segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Segurança Forte no Maracanã para cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos #Rio2016

Publicado em 21 de ago de 2016

PT
Brasil: Segurança forte em torno do Maracanã para cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos #Rio2016
A segurança foi reforçada do lado de fora do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, domingo, como o local se prepara para sediar a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão de 31 de no final da tarde.
Vídeo ID: 20160821-026
Video on Demand: http://www.ruptly.tv
Contato: cd@ruptly.tv
Crédito: Ruptly TV
EN
Brazil: Heavy security around Maracana ahead of Rio Olympics closing ceremony
Security was stepped up outside Rio de Janeiro's Maracana stadium, Sunday, as the venue prepares to host the closing ceremony of the 31st Summer Olympic Games later in the evening.
Video ID: 20160821-026
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Contact: cd@ruptly.tv
Credit: Ruptly TV

 

 

 

Kim Jong-un aparece nos Jogos Olímpicos #Rio2016

 

 

 

 

Portugal: EMERCOM continua batalha contra incêndios em Aldeia Nova

 

 

 

EUA: Ferraris e Lamborghinis se apresentam em Pebble Beach no Concurso de Elegância

 

 

 

EUA: Lamborghini no Concurso de Elegância em Pebble Beach

 

 

 

 

Chile: Ponte cai durante passagem de comboio de trem

 

 

 

EUA enviam caças para proteger conselheiros na Síria

 

 

 

Forças afegãs reconquistam distrito próximo de Kunduz

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Marinha do Brasil conquista 6 medalhas olímpicas na #Rio2016

 

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domingo, 21 de agosto de 2016

Duque negocia delação e vai citar Lula, Dilma e o PT

image (2)O ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, condenado na Operação Lava Jato a mais de 50 anos de prisão como braço do PT no esquema de propinas na Petrobrás, retomou as negociações para um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal. Duque está preso há um ano e cinco meses, em Curitiba.

Entre os temas que estão sendo negociados estão informações sobre o partido, a presidente afastada, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Duque promete apontar a participação deles na sistemática de cartel e corrupção na estatal – com rombo reconhecido até aqui de R$ 6,2 bilhões.

Lula é um dos pontos centrais das tratativas com a força-tarefa da Lava Jato. O ex-diretor da estatal se compromete a apresentar provas documentais de que o ex-presidente sabia do esquema. As negociações envolvem membros da Procuradoria-Geral da República – por citar políticos com foro privilegiado – e da Procuradoria Regional da República, na capital paranaense.

Esta é a terceira tentativa de delação de Duque, que foi diretor da Petrobrás entre 2003 e 2012, indicado na cota controlada pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. As tratativas estão em fase de discussão de anexos, na qual a defesa elabora um esboço dos crimes que ele vai confessar e os novos fatos ilegais que vai relatar, em troca de benefícios e redução de pena.

A colaboração premiada do ex-diretor, se for aceita pela Procuradoria e homologada pela Justiça, pode ser a primeira a ligar diretamente Dilma ao esquema na Petrobrás. Nesta semana, a presidente afastada virou alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por tentativa de obstrução às investigações.

Duque mudou seu endereço prisional no mês passado. Deixou o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, onde está a maioria dos detidos do caso, e voltou para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para facilitar as entrevistas com investigadores.

Apesar das duas outras tentativas frustradas, o contexto agora é considerado outro. As negociações avançam às vésperas do julgamento final da cassação do mandato presidencial de Dilma, no Senado, e da conclusão dos primeiros inquéritos que têm Lula como alvo da força-tarefa da Lava Jato.

O ex-presidente é investigado em pelo menos três inquéritos que tramitam em Curitiba. Um deles, que apura a compra, a propriedade e as reformas do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), está em fase final. A suspeita dos investigadores é de que o imóvel seria propriedade oculta da família do petista, reformada pelas empreiteiras OAS e Odebrecht, como contrapartida por negócios na estatal.

A defesa do ex-presidente nega e diz que não há relação das obras e da propriedade com os desvios na estatal.

‘Propaganda opressiva’

Sobre as negociações envolvendo uma delação de Duque, a assessoria de imprensa do Instituto Lula afirmou, em nota, que o petista “não cometeu nenhum ato ilegal nem antes nem durante nem depois do exercício de dois mandatos como presidente da República, eleito pelo voto popular”. “Não comentaremos supostas negociações de delações para a obtenção de benefícios judiciais”, disse a nota.

“Os operadores da Lava Jato persistem na prática ilegal e inconstitucional de antecipar juízos sobre investigações em curso e de fomentar propaganda opressiva contra o ex-presidente Lula. Mesmo depois de uma devassa, os investigadores não conseguiram produzir uma prova sequer para denunciar Lula.”

Procuradas, as assessorias da presidente afastada e do PT não haviam respondido até a conclusão desta edição.

Renato Duque

Engenheiro e funcionário de carreira da Petrobrás, foi indicado em 2003, no primeiro ano do governo Lula, pelo PT para cuidar da estratégica Diretoria de Serviços da estatal, responsável por licitar os contratos e acompanhar as obras. Deixou a Petrobrás e 2012 e virou consultor em 2013.

Delatores

Duque foi citado por delatores como recebedor de propina operada principalmente pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Braço direito de Duque, o ex-gerente Pedro Barusco disse que Vaccari arrecadou, de 2003 a 2013, US$ 200 milhões de propina, cujo porcentual, por contrato, variava de 1% a 2%. Segundo Barusco, ele e Duque ficavam com metade da comissão.

Prisão

Duque foi preso em 14 de novembro de 2014, na 7ª fase da Lava Jato (Juízo Final), que mirou em empreiteiras. Foi solto um mês depois, por ordem do Supremo. Em 15 de março de 2015 voltou a ser preso, na 10ª fase da operação (Que País é Esse?), após tentar movimentar propina oculta no exterior.

Condenações

Duque foi sentenciado em três ações penais. Em duas delas, Vaccari também foi condenado.

 

Isto É

Ex-presidente da OAS delata ministro do STF Dias Toffoli

Em proposta de colaboração com a Justiça, Léo Pinheiro fala de suas relações com o magistrado e de uma obra em sua “mansão de revista”

Por Robson Bonin, Thiago Bronzatto e Rodrigo Rangel

 

INFILTRAÇÃO - Dias Toffoli: o ministro reafirmou que conhece o empreiteiro e garante que não pediu nem recebeu nada dele

INFILTRAÇÃO - Dias Toffoli: o ministro reafirmou que conhece o empreiteiro e garante que não pediu nem recebeu nada dele (Carlos Humberto/SCO/STF/VEJA)

Era um encontro de trabalho como muitos que acontecem em Brasília. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e o empreiteiro José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, então presidente da construtora OAS, já se conheciam, mas não eram amigos nem tinham intimidade. No meio da conversa, o ministro falou sobre um tema que lhe causava dor de cabeça. Sua casa, localizada num bairro nobre de Brasília, apresentava infiltrações e problemas na estrutura de alvenaria. De temperamento afável e voluntarioso, o empreiteiro não hesitou. Dias depois, mandou uma equipe de engenheiros da OAS até a residência de Toffoli para fazer uma vistoria. Os técnicos constataram as avarias, relataram a Léo Pinheiro que havia falhas na impermeabilização da cobertura e sugeriram a solução. É um serviço complicado e, em geral, de custo salgado. O empreiteiro indicou uma empresa especializada para executar o trabalho. Terminada a obra, os engenheiros da OAS fizeram uma nova vistoria para se certificarem de que tudo estava de acordo. Estava. O ministro não teria mais problemas com as infiltrações — mas só com as infiltrações.

A história descrita está relatada em um dos capítulos da proposta de delação do empreiteiro Léo Pinheiro, apresentada recentemente à Procuradoria-Ge­ral da República e à qual VEJA teve acesso. Condenado a dezesseis anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no escândalo do petrolão, Léo Pinheiro decidiu confessar seus crimes para não passar o resto dos seus dias na cadeia. Para ganhar uma redução de pena, o executivo está disposto a sacrificar a fidelidade de longa data a alguns figurões da República com os quais conviveu de perto na última década. As histórias que se dispõe a contar, segundo os investigadores, só são comparáveis às do empreiteiro Marcelo Odebrecht em poder destrutivo. No anexo a que VEJA teve acesso, pela primeira vez uma delação no âmbito da Lava-Jato chega a um ministro do Supremo Tribunal Federal.

No documento, VEJA constatou que Léo Pinheiro, como é próprio nas propostas de delação, não fornece detalhes sobre o encontro entre ele e Dias Toffoli. Onde? Quando? Como? Por quê? Essas são perguntas a que o candidato a delator responde apenas numa segunda etapa, caso a colaboração seja aceita. Nessa primeira fase, ele apresenta apenas um cardápio de eventos que podem ajudar os investigadores a solucionar crimes, rastrear dinheiro, localizar contas secretas ou identificar personagens novos. É nesse contexto que se insere o capítulo que trata da obra na casa do ministro do STF.

Tal como está, a narrativa de Léo Pinheiro deixa uma dúvida central: existe algum problema em um ministro do STF pedir um favor despretensioso a um empreiteiro da OAS? Há um impedimento moral, pois esse tipo de pedido abre brecha para situações altamente indesejadas, mas qual é o crime? Léo Pinheiro conta que a empresa de im­per­mea­bi­li­za­ção que indicou para o serviço é de Brasília e diz mais: que a correção da tal impermeabilização foi integralmente custeada pelo ministro Tof­fo­li. Então, onde está o crime? A questão é que ninguém se propõe a fazer uma delação para contar frivolidades. Portanto, se Léo Pinheiro, depois de meses e meses de negociação, propôs um anexo em que menciona uma obra na casa do ministro Toffoli, isso é um sinal de que algo subterrâneo está para vir à luz no momento em que a delação for homologada e os detalhes começarem a aparecer.

 

 

Veja

Presidente do COI elogia Paes e diz que faria Jogos Olímpicos no Rio novamente

Presidente do COI, Thomas Bach

Presidente do COI, Thomas Bach, diz que Jogos da Rio 2016 foi foram "icônicos" Reuters/Kevin Coombs/Direitos Reservados 

Um dia antes do final dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, fez uma avaliação positiva sobre a competição. De acordo com Bach, a edição deste ano pode ser considerada “icônica” e, apesar dos problemas sociais do Rio de Janeiro, não se arrepende de ter trazido os Jogos para a cidade.

“Mesmo se pudéssemos voltar no tempo, não mudaríamos a nossa decisão e traríamos os Jogos Olímpicos para o Rio de Janeiro. Foram icônicos, não só por serem os primeiros da América do Sul. Foram competições disputadas dentro de uma realidade social que não quisemos fugir. Não fizemos uma competição dentro de uma bolha. Enfrentamos e isso coloca o esporte em outra perspectiva", disse.

"Por isso, traríamos de novo”, afirmou.

Bach também não poupou elogios ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. De acordo com o presidente do COI, a cidade terá um legado que não se via desde que a capital do Brasil se mudou para Brasília. “Sem Eduardo Paes, não estaríamos aqui hoje. Ele queria impulsionar o desempenho desta cidade com os Jogos. Ajudou o COI a enxergar que podemos fazer competições em países que não estão no topo econômico do mundo”, disse.

Ele disse que foi gasto dinheiro público apenas em obras que serão legado para a cidade. “O metrô, o BRT, a estrada para Deodoro e algumas coisas não foram só para 17 dias. Eles atenderão novas gerações. Servirão para o desenvolvimento no longo prazo”, afirmou. 

Em relação à baixa procura de ingressos em algumas competições, o presidente do COI minimizou a questão e disse que o problema foi superado com o tempo: “Foi uma pena ter estádios vazios nos primeiros dias dos Jogos. Sabe-se que as vendas das entradas foram lentas por várias razões. Tivemos alguns desafios em termos de transportes e acesso a estádios. Mas isso melhorou. Vimos empolgação na maior parte dos estádios. Estive na final de badminton com ambiente fantástico e não preciso falar do ambiente da Arena de Copacabana na final do vôlei de praia”.

Segurança

Sobre a segurança pública, questão que preocupava o comitê antes do início dos Jogos, ele disse que os problemas ocorridos não foram exclusividade do período olímpico. “Temos total confiança nas autoridades e no sistema de segurança. Houve incidentes, mas é parte de uma realidade social do Rio. Isso não acontece só durante os Jogos Olímpicos”, disse.

O presidente do COI não quis comentar os casos específicos dos nadadores norte-americanos acusados de darem uma falsa queixa de assalto, de atletas australianos multados e detidos por algumas horas por alterar credenciais e da prisão de Patrick Joseph Hickey, membro do COI acusado de participar de um esquema de falsificação de ingressos.

“Nós respeitamos a Justiça e as autoridades brasileiras. Vamos esperar as decisões e, no que nos cabe, já abrimos ações disciplinares. Vamos manter a presunção da inocência”, destacou.

 

 

Agência Brasil

 

Espaço Rio de Janeiro reúne 181 mil pessoas nos Jogos Olímpicos

 

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Iniciativa oficial do governo fluminense instalada dentro de um armazém na região portuária da capital, o Espaço Rio de Janeiro deve reunir até amanhã (21), quando se encerram os Jogos Olímpicos, pelo menos 181 mil pessoas. Desde o dia 4, o local oferece atividades esportivas variadas, como remo na Lagoa Rodrigo de Freitas, escalada na Pedra da Gávea e ciclismo na orla.

A estimativa foi divulgada hoje (20) pela organização do Espaço Rio de Janeiro e baseia-se no aumento da média diária de público observada nos últimos dias. O projeto foi idealizado em conjunto pelas Secretarias Estaduais da Casa Civil; do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Serviços; do Turismo e Cultura, e implementado pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), por meio do Serviço Social do Comércio (Sesc-RJ).

O Espaço Rio de Janeiro, que ocupa uma área de 7 mil metros quadrados, atraiu também cerca de 3,7 mil empresários, investidores e autoridades de todo o mundo. Eles participaram de mais de 20 eventos de negócios e demonstraram interesse nos segmentos de turismo, audiovisual, transporte e ciência.

Produtos com a marca do design especial do Rio, como móveis, jóias e roupas, foram expostos aos visitantes que tiveram também a oportunidade de acompanhar aulas de gastronomia dadas por chefs dos cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Rio de Janeiro (Senac-RJ).

Uma das atrações mais procuradas foi um cinema em 360 graus, com efeitos sonoros e interativos, que permitiu que os visitantes fizessem uma viagem sensorial a pontos turísticos do Rio.

 

Agência Brasil

 

Guarda Municipal retira estrutura montada por ONG que criticava legado olímpico

 

Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil

A Guarda Municipal do Rio de Janeiro retirou a estrutura montada pela organização não governamental Rio de Paz, na Praia de Copacabana, que simulava uma favela e questionava o legado olímpico para a população pobre da cidade. O ato da ONG teve início às 6h com a montagem da estrutura e deveria permanecer até as 17h. Por volta das 8h30, os agentes retiraram o material, composto por papelão, plástico e madeira.

manifestação praia

A ONG Rio de Paz fez ato na Praia de Copacaba questionando o legado olímpico para  a população pobre da cidadeAkemi Nitahara/Repórter da Agência Brasil

O fundador da ONG, Antônio Carlos Costa, disse que a ONG faz protestos e monta estruturas semelhantes à de hoje desde 2007 e nunca sofreu repressão das autoridades. “A Guarda Municipal destruiu os nossos barracos, que representavam as reivindicações de milhões de pobres que não viram legado nenhum para favela por conta dessa olimpíada”, disse.

“A olimpíada começou sem que o povo fosse consultado, gastou-se dinheiro público no que não era prioritário. E agora, uma manifestação pacífica, silenciosa, é obstaculizada por conta da preocupação do Rio de Janeiro com a sua imagem. Mas que imagem é essa? Todos sabem que nós somos uma sociedade violenta, sanguinária, que aqui reina a exclusão e que as arenas esportivas não revelam o cotidiano do Rio de Janeiro”, criticou.

Guarda Municipal retira materiais da ONG Rio de Paz da Praia de Copacabana

Guarda Municipal retira materiais da ONG Rio de Paz da Praia de CopacabanaAkemi Nitahara/Repórter da Agência Brasil

De acordo com ele, a ONG deixou para fazer o ato no final dos Jogos para não atrapalhar o bom andamento da Olimpíada. “Poderíamos ter feito no início, poderíamos ter realizado manifestação de rua, temos poder para isso, fizemos no final para não prejudicar os Jogos Olímpicos e acontece isso [retirada dos materiais que estavam na praia]. O Rio de Janeiro termina a olimpíada de uma forma péssima.”

Responsável pela operação da Guarda Municipal, o inspetor Brum afirma que a ação foi baseada no código de posturas da prefeitura, que proíbe a montagem de qualquer estrutura na praia. “A manifestação é pacífica, ela pode ocorrer, tanto que os manifestantes se colocaram de uma maneira extraordinária, uma consciência política excepcional, não se colocaram contra a desmontagem da estrutura porque eles sabem que isso infringe uma legislação da prefeitura, está relacionado às posturas municipais”.

O inspetor nega que tenha havido ordens superiores para impedir a manifestação. “Apenas a estrutura foi retirada, não a manifestação. Temos que separar essas questões. Todas as vezes que eles montam, a gente vem e pede, da forma que vocês acompanharam, para que seja desmontado. Pode levar um tempo maior ou um tempo menor, a gente trabalha no diálogo. Fico muito feliz que as pessoas estejam ganhando essa consciência política e estejam fazendo isso de uma maneira tranquila e harmônica”.

O fundador da ONG diz que esta é a terceira vez que a entidade simula uma favela no local e que nunca teve os materiais destruídos ou retirados da praia. “Já montamos manifestação com favela, já fizemos de pegar toda a praia, com 700 cruzes, já colocamos 7 mil cocos e nunca tivemos problemas, a Guarda Municipal nunca interveio. Não há a mínima dúvida de que nós estamos incomodando. Há interesses políticos, interesses econômicos. Não são respeitados nessa cidade os interesses dos miseráveis. É a preocupação com a imagem do Rio.”

Durante a retirada do material, os manifestantes se sentaram atrás de uma faixa colocada ao lado do calçadão. Com punhos amarrados e bocas amordaçadas por fita adesiva preta, eles criticaram a censura e a repressão ao ato na praia.

 

Agência Brasil

 

Maternidade-escola da UFC se torna referência em boas práticas de atendimento

 

Edwirges Nogueira - Correspondente da Agência Brasil

Maternidade escola Assis Chateaubriand, da Universidade Federal do Ceará

Maternidade-escola Assis Chateaubriand, da Universidade Federal do CearáEdwirges Nogueira/Agência Brasil

Conhecida pelas boas práticas de atendimento a mães e recém-nascidos, a Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac), em Fortaleza, tornou-se um exemplo a ser seguido por outros estabelecimentos de saúde do Nordeste e do Brasil. O Ministério da Saúde concedeu à unidade o primeiro título de Centro de Apoio ao Desenvolvimento da Atenção Obstétrica e Neonatal do país. Com isso, os projetos e as ações do hospital podem ser adotados em outros hospitais.

Quem anda pelos corredores da Meac se depara com paredes pintadas com motivos infantis e fotos de bebês. Ao lado da UTI Neonatal, um grande painel grafitado mostra criaturas do fundo do mar. Nos corredores das enfermarias, fotos de recém-nascidos que passaram pela unidade encantam pais, visitantes e profissionais. Em um dos leitos, um pai segura seu bebê nos braços. A livre permanência do companheiro ou companheira nas enfermarias é uma das boas práticas da instituição.

“Eu acredito que essa assistência diferenciada tem impacto muito significativo na saúde da paciente e de sua criança. Ninguém pode olhar melhor para sua esposa do que seu próprio companheiro. Se algo estiver errado, ele vai alardear, vai buscar socorro imediatamente. Isso aumenta a segurança para a paciente e também o seu conforto e gratidão”, destaca o gerente de Atenção à Saúde do hospital, Carlos Augusto Alencar Júnior.

A maternidade-escola é referência no Ceará em gestação de alto risco. Foi por causa dessa característica que a dona de casa Maralina Gomes dos Santos, 24 anos, foi encaminhada à unidade. A situação de pré-eclâmpsia grave fez com que Gael, hoje com um mês, nascesse prematuro, no sétimo mês de gestação.

Após ter dificuldades na amamentação, mãe e filho foram encaminhados para a unidade Canguru, onde os profissionais estimulam o contato físico constante entre pais e bebês. Dez dias depois, Gael já consegue se alimentar quase integralmente mamando no peito e está prestes a sair da sonda. A evolução também se reflete no peso: ele nasceu com 1,680 quilo (kg) e hoje já está com 2,556 kg.

“Quem é mãe de primeira viagem tem certas dúvidas, principalmente com bebês prematuros: não sabe como pegar direito, qual a forma certa de dar banho, trocar uma fralda. Aqui nos ensinam a cuidar deles. Passamos a maior parte do tempo com eles no colo e isso é muito legal. Tanto é bom para a mãe quanto para o filho.”

O pai de Gael, Jonathan Nunes de Sousa, 22 anos, também faz parte da unidade Canguru. O contato próximo com o filho é estimulado todos os dias. “Eu gosto de ficar perto dele e dela. Fico com ele nos braços, converso, dou aquela atenção e aquele amor, que acho essenciais entre pai e filho.” Os bons resultados da unidade fizeram da Meac um hospital formador do método Canguru.

Outras atividades que se destacam entre as boas práticas do hospital são a visitação de avós e irmãos aos bebês internados na UTI neonatal e a utilização de métodos não medicamentosos para alívio da dor durante o trabalho de parto, como alongamentos e massagens. A maternidade tem um centro de parto normal com dez salas individuais.

O título de Centro de Apoio é um reconhecimento adotado pelo Ministério da Saúde para fazer com que determinados hospitais se tornem multiplicadores de boas práticas no atendimento obstétrico e neonatal. Até então, a única unidade considerada matriciadora dessas boas práticas era o Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte (MG). A maternidade-escola da UFC passou por rigorosa avaliação que durou três anos. Ao tornar o hospital o primeiro Centro de Apoio, o ministério segue com o planejamento de conceder esse reconhecimento a outras unidades – pelo menos uma por região.

“Na prática, somos uma vitrine, o que nos dá uma responsabilidade muito grande. A gente passa a ser uma instituição que pode ser vista, visitada e replicada. Podemos passar a mostrar que o que fazemos é adequado ao que o Ministério da Saúde considera como boas práticas para o parto e nascimento. Tudo visa a um atendimento com segurança e qualidade. A rebote do que consideramos assistência de qualidade, sem dúvida, vem o ensino adequado”, afirma Alencar Júnior. A unidade faz parte do complexo de hospitais da Universidade Federal do Ceará (UFC) e é gerenciada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

A partir desse reconhecimento, há também uma expectativa de que a população procure mais a maternidade, que funciona integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por sua característica de atendimento a gestações de alto risco, o hospital já recebe grande número de mães e bebês que necessitam de cuidados intensivos.

Neste ano, a UTI neonatal ficou superlotada em dois momentos. Segundo o gerente de Atenção à Saúde, um novo prédio está em construção para melhorar a emergência e ampliar as UTIs, que passarão de 21 para 30 leitos. A unidade de médio risco, hoje com 30 leitos, terá sua capacidade dobrada para 60.

A unidade Canguru, que hoje recebe cinco famílias, vai poder atender a 12 e há o plano de expandir o método para todos os setores do hospital. “Acredito que teremos de, continuamente, nos remodelar, pois as boas práticas de hoje podem ser modificadas a cada dia. Isso somente aumenta nossa responsabilidade de fazer um serviço que satisfaça cada vez mais a população”, ressalta Alencar Júnior.

 

Agência Brasil

 

 

Apresentação teve uma bela homenagem à música brasileira e colocou todo mundo pra sambar <3 http://glo.bo/2bTmh1W

Seleção brasileira de ginástica rítmica fica em 9º lugar e está fora da final

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Segundo a polícia, foi uma confusão entre dois grupos rivais de adolescentes: http://glo.bo/2b6y7VD

Adolescente de 17 anos é esfaqueada em briga na porta da escola, em Brasília

G1.GLOBO.COM

 

 

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Inaugurada, na China, a maior e mais longa ponte de vidro do mundo

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Ministério Público denuncia atletas australianos por uso de credencial falsa

 

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil

Os nove atletas australianos detidos por terem apresentado credenciais falsas foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) por uso de documento falso. Eles foram flagrados ontem (19) à noite tentando entrar na Arena 3, onde ocorria o jogo de basquete entre Austrália e Sérvia, com credenciais fraudadas da Rio 2016.

A ação tramita no Plantão dos Postos Avançados do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos, em funcionamento no Parque Olímpico Barra da Tijuca. Ao todo, foram apreendidas dez credenciais, das quais a perícia constatou falsificação em nove.

Os atletas Ashlee Ankudinoff, Edward Jenkins, Fiona Albert, Olympia Aldersey, Lucy Stephan, Melissa Hoskins, Alec Pott, Ryan Tyack e Simon Orchard apresentaram credenciais com adesivos para a entrada no setor reservado aos atletas de basquete. A fraude foi descoberta, e a Força Nacional os encaminhou para a delegacia de polícia.

De acordo com o MP-RJ, os atletas receberam liberdade provisória depois de o juizado receber a denúncia. Eles tiveram os passaportes retidos e não podem deixar o país até pagar a multa estipulada em R$ 10 mil para cada. Também estão proibidos de frequentar arenas olímpicas a não ser as quais competirão.

Em nota, o Comitê Olímpico Australiano (AOC) pediu desculpas aos atletas e negou que o problema tenha sido provocado por eles. O AOC informou que fará uma investigação interna sobre o incidente e comprometeu-se em pagar a multa imposta pela Justiça brasileira e em dar apoio aos atletas e a seus parentes.

“Por razões legais, não estou em uma posição de explicar, a não ser para dizer que é importante saber que os atletas australianos definitivamente não são culpados. Estou muito desapontado que nossos atletas tiveram que passar pelo que passaram a noite passada”, disse na nota o chefe da missão australiana, Kitty Chiller.

Em coletiva de balanço dos Jogos Rio 2016, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou que ainda ter sido informado oficialmente do incidente. Ele disse que respeita a justiça e as autoridades brasileiras e que o COI vai abrir investigações internas para apurar o caso no âmbito esportivo.

 

Agência Brasil

 

 

Quilombo ameaçado por ação judicial no Rio luta para manter atividades culturais

 

Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil

Artistas, ativistas e quilombolas voltam a se reunir hoje (20) em torno da cozinha de dona Tina, 72 anos, na Comunidade Quilombola Sacopã, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Em vez da tradicional feijoada acompanhada de roda de samba – proibidas pela Justiça – a atração deste sábado é o cozido da matriarca, que será preparado para um grupo disposto a protestar contra decisão judicial de penhora de bens do líder Luiz Sacopã, 73 anos, multado por fazer “atividades comerciais” na comunidade, incrustada em um parque natural municipal no bairro.

Rio de Janeiro - Quilombo Sacopã, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Justiça penhora bens da comunidade quilombola em um processo tramitado por 30 anos na justiça. Na foto Albertina Martins Pinto, esposa de Luiz Sacopã. (

Justiça determinou penhora de bens da comunidade quilombola em um processo que tramita há 30 anos na justiça. Na foto, Luiz Sacopã e sua esposa, Albertina Martins Pinto, a dona TinaTânia Rêgo/Agência Brasil

Um dos quilombos urbanos do Rio, Sacopã reúne 30 descendentes do mesmo núcleo que se instalou no local no início do século 20. Nos anos 1960, a família transformou a feijoada com roda de samba em símbolo e principal atividade de subsistência, atraindo artistas como João Nogueira, Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho. A confraternização, no entanto, incomodou os novos vizinhos, de classe alta, que passaram a questionar o evento na Justiça, conta Sacopã.

“Somos uma família de quilombolas cercados de condomínios de alto luxo, em um local onde o metro quadrado custa R$ 18 mil. Aqui não mora pobre. E pobre, a maioria é preto, então não vai morar, é uma luta tremenda para nos colocar para fora”, lamentou. “O problema não é o samba, que era feito dentro do horário, direitinho, é a gente mesmo”, desabafou.

Ações

As primeiras ações judiciais foram movidas contra as atividades culturais na comunidade datam de 1989, segundo a Defensoria Pública do Estado que acompanha o caso, e questionam a permanência dos quilombolas no local sem título de propriedade. Reconhecido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o quilombo Sacopã fica dentro do Parque Natural Municipal José Guilherme Merchior, o que dificulta sua titulação sem a participação da prefeitura que precisa rever os limites da unidade de conservação.

Sob o argumento de que as atividades – incluindo aulas de jongo e capoeira – são incompatíveis com as características da área, residencial, e não podem ser realizadas em unidades de conservação integral, a Justiça determinou a suspensão das iniciativas. Já a penhora de bens, contestada pelos moradores, é o resultado da execução de uma multa da prefeitura por essas atividades. “O bar que eles citam na ação não funciona há 30 anos. Era gerenciado pela minha mãe e minha irmã, que até morreram. A intenção dessas multas é nos intimidar e nos tirar daqui”, disse. Procurada, a prefeitura do Rio não comentou a possibilidade de anular a cobrança.

Outra preocupação com a penhora de bens é a perda de um carro, modelo Polo 2005, utilizado para levar o morador do quilombo Braulio Nazaré, 59 anos, tetraplégico, a sessões de fisioterapia. “Quer dizer, eles não estão interessados em saber o que acontece, mas em nos prejudicar”, reclamou Sacopã.

Conhecedor da comunidade, o antropólogo e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Fábio Reis Mota acredita que as ações que se amontoam contra o quilombo são uma forma de sufocar a comunidade. “Sendo composta por negros e pobres, incrustados no coração da zona sul carioca, a família Sacopã torna-se o modelo da política de produção de injustiças por meio da Justiça. A contestação empírica disso são as diversas ações que visam a esgarçar o modo de vida, inviabilizando sua reprodução econômica, social e política.”

Rio de Janeiro - Quilombo Sacopã, na Lagoa Rodrigo de Freitas. Justiça penhora bens da comunidade quilombola em um processo tramitado por 30 anos na justiça. ( Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Justiça determinou penhora de bens da comunidade quilombola em um processo que tramita há 30 anos na justiçaTânia Rêgo/Agência Brasil

O antropólogo lembra que em um dos processos contra a roda de samba, a desembargadora que manteve a proibição da atividade cultural argumentou que se a família desejava manter a prática, deveria transferi-la a Madureira, na zona norte, um dos redutos do ritmo. “O samba do quilombo continua sendo assunto de polícia, como era no início do século 20”, comparou Mota.

Para prestar apoio ao Quilombo Sacopã, o encontro deste sábado vai servir para planejar uma grande manifestação, em setembro, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, em defesa das tradições culturais e da permanência da comunidade no bairro.

“O que está em jogo é a sobrevivência de uma comunidade centenária, símbolo da resistência de uma família, de um povo. É preciso respeitá-la”, disse o presidente da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcelo Dias. Ele lembrou que, em 2011, a entrada de Sacopã chegou ser fechada com correntes.

Defensoria vai recorrer

A questão é monitorada pela Defensoria Pública que tenta, sem sucesso, recorrer das decisões. Um novo recurso será apresentado no fim de agosto. “A ação original é muito antiga, de 1989, movida pelos condomínios contra o Luiz Sacopã e sua família. Foi julgada procedente e vem sendo executada ao longo dos anos”, explicou a coordenadora do Núcleo contra a Desigualdade Racial (Nucora), defensora pública Lívia Cásseres, que acompanha o caso.

Barulho

O presidente da Associação de Moradores da Fonte da Saudade, Rafael Szabo, disse que a ação dos condomínios incomodados pelo barulho e pela movimentação da rua em dias de samba é compreensível. “Fazer um evento para mil pessoas, com música alta, em área residencial, em área de morro, claramente o som vai ecoar e afetar os moradores. É um fato”, ponderou.

Luiz Sacopã que tocava nas rodas de samba disse que o evento tinha capacidade para até 180 pessoas - o limite da varanda - e que não passava do horário permitido, 20h.

Após a proibição, o local passou a ser monitorado por uma patrulha da Polícia Militar 24h.

 

Agência Brasil

 

 

Rússia conquista ouro inédito no handebol feminino

 

rússia handebol feminino

A Rússia derrotou a França e conquistou a medalha de ouro no handebol femininoReuters/Marko Djurica/Direitos Reservados 

A Rússia derrotou a França e conquistou a medalha de ouro no handebol feminino, hoje (20), nos Jogos Olímpicos Rio 2016. O placar final ficou em 22 a 19. Essa foi a primeira vez que a Rússia conquistou medalha de ouro nessa modalidade em Olimpíadas.

No primeiro tempo, a Rússia saiu na frente, com dez gols contra sete da França. No segundo tempo, a França reagiu e conseguiu empatar o jogo em 14 gols, mas logo a Rússia conseguiu dominar o jogo novamente.

Mais cedo, na disputa pela medalha de bronze, a Noruega, bicampeã olímpica, venceu a Holanda por 36 a 26. A Noruega foi ouro em Pequim 2008 e em Londres 2012. Nos Jogos Olímpicos do Rio, a Noruega era uma das favoritas, mas ao ser derrotada pela Rússia na última quinta-feira (18), perdeu a chance de concorrer à medalha de ouro.

 

Agência Brasil

Brasil vence Alemanha e conquista primeiro ouro olímpico do futebol

A seleção brasileira de futebol é campeã olímpica dos Jogos Rio 2016. O ouro foi conquistado nos penalties, após o empate tenso de 1 a 1 nos 120 minutos de duração da partida. O título veio na quinta bola chutada por Neymar, após o goleiro Weverton ter defendido o penalty cobrado pelo jogador alemão.

O Brasil abriu o placar com o gol de Neymar, aos 26 minutos de jogo, em cobrança de falta. Em comemoração, Neymar repetiu o gesto de imitar um raio do jamaicano tricampeão olímpico de atletismo, Usain Bolt, presente no estádio. Bolt vibrou com o gol de Neymar.

Empate

Meyer, da Alemanha empatou, aos 13 minutos do segundo tempo. O gol de ocorreu após uma falha da defesa brasileira, numa bola rebatida. A partir daí, as duas equipes fizeram um jogo tenso com várias chances de gols perdidas pelas duas seleções.

História de uma conquista

Foram necessários 64 anos, mas a seleção brasileira enfim chega ao ouro nos Jogos Olímpicos, numa conquista que serve de redenção para uma geração de jogadores que, pelo menos, desde a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, vinha sendo apontada como desprovida de grandes craques, assim como a responsável pelo rebaixamento da seleção brasileira do papel de protagonista para o de coadjuvante no futebol mundial.

A seleção brasileira conquista ouro olímpico com vitória sobre a Alemanha no Maracanã. Neymar abriu o placar com um gol de falta no primeiro tempo da partida

A seleção brasileira conquista ouro olímpico com vitória sobre a Alemanha no Maracanã. Neymar abriu o placar com um gol de falta no primeiro tempo da partidaDivulgação/Confederação Brasileira de Futebol

Quis também o destino que o ouro fosse proporcionado por uma vitória sobre a Alemanha, país que derrotou o Brasil por 7 x 1 na semifinal do Mundial de 2014, no Brasil. O feito de agora passou longe de ser encarado pelos brasileiros como uma revanche para o fiasco de dois anos atrás. Um dos motivos é o de a seleção olímpica alemã ter em seu elenco somente um jogador que estava presente no Mundial, o zagueiro reserva Mathias Gunter. Mas esse foi um ingrediente a mais para incrementar o sabor de ganhar em casa um título há muito sonhado.

Rio de Janeiro - A seleção brasileira de futebol enfrenta a Alemanha, no Maracanã, em busca da medalha de ouro nas Olimpíadas Rio 2016 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Neymar fez o gol na quinta cobrança de penalty. Depois o goleiro Veverton defenderia a bola que deu a medalha de ouro para a seleção brasileira.Fernando Frazão/Agência Brasil

A perseguição ao ouro olímpico, último grande título internacional que faltava ao Brasil no futebol, ganhou contornos de obsessão nas últimas décadas, sentimento que acabou catalisado nestes Jogos Olímpicos, pelo fato do elenco jogar em casa, na primeira Olimpíada na América do Sul.

História começa em Helsinque

O Brasil estreou nos Jogos Olímpicos em 1952, em Helsinki, quando ficou em quinto lugar, após uma derrota nas quartas de final justamente para a Alemanha. Desde então foram conquistados dois bronzes, em Atlanta (1996) e Pequim (2008). As pratas foram fruto de três derrotas em finais: em Los Angeles para a França, em 1984; em Seul para a União Soviética, em 1988; e em Londres para o México, em 2012.
Foram necessárias portanto quatro finais para que os jogadores brasileiros finalmente pendurassem o ouro no pescoço, numa competição que ao longo dos anos ficou marcada pela zebra, tendo como medalhistas no passado países sem nenhuma chance em Copas do Mundo, como Bulgária, Suíça, Japão e Camarões.

O fenômeno se deve à restrição imposta pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), que permitem a participação nos Jogos somente de atletas abaixo dos 23 anos, com três exceções para cada país. A medida serve para amenizar o protagonismo midiático do futebol sobre outros esportes e equilibrar o torneio, ao contribuir para a ausência de grandes craques.

Uma dessas zebras foi a marcante derrota dos brasileiros para a Nigéria na semifinal de 1996, em Atlanta, quando a seleção era comandada por Zagalo e tinha os astros Bebeto, Ronaldo e Rivaldo na dianteira. O Brasil marcou um gol de falta logo nos primeiros dois minutos e terminou o primeiro tempo vencendo por 3 x 1. Mas a equipe derreteu na segunda etapa, cedendo o empate no tempo regulamentar. Na prorrogação, tomou o gol de ouro. Na disputa pelo bronze, o time se recuperou, goleando Portugal por 5 x 0.

Primeria medalha

A primeira medalha pode também ser considerada uma zebra, pois surgiu quando ninguém esperava. A prata em Los Angeles (1984) foi conquistada por um time formado sem o apoio da CBF, com um elenco composto por jogadores quase que exclusivamente do clube gaúcho Internacional, incluindo Gilmar Rinaldi e Dunga, e comandado por um técnico novato, Jair Picerni. Acabaram perdendo a final por 2 x 0 para a França.

Rio de Janeiro - Brasil e Alemanha disputam a medalha de ouro no futebol masculino (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Neymar abraça o zagueiro Rodrigo Caio após fazer o gol do Brasil contra a Alemanha, no primeiro tempo da partidaFernando Frazão/Agência Brasil

Nos Jogos seguintes, em Seul (1988), a história era outra. Treinado pelo experiente Carlos Alberto Silva, o elenco contava com astros que viriam a ser tetracampeões mundiais com a amarelinha, entre eles o goleiro Taffarel e os atacantes Bebeto e Romário. Mais uma decepção na final, com derrota de 2 x 1 para a União Soviética.

Eliminado na primeira fase em Roma (1960), Tóquio (1964) e Cidade do México (1968), o Brasil sequer se classificou para Barcelona (1992). Mas seria em Sidney (2000) que a canarinha protagonizaria talvez a maior decepção de sua trajetória olímpica, ao ser eliminada novamente por um gol de ouro, dessa vez por Camarões, na quarta de final. O fiasco custou o cargo de Vanderlei Luxemburgo como técnico, e a seleção voltaria a ficar fora de uma Olimpíada na edição seguinte, em Atenas (2004).

Jogos de Pequim e Londres

Em Pequim (2008), sob o comando de Dunga e tendo Ronaldinho Gaúcho como capitão, a seleção brasileira voltaria ao pódio, conquistando o bronze sobre a Bélgica após ter perdido a semifinal para a bicampeã olímpica Argentina. Mas seria em Londres (2012) que uma nova decepção marcaria o Brasil: depois de chegar sem dificuldades à final, o time perdeu para o México por 2 x 1.

Para chegar ao tão sonhado ouro, Neymar e companhia superaram toda a carga pesada de decepções passadas da seleção em Olimpíada e em torneios internacionais disputados no Brasil. Ao fim, eles conseguiram se recuperar de um início de campanha apático e deram finalmente ao torcedor o direito gritar “É campeão” a plenos pulmões em casa, no Maracanã.

 

Agência Brasil

 

Ouro no futebol garante melhor campanha do Brasil em Olimpíadas

 

Da Agência Brasil

A vitória da seleção brasileira na final do futebol nos Jogos Olímpicos de 2016 sobre a Alemanha nos pênaltis, no Maracanã, garantiu a melhor campanha do Brasil em Olimpíadas. Com seis medalhas de ouro, o país superou o recorde de cinco medalhas obtidas nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.

Em relação ao número de medalhas, o Brasil garantiu 18 até o penúltimo dia de competição, uma a mais que as 17 registradas nos jogos de Londres, em 2012. Amanhã (21), a seleção masculina de vôlei disputará o primeiro lugar contra a Itália, podendo conquistar a sétima medalha de ouro.

Pela manhã, a dupla de canoístas formada pelos baianos Isaquias Queiroz e Erlon Silva havia assegurado o recorde numérico de medalhas ao conquistar a prata na prova de 1 mil metros da canoa dupla. Além de Isaquias ser o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas olímpicas em uma mesma edição dos jogos, o país garantiu, pela primeira vez, a conquista de 18 medalhas em uma olimpíada.
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Com a conquista do ouro no futebol, o Brasil saltou para o 13º lugar no quadro de medalhas, também a melhor campanha de sua história nesse ranqueamento. Nesse quesito, a melhor campanha já registrada havia sido o 16° lugar nos Jogos de Atenas.

 

Agência Brasil

 

Nosso futebol não está morto, diz técnico da seleção após medalha de ouro

 

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

A torcida verde e amarela soltou o engasgado grito de "é campeão", no Maracanã, após a conquista da medalha de ouro na final olímpica contra a Alemanha, na noite de hoje (20). O técnico da seleção vitoriosa, que começou a Olimpíada muito criticada e terminou literalmente nos braços da torcida, espera que a medalha vire uma página no futebol brasileiro e traga de volta o orgulho de torcer pelo esporte que continua a ser uma das grandes paixões nacionais.

Rio de Janeiro - Neymar e Gabriel Jesus comemoram com o técnico Rogério Micale mais um gol na goleada de 6 a 0 da seleção brasileira contra Honduras (Reuters/Bruno Kelly/Direitos Reservados)

O  técnico Rogério Micale elogiou os jogadores que bateram os pênaltis que decidiram a partida e também o goleiro Weverton, que conseguiu defender um dos chutes dos alemãesReuters/Bruno Kelly/Direitos Reservados

"É uma fase que passou, e agora, para o futuro, vamos ter  mais tranquilidade para lidar com essa situação. O nosso futebol não está morto", disse Rogério Micale na entrevista concedida à imprensa após a partida. "Acredito muito no potencial dos jogadores”, completou, ressaltando que a seleção pode apresentar um futebol ainda melhor.

Micale falou de sua realização pela conquista do ouro e disse que espera ter contribuído para a seleção principal, treinada por Tite. "A gente tem uma geração muito boa que, com esse amadurecimento tático, acredito que tem muitas chances de cada vez mais contribuir com o nosso futebol e desenvolver os seus talentos".

O  técnico elogiou os jogadores que bateram os pênaltis que decidiram a partida e também o goleiro Weverton, que conseguiu defender um dos chutes alemães e possibilitou a vitória, com o pênalti convertido em gol por Neymar. "O fato de ele ter marcado o último gol é importante porque é uma referência para o nosso futebol", disse Micale. "A gente sabe da qualidade que ele tem, do ícone que é do futebol brasileiro. Fico feliz que tenha finalizado a série", acrescentou.

Neymar deve deixar a braçadeira de capitão da seleção à disposição para que Tite decida quem será o líder do time em campo. Para Micale, esse gesto mostra amadurecimento do principal jogador da seleção brasileia. "Ele se mostrou um líder, um cara extremamente dedicado e saio com as impressões mais positivas a respeito dele", disse.

Os medalhistas de ouro fizeram festa no estádio após a classificação e chegaram à zona mista de imprensa ainda eufóricos. Renato Augusto, que teve uma boa atuação na partida, disse estar muito emocionado por ter sido criado no bairro da Tijuca, onde fica o Maracanã.

Rio de Janeiro - A seleção brasileira de futebol enfrenta a Alemanha, no Maracanã, em busca da medalha de ouro nas Olimpíadas Rio 2016 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

A seleção brasileira de futebol vence a Alemanha e conquista ouro inédito na OlimpíadaFernando Frazão/Agência Brasil

"Sou tijucano. Sou daqui. Então, é difícil dizer até o que eu sinto. A ficha não caiu ainda. É algo especial, minha família estava aqui, meus amigos estavam aqui. Como ainda não tenho filho, pode ser um dos melhores dias da minha vida", afirmou.

O zagueiro Rodrigo ressaltou que o jogo foi extremamente difícil, mas encarado com muita concentração pelos brasileiros. "Conseguimos fazer um belíssimo trabalho e terminamos com o título".

Mais uma vez, ele afastou a interpretação de que o jogo se tratava de uma revanche contra a Alemanha, depois da semifinal da Copa do Mundo, quando o Brasil foi derrotado por 7 a 1. "A gente focou somente nesta competição e em fazer o nosso trabalho", afirmou.

 

Agência Brasil

 

 

Maicon Siqueira conquista bronze para o Brasil no taekwondo

 

Michèlle Canes – Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro Maicon Siqueira vence o britânico Mahama Cho e conquista bronze para o Brasil na categoria acima de 80 kg do taekwondo (Reuters/Peter Cziborra/Direitos Reservados)

Rio de Janeiro – Britânico chegou a abrir vantagem, mas atleta brasileiro virou no terceiro round e venceu por 5 pontos a 4Reuters/Peter Cziborra/Direitos Reservados

O Brasil ganhou a 18ª medalha nos Jogos Olímpicos de 2016. O brasileiro Maicon Siqueira conquistou o bronze no taekwondo na categoria acima de 80 quilos masculino na noite deste sábado (20). A disputa foi contra o britânico Mahama Cho na Arena Carioca 3. Essa foi a segunda medalha brasileira na modalidade desde que o esporte começou a ser oficialmente disputado em 2000, nos Jogos Olímpicos de Sydney.

Na disputa, o primeiro round terminou sem marcação de pontos. No segundo, Cho abriu vantagem e marcou 3 pontos, mas foi penalizado, e o brasileiro ganhou um ponto. A vitória de Maicon Siqueira veio no terceiro round, quando o brasileiro fechou a luta com 5 pontos a 4.

Antes de disputar a medalha, Siqueira tinha ganhado a repescagem contra o francês Bar Diaye, por 5 pontos a 2. A medalha de ouro foi conquistada pelo atleta do do Azerbaijão Radik Isaev. A prata ficou com o nigeriano Abdoulrazak Issoufou Alfaga, que havia derrotado Siqueira nas quartas de final.

Com o bronze, o Brasil tem 18 medalhas, seis de ouro, seis de prata e seis de bronze. O país está na 13ª classificação no quadro de medalhas, a melhor campanha olímpica de todos os tempos. O Brasil já está com a 19ª medalha garantida. Amanhã (21) à tarde, a seleção masculina de vôlei disputa o ouro contra a Itália.

 

 

Agência Brasil

 

 

Maicon Siqueira marcou ponto nos últimos segundos:http://glo.bo/2bwEy3q

Brasileiro vira resultado da luta e conquista bronze no taekwondo

G1.GLOBO.COM

 

Medalha inédita fez o país vibrar: http://glo.bo/2bmvTQI

Torcedores em todo o Brasil comemoram o ouro no futebol masculino

G1.GLOBO.COM

 

Vitória foi nos pênaltis, no Maracanã: http://glo.bo/2brdcKN

Brasil vence a Alemanha e conquista ouro inédito no futebol masculino

G1.GLOBO.COM

 

 

Annete Edmondson, medalha de bronze em Londres, viajou para Salvador a fim de encontrar a baiana Vanessa Francisca dos Santos:http://glo.bo/2b6CLEg

Ciclista australiana aproveita vinda ao Brasil para conhecer afilhada em projeto social

G1.GLOBO.COM

 

Isaquias Queiroz será o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento

 

Nathália Mendes e Edgard Matsuki – Enviados especiais do Portal EBC

Isaquias Queiroz conquista a medalha de prata na canoagem de velocidade

Isaquias Queiroz conquistou duas pratas e um bronze nos Jogos Olímpicos do RioReuters/Damir Sagolj/Direitos Reservados

Recordista do país em número de medalhas em uma mesma edição dos Jogos Olímpicos, com dois ouros e um bronze, o canoísta Isaquias Queiroz puxará a delegação brasileira no desfile de encerramento, que ocorre neste domingo (21), às 20h, no Maracanã. Ele foi escolhido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para ser o porta-bandeira do país, posto ocupado pela pentatleta Yane Marques na festa de abertura.

Isaquias foi informado da honraria a caminho do Espaço Time Brasil, onde concedeu entrevista coletiva hoje (20) à tarde. “Chegou a notícia quando eu estava dentro da van. Para mim é uma honra poder representar o Brasil inteiro. Levar a bandeira. Isso para mim é muito gratificante, receber reconhecimento por toda equipe. Não é só eu que vou estar ali. É toda a minha equipe que vai estar representada. E o Brasil inteiro”, afirmou o atleta.

Em sua primeira participação olímpica, o baiano medalhou em três provas diferentes da canoagem velocidade – prata na canoa individual de mil metros, bronze na canoa individual de 200 metros e prata na canoa dupla de mil metros, ao lado de Erlon Silva – e deixou para trás nomes como os atiradores Guilherme Paraense e Afrânio da Costa e os nadadores Gustavo Borges e Cesar Cielo, que haviam faturado duas medalhas em uma mesma Olimpíada.

Antes de se tornar um dos grandes nomes do esporte do país, Isaquias vinha colecionando bons resultados em sua modalidade. Ele foi bicampeão mundial no C1 500 metros (prova que não consta no programa olímpico) e é, junto com Erlon Silva, o atual campeão mundial na C2 mil metros

 

Agência Brasil

 

 

Mineirão se despede da Olimpíada com jogo vazio e bronze da Nigéria

 

Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil

Nigéria garante a medalha de bronze no futebol masculino

Nigéria garante a medalha de bronze no futebol masculinoReuters/Mariana Bazo/Direitos Reservados

Honduras não conseguiu se recuperar da goleada de 6 a 0 na semifinal contra o Brasil e ficou sem a medalha inédita no futebol masculino. Em partida que começou às 13h de hoje (20) no Mineirão, em Belo Horizonte, a Nigéria foi mais eficiente em seus ataques e balançou três vezes a rede, com Sadiq Umar (2) e Aminu Umar. Os hondurenhos Anthony Lozano e Marcelo Pereira descontaram e selaram o placar de 3 a 2.

A partida contou com um público bem pequeno. Apenas o anel inferior do estádio teve a presença de torcedores, e ainda assim, onde o sol batia com mais intensidade, praticamente não havia ninguém. Os presentes se dividiram na torcida para as duas seleções. Havia ainda um grupo de nigerianos reunidos próximo ao meio do campo, cantando diversas músicas.

Saiba Mais

Com a conquista, a Nigéria se torna o 14° país a ter pelo menos três medalhas no futebol masculino na história das olimpíadas. Na edição de 2008, disputada em Pequim (China), os nigerianos ficaram com a prata. No ano de 1996, em Atlanta (Estados Unidos), eles foram campeões após superar o Brasil na semifinal e a Argentina na final.

O jogo

Honduras e a Nigéria ainda não tinham nenhuma medalha na Olimpíada de 2016 e o esforço dos atletas pela conquista se traduziu em diversas chances. Os goleiros foram bastante acionados. Honduras chutou a gol 12 vezes e a Nigéria, 19.

Com um primeiro tempo equilibrado, o placar de 1 a 0 ficou magro. O gol do nigeriano Sadiq Umar soou como um castigo para os hondurenhos. No lance anterior, o atacante Alberth Ellis perdeu uma oportunidade cara a cara com o goleiro Emmanuel Daniel. No segundo tempo, a Nigéria chegou a abrir 3 a 0. Em sua reação, Honduras balançou as redes aos 25 e aos 41 minutos, mas não foi suficiente.

O Mineirão sediou dez partidas de futebol masculino e feminino no maior evento esportivo mundial. O estádio foi palco de episódios que entrarão para a memória dos Jogos Olímpicos. Entre eles estão o placar de 10 a 0 na partida entre Alemanha e Fiji e a disputa de pênaltis entre o Brasil e a Austrália. O roteiro da classificação das brasileiras teve o erro de Marta, compensado com duas defesas da goleira Bárbara.

Foi também no Mineirão que a torcida encontrou uma forma criativa de pegar no pé da goleira norte-americana Hope Solo, gritando "zika" toda vez em que ela chutava a bola. Antes de vir ao Brasil, a atleta dos Estados Unidos havia postado nas redes sociais uma foto vestindo uma grande máscara para se proteger do mosquito Aedes aegypti. Os gritos de "zika", em referência a uma das doenças transmitidas pelo mosquito, perseguiriam Hope Sole por todo o país.

 

Agência Brasil

 

 

Zanetti pede que equipamentos da ginástica artística fiquem no Brasil

 

Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro Ginastas Arthur Zanetti, Diego Hypólito e Arthur Nory exibem medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos do Rio (Cristina Índio do Brasil/Agência Brasil)

Ginastas Arthur Zanetti, Diego Hypólito e Arthur Nory exibem medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos do RioCristina Índio do Brasil/Agência Brasil

O ginasta Arthur Zanetti, medalhista de ouro na Olimpíada de Londres e de prata nas argolas no Rio, pediu que os equipamentos usados nas competições de ginástica artística nos Jogos Olímpicos de 2016 sejam comprados com desconto e não voltem para a Alemanha. Segundo ele, a manutenção dos conjuntos de equipamentos no país beneficiaria centros de treinamento no Brasil.

“Como já são aparelhos que estão sendo utilizados na Olimpíada, eles têm 30% de desconto. Isso, com certeza, se comprar um set de aparelhos vai equipar vários ginásios, e o nível técnico vai aumentar também”, disse Zanetti. Ele participou de entrevista coletiva com os ginastas Diego Hypólito e Arthur Nory, medalhistas de prata e de bronze, respectivamente, no solo.

Rio de Janeiro Medalhistas na ginástica artística, Arthur Zanetti, Diego Hypólito e Arthur Nory concedem entrevista coletiva (Cristina Índio do Brasil/Agência Brasil)

Medalhistas na ginástica artística, Arthur Zanetti, Diego Hypólito e Arthur Nory concedem entrevista coletiva e pedem investimentos no esporteCristina Índio do Brasil/Agência Brasil

Segundo Hypólito, a falta de equipamentos próprios de treinamento prejudicou seu desempenho nas Olimpíadas de Pequim e de Londres. Nos Jogos Olímpicos do Rio, o fato de ter treinado no tablado neste ano melhorou sua preparação. O atleta medalha de prata se mostrou confiante na participação daqui a quatro anos, em Tóquio. “Vai ter o trio aqui em Tóquio, sim”, assegurou.

Hypólito, no entanto, pediu a manutenção dos investimentos no esporte, para incentivar as futuras gerações. “O esporte é uma super inclusão social e muda a vida de uma criança. Perseverança é o mais importante”, disse. Embora não seja militar, como Zanetti e Nory, Hypólito esclareceu que está incluído no Programa Bolsa Atleta do governo federal, como os dois colegas.

Depois de uma sequência de resultados ruins em Pequim e em Londres, Hypólito disse que o esporte foi essencial para recuperar-se da depressão. Nory e Zanetti disseram que o colega foi uma inspiração. “Ele [Hypólito] me ensinou a nunca desistir. Pode demorar quatro, oito ou 12 anos, mas vai conseguir [uma medalha]”, destacou Nory.

Para os ginastas, ainda levará tempo para os três acreditarem na conquista das medalhas. “A ficha não caiu para nenhum de nós três. É muito bom acordar e saber que você é um medalhista olímpico”, contou Diego. Os ginastas fazem planos bem simples. Zanetti e Hypólito pretendem encontrar os animais de estimação. Nory quer descansar. “Dormir bastante porque ainda não consegui”, disse o medalhista de bronze.

 

Agência Brasil

 

 

Psicólogo esportivo ajuda atletas a melhorar rendimento e alcançar pódio

 

Heloisa Cristaldo – Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Atletas treinam na academia da Vila Olímpica dos Jogos Rio 2016, onde estão hospedados. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Atletas treinam na academia da Vila Olímpica dos Jogos Rio 2016Fernando Frazão/Agência Brasil

Para tratar a depressão ou os transtornos mentais, como bipolaridade e crises de ansiedade, os atletas de alta performance têm como aliado o psicólogo clínico, que conduz o tratamento em parceria com médicos psiquiatras. No entanto, no dia a dia dos treinamentos, a comissão técnica conta com um profissional ainda pouco conhecido, o psicólogo esportivo. Nesse caso, o psicólogo não tratará nenhum transtorno ou atleta específico, mas comporá uma equipe técnica para formular estratégias para o competidor alcançar o pódio.

“A psicologia do esporte não é um tratamento. Faz parte de um trabalho dentro de uma comissão, assim como faz parte o medico nutricionista, técnico, ortopedista. A principal função é desenvolver habilidades específicas para que o atleta tenha o melhor rendimento possível, que ele consiga fazer o melhor gesto técnico possível – principalmente com treinadores e preparadores físicos”, explica a psicóloga Luciana Ferreira Ângelo, integrante do Coletivo Ampliado do Conselho Federal de Psicologia.

Para atuar como psicólogo esportivo, o profissional precisa conhecer o esporte do qual fará parte. O objetivo é entender como os fatores psicológicos influenciam o desempenho físico e de que forma a participação nessas atividades influencia o desenvolvimento emocional, a saúde e o bem-estar do atleta nesse ambiente. Diferentemente do analista clínico, que atua em consultório, o profissional do esporte estará sempre onde o atleta estiver.

“Em primeiro lugar, o psicólogo precisa entender da modalidade. Se atende a um velejador, tem que entender as diferenças dos barcos em que vai velejar. O canoísta Izaquias [Queiroz], que remou sozinho, também competiu com duas canoas, que força mecânica ele precisa para realizar o movimento? Quais foram as estratégias táticas?”.

Em esportes coletivos costuma-se desenvolver habilidades em equipe para reforçar o papel do líder, aprimorar a comunicação entre os atletas e a imprensa, criar estratégias de enfrentamento de situações críticas e pressões por resultados positivos.

No futebol, por exemplo, o psicólogo esportivo vai treinar com os atletas a melhor forma de bater pênalti e exercitar o controle da ansiedade. Além disso, o psicólogo conduz o profissional à visualização de que tenha acertado a penalidade máxima em treinamento, uma das formas de trabalhar o desenvolvimento dessa habilidade.

“Às vezes, as pessoas confundem e acham que qualquer psicólogo poderia atender o atleta. E isso não é necessariamente verdade porque a gente faz um diagnóstico junto com a equipe técnica e desenvolve um trabalho para potencializar habilidades específicas. Não há o tratamento clínico da pessoa”, explica.

Estresse

Luciana Ângelo destaca que a pressão, as críticas e cobranças enfrentadas por atletas de alta performance e a forma como lidam com esses fatores é um aspecto importante do trabalho do psicólogo do esporte. O gerenciamento do estresse é um dos principais pontos abordados na atuação desses profissionais.

“A pressão pelo resultado é tão intensa que o atleta fica em dúvida se ele consegue repetir ou não um resultado que teve. O que acontece é que o atleta é um profissional de uma carreira curtíssima, na maior parte das modalidades. Esse cara começa a carreira na adolescência e passa o começo da vida adulta totalmente focado num objetivo”, diz.

Para a psicóloga, o maior legado dos Jogos Olímpicos é o atleta, as emoções que ele transmite, como lida com a derrota.

Saiba Mais

“As pessoas veem o momento de Jogos Olímpicos só de ganhar a medalha, mas não sabem o que o atleta passa para conquistar essa medalha. O risco de doenças do trabalho pode inabilitar o profissional. Nós não entendemos que o atleta é um profissional como nós. É quase como se colocássemos no mundo do herói, o corpo quebra, a cabeça sofre com pressão. eles vivem as mesmas emoções que nós, a dimensão humana do atleta é esquecida”.

De acordo com a professora de psicologia do esporte do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), Regina Lúcia Sucupira Pedroza, a profissão ainda esbarra em preconceitos no país.

“É muito difícil o trabalho do psicólogo esportivo, porque ainda não é conhecido como um trabalho, como construção. Esse é o problema: a gente, muitas vezes, é chamado para trabalhar na hora da competição”, lembra.

Torcida

Segundo a professora, a atuação da torcida brasileira nos Jogos Olímpicos, com gritos de apoio e vaias, é um aspecto da cultura brasileira. A forma de expressão do torcedor brasileiro foi criticada por atletas de diversos países e também pela mídia internacional durante a Rio 2016.

“A gente é uma sociedade que ainda exige muito o sentimento do colonizado. Ficamos muito preocupados em sermos iguais ao europeu, ao americano. A gente não consegue ver o que eles fazem. O que a goleira norte-americana fez foi certo? [a atleta Hope Solo postou foto em rede social com o aparato que levaria ao Rio de Janeiro para se proteger do  vírus Zika. Após a repercussão negativa, a goleira pediu desculpa ao povo brasileiro]. Porque só a vaia é ruim? É cultural, é a nossa forma de expressão e pode não ser a melhor forma, mas e o racismo do europeu?”, questiona.

Segundo Regina Pedroza, a relação entre a torcida e os atletas é também um aspecto abordado dentro da psicologia do esporte.

“A relação da torcida com o atleta tem que ser trabalhada. É coisa da vida perder e ganhar, a gente não tem ensinado as crianças a aceitar as frustrações. Temos que aprender a viver a tristeza, a melancolia. Na sociedade do espetáculo em que vivemos, todo mundo tem que estar feliz. Ninguém pode estar triste que já acha que está em depressão. A tristeza é um sentimento natural que temos e é muito diferente da depressão”, afirma.

Rotina pesada
A intensa rotina de treinos, limitações pessoais e a dificuldade de alcançar o pódio leva muitos atletas profissionais a quadros de depressão. Diversos medalhistas dos Jogos Olímpicos contaram histórias de superação de depressão em função de frustrações com resultados após anos de dedicação.

Em entrevista coletiva depois de receber a medalha de prata na ginástica no solo, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Diego Hypólito descreveu sua trajetória de dificuldades e como lidou com a depressão até alcançar o resultado positivo deste ano.

“Foi muito difícil superar e acreditar que eu poderia estar aqui. Foram dez cirurgias, duas edições de Jogos Olímpicos caindo, foi a depressão que eu enfrentei. Quando as pessoas falavam em depressão, eu pensava que não era real”, diz. “Foi até um egoísmo meu, quando entrei em depressão. Pensei que, só porque falhei em Pequim, em Londres, não acho a minha história triste. Mesmo se eu não conseguisse um bom resultado aqui, acho que a minha história foi muito legal”, afirmou.

Hypólito conta que tomou medicamentos para conseguir dormir e, no auge da crise de depressão, foi internado. O ginasta passou ainda por três anos de análise após o desempenho que teve em Pequim, em 2008.

A judoca Rafaela Silva também enfrentou o fantasma da depressão antes de subir ao pódio na Rio 2016. A medalha de ouro conquistada por Rafaela Silva marcou o fim de um ciclo que começou no dia 30 de julho de 2012. Cotada como favorita nos Jogos de Londres, Rafaela foi eliminada nas oitavas de final naquele dia. Para piorar, teve de ouvir ofensas racistas de internautas descontentes com a derrota.

À época, Rafaela marcou no corpo o que sentia. Foi depois dos Jogos de Londres que ela fez uma tatuagem com a frase “Só Deus sabe o que sofri e o que fiz para chegar até aqui”. “Eles não sabem o que eu vivia a cada treino, a cada superação, a cada lesão. O que eu tinha de fazer no meu dia a dia no tatame para ficar me criticando”, lamentou Rafaela. Foi nesse período que ela entrou em depressão.

 

Agência Brasil