. E comento agora duas novas, para ilustrar o contraste.

Como muitos sabem, o Matthews (Mateus para os íntimos) vem aí. Já passou pelo Haiti e chega a Cuba nesse momento. E furacão traz histeria por aqui em Miami. A fila do Costco hoje estava quilométrica, a turma pegando toneladas de água e mantimentos (que não sei como não acabavam). Parecia que se preparavam para o Apocalipse.

Mas eis o detalhe: a fila era organizada, tranquila, cada um aguardando a sua vez, sem qualquer resquício de confusão, de gritaria, de correria, de “espertos” furando a fila para se dar bem. Imagino como seria um alerta de furacão categoria 4 no Rio. Como ficaria o Guanabara, o Mundial?

E outra: meu Powerbeats deu problema. A Apple me mandou uma caixa pelo Fedex, eu coloquei o device e bastava levar a uma Fedex e despachar, tudo já devidamente pago. Quando cheguei, estava uma certa fila, e eu não sabia direito em qual deveria ficar. Uma moça que trabalhava lá passava nesse momento e perguntei: “Onde devo ir para enviar essa caixa?”. Ela quiser saber se era apenas para mandar a caixa, e se eu queria um recibo.

Ainda titubeei: se fosse no Brasil, será que eu abriria mão de um recibo, o comprovante de que efetivamente coloquei no Correio o produto? E se ele fosse desviado? E se a funcionária simplesmente ficasse com minha caixa para ela? Pensamentos ruins, de um pessimista, de um descrente na espécie humana, eu sei. Sinto um pouco de vergonha. Mas é que são muitos anos de Brasil, de Rio de Janeiro.

E sabem como é: once beaten twice shy. Quem já foi mordido por cobra tem medo até de linguiça. Fiquei um pouco apreensivo, mas na mesma hora respondi: “É só colocar a caixa sim, e não precisa de recibo. Toma aqui e muito obrigado. Bye”. Fui embora, e um dia depois – hoje – já recebi o email da Apple avisando que meu produto chegou e será reparado em no máximo três dias. Ufa!

É bom viver numa sociedade de confiança, mais organizada e civilizada, em que as pessoas não esperam levar uma apunhalada de algum malandro pelas costas a todo momento. Sim, tem vários problemas aqui, como esse huricane season. Depois do Mateus já vem a Nicole, uma dupla desagradável. Mas aí penso que no Rio eu teria não o furacão, a ameaça natural, mas sim aquela artificial da malandragem, e fico mais tranquilo.

A turma começa a avaliar um plano de evacuação por aqui, ou de estocagem de mantimentos em casa. Então ficamos assim: enquanto o carioca tem de fugir de Freixo, o “coxinha” em Miami tem de fugir do furacão. O consolo é que o estrago causado pela natureza ainda é bem menor do que aquele rastro de destruição deixado pelo socialismo. Triste mesmo é quando juntam as duas coisas: furacão e socialismo, como deve ocorrer em Cuba. Aí é o fim do poço mesmo…

PS: Se o blog ficar menos ativo nos próximos dias é porque “deu ruim” por aqui, e o Mateus passou deixando a pequena e charmosa Weston sem eletricidade. Veremos. Estou com meus mantimentos para resistir. “Se a tormenta não me deixa escolha, então escolho a tormenta”, dizia Karl Kraus. O que é um furacão de meia-tigela perto de um segundo turno entre Crivella e Freixo? Vamos com tudo!

Rodrigo Constantino

LEONARDO DICAPRIO DIZ QUE QUEM NÃO ACREDITA NAS “MUDANÇAS CLIMÁTICAS” NÃO DEVERIA TER PERMISSÃO DE OCUPAR CARGO PÚBLICO

Esses atores engajados da esquerda caviar são uns amores. Promovendo seu novo filme/documentário sobre “mudanças climáticas”, o ator Leonardo DiCaprio esteve na Casa Branca, ao lado do presidente Obama, e disse, provavelmente rebatendo Donald Trump que chamou o “aquecimento global” de “farsa”, que quem não acredita nas tais “mudanças climáticas” não deveria ter permissão de ocupar cargo público. Em sua “humilde opinião”, ele frisou. Vejam:

 

Eis a postagem de Trump:

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O debate é quente, e eis o mais importante: mesmo quem aceita a premissa de um “aquecimento global” causado pelo homem deveria questionar se a solução para o problema é mais intervenção estatal. Mas isso não importa: a agenda da histeria clama por mais estado como solução para tudo, e não seria diferente no caso do clima.

Obama fez muito pelo combate ao aquecimento global, diz DiCaprio. O que mesmo? Qual o efeito prático? Vejam como o autoritarismo dessa gente salta aos olhos: DiCaprio se sente confortável para dizer que quem não concorda com ele não acredita em fatos e na ciência, e portanto deveria ser vetado do setor público. É uma opinião de um tirano. Mas o radical, para a imprensa, é Trump, claro, nunca o esquerdista que quer controlar tudo…

Rodrigo Constantino

PESQUISAS E RESULTADO ELEITORAL PARA PREFEITO DO RIO!

1. Durante toda a campanha eleitoral os institutos de pesquisa -Datafolha e Ibope- divulgaram os resultados de suas pesquisas pelos votos totais, ou seja, incluindo os brancos, nulos e os que não respondiam.
2. Na véspera da eleição e depois na boca de urna e na divulgação do resultado pelos TREs, apenas foram apresentados os votos válidos, excluindo os brancos e nulos.
3. Numa eleição com alta porcentagem de votos brancos e nulos, a diferença das porcentagens elevando os votos válidos não permite que se avalie se as pesquisas erraram ou acertaram, em quanto e em relação a quem. Incluamos os brancos e nulos no total e vejamos os resultados para prefeito do Rio.
4. Crivella. teve pelo TRE 22,71%. As pesquisas de ambos os institutos, já na segunda metade da campanha davam a Crivella algo como 30%. Portanto, observou-se um expressivo declínio de Crivella, aliás como em outras eleições. A queda foi proporcionalmente semelhante, só que Crivella vinha de um patamar muito maior e isso não criou nenhum risco de sua ida ao segundo turno.
5. Marcelo Freixo recebeu do TRE 14,92%. Durante toda a segunda metade da campanha, Freixo manteve-se com uns 10%. Dessa forma, Freixo cresceu uns 4 a 5 pontos nos últimos dias. Esse crescimento se explica pelo voto útil saindo de Jandira e indo para Freixo. Jandira vinha nas pesquisas na segunda metade da campanha com uns 7% a 8%. Mas os números do TRE lhe deram 2,73% sobre os votos totais. Assim se observa claramente um voto útil desde Jandira a favor de Freixo.
6. Pedro Paulo, na segunda metade da campanha vinha com uns 9% a 10%. Incluindo brancos e nulos, o TRE lhe deu 13,18%. Esse ganho veio especialmente da queda de Crivella.
7. Bolsonaro vinha na segunda metade da campanha com uns 8%. O TRE lhe deu 11,44%. Seu crescimento veio claramente da queda de Crivella nas áreas militares da Zona Oeste, onde Bolsonaro falou para o eleitor de seu pai.
8. Indio da Costa vinha na segunda metade da campanha com uns 7%. O TRE lhe deu 7,35%. Portanto, os sinais de crescimento dados nos últimos dias eram mais flutuações do eleitor buscando o destino final de seu voto.
9. Osorio atravessou a segunda metade da campanha eleitoral com uns 4 a 5%. O TRE lhe deu 7,05%. Esse crescimento veio desde Pedro Paulo, num duplo movimento de transferência desde Crivella para Pedro Paulo e deste para Osório, que cresceu fortemente nas zonas eleitorais da Zona Sul, de classe média superior.
10. Alessandro Molon ficou quase onde estava. Vinha com 2% e fechou com 1,17% no TRE. Aqui também um movimento a favor de Freixo.
11. Elas por elas, a única diferença que efetivamente o IBOPE e o Datafolha não identificaram em suas pesquisas foi a queda abrupta de Crivella. No entanto, os números do GPP, o instituto de tradicionalmente melhor amostragem na cidade do Rio de Janeiro, mantiveram Crivella entre 24% e 25% durante toda a campanha.
12. Esses 5 pontos de diferença do GPP em relação aos 30% de Crivella durante a campanha mereciam ser avaliados pelo IBOPE e Datafolha, inclusive pedindo emprestados os dados internos das pesquisas do GPP para identificar eventuais problemas em suas pesquisas naquelas regiões.

Ex-Blog do Cesar Maia

FIOCRUZ COMUNA MENTE SOBRE PLEBISCITO DO DESARMAMENTO DE FORMA DESCARADA

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Minha fonte de dentro da Fiocruz me mandou um email oficial da instituição, do departamento de saúde (?), sobre evento que vai falar de desarmamento. Vejam a mentira escancarada na mensagem:

Estatuto do Desarmamento em perigo é o tema do Sala de Convidados

Terça-feira (04/10), às 11h, no Canal Saúde

Ao vivo. Participe!

O Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03), aprovado no Congresso Nacional em 2003 e referendado pela população em 2005, restringiu a posse e o porte de armas de fogo no país e consequentemente diminuiu a quantidade de armas em circulação. Desde então, a Lei 10.826/03 vem sofrendo diversos ataques de grupos que defendem a sua revogação. No ano passado, uma comissão especial criada na Câmara aprovou o Projeto de Lei 3.722, que tenta revogar o Estatuto do Desarmamento e tornar mais fácil o acesso das pessoas à compra de armas e munições. Para que isso aconteça, ainda é necessário que o texto passe pelos plenários da Câmara e do Senado.

Os convidados são a pesquisadora do Claves/Ensp/Fiocruz, Edinilsa Ramos de Souza; o conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pesquisador do IPEA, Daniel Cerqueira; e a pesquisadora Instituto Igarapé, Michele Ramos. Não perca e participe!

Saiba mais: www.canalsaude.fiocruz.br

Saiba menos, na verdade! O plebiscito teve resultado bem claro: mais de 60% da população rejeitou o desarmamento! Mas um fato histórico foi não só ignorado, como totalmente distorcido pela Fiocruz, que deveria estar produzindo vacinas, mas prefere disseminar comunismo pelo país. É uma vergonha! Um escárnio! Tudo isso com o dinheiro dos nossos impostos, o que é pior. Até quando vamos permitir esses abusos?

Rodrigo Constantino

SENADO VAI DEBATER COTAS PARA AUTORES NACIONAIS NAS LIVRARIAS: PROTECIONISMO ABSURDO!

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Está na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal o projeto de lei 49/2016, que quer obrigar os livreiros a darem mais visibilidade a obras literárias brasileiras. De autoria do deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB / PB), o projeto, que já foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora aguarda definição de um relator no Senado, estipula que as obras escritas por brasileiros devem ocupar pelo menos 30% das vitrines e mesas de exposição de livros em livrarias de todo o território nacional. Se aprovada a lei obrigará que feiras, bienais e até sites de comercialização de livros cumpram a mesma regra. As únicas exceções admitidas pelo projeto de lei são livrarias especializadas em literatura estrangeira, em livros técnicos ou científicos e bancas de revistas.

Para a senadora Fátima Bezerra (PT / RN), vice-presidente da CE, a proposta visa valorizar a literatura brasileira. “É meritória a inciativa do projeto de lei, uma boa iniciativa com vistas a promover a divulgação da literatura no nosso país”, comentou.

Pela proposta, o livreiro que não respeitar o limite mínimo de 30% será multado em dez salários mínimos.

Carlos Andreazza, editor da Record, foi taxativo sobre o absurdo da iniciativa: “Não é assim que se resolve um problema. A intervenção do Estado – o peso de mais legislação – nunca será solução. Comércio – no que se inserem as livrarias – é atividade privada. Quem escolhe o que vai na vitrine é o dono. O Senado tem mais com o que se preocupar. É melhor refletir antes de celebrar mais este convite a que os governos cuidem de nossas vidas”.

Bene Barbosa, do Movimento Viva Brasil, também atacou o projeto na mesma linha: “Aos poucos, sob o aplauso de muitos, os princípios da propriedade privada vão sendo destruídos. Oras, se a livraria é minha, quem manda sou eu e exibo o que bem entender! Viva o socialismo tupiniquim”.

Sou autor de vários livros. Sou brasileiro. Logo, deveria celebrar a proposta, certo? Errado! Um dos grandes problemas dos brasileiros é sempre pensar em termos de seus interesses imediatos, e nunca com base em princípios. Uma medida dessas poderia até me beneficiar, sem dúvida. Mas a que custo? Ao preço da perda da liberdade dos proprietários de livrarias. E, claro, ao preço da perda dos próprios consumidores.

Afinal, o dono da livraria não escolhe livros com base em sua preferência, mas sim da demanda de seus consumidores. Tenho um amigo bem conservador que era dono de uma livraria Nobel. Nela, encontrava-se até livros de Marx ou enaltecendo Che Guevara. Lixo puro! Eu sei, ele sabia. Mas ele queria lucrar, e por isso tinha que respeitar a preferência de seus consumidores, não a sua própria.

E a lógica do mercado, tão desprezada pelos intervencionistas de todo tipo. O Brasil tem protecionismo demais. Tem cota nacional para cinema. Tem barreiras para importados. Tem tarifas absurdas. Tem subsídios. Tem privilégios. E quem paga a conta é o consumidor, além do proprietário de empresa, que vê sua margem de manobra cada vez mais reduzida.

Vale lembrar que o nacional-socialismo não aboliu a propriedade privada de jure, como fez o comunismo, mas a aboliu de facto, o que dá no mesmo. Era o estado, controlado pela patota nazista, que definia o que ser vendido, para quem e qual preço. Isso não é liberdade: é ditadura. E esse tipo de lei caminha nessa mesma direção. Tudo em nome do “interesse nacional”…

Rodrigo Constantino

MAIS UMA NOVELA DA GLOBO COM UM EMPRESÁRIO CANALHA E DE “DIREITA”

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Por Bruno Garschagen

Há anos não vejo novela. Menos por falta de interesse do que por falta de tempo. Sou da geração que cresceu vendo o desenvolvimento técnico extraordinário das novelas na TV, especialmente na TV Globo. A novela faz parte da cultura nacional e exerce uma influência poderosa, para o bem e para o mal.

Ontem, porém, consegui ver a estreia da nova novela das 21h, “A Lei do Amor”. Não pretendo aqui fazer uma crítica da história ou do primeiro capítulo, mas falar de algo que me chamou a atenção e que tem a capacidade de exercer uma influência poderosa para o mal.

Um dos protagonistas é Fausto Leitão, o empresário vilão, esta caricatura das novelas e dos filmes brasileiros. Quem foi criança na década de 1980 vai se lembrar do filme “Os Saltimbancos Trapalhões” em que o canalha venal do filme era o dono do circo. A trilha sonora, muito boa por sinal, foi composta por Sergio Bardotti, Luis Enríquez Bacalov e Chico Buarque, que deixou sua marca ideológica em algumas letras.

Num diálogo no capítulo de ontem, Fausto (nome que remete ao famoso poema de Goethe) lamenta que o filho Hércules, um jovem do pior caráter, nunca tenha sido de esquerda depois do filho fazer uma graça com os esquerdistas da universidade.

Fausto admite em seguida ter sido socialista na juventude e solta uma pérola aos porcos com ar de superioridade: “Um jovem que não é socialista, não tem coração” (não lembro a frase exata, mas o sentido é esse de uma série de variações). As autoras da novela, Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, só esqueceram de completar a frase pela boca do personagem: “um velho que é socialista, não tem cabeça”. É, aliás, o caso geral de todos os que envelhecem e continuam socialistas; é o caso particular do personagem, que abandonou o socialismo, mas continuou sem cabeça e sem caráter.

Para arrematar, Fausto refere-se ao filho Pedro, o idealista de bom coração, como “o socialista”. A narrativa da novela está, portanto, definida: os corruptos da novela representam a “direita”; os virtuosos, a “esquerda”.

De onde vem essa mentalidade ideológica expressa num diálogo?

Maria Adelaide Amaral, coautora da novela, confessou que na década de 1960 era de “esquerda, como a maior parte das pessoas” de suas “relações”. Ela afirmou em depoimento para o livro “Autores – Histórias da Teledramaturgia” (Editora Globo, 2008) que apoiava na época as ligas camponesas e que ela tinha “retratos de Fidel Castro e Che Guevara”. Ela não lamentou “ter abraçado o socialismo” porque é necessário “sonhar e lutar por uma sociedade melhor” (p. 123). Não entendo como o saldo de mais de 100 milhões de mortos no século 20 provocado pelo socialismo possa ter qualquer relação com a construção de uma sociedade melhor.

O que os roteiristas da novela fizeram é algo recorrente (e o autor comunista Dias Gomes é um exemplo clássico): inserem nos diálogos o elogio do socialismo e a depreciação da “direita”. E escrevo entre aspas porque o que se apresenta nas novelas como sendo a “direita” é, na verdade, a versão desonesta dos seus autores.

Para o espectador médio, que não consegue perceber esse tipo de mensagem ideológica, o que gruda na cabeça é: a “direita” é ruim, a “esquerda” é boa. Isso tem um impacto cultural profundo, especialmente entre a juventude (de idade e de cabeça) universitária.

A nova novela das 21h deverá manter o padrão técnico de excelência da emissora. Mas seus autores não deveriam se aproveitar desse instrumento para expressar malandramente a sua visão ideológica. Felizmente, os tempos são outros e esse tipo de doutrinação tem sido denunciada. Para o bem da cultura política nacional.

Rodrigo Constantino