O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (30), após participar de evento com empresários na capital paulista, que a taxa de desemprego deverá começar a perder força a partir de 2017. Segundo ele, a situação da economia ainda é grave, mas a queda nos indicadores está começando a estabilizar.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a situação da economia ainda é graveMarcelo Camargo/Agência Brasil
“A expectativa é que [o desemprego] comece a cair no ano que vem”, disse. “Esperamos que, com o crescimento da economia, a retomada do emprego acontecerá inevitavelmente. Não imediatamente, acreditamos que durante o ano de 2017, certamente. Não há dúvida que com o crescimento acentuado e continuado da economia nos próximos anos, aí de fato, o desemprego vai tender a cair de uma forma consistente”.
O ministro da Fazenda disse, no entanto, que é prematuro falar em recuperação econômica, e que o país ainda vive uma recessão. “Ainda é prematuro dizer que já começou a recuperação [econômica]”, disse. “É muito séria ainda a situação. A economia continua em recessão, mas a queda começa a se estabilizar e muitos setores começam a dar indicadores de que podem já estar no início do processo de recuperação, que deve se confirmar e consolidar no próximo ano”.
Meirelles voltou a defender a proposta de emenda à Constituição (PEC), em tramitação no Congresso Nacional, que estabelece um teto para os gastos públicos. De acordo com ministro, mesmo antes de ser aprovada, a medida já está gerando um clima positivo na economia. "O fato de que já está em andamento no Congresso já faz com que a expectativa já melhore, que a economia já comece a dar sinal de recuperação”, disse.
Agência Brasil
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Moro manda prender Palocci
O juiz federal Sérgio Moro decretou a prisão preventiva do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. A medida atende ao pedido da Polícia Federal e da Procuradoria da República, que suspeitam que Palocci destruiu provas na Lava Jato.
Palocci já estava em regime de prisão temporária desde segunda-feira. Os investigadores afirmam que o ex-ministro recebeu R$ 128 milhões em propina da empreiteira Odebrecht. Leia mais
Culpa do Temer?
O presidente Michel Temer disse que o Brasil vive a pior crise econômica da história do país. Apesar disso, ele garantiu que não tem culpa no cartório, já que, segundo ele, foi esse o Brasil que ele recebeu de Dilma Rousseff.
O peemedebista mencionou a inflação e uma queda do investimento de 25%. Ele também disse que herdou R$ 185 bilhões em dívidas a pagar. Leia mais
Segurança em GO
O Tribunal Superior Eleitoral autorizou o envio de tropas da Força Federal para as eleições municipais em Itumbiara (GO), no domingo.
O reforço na segurança foi decidido depois do atentado que causou a morte do candidato José Gomes da Rocha (PTB), o Zé Gomes, na última quarta. Leia mais
Tema polêmico em 2012, expansão do metrô de BH some de planos de candidatos
Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil
A maioria dos candidatos à prefeitura de Belo Horizonte não trata da ampliação do metrô em suas plataformas de campanha divulgadas na internetDivulgação/CBTU
A ampliação do metrô de Belo Horizonte foi apontada nas eleições de 2008 e 2012 como uma solução para enfrentar gargalos na mobilidade urbana da cidade. Porém, a promessa não saiu do papel. A maioria dos candidatos à prefeitura da capital mineira não trata da questão em suas plataformas de campanha divulgadas na internet.
O metrô é citado nos planos dos candidatos João Leite (PSDB) e Délio Malheiros (PSD), mas sem menção à ampliação. Os dois propõem a integração tarifária com outras modalidades de transporte público, permitindo por exemplo que a pessoa pague apenas uma passagem para se deslocar utilizando metrô e ônibus. É o que já acontece em outras capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo.
Por meio da assessoria de comunicação, a campanha de João Leite destacou que a expansão do metrô poderá ser viabilizada retomando o diálogo com o Ministério das Cidades para liberação dos recursos necessários. "O prefeito tem que ser o protagonista dessa iniciativa e nós vamos buscar esses recursos", diz a nota enviada à reportagem da Agência Brasil. João Leite promete ainda criar trilhos para o VLT, em uma linha que ligaria o centro à Cidade Administrativa.
Já o candidato e atual vice-prefeito Délio Malheiros, que representa a atual gestão, defende articulação com os parlamentares mineiros e com a sociedade civil organizada para garantir a ampliação, segundo resposta enviada epla assessoria à reportagem. Apesar da gestão do atual prefeito Márcio Lacerda não ter ampliado o metrô conforme defendido na campanha passada, o texto destaca alguns avanços da atual gestão. "Já foram concluídos os trabalhos de sondagem e topografia, bem como os projetos de engenharia de todas essas intervenções".
O plano do candidato Eros Biondini (PROS) também menciona o metrô ao sugerir criação de bicicletários nas estações. Ele pretende também avaliar a liberação de estacionamentos privados subterrâneos e verticais próximos ao metrô. Para ele, a medida contribui para o fim do mito de que estacionamento provoca trânsito. "Ao contrário, eles retiram veículos das vias, dando fluidez ao trânsito", diz o plano. No entanto, a plataforma de Eros não menciona meta de expansão. Questionado pela reportagem, o candidato respondeu, em nota, que sonha com o metrô e que já existe terraplanagem para construir uma linha ligando os bairros Calafate e Barreiro. Ele destacou também que pretende instalar o monotrilho e o VLT, e já dispõe de estudo para várias linhas. "Se o prefeito tiver credibilidade e for hábil em fazer parcerias, logo que tomar posse já pode fazer o chamamento que vão correr para cá para fazer o monotrilho".
A proposta de mais bicicletários e estacionamentos nos arredores das estações também aparece no plano de Rodrigo Pacheco (PMDB). Mas diferente de Eros, ele é favorável a estacionamentos públicos e não privados. Pacheco é o único que registra em sua plataforma de governo uma proposta para a expansão dos trilhos. Ele pretende "articular com o governo federal a liberação de recursos para a ampliação do atendimento do metrô em Belo Horizonte, tanto no trecho que liga o Barreiro ao Calafate quanto nas demais regiões, seja na forma de metrô tradicional, seja de forma inovadora".
O programa de Luis Tibé (PTdoB) reconhece que a expansão do metrô seria a melhor solução para melhorar o trânsito de Belo Horizonte, mas lembra que "nada de concreto foi feito além de promessas" e afirma que "esta alternativa não irá garantir a solução imediata que a população espera, dado o prazo necessário para a realização dos investimentos e realização das obras". Ele acaba não se comprometendo com a expansão. Tibé sugere entre suas propostas a integração do metrô com outras modalidades de transporte, assim como João Leite e Délio Malheiros.
Marcelo Álvaro (PR) não disponibilizou seu plano de governo na internet. Ele porém respondeu à reportagem por nota dizendo que "a função principal de um prefeito no processo de ampliação do metrô é a de pressionar as esferas federal e estadual para que deem prioridade na liberação dos recursos". O candidato lembra que verbas federais já foram previstas dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade e promete atuar para destravar os impasses. "Temos que enxergar a mobilidade urbana em Belo Horizonte sob a perspectiva de quem usa o transporte coletivo", acrescenta.
Os candidatos Reginaldo Lopes (PT), Vanessa Portugal (PSTU), Maria da Consolação (PSOL) e Sargento Rodrigues (PDT) também não disponibilizaram seus planos de governo na internet. A reportagem procurou os candidatos para se manifestarem sobre o tema, mas não obteve retorno.
Alexandre Kalil (PHS) divulgou na página oficial de sua campanha um programa centrado no que considera ser o "tripé básico que importa à população: saúde, educação e segurança pública". Segundo o site, "não quer dizer que não estaremos tratando também dos temas da mobilidade urbana, meio ambiente, habitação e infraestrutura urbana". Kalil também foi procurado pela reportagem, mas não deu resposta.
Projetos de ampliação
Inaugurado em 1986, o metrô de Belo Horizonte completou 30 anos no mês passado. O transporte dispõe de apenas uma linha que passa por 19 estações. São 28,2 km de extensão, em trilhos na superfície. Não há trechos subterrâneos. O modal liga a Estação Vilarinho, na região de Venda Nova, à Estação Eldorado, em Contagem (MG), município da região metropolitana. Passa ainda pelo centro da capital, mas deixa três regiões desassistidas: Centro-sul, Pampulha e Barreiro.
Mesmo por onde ele passa, o atendimento é limitado. Há apenas duas estações tanto na região Nordeste quanto na Noroeste, que possuem respectivamente 69 e 52 bairros. A região Leste é a mais estruturada. São 5 estações para atender uma área de 28,5 quilômetros quadrados, que engloba 47 bairros.
Uma pesquisa realizada em 2011 pela própria administração do metrô mostrou que os ônibus eram utilizados por 49,4% dos usuários para chegar à estação de origem e por 45,3% para se deslocarem do ponto onde desembarcaram até o local de destino final. Considerando ainda os que fazem uso de carro e moto, os números mostram que para mais da metade dos passageiros, a estação não está suficientemente perto para que o deslocamento até ela seja feito a pé.
Projetos para a ampliação da Linha 1 e para a criação de outras duas foram desenvolvidos. A Linha 2, na superfície, ligaria o Barreiro ao Nova Suíça. Já a Linha 3 sairia da Savassi e iria até a Lagoinha. Os trilhos seriam subterrâneos e, futuramente, poderiam ser expandidos até a Pampulha. Os dois novos ramais teriam integração com a Linha 1.
As expansões do metrô são apontadas como forma de melhorar a qualidade de vida de quem faz os trajetos. Conforme estimativa da plataforma Google Maps, no horário de pico, se leva cerca de 1h para transitar 11km de ônibus entre a Pampulha e a Savassi. Considerando a velocidade média do metrô de 40km/h, o trecho poderia ser feito em 16 minutos, praticamente um quarto do tempo. Entre Barreiro e Nova Suiça, cuja rota tem aproximadamente 9,5km, o que levaria 54 minutos de ônibus nos horários de trânsito intenso, poderia ser concluído em pouco mais de 14 minutos.
Polêmica eleitoral
Em 2008, quando o atual prefeito Márcio Lacerda (PSB) foi eleito para o seu primeiro mandato, a expansão do metrô foi tratada como prioridade por praticamente todos os candidatos. Leonardo Quintão (PMDB), Jô Morais (PCdoB) e Sérgio Miranda (PDT), os mais bem votados entre os não eleitos, elencavam o assunto com destaque em suas plataformas. O vencedor do pleito, Márcio Lacerda, defendeu uma Parceria Público-Privada para alavancar a ampliação do modal.
Quatro anos depois, o tema esteve entre os mais polêmicos da disputa política de 2012 em Belo Horizonte e era usado para troca de acusações entre os dois principais candidatos: Patrus Ananias (PT) e Márcio Lacerda (PSB), que buscava a reeleição. O petista lembrava que o governo federal já havia anunciado em 2011 um investimento de R$3,16 bilhões para as obras de ampliação do metrô dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, mas nada havia sido feito por falta de iniciativa da prefeitura.
Lacerda, por sua vez, reafirmava o compromisso com a expansão em um possível segundo mandato, e argumentava que no mandato do petista Fernando Pimentel, que governou Belo Horizonte entre 2002 e 2008, a expansão também não foi para frente. Márcio Lacerda foi reeleito. Em 2013, no lançamento do programa BH Metas e Resultados, que trazia diretrizes para a prefeitura, o prefeito afirmou que daria início às obras em 2016. Mas em junho deste ano, ao apresentar a nova versão do Plano Estratégico BH 2030, o prefeito se disse frustrado por não ter conseguido ampliar o metrô.
Márcio Lacerda culpou divergências entre os governos estadual e federal pelo insucesso na ampliação. Um desses impasses diz respeito à gestão do metrô. Diferentemente das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde o modal é administrado pelo governo estadual, em Belo Horizonte é operado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), vinculada ao Ministério das Cidades. O governo de Minas Gerais defendia a transferência patrimonial da CBTU para a estatal mineira Metrominas.
Agência Brasil
Situação da Baía de Guanabara amplia debate sobre saneamento em eleição no Rio
Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Ecobarreira instalada no Rio Meriti, ao lado da Rodovia Washington Luiz (BR-040), em Duque de Caxias na Baixada Fluminense, para evitar que o lixo flutuante chegue à Baía de Guanabara Tomaz Silva/Agência Brasil
A visibilidade de questões sobre a poluição da Baía de Guanabara durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos deu projeção ao tema do saneamento nas campanhas políticas da região metropolitana do Rio de Janeiro, avalia a Organização Não Governamental (ONG) Casa Fluminense, que fez um levantamento das propostas apresentadas.
Para o coordenador-executivo da ONG, o geógrafo Henrique Silveira, a sinalização de outras esferas de governo de que parcerias público-privadas podem ganhar espaço no setor nos próximos anos foi outro reforço ao tema.
"A Baía de Guanabara se tornou um mico internacional por estar poluída no momento da Olimpíada e isso chamou a atenção do Brasil e do mundo para a questão. A discussão também voltou no âmbito federal com essa sinalização do governo", avalia o pesquisador.
Apesar disso, a pesquisa aponta que a Baía de Guanabara foi citada diretamente em propostas de apenas 22% dos 45 candidatos a prefeito nas cidades de Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Niterói, Rio de Janeiro e São Gonçalo. O tema do saneamento básico aparece em 40 das 45 candidaturas e a maioria dos concorrentes "traz ideias associadas ao resgate socioambiental de suas cidades", segundo a análise.
O geógrafo acredita que diferentes abordagens sobre o tema surgiram, e elas apontam o caminho que o debate deve tomar nos próximos anos. Um ponto que diferenciou os candidatos foi a forma como o município deve atuar para promover o saneamento básico: uns defendem a criação de empresas públicas municipais, enquanto outros defendem a concessão à iniciativa privada e fiscalização pelo município.
"O grande debate é a entrada da iniciativa privada na gestão do saneamento do Rio de Janeiro. É provável que o debate, nos próximos meses, seja esse".
No que diz respeito à coleta de lixo, parte dos candidatos propõe a criação de uma empresa municipal, como a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), na capital. A coleta seletiva de lixo também é mencionada nos programas de alguns candidatos.
Henrique Silveira chama a atenção para a necessidade de ações articuladas na câmara metropolitana e afirma que ainda há muita confusão dos candidatos sobre qual é o papel do município, do estado e do fórum que reúne as cidades da região metropolitana.
"Existe um avanço do tema ser mais pautado, mas é necessário aprofundar o conhecimento e a informação sobre o papel do município. É preciso discutir muito esse o saneamento básico".
Agência Brasil
Saúde e mobilidade são desafios do próximo prefeito de São Paulo; veja propostas
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
O acesso à saúde e melhorar a mobilidade urbana serão alguns dos desafios do próximo prefeito de São Paulo. A Agência Brasil buscou quais são as propostas dos candidatos para esses temas:
Altino
O candidato do PSTU, Altino Melo, defende acabar com qualquer forma de gestão privada da saúde, como as organizações sociais. Para ele, a saúde deve ser gerida exclusivamente pelo setor público e ter garantia de qualidade.
Em relação aos transportes, Altino acredita que a estatização total do sistema é a única forma de oferecer um serviço de qualidade com preço justo, chegando até a tarifa zero. Para ele, os preços das tarifas são elevados devido à necessidade de lucro das concessionárias que administram a rede de ônibus na capital paulista. Altino defende ainda que a prefeitura ajude a investir no sistema de metrô, gerido pelo governo estadual, e que se posicione pela reestatização das linhas do metropolitano já privatizadas.
Erundina
Luiza Erundina, do PSOL, quer acabar com os contratos com organizações sociais e outras entidades privadas na gestão de equipamentos de saúde. Pretende ainda estruturar a carreira dos funcionários públicos municipais que trabalham em hospitais, unidades básicas de saúde e na administração do sistema, com a descentralização da gestão da rede municipal e com ampliação da participação popular.
As licitações do transporte coletivo serão revisadas em uma eventual nova gestão de Luiza Erundina, que já foi prefeita da capital paulista e é deputada federal. Nessa linha, de diminuição dos custos para os usuários, a candidata quer ampliar a implantação da tarifa social. Para desafogar o trânsito, ela quer priorizar o fluxo nos corredores de ônibus. A atual política de redução da velocidade nas vias deve ser mantida.
Fernando Haddad
Estabelecer o controle social e a gestão participativa são algumas das propostas do atual prefeito, Fernando Haddad (PT), para a saúde municipal. Ainda sobre a gestão, ele tem a intenção de gradualmente reduzir a terceirização e a presença das organizações sociais na saúde municipal, com o objetivo de consolidar uma rede 100% pública. Caso seja reeleito, Haddad também quer ampliar o programa de atendimento a usuários de drogas, chamado De Braços Abertos.
Os deslocamentos a pé serão priorizados em um eventual segundo mandato de Haddad. O programa de governo do candidato prevê melhorar as calçadas, além de expandir a rede cicloviária da cidade. Em relação ao transporte público, as propostas são expandir as faixas exclusivas para ônibus, reduzir o tempo médio das viagens e aumentar a participação do transporte coletivo no deslocamento urbano.
Henrique Áreas
O candidato do PCO, Henrique Áreas, defende que todo o sistema de saúde seja gerido pelo governo federal. Também quer acabar com qualquer relação entre o setor privado e a rede pública de saúde.
Em relação à mobilidade urbana, Henrique Áreas propõe a estatização das grandes empresas de transporte e liberdade de operação para vans e perueiros.
João Bico
O foco na prevenção é o principal eixo das propostas do candidato do PSDC, João Bico, para a saúde. Ele propõe ainda a elaboração de um plano municipal para assegurar o acesso de toda a população à saúde e formas de atendimento às famílias.
Para melhorar a mobilidade na capital paulista, João Bico defende ampliar as parcerias com a iniciativa privada, investindo na infraestrutura viária. Também pretende rever o sistema de controle de tráfego, focando no apoio no cidadão e reduzindo a aplicação de sanções aos motoristas.
João Dória
Como forma de reduzir a fila de espera por exames, o candidato do PSDB, João Dória, pretende pagar para hospitais particulares para que os procedimentos sejam realizados das 20h às 8h. O chamado Corujão seria, segundo o candidato, uma medida emergencial para agilizar o atendimento à população. Além disso, ele pretende ampliar o uso da telemedicina, promovendo diagnósticos e orientações médicas à distância. O candidato propõe ainda a previsão de reformas nas unidades básicas de saúde e o preenchimento de vagas no programa Saúde da Família.
Em relação ao transporte público, João Dória propõe ajustar os corredores de ônibus para os parâmetros do BRT (Bus Rapid Transit), o que possibilitaria, segundo o candidato, o aumento da velocidade nas pistas exclusivas. Também pretende valorizar o deslocamento a pé, fazendo intervenções urbanas que facilitem a caminhada integrada com outros sistemas. Nas marginais Tietê e Pinheiros, tem a intenção de reverter as reduções de velocidade implantadas pela atual gestão.
Levy Fidelix
A criação de um cadastro único de todos os residentes na cidade e a criação de um plano de saúde municipal são as principais propostas do candidato do PRTB, Levy Fidelix, para a saúde. Com o plano, a intenção é facilitar o acesso à rede pública e à particular conveniada. O candidato quer ainda garantir que cada bairro tenha ao menos uma unidade básica de saúde.
Para melhorar o trânsito dentro da capital paulista, Levy Fidelix quer deslocar para regiões periféricas da cidade o Aeroporto de Congonhas, a Rodoviária do Tietê e a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Em relação ao transporte público, ele pretende construir novas linhas de monotrilho, chamados por Fidelix de aerotrem. Outra proposta é aumentar o número de táxis na cidade.
Major Olímpio
Em uma eventual gestão de Major Olímpio à frente da prefeitura paulistana, as subprefeituras passariam a ser as responsáveis pela saúde em suas regiões. O candidato também propõe mais investimentos, ampliando o número de leitos, a distribuição de medicamentos e aumentando o número de laboratórios para exames. Além de construir mais hospitais e ampliar os atuais programas voltados à usuários de drogas, com parcerias com os governos estadual e federal.
Igualar as condições de trabalho entre táxis e os motoristas do Uber é uma das propostas do candidato para a mobilidade na capital paulista. Ele pretende ainda promover uma renovação da frota da ônibus, com a exigência de ar- condicionado em todos os veículos. O candidato quer ainda rever as ciclovias já implementadas, porém expandir as vias para bicicletas nos locais onde o transporte for considerado seguro.
Marta Suplicy
A candidata pelo PMDB, Marta Suplicy, pretende informatizar o sistema de saúde do município, estabelecendo o controle na distribuição de medicamentos, prontuário eletrônico e facilitar a gestão de leitos e agendamento de consultas. Ela também propõe implementar um terceiro turno de atendimento nas unidades públicas de saúde, além do funcionamento aos fins de semana. Para os usuários de drogas, pretende estabelecer um programa de reinserção social.
As calçadas têm destaque nos planos de Marta para a mobilidade urbana. A candidata quer estabelecer um programa emergencial para padronizar os passeios públicos quanto à segurança, iluminação e acessibilidade, intensificando a manutenção. Para o transporte público, algumas das ideias são transformar pontos de ônibus com movimento intenso em pequenas estações de transferência e investir em novos corredores de ônibus em grandes avenidas.
Ricardo Young
O candidato da Rede, Ricardo Young, pretende aumentar as atribuições das atuais subprefeituras, que cuidam dos distritos municipais, transformando-as em co-prefeituras. Serão essas unidades que farão a gestão dos serviços de saúde, com participação popular via conselhos distritais.
Como grande problema da mobilidade, Ricardo Young vê o processo de getrificação, no qual os bairros melhor localizados são supervalorizados, obrigando os moradores de menor renda a irem para regiões mais distantes. Por isso, o candidato defende a adoção de modelos de planejamento global, que não olhem o transporte de maneira isolada.
Russomanno
O foco na prevenção é a principal proposta de Celso Russomanno, do PRB, para a saúde. Segundo ele, evitando o agravamento de doenças os R$ 9 bilhões disponíveis no orçamento anual da prefeitura poderão ser melhor investidos, permitindo a contratação de mais médicos e profissionais de saúde, com salários melhores e plano de carreira. O candidato acredita ainda que dessa forma os recursos serão suficientes para investir em infraestrutura e equipamentos.
Para o transporte público, Celso Russomanno, pretende ampliar o número de terminais de ônibus, para melhorar a conexão entre linhas, e revisar a política de tarifas, diminuindo o impacto no orçamento das famílias de baixa renda. O candidato pretende ainda revisar a política de redução de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros e a implantação de radares e lombadas eletrônicas.
Agência Brasil