terça-feira, 4 de outubro de 2016

Angela Merkel, cientista e política alemã

Angela Merkel

Angela Dorothea Merkel

Angela Merkel

Chanceler da Alemanha Alemanha

Período
22 de novembro de 2005
a atualidade

Antecessor(a)
Gerhard Schröder

Sucessor(a)
-

Vida

Nascimento
17 de julho de 1954 (62 anos)
Hamburgo, Alemanha Ocidental

Dados pessoais

Alma mater
Universidade de Leipzig

Cônjuge
Ulrich Merkel (1977—1982)
Joachim Sauer (1998—presente)

Partido
CDU

Religião
Luteranismo

Profissão
Cientista (física)

Assinatura
Assinatura de Angela Merkel

Angela Dorothea MerkelGCIH • (Hamburgo, 17 de julho de 1954) é uma cientista e política alemã, e desde 2005 é chefe de governo de seu país (chanceler) e líder do partido União Democrata-Cristã (CDU) desde 2000. Foi descrita como a líder de factoda União Europeia e atualmente é referida pela revista Forbes como a segunda pessoa mais poderosa do mundo, a mais alta posição já alcançada por uma mulher.[1][2]

Em setembro de 2013 sua coligação venceu por ampla maioria as eleições legislativas, sem contudo obter a maioria absoluta que lhe permitiria formar um terceiro mandato sem outras coligações.

Índice

 

Infância e juventude

Angela Merkel (pronúncia em alemão IPA: [aŋˈɡeːla doʁoˈteːa ˈmɛʁkəl] Ltspkr.png ouça) nasceu Angela Dorothea Kasner, emHamburgo, Alemanha Ocidental, filha de Horst Kasner (1926-2011),[3] natural de Berlim, e sua esposa Herlind, nascida Herlind Jentzsch, em 1928, em Danzig (hoje Gdańsk, Polônia), uma professora de inglês e latim. Sua mãe fora membro do Partido Social-Democrata da Alemanha.[4]

Em entrevista a Der Spiegel em 2000, Merkel declarou ser um quarto polaca.[5] Kasner foi o nome inventado pelo avô Ludwig Kazmierczak em 1930, depois de ter deixado Poznan na sua Polónia Natal, com destino à Alemanha[6]. O jornal semanal Preußische Allgemeine Zeitung, tentando estabelecer se esta referência se devia a seus avós maternos, Willi Jentzsch e Gertrud Drange, informou que, de acordo com suas pesquisas, ambos tinham ascendência alemã e viviam em Danzig, onde Willi Jentzsch era um professor ginasial.[7] Merkel tem um irmão, Marcus (nascido em 7 de julho de 1957) e uma irmã, Irene (nascida em 19 de agosto de 1964).

O pai de Merkel estudou teologia em Heidelberg e, depois, em Hamburgo. Em 1954, recebeu um pastorado na igreja de Quitzow (perto de Perleberg em Brandemburgo), que então estava na Alemanha Oriental, e a família mudou-se para Templin. Dessa forma, Merkel cresceu numa região rural a 80 km ao norte de Berlim. Gerd Langguth, um ex-membro sênior da União Democrática Cristã de Merkel, afirma em seu livro[8] que a possibilidade da família de viajar livremente do leste para a Alemanha Ocidental durante os anos seguintes, bem como a sua posse de dois automóveis, leva à conclusão de que o pai de Angela Merkel tinha uma relação "simpática" com o regime comunista, uma vez que tal liberdade e privilégios para um pastor cristão e sua família teriam sido impossíveis na Alemanha Oriental.

Como a maioria dos alunos, Merkel foi membro do movimento juvenil oficial de orientação socialista Juventude Livre Alemã (JLA). No entanto, ela não participou da Jugendweihe, uma cerimônia secular de transição para a vida adulta que era comum na Alemanha Oriental, e em vez disso foi confirmada (cerimônia que equivale à primeira comunhão da Igreja Católica). Mais tarde, na Academia de Ciências, ela tornou-se membro do conselho distrital da JLA e secretária para "Agitprop" (agitação e propaganda). Merkel afirmava que era secretária de cultura. Quando o presidente naquela época do distrito da JLA de Merkel a contradisse, ela insistiu que: "Segundo a minha memória, eu era secretária de cultura. Mas o que eu sei? Acredito que quando eu tiver 80, eu não vou saber mais de nada".[9] A avaliação de Merkel no curso obrigatório de marxismo-leninismo foi apenasgenügend (suficiente, nota para aprovação) em 1983 e 1986.[10]

Na escola, aprendeu a falar russo fluentemente, e foi premiada por sua proficiência em russo e Matemática.[11] Merkel foi educada em Templin e na Universidade de Leipzig, onde estudou física de 1973 a 1978. Enquanto estudante, participou da reconstrução da ruína do Moritzbastei, um projeto estudantil iniciado para criar seu próprio clube e facilidades de recreação no campus. Tal iniciativa foi inédita na Alemanha Oriental naquele período, e inicialmente sofreu resistência da Universidade de Leipzig. No entanto, com o apoio da liderança local do Partido Socialista Unificado da Alemanha, o projeto foi autorizado.[12] Merkel trabalhou e estudou no Instituto Central de Físico-Química daAcademia de Ciências em Berlim-Adlershof de 1978 a 1990. Depois de ser laureada com um doutorado por sua tese sobre química quântica,[13] trabalhou como pesquisadora e publicou vários trabalhos científicos.

Em 1989, Merkel se envolveu no crescente movimento democrático após a queda do Muro de Berlim, juntando-se ao novo partido Despertar Democrático. Após a primeira (e única) eleição democrática do Estado da Alemanha Oriental, tornou-se a porta-voz adjunta do novo governo interino pré-unificação liderado por Lothar de Maizière.[14]

Parlamentar e ministra

No primeira eleição geral pós-reunificação em dezembro de 1990, Merkel foi eleita para o Bundestag (câmara baixa do parlamento alemão) pelo distrito eleitoral de Stralsund - Nordvorpommern - Rügen, que é coextensivo com o distrito de Vorpommern-Rügen. Este último manteve seu distrito eleitoral até hoje. Seu partido se fundiu com o alemão ocidental CDU[15] e ela se tornou Ministra da Mulher e da Juventude no terceiro gabinete de Helmut Kohl. Em 1994, foi nomeada ministra do Meio-Ambiente e da Segurança Nuclear, o que lhe deu maior visibilidade política e uma plataforma sobre a qual construir a sua carreira política. Como uma das protegidas de Kohl e a ministra mais jovem do seu gabinete, era referida por Kohl como "mein Mädchen" ("minha menina").[16]

Líder da oposição

Merkel enquanto deputada e porta-voz do governo ao lado de Lothar de Maizière, em agosto de 1990.

Quando o governo Kohl foi derrotado na eleição geral de 1998, Merkel foi nomeada secretária-geral do CDU. Nesta posição, Merkel coordenou uma série de vitórias eleitorais democrata-cristãos em seis das sete eleições estaduais apenas em 1999, quebrando a coalizão mantida entre o SPD e Partido Verde no Bundesrat, a casa legislativa que representa os estados. Após um escândalo de financiamento partidário, o que comprometeu muitos líderes do CDU (mais notadamente o próprio Kohl, que se recusou a revelar o doador de 2 milhões de marcos alegando que tinha dado a sua palavra de honra, e o então presidente do partido Wolfgang Schäuble, sucessor de Kohl escolhido a dedo, que também não quis cooperar), Merkel criticou seu ex-mentor Kohl e defendeu um novo começo para o partido sem ele. Ela então foi eleita para substituir Schäuble, tornando-se a primeira mulher presidente de seu partido, em 10 de abril de 2000. Sua eleição surpreendeu muitos observadores, uma vez que sua personalidade contrastava com o partido que ela tinha sido escolhida para liderar; Merkel é protestante, proveniente da região predominantemente protestante do norte da Alemanha, enquanto o CDU é um partido socialmente conservador e dominado por homens, e com bases concentradas no oeste e sul da Alemanha, e o CSU, seu partido irmão da Baviera, tem profundas raízes católicas.

Após sua eleição como líder da CDU, Merkel desfrutava de considerável popularidade entre a população alemã e era a favorita de muitos alemães para concorrer contra o chanceler Gerhard Schröder na eleição de 2002. No entanto, ela não recebeu apoio suficiente em seu próprio partido e, particularmente, no seu partido irmão (a União Social Cristã, ou CSU, da Baviera), e posteriormente foi atropelada politicamente pelo líder do CSU Edmund Stoiber, a quem ela finalmente cedeu o privilégio de concorrer contra Schröder. No entanto, ele perdeu uma grande vantagem nas pesquisas de opinião para acabar perdendo a eleição por uma margem muito pequena. Após a derrota de Stoiber, em 2002, além de seu papel como presidente do CDU, Merkel tornou-se líder da oposição conservadora na câmara baixa do Parlamento alemão, o Bundestag. Seu rival,Friedrich Merz, que ocupava o cargo de líder parlamentar antes da eleição de 2002, foi afastado para dar lugar a Merkel.

Merkel apoiou uma substancial agenda de reformas referente ao sistema social e econômico da Alemanha e foi considerada mais pró-mercado do que o seu próprio partido (CDU). Defendeu mudanças no direito do trabalho alemão, especificamente removendo barreiras para a demissão de funcionários e aumentando o número permitido de horas de trabalho semanais, argumentando que as leis existentes tornavam o país menos competitivo, porque as empresas não podiam controlar facilmente os custos do trabalho nas épocas que os negócios estavam em ritmo lento.[17]

Também defendeu que a energia nuclear na Alemanha deveria ser substituída menos rapidamente do que o governo Schröder tinha planejado.[18]

Merkel defendeu uma forte parceria transatlântica e a amizade germano-americana. Na primavera de 2003, desafiando a oposição pública forte, Merkel saiu em favor da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, descrevendo-a como "inevitável" e acusando o chanceler Gerhard Schröder de anti-americanismo. Criticou o apoio do governo quanto à adesão da Turquia à União Europeia, preferindo ao invés disso uma "parceria privilegiada". Com isso, refletia a opinião pública que se mostrava cada vez mais hostil em relação à adesão da Turquia à União Europeia.[19]

Trajetória até a eleição

Em 30 de maio de 2005, Merkel foi escolhida pela coligação CDU/CSU para concorrer contra o então chanceler Gerhard Schröder do SPD nas eleições nacionais de 2005. Seu partido começou a campanha com uma vantagem de 21 pontos sobre o SPD nas pesquisas de opinião nacionais, apesar de sua popularidade pessoal estar abaixo do chanceler que disputava a permanência no cargo. No entanto, a campanha do CDU/CSU sofreu[carece de fontes] quando Merkel, tendo feito da competência econômica o centro da plataforma do CDU, confundiu duas vezes lucro bruto e lucro líquido durante um debate na televisão. Recuperou algum impulso depois que anunciou que iria nomear Paul Kirchhof, um ex-juiz do Tribunal Constitucional alemão e importante especialista em política fiscal, como Ministro das Finanças.[carece de fontes]

Merkel e o CDU perderam terreno após Kirchhof ter proposto a introdução de um imposto fixo na Alemanha, novamente prejudicando o principal apelo do partido referente aos assuntos econômicos e convencendo muitos eleitores de que a plataforma do CDU de desregulamentação foi concebida para beneficiar apenas os ricos. Isso foi agravado pela proposta de Merkel de aumentar o IVA para reduzir o déficit da Alemanha e preencher a perda de receita decorrente de um imposto fixo. O SPD foi capaz de aumentar seu apoio, comprometendo-se simplesmente a não introduzir impostos fixos ou aumentar o IVA. Embora posição de Merkel tenha se recuperado após ela se distanciar das propostas de Kirchhof, ela manteve-se consideravelmente menos popular do que Schröder, e a vantagem do CDU caiu para 9% na véspera da eleição.

Em 18 de setembro de 2005, a coligação CDU/CSU de Merkel e o SPD de Schröder tiveram votações bem próximas nas eleições nacionais, com a CDU/CSU saindo vencedora com 35,3% (CDU, 27,8%/CSU, 7,5%) dos votos, vindo logo atrás o SPD, com 34,2%. Nem a coligação SPD-Verdes, nem a CDU/CSU e seus parceiros de coalizão preferenciais, oPartido Democrático Liberal, obteve assentos suficientes para formar uma maioria no Bundestag, e ambos Schröder e Merkel comemoraram a vitória. A grande coalizão entre CDU/CSU e SPD enfrentava o desafio de que ambas as partes exigiam a chancelaria. No entanto, após três semanas de negociações, os dois partidos chegaram a um acordo, no qual Merkel se tornaria chanceler e o SPD teria oito dos 16 assentos no gabinete.[20] O acordo de coalizão foi aprovado por ambas os partidos em conferências partidárias em 14 de novembro de 2005.[21] Merkel foi eleita chanceler pela maioria dos delegados (397 a 217) no Bundestag recém-eleito em 22 de novembro de 2005, mas 51 membros da coalizão governista votaram contra ela.[22]

Relatórios indicaram que a grande coalizão seguiria um conjunto de políticas, algumas das quais diferentes da plataforma política de Merkel como líder da oposição e candidata a chanceler. O objetivo da coalizão era cortar os gastos públicos, aumentando simultaneamente o IVA (de 16 a 19%), contribuições à seguridade social e a taxa máxima do imposto de renda.[23]

Merkel afirmou que o principal objetivo de seu governo seria o de reduzir o desemprego e que é em relação a esta questão que seu governo seria julgado.[24]

Chanceler

Em 22 de novembro de 2005, Merkel assumiu o cargo de chanceler da Alemanha depois de um impasse eleitoral que resultou em uma grande coalizão com o SPD.

Nas eleições federais em 27 de setembro 2009 enfrentou o candidato do SPD, Frank-Walter Steinmeier. O CDU/CSU conquistou a maioria dos votos e formou uma coligação dospartidos CDU/CSU e FDP. Em 28 de outubro de 2009 foi estabelecido o Governo Merkel II.[25]

É considerada uma centrista em questões sociais como o aborto e a homossexualidade.

Política externa

Presidente Barack Obama eMichelle Obama em 2009 visitaram achanceler alemã Angela Merkel e seu marido, professor Joachim Sauer, na Prefeitura de Baden-Baden, Alemanha

Angela Merkel e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, na reunião doG-20 em 2012, no México.

Em 25 de setembro de 2007, Merkel encontrou com o 14º Dalai Lama para "conversas privadas e informais" em Berlim na Chancelaria em meio a protestos da China. Após isso, a China cancelou conversas separadas com autoridades alemãs, incluindo conversas com o ministro da JustiçaBrigitte Zypries.[26]

Uma de suas prioridades era reforçar as relações econômicas transatlânticas ao assinar o acordo na Casa Branca para o Conselho Econômico Transatlântico, em 30 de abril de 2007. O Conselho é co-presidido pelas autoridades da União Europeia e dos EUA e visa eliminar barreiras ao comércio numa ainda mais integrada área de livre comércio transatlântica.[27] Este projeto tem sido descrito como ultraliberal pelo político de esquerda francês Jean-Luc Mélenchon, temendo uma transferência de soberania dos cidadãos para as multinacionais e um alinhamento da União Europeia às instituições e política externa norte-americana.[28][29]

Der Spiegel relatou que as tensões entre a chanceler Merkel e o presidente dos EUA Barack Obama[30] foram aliviadas durante uma reunião entre os dois líderes em junho de 2009. Comentando sobre a Conferência de Imprensa na Casa Branca realizada após a reunião, Spiegel afirmou: "É claro que a chanceler pouco mais reservada não poderia realmente interromper o charme ofensivo de Obama"... , mas para retribuir a diplomacia "de boa índole" de Obama, "ela foi nesta direção ... ao mencionar as experiências de irmã de Obama em Heidelberg, deixando claro que tinha lido sua autobiografia".[31]

Em 2006, Merkel expressou preocupação com a excessiva dependência de energia russa, mas recebeu pouco apoio de outros em Berlim.[32]

É a favor do Acordo de Associação entre Ucrânia e União Europeia, mas declarou em dezembro de 2012 que a sua implementação depende de reformas na Ucrânia.[33]

A 2 de Março de 2009 foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.[34]

Israel

Merkel visitou Israel quatro vezes. Em 16 de março de 2008, foi a Israel nas comemorações do 60º aniversário do Estado judeu. Foi recebida no aeroporto pelo primeiro-ministroEhud Olmert, uma guarda de honra e muitos dos líderes políticos e religiosos do país, incluindo a maior parte do gabinete israelense.[35] Até então, o presidente dos EUA George W. Bush tinha sido o único líder mundial que Olmert tinha agraciado com tal honraria no aeroporto.[36][37] Merkel falara antes no parlamento de Israel, a única estrangeira que não era chefe de Estado a ter feito isso,[38] embora isso tivesse provocado alguma indignação da oposição de parlamentares israelenses de extrema direita.[39] Na época, Merkel também era tanto a presidente do Conselho Europeu como a presidente do G8. Merkel apoiou iniciativas diplomáticas israelenses, opondo-se à proposta de adesão palestina na ONU. No entanto, Merkel foi ofendida quando a construção de assentamentos continuou além da Linha Verde,[40] e sentiu-se pessoalmente traída pelo comportamento do governo israelense.[41]

Índia

Merkel e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, fizeram, em 2006, uma "Declaração Conjunta" enfatizando a parceria estratégica indo-alemã.[42] Ela focalizou na futura cooperação nas áreas de energia, ciência, tecnologia e defesa. Uma declaração semelhante, assinado durante a visita de Merkel a Índia em 2007, ressaltou os progressos substanciais ocorridos nas relações indo-alemãs e estabeleceu metas ambiciosas para o seu desenvolvimento no futuro.[42] A relação com Índia com base na cooperação e parceria foi reforçada com a visita de Merkel à Índia em 2011. A convite do governo da Índia, os dois países realizaram suas primeiras consultas intergovernamentais em Nova Delhi. Estas consultas estabeleceram um novo padrão na implementação da parceria estratégica, visto que a Índia tornou-se somente o terceiro país não-europeu com o qual a Alemanha teve este tipo de consultas abrangentes.[42] A Índia tornou-se o primeiro país asiático a realizar uma reunião de gabinete conjunto com a Alemanha, durante a visita de estado de Merkel.[43]

O governo indiano ofereceu o Prêmio Jawaharlal Nehru para Compreensão Internacional para o ano de 2009 para Merkel. Um comunicado emitido pelo Governo da Índia afirmou que o prêmio "reconhece a sua devoção pessoal e enormes esforços para o desenvolvimento sustentável e equitativo, para a boa governança e compreensão e para a criação de um mundo melhor posicionado para lidar com os desafios emergentes do século 21. "[42]

Crise de liquidez

Diante das grandes quedas nos mercados de ações em todo o mundo em setembro de 2008, o governo alemão atuou para ajudar a empresa hipotecária Hypo Real Estate com uma ajuda financeira que foi acordada em 6 de outubro, com os bancos alemães contribuindo com € 30 bilhões e o Bundesbank com € 20 bilhões para uma linha de crédito.[44]

Em 4 de outubro de 2008, um sábado, seguindo a decisão do Governo da Irlanda de garantir todos os depósitos em contas de poupança privada, uma ação que ela fortemente criticava,[45] Merkel disse que não havia planos para o governo alemão a fazer o mesmo. No dia seguinte, afirmou afinal que o governo iria garantir os depósitos de poupança privada.[46] No entanto, dois dias depois, em 6 de outubro de 2008 , verificou-se que a promessa era simplesmente um movimento político que não teria base legal.[47] Outros governos europeus mais à frente ou aumentaram os limites ou prometeram garantir os depósitos na íntegra.[47]

Derrota do multiculturalismo

Em outubro de 2010, Merkel disse em uma reunião de jovens membros de seu partido conservador União Democrata Cristã (CDU) em Potsdam que a tentativa de construir uma sociedade multicultural na Alemanha tinha "falhado completamente",[48] afirmando: "O conceito de que estamos vivendo agora lado a lado e estamos felizes com isso não funciona"[49] e que "nos sentimos ligados ao conceito cristão da humanidade, que é o que nos define. Qualquer um que não aceita isso está no lugar errado aqui".[50] Continuou dizendo que os imigrantes devem se integrar e adotar a cultura e os valores da Alemanha. Isto contribuiu para um crescente debate na Alemanha[51] sobre os níveis de imigração, seu efeito sobre a Alemanha e o grau em que os imigrantes muçulmanos tem se integrado à sociedade alemã.

Aprovação

No meio de seu segundo mandato, a aprovação de Merkel despencou no país, resultando em grandes perdas nas eleições estaduais de seu partido.[52] Uma pesquisa em agosto de 2011 revelou que sua coligação tinha apenas 36% de apoio em relação a uma coligação rival, que teve 51%.[53] No entanto, ela saiu-se bem em sua gestão da recente crise do euro (69% avaliaram seu desempenho como bom, em vez de fraco) e seu índice de aprovação chegou ao máximo histórico de 77% em fevereiro de 2012.[54]

Vida pessoal

Em 1977, Angela Kasner casou-se com o estudante de física Ulrich Merkel. O casal divorciou-se em 1982.[55] Seu segundo e atual marido é químico quântico e professorJoachim Sauer, que tem permanecido fora dos holofotes da mídia. Eles se conheceram em 1981,[56] tornaram-se parceiros mais tarde e casaram-se discretamente em 30 de dezembro de 1998.[57] Angela não tem filhos, mas Sauer tem dois filhos adultos de um casamento anterior.[58] Merkel é conhecida por não gostar de cachorros.[59]

Comparações

Como política mulher pertencente a um partido de centro-direita e que também é uma cientista, Merkel tem sido comparada na imprensa de língua inglesa com a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher. Alguns têm se referido a ela como "Dama de Ferro", "Garota de Ferro", e até "A Frau de Ferro" (todos aludindo a Thatcher, cujo apelido era "A Dama de Ferro", além de também ter diploma científico, uma licenciatura em química em Oxford). Comentaristas políticos têm debatido quão semelhantes são suas agendas.[60] No decorrer de seu mandato, Merkel recebeu o apelido "Mutti" (de uma forma familiar do alemão para "mãe"), dito pelo Der Spiegel para se referir a uma figura de mãe idealizada dos anos 1950 e 1960.[61] Também tem sido chamada de "Chanceler de Ferro", em referência a Otto von Bismarck.[62]

Além de ser a primeira mulher chanceler alemã, a primeiro a representar a República Federal da Alemanha, que incluiu a ex-Alemanha Oriental (embora ela tenha nascido no lado ocidental e se mudado para o lado oriental poucas semanas depois de seu nascimento, quando seu pai decidiu voltar para a Alemanha Oriental como um pastor luterano[63]), e a mais nova chanceler alemã desde a Segunda Guerra Mundial, Merkel é também a primeira nascida depois da Segunda Guerra Mundial, e a primeira chanceler da República Federal com formação em ciências naturais. Ela estudou física, enquanto seus antecessores estudaram direito, negócios, história ou eram oficiais militares, entre outros.

A Forbes nomeou-a a segunda pessoa mais poderosa do mundo em 2013.[64]

Controvérsia

Merkel foi criticada por estar pessoalmente presente e envolvida na entrega do Prêmio de Mídia M100[65] para o cartunista dinamarquês Kurt Westergaard. Isso aconteceu em um momento de debate emocional feroz na Alemanha sobre comentários depreciativos sobre os imigrantes muçulmanos feitas pelo ex-executivo do Deutsche Bundesbank Thilo Sarrazin.[66] O Conselho Central dos Muçulmanos[67] e o partido de esquerda[68] (Die Linke ou A Esquerda) bem como o Partido Verde Alemão[69] criticaram o ato da chanceler de centro-direita. O jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung escreveu: "Esta provavelmente será a nomeação mais explosiva de sua chancelaria até agora."[70] Outros elogiaram Merkel e consideraram a escolha um movimento corajoso e ousado para a causa da liberdade de expressão.

A posição de Merkel em relação aos comentários controversos por Thilo Zarrazin no que diz respeito aos muçulmanos e judeus foi inteiramente crítica. Segundo suas declarações pessoais, a abordagem de Zarrazin é "totalmente inaceitável" e contraproducente para os contínuos problemas de integração[71]

Em setembro de 2010, a respeito de um debate sobre a integração, Merkel disse ao jornal Frankfurter Allgemeine que "os alemães verão mais mesquitas".[72] Em outubro de 2010, após um discurso do Presidente da República Federal da Alemanha Christian Wulff durante o dia da reunificação alemã, ela declarou que "o Islã faz parte da Alemanha".[73]

Os membros de seu gabinete e a própria Merkel também apoiam e já estão introduzindo aulas e educação islâmicas nas escolas.[74][75][76][77]

Declarações

Merkel acredita que a União Europeia não tem conseguido estabelecer alguns interesses comuns para as guerras comerciais do futuro, agora que se tem como objetivo manter a paz e a liberdade com o fim da Guerra Fria. E quanto aos assuntos internos, Merkel quer acelerar as reformas dos sistemas alemães: Na Alemanha estamos sempre enfrentando o perigo da nossa própria lentidão. Temos que acelerar as reformas.

Referências

  1. Ir para cima↑ «Angela Merkel 'world's most powerful woman'». The Daily Telegraph (London [s.n.]). 24 de agosto de 2011.
  2. Ir para cima↑ «Profile Angela Merkel» Forbes [S.l.] 18 de abril de 2012. Consultado em 11 de setembro de 2012.
  3. Ir para cima↑ «Merkels Vater gestorben - Termine abgesagt» (em alemão). newsecho.de. 03-09-2011. Consultado em 08-09-2011.
  4. Ir para cima↑ «Was an Angela Merkels Mutter vorbildlich ist». Welt Online (em alemão) [S.l.: s.n.] 26 de setembro de 2008. Consultado em 31 de julho de 2010. «'Nein, in der SPD bin ich nicht mehr.'»
  5. Ir para cima↑ «Mut zu Zwischentönen» (em alemão). Spiegel. 25-12-2000. Consultado em 19-08-2011.
  6. Ir para cima↑ «Raízes polacas escondidas de Merkel reveladas em biografia».
  7. Ir para cima↑ «Politik in den preußischen Genen? / "Bin zu einem Viertel polnisch": Nicht nur Elbinger Taxifahrer fragen nach Angela Merkels Wurzeln» [Politics in the Prussian genes? /" Are you a quarter Polish": It's not only Elbinger cab drivers asking about Angela Merkel's roots (please can a native speaker check translation)] (em alemão). Webarchiv-server.de. 22 de janeiro de 2011. Consultado em 15 de maio de 2012.
  8. Ir para cima↑ Langguth, Gerd (agosto 2005) [2005]. Angela Merkel (em alemão) (Munich: dtv).ISBN 3-423-24485-2.
  9. Ir para cima↑ «Die Schläferin» (em alemão). Der Spiegel. 09-11-2009. Consultado em 19-08-2011.
  10. Ir para cima↑ «Glänzend in Physik, mäßig in der Ideologie» (em alemão). Der Spiegel. 31-01-2010. Consultado em 06-07-2010. «"Nach meiner Erinnerung war ich Kultursekretärin. Aber was weiß ich denn? Ich glaube, wenn ich 80 bin, weiß ich gar nichts mehr", sagt sie.»
  11. Ir para cima↑ Langguth, Gerd (August 2005). Angela Merkel (em alemão) DTV [S.l.] p. 50. ISBN 3-423-24485-2.
  12. Ir para cima↑ «Drogenwahn auf der Dauerbaustelle» (em alemão). Spiegel Online. 27-03-2009. Consultado em 19-08-2011.
  13. Ir para cima↑ Merkel, Angela (1986). Untersuchung des Mechanismus von Zerfallsreaktionen mit einfachem Bindungsbruch und Berechnung ihrer Geschwindigkeitskonstanten auf der Grundlage quantenchemischer und statistischer Methoden (em alemão) (Berlin: Academia de Ciências da República Democrática da Alemanha (dissertação)). citada emLangguth, Gerd (Agosto 2005). Angela Merkel (em alemão) (Munich: DTV). p. 109.ISBN 3-423-24485-2. e listada no Catálogo da Biblioteca Nacional Alemã sob o assunto 30 (Química)
  14. Ir para cima↑ Langguth, Gerd (Agosto 2005) [2005]. Angela Merkel (em alemão) (Munich: dtv). pp. 112–137. ISBN 3-423-24485-2.
  15. Ir para cima↑ «Des Altkanzlers mahnende Worte» (em alemão). Zeit Online. 01-10-2010. Consultado em 19-08-2011.
  16. Ir para cima↑ «Kohls unterschätztes Mädchen» (em alemão). Spiegel Online. 30-05-2005. Consultado em 19-08-2011.
  17. Ir para cima↑ «Merkel fordert längere Arbeitszeit» (em alemão). Der Spiegel. 18-05-2003. Consultado em 27-08-2011.
  18. Ir para cima↑ «Merkel: Nuclear phase-out is wrong». World Nuclear News. 10-06-2008.Arquivado desde o original em 14 de julho de 2011. Consultado em 27-08-2011.
  19. Ir para cima↑ Marlies Casier and Joost Jongerden, eds. Nationalisms and Politics in Turkey (2010) p. 110
  20. Ir para cima↑ «Merkel named as German chancellor» BBC News [S.l.] 10/10/2005. Consultado em 27/08/2011.
  21. Ir para cima↑ «German parties back new coalition». BBC News BBC News Online [S.l.] 14/11/2005.
  22. Ir para cima↑ «Merkel becomes German chancellor». BBC News BBC News Online [S.l.] 22/11/2005.
  23. Ir para cima↑ «German coalition poised for power». BBC News BBC News Online [S.l.] 11/11/2005.
  24. Ir para cima↑ «Merkel defends German reform plan». BBC News BBC News Online [S.l.] 12/11/2005.
  25. Ir para cima↑ noticias.terra.com.br, 28/10/09: Merkel se cerca de veteranos na política em novo Governo, acessado em 29 de outubro de 2009
  26. Ir para cima↑ «Merkel meets with the Dalai Lama». Euronews. Consultado em 02/03/2010.
  27. Ir para cima↑ «Enterprise policies» (PDF). European Council. Consultado em 11/09/2012.
  28. Ir para cima↑ «Jean-Luc Mélenchon: "Le futur grand marché transatlantique"». Dailymotion. 21/04/2009. Consultado em 11/09/2012.
  29. Ir para cima↑ «Intervention de Jean-Luc Mélenchon sur la Défense». Dailymotion. 04/04/2012. Consultado em 11/09/2012.
  30. Ir para cima↑ «'They're Not Getting any Warmer': Merkel Faces Difficult Talks in Washington». Spiegel. Consultado em 02/03/2010.
  31. Ir para cima↑ «A Trans-Atlantic Show of Friendship: Obama Praises His 'Friend Chancellor Merkel'». Spiegel. Consultado em 02/03/2010.
  32. Ir para cima↑ «Dependence on Russian gas worries some – but not all – European countries». The Christian Science Monitor. 06/03/2008. Consultado em 23/08/2011.
  33. Ir para cima↑ Klitschko, Merkel discuss prospects for signing EU-Ukraine association agreement,Kyiv Post (05/12/2012)
  34. Ir para cima↑ http://www.ordens.presidencia.pt/
  35. Ir para cima↑ «Chancellor of Germany goes to Israel». The New York Times. 16/03/2008. Consultado em 03/09/2011.
  36. Ir para cima↑ Roger Boyes, Berlin (18/03/2008-). «German Chancellor Angela Merkel tightens ties for Israel's 60th». The Australian [S.l.: s.n.] Consultado em 02/03/2010.
  37. Ir para cima↑ «Friends in high places» Economist [S.l.] 19/03/2008. Consultado em 03/09/2011.
  38. Ir para cima↑ «Photo Gallery: Merkel Wishes Israel Happy 60th». Spiegel. 17/03/2008. Consultado em 03/09/2011.
  39. Ir para cima↑ MacIntyre, Donald (13/03/2008). «Israeli hardliners 'will walk out' when Merkel addresses Knesset in German» (London: Independent). Consultado em 03/09/2011.
  40. Ir para cima↑ «Merkel: Israel Must Stop Settlement Building». Jewish Federations. Consultado em 15/05/2012.
  41. Ir para cima↑ Keinon, Herb (31/01/2011). «PM, Merkel disagree openly on settlements». JPost. Consultado em 15/05/2012.
  42. Ir para:a b c d «Germany and India - Celebrating 60 Years of Diplomatic relations».india.diplo.de. Consultado em 17/09/2012.
  43. Ir para cima↑ «Angela Merkel in India for joint cabinet meet» The Times of India [S.l.] 31/05/2011. Consultado em 08/09/2011.
  44. Ir para cima↑ Parkin, Brian; Suess, Oliver (06/10/2008). «Hypo Real Gets EU50 Billion Government-Led Bailout». Bloomberg [S.l.: s.n.] Consultado em 06/10/2008.
  45. Ir para cima↑ «Germany guarantees all private bank accounts» Forbes.com [S.l.] Arquivado desdeo original em 06/10/2008. Consultado em 06/10/2008. [ligação inativa]
  46. Ir para cima↑ Whitlock, Craig (06/10/2008). «Germany to guarantee Private Bank Accounts»Washington Post [S.l.] Consultado em 06/10/2008.
  47. Ir para:a b «Bank uncertainty hits UK shares» BBC [S.l.] 06/10/2008. Arquivado desde o original em 07/10/2008. Consultado em 06/10/2008.
  48. Ir para cima↑ «Merkel says German multicultural society has failed». BBC News [S.l.: s.n.] 17/10/2010.
  49. Ir para cima↑ [1][ligação inativa]
  50. Ir para cima↑ «Zentralrat der Juden kritisiert Seehofer: Debatte ist scheinheilig und hysterisch» (em alemão) Südwestrundfunk [S.l.] Consultado em 21/10/2010. «Wir fühlen uns dem christlichen Menschenbild verbunden, das ist das, was uns ausmacht. Wer das nicht akzeptiert, der ist bei uns fehl am Platz» [ligação inativa]
  51. Ir para cima↑ «Germany's charged immigration debate». BBC News [S.l.: s.n.] 17/10/2010. Consultado em 14/09/2011.
  52. Ir para cima↑ Pidd, Helen (21/02/2011). «Angela Merkel's party crushed in Hamburg poll» (London: The Guardian). Consultado em 23/08/2011.
  53. Ir para cima↑ «German opposition hits 11-year high in polls». France24. 08/05/2011. Consultado em 23/08/2011.
  54. Ir para cima↑ «Union dank Merkel im Umfrage-Aufwind». Stern.de. 10/02/2012. Consultado em 12/02/2012.
  55. Ir para cima↑ «Biographie: Angela Merkel, geb. 1954». Dhm.de. Consultado em 02/03/2010.
  56. Ir para cima↑ «Joachim Sauer, das Phantom an Merkels Seite» (em alemão). Die Zeit. 14/08/2009. Consultado em 11/06/2010.
  57. Ir para cima↑ «Das diskrete Glück» (em alemão). Bild. 28/12/2008. Consultado em 11/06/2010.
  58. Ir para cima↑ Font size Print E-mail Share Page 1 of 2 By James M Klatell (09/08/2006). «Germany's First Fella, Angela Merkel Is Germany's Chancellor; But Her Husband Stays Out Of The Spotlight» CBS News [S.l.] Consultado em 02/03/2010.
  59. Ir para cima↑ http://www.economist.com/news/europe/21566003-germany-increasingly-prepared-be-tough-vladimir-putin-shocking-mr-schockenhoff
  60. Ir para cima↑ Risen, Clay (05/07/2005). «Is Angela Merkel the next Maggie Thatcher?». SlateRevista Slate [S.l.]
  61. Ir para cima↑ Kurbjuweit, Dirk (11/03/2009). «Merkel's Dream of a Place in the History Books»Spiegel Online International [S.l.]
  62. Ir para cima↑ «The new iron chancellor» The Economist International [S.l.] 26/11/2009.
  63. Ir para cima↑ Langguth, Gerd (agosto 2005). Angela Merkel (em alemão) (Munich: DTV). p. 10.ISBN 3-423-24485-2.
  64. Ir para cima↑ «The World's Most Powerful People» Forbes [S.l.] Consultado em 04/01/2012.
  65. Ir para cima↑ «Merkel honours Mohammad cartoonist at press award». Reuters [S.l.: s.n.] 08/09/2010.
  66. Ir para cima↑ The Sarrazin Debate: Germany Is Becoming Islamophobic. Spiegel.de. Página acessada em 18/04/2011.
  67. Ir para cima↑ «Merkel honours Danish Muhammad cartoonist Westergaard». BBC News [S.l.: s.n.] 08/09/2010.
  68. Ir para cima↑ DIE LINKE: Merkels Affront gegen Muslime. Die-linke.de. Página acessada em 18/04/2011.
  69. Ir para cima↑ Award for Danish Muhammad Cartoonist: Merkel Defends Press Freedom, Condemns Koran-Burning. Spiegel.de. Página acessada em 18/04/2011.
  70. Ir para cima↑ Ehrung des Mohammed-Karikaturisten: Angela Merkels Risiko – Integration – Feuilleton. Faz.Net (08/09/2010). Página acessada em 18/04/2011.
  71. Ir para cima↑ (alemão) Merkel: Sarrazin spaltet Gesellschaft N24 News. Página acessada em 14/01/2013.
  72. Ir para cima↑ (em alemão) Islam: Merkel – Deutsche werden mehr Moscheen sehen – Nachrichten Politik – Deutschland – WELT ONLINE. Welt.de (18/09/2010). Página acessada em 18/04/2011.
  73. Ir para cima↑ (em alemão) Merkel gegen Seehofer: "Der Islam ist Teil Deutschlands". n-tv.de. Página acessada em 18/04/2011.
  74. Ir para cima↑ REGIERUNGonline – Islamunterricht an Schulen. Bundesregierung.de (17/05/2009). Página acessada em 18/04/2011.
  75. Ir para cima↑ (em alemão) Islam-Unterricht | Aktuelle News, Hintergründe und Bilder auf. Stern.de. Página acessada em 18/04/2011.
  76. Ir para cima↑ (em alemão) Bundesregierung: De Maizière dringt auf Islam-Unterricht an Schulen – Nachrichten Politik – Deutschland – WELT ONLINE. Welt.de. Página acessada em 18/04/2011.
  77. Ir para cima↑ Integration: Schäuble und Muslime planen Islam-Unterricht an deutschen Schulen. Spiegel.de. Página acessada em 18/04/2011.

Ver também

Ligações externas

Commons

O Commons possui imagens e outras mídias sobre Angela Merkel

Precedido por
Gerhard Schröder
Chanceler da Alemanha
2005 — atualidade
Sucedido por

[Expandir]

ve

Bandeira da União Europeia Membros do Conselho Europeu

[Expandir]

ve

Líderes do G20

[Expandir]

ve

Chefes de Governo da Alemanha

[Expandir]

ve

Primeiro Gabinete Merkel (2005–2009)

[Expandir]

ve

Segundo Gabinete Merkel (2009–2013)

[Expandir]

ve

Terceiro Gabinete Merkel (2013–atualidade)

Controle de autoridade

    segunda-feira, 3 de outubro de 2016

    Valentina de Botas: Como cerzir um país?

    As eleições provaram que o Brasil quer se arejar

    Por: Augusto Nunes

    Tenho parentes que trabalham na rede municipal de ensino de São Paulo que me contam que a administração do PT questiona a separação dos banheiros entre meninos e meninas nas escolas públicas da cidade. Uma divisão que, no mundo cretino dessa gente, direciona a sexualidade das crianças – dos meninos para serem meninos, e das meninas para serem meninas. Outra das brutalidades burguesas, patriarcais, capitalistas, blablabla. O fim absurdo da separação é apoiada por grande parte dos professores e por toda a burocracia da Secretaria Municipal de viés ainda mais à esquerda do PT.

    São Paulo tem 466 anos, Fernando Haddad, o poste que Lula conseguiu instalar em São Paulo com financiamento do Petrolão segundo a Lava Jato, degradou a cidade por 4 anos, com a mais brutal má gestão e equívocos celebrados pelo eixo PUC-USP-Vila Madalena e adjacências socioideológicas. Mas o que são 4 anos em 466? Muita coisa, pois não moramos num país, mas numa cidade. É onde se opera o cotidiano, onde tudo se particulariza e se encontra. É nela que nossos filhos começam a frequentar a escola e fazem os primeiros amigos, é nela que vamos ao cinema, ao restaurante preferido, àquela mostra de brinquedos antigos, ao mecânico de confiança. Ficam na cidade aquele prédio histórico, aquele parque com uma espécie rara de flor, o bar da moda e aquela livraria charmosa que queremos mostrar a amigos e parentes vindos de fora para nos visitar: a cidade é real como o “imaginário daquilo que imaginamos que somos”; o país é quase abstração; e, se ambos se transformam no tempo como tudo o mais, é na cidade que o tempo se revela a cada instante.

    Desafio os artistas; os humoristas-a-favor de ladrão; as castas privilegiadas e ideologicamente dogmáticas encasteladas nas universidades e protegidas da crise por integrarem os grupos privilegiados do funcionalismo público do Estado patrimonial; os descolados-tipo-bacanas que ainda acham chique ser de esquerda, enfim, desafio toda essa gente que ainda cacareja o “fora, Temer” a encontrar apenas um pai e uma mãe com filhos até 14 anos (para ficar no limite de idade da alçada da prefeitura), habitantes do mundo exterior ao da pose-tipo-assim-descolada-esquerda-chique, favoráveis ao fim da separação dos banheiros nas escolas públicas.

    Não só a Lava Jato e a crise econômica inédita levaram o eleitor a praticamente abolir o PT das prefeituras do país nestas eleições inesquecíveis de 2016 que o partido desejará esquecer, mas sobretudo o fato de a súcia e simpatizantes desconhecerem o país e insistirem em ignorar as necessidades desesperadoras dele para ver nele bandeiras que ainda lhe são estranhas, enquanto também desconhecem a gente de carne, osso, costumes e valores próprios que o habita além das envelhecidas cercas ideológicas e dos manuais vigaristas e embolorados. Entre as prioridades da educação brasileira – em qualquer nível – não está o uso do banheiro das meninas pelos meninos e vice-versa, e forçar a questão a ser uma questão dá a medida do autoritarismo do PT e do desprezo que o partido tem por nossos interesses legítimos e nossos problemas reais que deseja substituir pela própria agenda.

    Entre outras considerações aparentemente sensatas, todos os analistas estão dizendo que Alckmin é o grande vencedor destas eleições e que se habilita para disputar a presidência em 2018, que ACM Neto será o próximo governador da Bahia e que o PT é o grande pequeno derrotado. Mas eu diria que perdeu o PT, digamos, expandido, aquele que aglutina os blocos do “fora, Temer” e que acusam o impeachment de tropeço da democracia brasileira – esta mesma que conseguiu ficar de pé apesar de o ministro Ricardo Lewandoski ter chutado seu pilar, a Constituição, na presidência do julgamento que a protegeu, ao contrário do que ele diz.

    Perdeu estas eleições quem olha para o Brasil de 2016 que anseia pelo futuro e vê um país coagulado no mundo extinto da guerra fria e da ditadura militar. A nação quer se arejar, a população mostrou isso hoje ao repelir o PT da gestão de onde a vida acontece – as cidades. Quando sai derrotado das eleições um partido que não a percebe como ela é, o grande vencedor é ela. Como cerzir um país? Não sei ao certo, mas desconfio que só é possível começar quando ele se livra daquilo que o impedia de começar.

     

    Coluna do Augusto Nunes

    PT nasce e morre em São Paulo - Marco Antonio Villa

    DÓRIA ENTERRA PT E LANÇA ALCKMIN À PRESIDÊNCIA

    Publicado em 3 de out de 2016

    Candidato tucano teve vitória retumbante sem se travestir do "mocinho politicamente correto". Eleição de São Paulo terá impacto direto em 2018

     

    Lula é vaiado e chamado de ladrão em sua cidade, São Bernardo (Vídeo)

    BM abre processo contra candidata a vice de Raul Pont por agressão

    Silvana Conti foi identificada pelos policiais como responsável por jogar um vaso de flores na cabeça de um sargento

    Por: Felipe Daroit
    BM abre processo contra candidata a vice de Raul Pont por agressão Omar Freitas/Agencia RBS
    Foto: Omar Freitas / Agencia RBS

    A Brigada Militar abriu processo por lesão corporal contra a candidata a vice-prefeita da chapa do PT derrotada nas eleições de Porto Alegre, Silvana Conti, do PCdoB. Ela foi identificada pelos policiais como responsável por jogar um vaso de flores na cabeça de um sargento. O incidente ocorreu no momento em que a ex-presidente Dilma chegava para votar na Escola Estadual Santos Dummont, zona sul da capital. As informações são da Rádio Gaúcha.
    Antes da chegada de Dilma ao local, o juiz eleitoral Niwton Carpes da Silva orientou por telefone Luiz Carlos da Silva, chefe da 160ª zona eleitoral, a impedir que a imprensa e militantes acompanhassem a ex-presidente votando. De acordo com a decisão, Dilma deveria entrar sozinha no local para votar. Por causa disso, iniciou-se uma grande confusão envolvendo jornalistas, militantes e policiais militares. Vidros foram quebrados e pessoas ficaram feridas.
    De acordo com a Brigada Militar, os policiais estavam cumprindo ordem judicial e foram agredidos. Eles fizeram exame de corpo delito e registraram ocorrência contra Silvana Conti.
    "A senhora Silvana Conti, candidata a vice-prefeita, lhe agrediu com um vaso de flores na cabeça. A senhora Silvana Conti não foi presa no ato do cometimento do delito em razão da grande quantidade de pessoas no local, fazendo com que os ânimos estivessem exaltados. Não foi possível localizar a acusada quando os ânimos se acalmaram", cita um trecho da ocorrência.
    Os dois policiais ficaram feridos na cabeça e nos braços, segundo a ocorrência registrada. O caso foi encaminhado para a Polícia Civil.
    De acordo com a assessoria da candidata, Silvana também registrou ocorrência contra os policias e fez exame de corpo de delito. Ela alegou que foi agredida pelos PMs com um chute. 
    Sobre a agressão contra os policiais, Silvana afirma que estava segurando uma cesta de flores e foi empurrada em direção aos brigadianos. Na saída do colégio, Silvana, mancando, foi acompanhada por amigos e reclamou de truculência da Brigada Militar.

    Vice de Raul Pont (PT) ataca PM de forma covarde durante votação de Dilma Rousseff em Porto Alegre

    Gaúcha comunista, mau-caráter
    ataca Policial na cabeça com um bolsa pesada
    e diz para imprensa divulgar que ela foi atacada
    PARABÉNS PM GAÚCHA! REVIDOU A ALTURA!

     

    Iate Alfa Nero

    Concurso MP/SP: inscrições terão início na quarta (5)

    por Fernando Cezar Alves

    O concurso do Ministério Público de SP contará com 17 vagas para o cargo de auxiliar de promotoria III - motorista, que exige nível fundamental e tem salário de R$ 3,9 mil
    A espera chegou ao final para quem pretende participar do concurso público que será realizado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP/SP) para o cargo de auxiliar de promotoria III -  motorista. Acontece que a publicação do edital de abertura de inscrições está prevista para ocorrer já neste sábado, dia 1º de outubro ou, no mais tardar, terça-feira, dia 4.
    As inscrições estão previstas para ter início a partir de quarta-feira, dia 5 de outubro, com um mês de atendimento, uma vez que o prazo vai até 3 de novembro.  Os interessados também já podem se programar em termos de estudos, pois a data de aplicação das provas objetivas também já foi confirmada. Os exames estão marcados para ocorrer em 4 de dezembro.
    Ao todo serão oferecidas 17 vagas e para concorrer ao cargo é necessário possuir apenas ensino fundamental completo e carteira de habilitação, nas categorias “D” ou “E”. A remuneração inicial é de R$ 3.931,39, para jornada de trabalho de 40 horas semanais. Vale ressaltar que a apresentação da carteira de habilitação deve ser feita somente no ato da posse, o que permite aos interessados alterar o tipo de CNH durante o período de seleção.
    Para isto, basta comparecer nos postos do Poupatempo, sendo necessário possuir de um a dois anos de habilitação na  categoria "B" e um na categoria "C".
    Inscrições
    Os interessados poderão efetuar a inscrição para o concurso somente pela internet, na página eletrônica da organizadora, o Instituto Zambini, que é www.zambini.org. A taxa, já definida, será de R$ 80.
    Atribuições
    Cabe ao auxiliar de promotoria III – motorista dirigir veículos para transporte de passageiros e cargas, obedecendo aos horários, itinerários e regras gerais de trânsito, de forma a atender às necessidades e sistemas estabelecidos conforme a área de atribuição; executar verificação diária das condições do veículo; receber passageiros nos locais determinados; transportar e entregar cargas; permanecer no veículos estacionado para atendimento de necessidades de transporte; preencher boletins, relatórios e fichas relacionadas com o controle de veículos e cargas; zelar pela guarda, conservação e limpeza dos veículos e materiais utilizados em trabalho, bem como dos respectivos locais e executar outras tarefas correlatas, de acordo com determinação superior.
    Último concurso
    O último concurso para o cargo ocorreu em 2011. Na ocasião, foram registrados 3.764 inscritos para a oferta de duas vagas, somente para a capital e grande São Paulo. A organizadora foi o IBFC.
    Prepare-se para o concurso do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP/SP)
    VIDEOAULA PARA MINISTÉRIO PÚBLICO
    SIMULADO ONLINE PARA MINISTÉRIO PÚBLICO
    APOSTILA CONCURSO OFICIAL DE PROMOTORIA MP/SP *
    * digite "cupomjc" nos links com asterisco e ganhe 10%de desconto
    A seleção foi composta de duas fases, contando com provas objetivas na primeira e avaliação prática de direção na segunda. Na parte objetiva foram 45 questões, sendo 15 de língua portuguesa, dez de matemática e 20 de conhecimentos específicos, com peso dois para língua portuguesa e matemática e 2,5 para conhecimentos específicos.
    Somente foram convocados para a segunda fase os 100 primeiros colocados na prova objetiva.    
    Fonte: JCConcursos - jcconcursos.uol.com.br - 30/09/2016 e Endividado

    Consumidores de todo o país vão à Justiça por cobrança indevida na conta de luz

    por Rafaella Barros

    Consumidores de todo o país podem acionar a Justiça para reaver de 7% a 12% dos valores pagos na conta de luz, dos últimos cinco anos, devido a um cálculo indevido do Imposto sobre circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
    Advogados especialistas em Direito Tributário têm obtido vitórias em vários tribunais para derrubar a cobrança de ICMS sobre as Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) e de Distribuição (TUSD). Entre eles, está Mayra Vieira Dias, do escritório Yamazaki, Calazans e Vieira Dias. A advogada de São Paulo explica que a ação não é de defesa do consumidor, mas tributária, com o objetivo de ressarcir os contribuintes:
    — Ela não é proposta contra a concessionária, mas contra a Fazenda estadual, responsável pela cobrança do ICMS.
    Segundo Mayra, os processos são baseados na determinação legal de que o ICMS só pode incidir sobre o que de fato é consumido. Esse entendimento foi confirmado, inclusive, em decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
    — Nessas ações, excluem-se essas tarifas e aí faz o cálculo do ICMS em cima do efetivo consumo. Essa diferença é restituída ao contribuinte. Já há decisões (a favor) em vários estados — disse.
    E no Rio também. Algumas dessas decisões são de consumidores atendidos pelo escritório Raphael Miranda Advogados, que já ajuizou dez ações sobre esse tema. Uma delas, de uma rede de lojas de produtos alimentícios, obteve em abril a liminar favorável, que, mesmo após recurso do Governo do Estado, foi mantida.
    — Se você reparar, na conta, o ICMS está incindindo não só no valor da energia consumida, como em cima dessas tarifas. Tarifa não é mercadoria. A gente alega, com respaldo em precedentes favoráveis, que nas contas de energia a mercadoria em circulação é a energia. Então, o imposto só poderia incindir sobre a energia — esclarece o advogado Henrique Barbosa.
    Em nota, a Secretaria de Fazenda disse que “avalia a questão”. A Light afirmou que “compete ao Estado do Rio de Janeiro, através de sua Secretaria Estadual de Fazenda, solucionar dúvidas do contribuinte acerca da base de cálculo do ICMS sobre a TUSD e sobre a TUST” e que atua como mera arrecadadora do tributo. Já a Ampla disse que arrecada o ICMS como definido em lei e repassa ao Governo do Estado.
    COMO PROCEDER
    Advogado
    Quem desejar ingressar com uma ação deve procurar um advogado, pois, nesse caso, não é possível entrar na Justiça por conta própria
    Justiça
    Como as ações são interpostas contra o Governo Estadual, os processos correm nas Varas de Fazenda Pública
    Light e Ampla
    O cliente da Light que não tiver guardado as faturas pagas pode pedir as deste ano pelo site, e as contas de períodos anteriores em uma das agência. Na Ampla, os clientes têm acesso, pelo site, às contas dos últimos dois anos. Para as de períodos anteriores, também basta procurar uma agência da concessionária. A advogada Mayra Vieira Dias explica, porém, que há a possibilidade de o próprio advogado do consumidor pleitear a apresentação dessas contas (pela concessionária) dos últimos cinco anos, na ação.
    Fonte: Extra - 30/09/2016 e Endividado

     

    Prime Cia. Imobiliária - Imobiliária em Porto Alegre / RS

    Resultado de imagem para prime cia imobiliária

    http://www.primeciaimobiliaria.com.br/

     

    Teoria dos jogos e o voto útil


    Há um famigerado sentimento de desinteresse no tocante às eleições, ocasionado por diversos fatores. O voto é uma tomada de decisão, mesmo que no sistema eleitoral brasileiro este seja compulsório, posição que discordo veementemente: a ideia de uma democracia obrigar a votar é um contrassenso. Seria útil, inclusive, que os candidatos tivessem de convencer o […]

     

    Público versus Privado: Duas Declarações de Campanha Polêmicas – Mas Nem Tanto


    Ricardo Bordin* Dois candidatos a prefeito na região Sul ganharam notoriedade neste último mês, em virtude de declarações proferidas durante suas campanhas eleitorais. O detalhe interessante é que há muita verdade nas frases que foram ditas, embora possam chocar algum desavisado. Não creio que os respectivos marqueteiros tenham ficado felizes com os “incidentes” de discurso, […]

     

    Para que serve o voto? Governo legítimo e democracia


    A vontade da maioria não é capaz de conferir legitimidade a um governo. O entendimento claro da base ética dos direitos e da natureza do governo deixa claro que é a limitação do governo à defesa dos direitos individuais dos cidadãos que o torna legítimo. A legitimidade está no conteúdo da Constituição, e não nas eleições. […]