domingo, 21 de agosto de 2016

Pérolas do Facebook–21.8.2016

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Comer é bom demais! Essen ist auch gut! Eating is good too!: A Melhor Pizza de Todas - Mafiosa do Dal Padrino

Este espaço será utilizado para apresentar receitas preparadas por mim e amigos e também para apreciação de bebidas de acompanhamento como cervejas e…

COMEREHBOMDEMAIS.BLOGSPOT.COM|POR COMER É BOM DEMAIS

 

 

 

Os caras não perdem uma.
Muito bem bolada!!

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AnonymousBrasil com Isis Do Carmo e outras 8 pessoas.Curtir Página

9 h ·

Imagem épica! AnonymousBrasil

 

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Apoiamos a Brigada Militar

11 h ·

Esta V#*#*#*# queria ibope, então esta aí...

 

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Marcos MionCurtir Página

12 h ·

Tudo tem seu tempo.
E chegou a hora de dividir com vcs e tornar público a realidade que estamos vivendo na minha família.
Assim como milhares e milhares de mulheres, minha esposa Suzana, teve um diagnóstico de câncer de mama ao qual, com a orientação de grandes médicos, conseguimos agir rápido e VENCEMOS.
Temos a intenção de explicar aos nossos conhecidos o pq do nosso "sumiço nos últimos 6 meses", mas principalmente alertar e conscientizar o maior número de mulheres possível, pois aprendemos duramente que o câncer é uma realidade que não distingue nada, nem ninguém. E está mais próximo do que a maioria pode querer.
Segue o texto que ela escreveu, dando esse passo à frente e me enchendo de orgulho. Vc é a mulher mais incrível que já conheci, meu amor! Te amo.

Texto da Suzana Mion:

Querida amiga quimioterapia,
Enfim chegamos ao final do nosso íntimo relacionamento.

Obrigada por todos os benefícios que você me deu, obrigada por me acompanhar durante os últimos seis meses e me mostrar que o melhor de mim nem mesmo eu conhecia. Obrigada por me mostrar a força e a coragem que descobri ter, dia após dia. Obrigada por me ensinar que o cansaço exaustivo, o mal estar constante, enjoo, fadiga, dores que nunca imaginei, a rápida mudança de aparência, entre tantos outros, são fatores que se tornam tão pequenos, tão insignificantes perto dos valores e virtudes que passamos a apreciar.
Sei bem que não sentirei saudades, mas me despeço com um profundo agradecimento.

Prometo sempre te defender acima de tudo e prometo sempre passar adiante um segredo que descobri sobre você. És muito mais eficiente e menos devastadora quando trabalha junto com a crença e a fé. Minha fé católica e a de todos que me querem bem me provaram isso sobre vc.

Meu Pai e Senhor, sem você nada somos. Minha luta foi e sempre será pela minha família, pelos meus amores... pela VIDA!! Sempre venceremos JUNTOS!!
Sem vocês, meus amores, essa caminhada não seria possível da forma como foi. Toda minha coragem, força e confiança vieram do meu Senhor, meu Deus e da minha família.
Então preciso agradecer em primeiro lugar a Jesus e à Nossa Senhora por estarem comigo em todos os momentos, me dando muita paz, serenidade e confiança.
Mesmo quando fisicamente não tinha ninguém ao meu lado, sempre senti a presença deles e soube que estavam comigo.
Obrigada meus amores, meu MARIDO, meus médicos, meus filhos, minha mãe, meu pai, irmãos, cunhadas, meus sogros e amigos queridos que durante esse período foram o meu tudo! Minha base, força, alegria, confiança e serenidade.

O pior já passou, vencemos! Mas ainda não acabou o tratamento. Temos radioterapia pela frente, acompanhamentos, etc, mas é isso aí. Que venha! Tenho fé e confiança no caminho que Deus traçou pra mim.

Só tenho que AGRADECER, principalmente pela descoberta precoce feita pelo meu marido que com certeza foi um sinal de Deus. Com Fé não nos falta nada.

Claro que receber um diagnóstico, ainda que precoce, de câncer de mama, não é fácil para nenhuma mulher. Ainda mais antes dos 40, que foi meu caso. Temos várias fases, o questionamento, a tristeza, medo, insatisfação, até que atingimos a aceitação. E com ela vem a coragem, a luta! Para mim, a fé foi e será sempre uma grande aliada. Agradeço todos os dias por ter Deus na minha família. Sempre deposito nele o meu caminhar! Assim como me ensinou meu diretor espiritual, um sacerdote, às vezes precisamos pedir os olhos de Deus emprestado, como fazia João Paulo II, quando passamos por tribulações que são difíceis de compreender. Os olhos de Deus nos mostram os porquês. Eu acredito que a cruz é o sinal de Cristo. Deixou de ser o símbolo do mal para ser o símbolo da VITÓRIA.
É muito bom poder falar sobre tudo isso, pois como diz o meu marido, tudo tem seu tempo e sinto que o meu foi agora. Nossa vida é feita de momentos, de alegrias, de tristezas, incertezas, felicidades. A vida nos apresenta muitos obstáculos, mas é nesse vai e vem que ela nos mostra que tudo tem um motivo para ser vivido, nada nos é dado sem que tenhamos condição de superação. É nas dificuldades e tb nas alegrias que, com a graça de Deus, tiramos força para nosso crescimento, evolução e sabedoria. E sabendo que nada é eterno, temos que buscar um equilíbrio na certeza que " isso também passará".
O câncer de mama precisa ser muito divulgado, é muito importante que todas as mulheres saibam da importância dos exames frequentes, do auto exame, mesmo antes dos 40 anos. Os maridos podem e devem ajudar. Preciso muito dizer que no meu caso, como já disse, quem descobriu foi o meu marido. Meu exame de rotina seria em novembro e olha quantos meses ele antecipou! 10 meses! Fez toda diferença, tendo em vista que meu tipo era de crescimento rápido. Sim, somos muito católicos e acredito que tenha sido um sinal de Deus, mas o que realmente importa é que os maridos podem ajudar! Afinal que marido não gosta de fazer uma vistoria nesse setor não é mesmo rsrsrsrs?
Sei que nem todas mulheres tem a sorte da descoberta precoce, então fica aqui o nosso apelo familiar, façam exames médicos de rotina, exames de auto toque e também exames de toque do marido! Um beijo ,
Suzana e família Gullo Mion.

 

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Não é a raça, é como você criaCurtir Página

Ontem às 04:39 · Franco da Rocha, São Paulo ·

Encontre o intruso kkkkk

Acesse nosso site: http://naoearaca.blogspot.com.br

 

 

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Não é a raça, é como você cria com Luzia Símões.Curtir Página

21 h · Franco da Rocha, São Paulo ·

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Uma criança feliz é barulhenta, inquieta, alegre e rebelde

Uma criança feliz, que se diverte interagindo e descobrindo o mundo, é barulhenta e rebelde. É preciso aprender a lidar com este fato.

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Quando surgiu o 13º salário?

O 13º salário é uma gratificação concedida anualmente a empregados em geral por seus empregadores. Para o pagamento desse benefício pelo presidente da República da época, João Goulart, foi instituída é sancionada a Lei 4.090 em 13 de julho de 1962.
O objetivo dessa remuneração é permitir aos empregados um reforço em dinheiro no final do ano, época em que suas despesas aumentam com a chegada do Natal. O pagamento do 13º salário é efetuado normalmente em duas parcelas tornando-se com base 1/12 da remuneração devida um dezembro, por mês de serviço do ano correspondente. Conforme a lei, a primeira parcela deve ser paga entre os meses de fevereiro e novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro de cada ano.

Quilombo Manoel Congo

Em 11 de dezembro de 1838, o major Luiz Alves de Lima e Silva, futuro Duque de Caxias, destrói o quilombo de Manoel Congo, instalado na então província do Rio de Janeiro.

Quilombo dos Palmares

Já desde o fim do século XVI as matas férteis e impenetráveis vinham servindo de refúgio a escravos que se recusavam a aceitar a sua condição servil. Por volta de 1600, apareceram no atual estado de Alagoas os primeiros quilombos. A invasão holandesa a Pernambuco (1630-54) acelerou a fuga de negros e veio a ser o fato decisivo na formação da comunidade palmarina. Primeiro, porque os anos de luta desorganizaram a produção e provocaram um afrouxamento geral no controle sobre escravos. Segundo, porque a ocupação simultânea de Angola pelos holandeses introduziu mais escravos do que nunca no nordeste açucareiro, dentro daquele mecanismo de comércio triangular já estudado. Em outras palavras, a vida do escravo ficou valendo menos ainda do que já valia, o que fez recrudescer os maus tratos. E o próprio holandês, “bom civilizador”, conforme o estereótipo forjado em função do período do governo de Nassau, ajudou a piorar as condições de existência do negro ao introduzir novas técnicas de tortura, mais ferozes, como, por exemplo, a técnica da crucificação.

Fugindo sistematicamente para Palmares, localizada na Serra da Barriga, em Alagoas, os escravos criaram um reduto que, no começo, sobreviveu duramente através da coleta, caça e pesca ou atacando aldeias e fazendas. Raptaram moleques (crianças negras) e mulheres (o que sempre faltava, pois eram trazidos mais homens do que as mulheres da África) para o quilombo. Nessa fase, foram combatidos por duas expedições holandesas e a elas opuseram feroz resistência móvel, tal como fariam frequentemente no futuro. Lograram, dessa forma, escapar a uma destruição total e o quilombo foi oportunamente reconstruído.

Expulsos os holandeses do Brasil, as autoridades coloniais lusitanas retomaram a tarefa de combater os palmarinos e novas expedições foram enviadas. O problema era visto como “caso de polícia” e o objetivo imediato era devolver o negro ao serviço da lavoura. Entretanto, a força dos atacantes esbarrou na eficácia das guerrilhas dos escravos, tática que, segundo Décio Freitas, de inicialmente defensiva passou depois a ofensiva.

Depois de 1670, a companhia antipalmarina mudou de aspecto. Vendo que os negros sabiam se defender, tinham seus espiões e informantes e ainda contavam com o apoio de povoados vizinhos, com os quais comerciavam, as autoridades coloniais se deram conta de que estavam perante uma campanha longa e árdua. Além disso, mais do que simplesmente prender escravos fugidos, passou a ser interessante a posse de uma terra rica então localizada na capitania de Pernambuco, extremamente fértil para agricultura açucareira. Assim se entende porque a luta contra Palmares, a partir de então, não foi mais realizada por bandos afeitos a escaramuças mas por verdadeiras tropas, organizadas e preparadas para batalhas. As primeiras expedições organizadas dentro desse novo espírito foram as de Fernão Carrilho. Entretanto, como não lograram resultados iniciais satisfatórios, em 1768, os luso-brasileiros fizeram um acordo com os negros e reconheceram o direito do quilombo de continuar existindo.

Tal acordo, porém, não teve vida longa. Os negros não o apreciaram e envenenaram Ganga Zumba, o chefe que o firmara. Daí resultou o reencetamento da luta entre o governo e o quilombo palmarino, já agora sob o comando do sucesso de GangaZumba, o famoso Zumbi, o Espártaco negro da América tropical.

Por parte do governo português, a desaprovação do acordo, elaborado por seus representantes no Brasil, foi o fato decisivo no reinício das hostilidades. Para a Coroa, destruir o quilombo dos Palmares, passou a ser um imperativo político, pois não era possível tolerar um quisto daqueles num nordeste latifundiário e aristocrático.

Em 1687, a campanha contra Palmares passou para a direção de Domingos Jorge Velho. Ao mesmo tempo, do lado escravo, abandonou-se a tática da guerrilha – erro fatal – e partiu-se para a defesa fixa. Afirma-se que a presença de um mouro teria influído nisso, pois fortificou Palmares ao melhor estilo árabe da Espanha das guerras da reconquista.

A defesa fixa apressou o fim de Palmares entre 1695 e 1696. Lembra Édison Carneiro que, na luta derradeira, a participação paulista foi menor do que geralmente se pensa. O contingente paulista comando por Domingos Jorge Velho somou apenas 700 homens num total de 3000 – e destes 700, não mais de 300 efetivamente lutaram.

Segundo Décio Freitas, o que derrotou os escravos, mais do que o erro tático, foi o fato de que, a despeito de eventuais adesões e identificações, os negros estavam, afinal de contas, isolados no contexto da sociedade colonial, pois a massa de pobres, embora oprimida, era gente livre e raciocinava como gente livre, distanciando-se, portanto, socialmente do escravo e podendo, inclusive, teoricamente, utilizá-lo como mão-de-obra. Assim, as contradições homem livres-escravo pesavam mais do que a identificação de uma opressão sofrida em comum nunca sociedade que, ao cabo, só beneficiava a elite proletária. Em geral, os pobres livres não viram a luta do escravo como uma luta sua, contra um inimigo que era, na verdade, o inimigo comum. Portanto, dela se abstiveram de participar.

Enfim, os miseráveis e os escravos eram oprimidos do sistema colonial mas quando estes se levantaram contra ele, a diferença de condição entre homem livre e escravo pesou mais do que o fato de serem ambos produtos sofridos de uma mesma estrutura. Assim, os escravos se viram compelidos a levar sozinhos uma luta que, em caso de um resultado amplamente favorável, certamente não só a eles traria consequências benéficas.

O quilombo dos Palmares congregou várias aldeias ou mocambos num espaço de 60 léguas. Os chefes mais importantes formavam um conselho e, acima de todos, havia um chefe supremo que dava àquele esboço de governo uma aparência de monarquia despótica e centralizada, necessidade forjada nas contingências da luta. A centralização rígida veio a ser uma exigência inelutável em face do perigo que representavam os múltiplos particularismos decorrentes das procedências culturais diversas. Às vezes se fala em Palmares como “república”. Essa palavra, contudo, só é válida se empregada na acepção genérica do Estado, visto que, quanto à estrutura, Palmares foi uma confederação de mocambos; e quanto à forma de governo, foi monarquia absoluta (Ganga Zumba e Zumbi respectivamente) e eletiva.

A sociedade dos quilombolas chegou a agrupar 20.000 pessoas em 27.000 km² e incluiu índios mulatos e até mulheres brancas. A prosperidade resultante não apenas atraiu marginalizados do sistema colonial como também deixou evidente que a posterior estagnação da lavoura açucareira não foi decorrente de uma suposta capacidade deficiente de trabalho do escravo negro mas do caráter antiprodutivo do escravismo, que avilta tanto o homem como seu esforço.

É interessante registrar que a sociedade dos quilombos não foi um retorno espontâneo ao “modus vivendi” africano e sim uma tentativa consciente e lúcida de manter uma sociedade livre em pleno nordeste escravocrata. Veja-se, por exemplo, que, em aspectos importantes como língua e religião, para evitar-se os particularismos locais que poderiam ser nefastos à existência da comunidade como um todo, a linha adotada foi manter a herança lusitana. Assegurou-se a continuação dos costumes africanos só naquilo que não teria força para comprometer a unidade do quilombo: casamento poligâmico, de tipo polínico, escravidão doméstica temporária para negros que chegavam ao quilombo pela via do rapto e não do esforço próprio, etc.

Na parte econômica, o quilombo dos Palmares evoluiu da coleta e do ataque a fazendas e aldeias para uma economia de base coletivista e não-monetária. Cada ex-escravo tratou de trabalhar em sua especialidade: na cama e no milho os que vinham da cidade. Os quilombolas tiveram uma agricultura que chegou a ser diversificada e um artesanato que evidenciou inequívoca habilidade no fabrico de cestas, redes, chapéus, etc. Manteve-se ativo comércio de aldeias vizinhas, a despeito de eventuais conflitos, envolvendo troca de produtos da terra, objetos de cerâmica, peixe e animais de caça por artigos manufaturados, armas de fogo, roupas e instrumentos agrícolas. A rede de interesses mútuos criada por esses intercâmbios, veio a ser, durante algum tempo, de notável valia para a defesa do próprio quilombo.

Conclusões

Os quilombos se distinguiram de qualquer outra modalidade de resistência à escravidão (fuga, suicídio, assassinato, etc.) por dois motivos: amplitude (tentativa de criar uma organização social diferente) e caráter coletivo (não foi apenas um gesto despreparado individual como as outras modalidades). Arthur Ramos, adotando uma interpretação culturalista, viu no quilombo dos Palmares um anseio de retorno à cultura africana, aviltada pelo escravismo, ao passo que Décio Freitas, defendendo uma posição político-ideológica, viu Palmares como uma luta visando objetivamente a liberdade. Essas duas posições possivelmente diferem no aspecto da ênfase, mas se complementam no sentido d fornecer uma compreensão global do fenômeno.

Com efeito, o anseio pela liberdade, o desejo de escapar a uma escravidão que nada teve dos idílios sonhados por Gilberto Freire, explicam amplamente a constituição do quilombo. Uma vez constituído, manifestou-se o sentimento atávico da gente africana, que era a experiência de que dispunham, e uma civilização afro-lusitana surgiu e floresceu nas matas do Alagoas.

Nos aspectos da vida cotidiana, Palmares manteve o legado africano e nativo, mas naqueles setores que poderiam comprometer a unidade e gerar confusão, foram impostos os elementos luso-brasileiros. Em suma, a luta pela liberdade foi a origem e a razão de ser do quilombo dos Palmares enquanto movimento e atitude, ao passo que o aspecto cultural referido por Arthur Ramos entrou como recurso e o ponto de partida de que dispunham os escravos para organizar uma sociedade.

Muito importante veio a ser a presença de tradições africanas depois que surgiu e se estruturou o quilombo. Mas foi o fator sócio-econômico – a luta contra a escravidão – que produziu o nascimento do Estado palmarino. Mais do que uma procedência cultural comum – que absolutamente não existiu – foi a condição de classe que uniu os negros de Palmares.

Fonte: História do Brasil Colonial, Luiz Roberto Lopez, 7ª Ed. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1993. 101p. (Revisão,4)

Quem foram as amazonas?

As amazonas, segundo a mitologia grega, eram mulheres guerreiras que se organizavam em uma espécie de república feminina situada inicialmente no Cáucaso e depois na Capadócia, às margens do Rio Termadonte, na Ásia Menor. A elas é atribuída a fundação de cidades como Mitilene e Éfeso. Símbolo da mulher livre, repudiavam o casamento e se recusavam a obedecer ou a se submeter ao domínio masculino, almejando participar da vida pública por seus próprios méritos. Apenas uma vez por ano tinham contato com homens, quando se dirigiam ao território vizinho, dos gargareus, com a finalidade de procriar e assim dar continuidade a seu povo.

Quando davam à luz, as amazonas somente mantinham entre si as crianças do sexo feminino. Quando o bebê era um menino, ou era executado, ou devolvido ao pai. Dedicadas à caça e à guerra, amputavam o seio (daí o nome amazonas, que em grego significa “sem seios”) para melhor manejar o arco.

As amazonas veneravam Ártemis, com que se identificavam e cujo culto forma as primeiras a instituir. Tomaram parte em diversos episódios da mitologia grega, sempre se distinguindo por seu espírito guerreiro e rebelde.

Na guerra de Tróis, colocaram-se ao lado dos troianos, aliando-se a Príamo. Durante uma batalha, Pentessileia, uma das rainhas que as amazonas tiveram, teria travado uma luta corpo a corpo com Aquiles. A luta foi difícil, equilibrada, mas Pentesssileia acabou tombando. Conta-se que o herói, diante de tanta bravura, apaixonou-se pela moribunda que, até pouco tempo, era sua grande inimiga.

Fonte: Zero Hora, página 2 de 12 de novembro de 2004.

sábado, 20 de agosto de 2016

Cuba privatiza aeroporto de Havana de olho no turismo

Modernização e exploração ficam nas mãos de empresas francesas e deverão dobrar número anual de passageiros para a marca de 10 milhões. Diplomacia de Hollande começa a render frutos.

De olho no rápido crescimento do número de turistas e um pouco antes do início dos voos regulares entre Estados Unidos e Cuba, o governo cubano fez um anúncio inédito: a privatização de um aeroporto. O terminal internacional José Martí, em Havana, será operado em breve pela empresa francesa Aéroports de Paris (ADP). Já a expansão e modernização ficarão a cargo da construtora francesa Bouygues Bâtiment International.

O anúncio foi feito no início de agosto pelo vice-ministro dos Transportes de Cuba, Eduardo Rodríguez, em Havana. A francesa ADP administra - além do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris - outros 31 terminais espalhados pelo mundo. Por sua vez, a Bouygues participou de vários outros grandes projetos, como a construção do Stade de France, do Eurotúnel e do aeroporto de Hong Kong.

O projeto em Cuba, que deve ser estendido ao aeroporto regional de San Antonio de los Baños, a oeste de Havana, "prevê o financiamento e execução de medidas imediatas para melhorar a qualidade dos serviços, bem como investimentos de médio e longo prazo de acordo com o crescimento estimado de passageiros", afirmou a televisão estatal cubana. Não foram divulgados detalhes do modelo adotado na concessão nem os investimentos previstos.

Novas parcerias não são descartadas

Após a expansão, o aeroporto de Havana deverá receber mais de 10 milhões de passageiros por ano, afirmou a Aéroports de Paris. Em 2015, 3,5 milhões usaram o terminal, e neste ano os números tendem a ser ainda maiores. Mais da metade dos turistas estrangeiros que visita o país entra pelo aeroporto da capital.

Até agora, o governo cubano havia concedido licenças de exploração para empresas estrangeiras apenas no setor hoteleiro. Há anos que empresas europeias e canadenses estão ativas na ilha. Em junho, depois de mais de 50 anos, uma rede americana - a Starwoods Hotels - abriu uma unidade do Four Points by Sheraton em Cuba.

O anúncio da privatização do aeroporto da capital é apenas o início de novas concessões para empresas estrangeiras na área de infraestrutura. "Transporte e infraestrutura são elementos estratégicos e prioritários na economia e sociedade cubana", declarou o Ministério do Transporte do país. E acrescentou: "Parcerias como as descritas acima serão estimuladas também para outros terminais no país".

Turismo tem boom, mas infraestrutura não acompanha

Com a concessão, o governo em Havana reage aos diversos desafios de infraestrutura da ilha por causa do crescente número de visitantes. São esperados quase 4 milhões de turistas até o final deste ano. No primeiro semestre de 2016, a quantidade de viajantes em comparação ao mesmo período do ano anterior cresceu 12%.

O verdadeiro boom, porém, ainda está por vir: os americanos já estão liberados para viajar a Cuba, apesar de ainda serem obrigados a preencher um dos pré-requisitos das 12 categorias para a autorização das viagens - como desportivas, culturais, universitárias ou religiosas. As restrições para viagens individuais deverão ser em breve retiradas pelo Congresso.

Além disso, após mais de 50 anos de interrupção, voos regulares voltarão a fazer a rota entre EUA e Cuba no final de agosto. O governo americano calcula até 155 voos por semana. As licenças para as ligações ainda não foram emitidas, até porque o aeroporto de Havana já atingiu sua capacidade máxima. São frequentes as reclamações de usuários sobre serviços ruins, problemas na entrega de bagagens e as longas esperas.

Planos para a modernização e expansão do terminal já existem, porém, há muito tempo. No início do ano passado, a empreiteira brasileira Odebrecht, que já participou da ampliação do porto de Mariel, foi contratada por 207 milhões de dólares para a expansão de um terminal do aeroporto de Havana. Ainda não está claro em que medida esse projeto será afetado após a concessão aos franceses.

França: parceira frequente de negócios

Não é coincidência que empresas francesas tenham obtido a concessão do aeroporto de Havana. "Cuba é um país-chave na região, com o qual desejamos uma cooperação estreita", anunciou já no início de 2015 o chanceler francês, Laurent Fabius. Por sua vez, em maio do ano passado, o presidente François Hollande foi o primeiro líder da Europa Ocidental a visitar Havana em 29 anos. Em fevereiro, o presidente cubano, Raúl Castro, retribuiu a visita em Paris.

Enquanto outros países europeus, como a Alemanha, agem de forma contida na ilha, uma série de empresas francesas já está ativa há anos em Cuba: ao lado da Bouygues, as empresas de energia Total e Alstom, a Alcatel-Lucent (telecomunicações), a Pernod-Ricard (coproprietária da marca de rum Havana Club), a Accor (rede hoteleira) e a companhia aérea Air France.

Tradicionalmente, a França tem boas relações com Cuba, sendo que elas tiveram suas origens na oposição do ex-presidente Charles de Gaulle às sanções econômicas americanas. Desde então, em contraposição a Washington, os gaulistas nas fileiras dos conservadores franceses apoiam uma política cubana independente.

Além disso, há muitas ligações culturais. A sucursal cubana do instituto cultural francês Alliance Française é uma das maiores do mundo. A França também desempenhou um papel importante na conclusão bem-sucedida das negociações da dívida de Cuba com o Clube de Paris. Agora, a ofensiva diplomática de Hollande em Cuba começa a render frutos.

 

Terra

PF indicia funcionários da Mossack Fonseca e dona de triplex em Guarujá

A Polícia Federal indiciou sete investigados na Operação Triplo X, um dos desdobramentos da Lava Jato. Entre os acusados estão funcionários da Mossack Fonseca, empresa panamenha especialista na gestão de offshores, e a publicitária Nelci Warken, dona de um triplex no Edifício Solaris, em Guarujá (SP). Ela vai responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude e falsidade ideológica.

Na operação, o Ministério Público Federal (MPF) investigou se proprietários dos apartamentos usaram nome de terceiros para ocultar patrimônio. O apartamento de Nelci foi registrado pela empresa offshore Murray Holdings, sediada em Las Vegas, nos Estados Unidos.

O imóvel da publicitária é vizinho ao triplex que, segundo as investigações, seria destinado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A defesa de Lula afirma que o ex-presidente comprou uma cota do triplex, mas desistiu da compra. Os fatos relacionados ao ex-presidente são investigados em outro inquérito.

O condomínio Solaris começou a ser construído pela Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), presidida entre 2005 e 2010 pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso em abril do ano passado.

O empreendimento foi repassado para a empreiteira OAS em 2009, em função de uma crise financeira da cooperativa. Para os investigadores, há indícios de que as aquisições dos imóveis ocorreram por meio de repasse de propina entre os envolvidos nos desvios de recursos da Petrobras, entre eles a OAS.

 

Agência Brasil