quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Desistências e queda nas vendas de imóveis abatem lucro de construtoras

por FERNANDA PERRIN

As construtoras brasileiras continuam sentindo os efeitos da crise. Além das vendas de imóveis continuarem em queda, as compras na planta estão sendo canceladas (o chamado distrato).
Nenhuma das dez empresas do setor listadas na Bolsa viu seu lucro crescer no segundo trimestre do ano. Metade registrou prejuízo.
Pressionados pela crise, os bancos elevaram os juros e ficaram mais rigorosos para conceder financiamento, etapa que acontece em média três anos após a compra do imóvel na planta, diz Luiz Fernando Moura, diretor da Abrainc, associação que reúne incorporadoras.
Assim, os distratos que ocorrem agora resultam, em grande medida, de unidades vendidas em 2013, antes da economia entrar em recessão.
De lá pra cá, esses clientes foram pegos de surpresa pelo aumento do desemprego e queda na renda. Sem dinheiro e sem conseguir ter o crédito aprovado no banco, eles desistem da compra.




Outro perfil de cliente que tem impulsionado os distratos são os investidores, que não têm interesse em ficar com um imóvel que compraram na planta para lucrar com a revenda da unidade pronta.
Na Eztec, enquanto o valor das vendas caiu 78%, o dos distratos cresceu 123% entre o segundo trimestre de 2015 e o de 2016. Sem compradores, a incorporadora acabou alugando unidades de empreendimentos comerciais para outras empresas.
Na Cyrela, os distratos estão em torno de 33% do valor geral das vendas, diz Eric Alencar, diretor financeiro da empresa. "Quando o mercado está normalizado, o nível é menos da metade disso", afirma o executivo.
Contatada, a empresa não informou a variação em relação ao ano passado.
A desistência ocorre sobretudo nos empreendimentos direcionados para a classe média, mais dependente de crédito do que a alta renda e sem acesso aos subsídios das habitações populares, afirma Moura, da Abrainc.
VENDA SIMULTÂNEA
A MRV, construtora líder do mercado focada no segmento de baixa renda, conseguiu reduzir o valor dos distratos em 27% no período.
A queda é resultado da chamada "venda simultânea", prática implementada nos lançamentos feitos a partir de 2013, diz Sérgio dos Anjos, diretor comercial da MRV.
Nela, a venda na planta só é concretizada quando o cliente tem o crédito aprovado no banco. "A dificuldade de venda aumenta, mas a qualidade do negócio também", afirma dos Anjos.
Esse é o cenário ideal para as incorporadoras, diz Moura. Segundo ele, a Abrainc tem negociado com as instituições financeiras a antecipação do financiamento ao cliente, para reduzir o ciclo e evitar desistências.
Fonte: Folha Online - 16/08/2016 e Endividado

 

Chega de propaganda ao telefone

por Marcelo Cezário

Cansado de atender ligações de empresas oferecendo produtos e serviços?
No estado de São Paulo, a Lei 13.226/08 permite que titulares de linha telefônica (fixa ou móvel) inscrevam seus respectivos números em um cadastro para, assim, evitar o recebimento de ligações de empresas de telemarketing ou de fornecedores de produtos e serviços.
As empresas, por sua vez, são obrigadas a consultar esse cadastro para checar se podem ou não ligar para os potenciais clientes. Ligações de outros estados também estão cobertas pelo cadastro.
Esse cadastro foi criado com a finalidade de proteger a privacidade de consumidores que não desejam ser incomodados com ofertas telefônicas de produtos e serviços. Logo, tal cadastro não atinge as empresas de cobrança, nem as entidades filantrópicas que se utilizam do telemarketing para angariar doações.
A qualquer tempo o consumidor pode solicitar a inclusão ou exclusão de números indesejáveis no site do Procon ou pessoalmente no Poupa Tempo.
Lembramos que o cadastro divulga apenas os números de telefones bloqueados. Os demais dados (nome, endereço, etc.) estão protegidos e não são divulgados.
Fique atento aos seus direitos.
Afinal, consumidor consciente é consumidor informado.
Semana que vem tem mais.
Fonte: G1 - 16/08/2016 e Endividado

 

Calculadora de dívida no cartão de crédito

Como evolui uma dívida no cartão de crédito se você pagar apenas o valor mínimo da fatura?
Fonte: Exame
Normalmente, ao receber a fatura de cartão de crédito, há a opção de pagar o valor total ou de pagar apenas o valor mínimo, que corresponde a 10% do valor total, para permanecer em dia com sua operadora de cartão de crédito.
Veja abaixo como evoluirá sua dívida se você adotar a estratégia de pagar apenas o valor mínimo.
CALCULAR
Fonte: Exame Online - 16/08/2016 e Endividado

 

 

Jaqueline não conteve as lágrimas após a eliminação do vôlei feminino para a China
Foto: Kirill Kudryavtsev, AFP

STF autoriza inquérito contra Dilma, Lula e mais cinco
Pedido foi feito pela procuradoria-geral da República, que vai apurar suposta tentativa de atrapalhar investigações da Lava-Jato.
Qual o patrimônio de cada candidato à prefeitura da Capital
Concorrentes na eleição de outubro registraram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a posse de bens que somam R$ 4,69 milhões.
Como será o pente-fino nos beneficiários do INSS
Mais de um terço dos gaúchos que atualmente recebem auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez terá de passar por nova avaliação médica.
Seleção olímpica entre a final e o Maracanazo
Brasil encara Honduras com a obrigação de vencer e garantir vaga na disputa pelo ouro.
O papel do professor em debate
Propostas como o Escola sem partido, que discutem a interferência da posição ideológica de professores em sala de aula, estão entre as principais discussões sobre o ensino atual.
Números de Geromel superam os de 2015
Cotado para a Seleção Brasileira, zagueiro é um dos melhores na Bola de Prata.
Heróis de 2006 vencem craques em festa do Inter
Celebração dos 10 anos do título da Libertadores reuniu ídolos do clube.
Previsão é de chuva e queda na temperatura
A quarta-feira começou chuvosa no Estado. Jaguarão registrou 28mm de chuva; Porto Alegre teve 14mm. Em Caçapava do Sul, foi registrado vento de 100km/h nas primeiras horas desta quarta. A previsão é de que o tempo volte a ficar firme durante a tarde. A chuva deve seguir apenas na divisa com Santa Catarina. A temperatura cai e pode chegar aos 8ºC à noite nos Campos de Cima da Serra. Veja a previsão completa.

 

 

Validade dos créditos

Nos planos pré-pagos, caso as Prestadoras ofertem créditos com prazo de validade, a prestadora não pode oferecê-los com validade menor que 30 dias, devendo assegurar ao consumidor a aquisição de créditos com prazo de validade igual ou superior a 90 dias e 180 dias. Tais créditos de maior duração precisam estar disponíveis em todos os Setores de Atendimento Presencial e em todos os pontos de recarga eletrônica próprios ou disponibilizados por meio de contrato com terceiros. Os créditos vencidos serão renovados a cada nova recarga. Você deve ainda ser comunicado quando seus créditos estiverem próximos de acabar.
Fundamentação Legal: Arts. 67 a 72 da Resolução nº 632/2014 da Anatel.
Fonte: Anatel - 16/08/2016 e Endividado

Teori determina investigação de Dilma e Lula por suposta obstrução da Lava Jato

downloadO ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, determinou a abertura de inquérito para investigar a presidente afastada Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suposta obstrução das investigações da Operação Lava Jato. A investigação atende a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Também serão investigados os ex-ministros José Eduardo Cardozo e Aloizio Mercadante, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, o ministro do STJ Marcelo Navarro Ribeiro Dantas e o ex-senador Delcídio do Amaral.

O pedido do procurador é baseado na delação premiada feita pelo então senador Delcídio do Amaral. Em uma das oitivas, o senador acusou a presidente afastada Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula terem interesse em nomear, no ano passado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para barrar as investigações da Operação Lava Jato e libertar empreiteiros presos.

Segundo o ex-senador, a suposta tentativa contou com o apoio de José Eduardo Cardozo, que na época ocupava o cargo de ministro da Justiça, responsável por indicar informalmente à Presidência da República nomes de possíveis candidatos e do ex-ministro Aloizio Mercadante.

Outro lado

Em nota, a defesa de Lula afirmou que o ex-presidente jamais interferiu nas investigações da Lava Jato. Os advogados também sustentaram que Lula não se opõe a qualquer investigação, desde que o direito de defesa seja respeitado.
"Se o Procurador-Geral da República pretende investigar o ex-presidente pelo teor de conversas telefônicas interceptadas, deveria, também, por isonomia, tomar providências em relação à atuação do juiz da Lava Jato [Moro] que deu publicidade a essas interceptações — já que a lei considera, em tese,  criminosa essa conduta", diz a defesa.
Dilma Rousseff declarou, por meio da assessoria, que não praticou nenhum ato para barrar as investigações da Lava Jato.
“A assessoria de imprensa da presidenta Dilma Rousseff afirma que a abertura do inquérito é importante para elucidar os fatos e esclarecer que em nenhum momento houve obstrução de Justiça. A verdade irá prevalecer”, diz a nota.
Em nota, Mercadante negou que tenha obstruído as investigações. “A decisão do Supremo Tribunal Federal de abertura de inquérito será uma oportunidade para o ex-ministro, Aloizio Mercadante, demonstrar que sua atitude foi de solidariedade e que não houve qualquer tentativa de obstrução da justiça ou de impedimento da delação do então senador Delcidio do Amaral”, diz a nota.

A Agência Brasil entrou em contato com os ministros do STJ, que informaram que não vão se manifestar hoje sobre a abertura da investigação.

 

Agência Brasil

Governo mudará Estatuto do Desarmamento para que polícia use armas apreendidas

O governo federal prepara um decreto que vai permitir que a polícia fique com o armamento pesado apreendido com criminosos, atualmente encaminhado ao Exército para destruição. O anúncio foi feito hoje (16) pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em entrevista no Rio de Janeiro.

A previsão de envio das armas apreendidas às Forças Armadas para destruição está na Lei 10.826/2003, o Estatuto do Desarmamento. Segundo Moraes, o decreto está pronto e será publicado até o fim de agosto.

 Rio de Janeiro - O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, recepciona a Força Nacional, na Base Aérea do Galeão (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Decretos serão publicados até o fim do mês, segundo o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de MoraesTomaz Silva/Agência Brasil

“Já conversei com o pessoal do Exército, que concordou com a ideia”, disse o ministro. “Porque não tem nenhum sentido a polícia apreender armamentos pesados, como uma .50, um fuzil AK-47 e não poder utilizá-los. Vocês imaginam o absurdo que é apreender armamentos pesados e ter que encaminhar este armamento para que o Exército o destrua”, criticou.

Com a mudança da lei por decreto, o armamento apreendido poderá ser requisitado pela polícia, catalogado e utilizado no combate aos traficantes.

Além da mudança na destinação das armas apreendidas, outro decreto vai facilitar a compra de armamentos pesados pelas polícias e também deve entrar em vigor este mês, segundo Moraes. “No ano passado nós, em São Paulo, quando eu era secretário, demoramos quase nove meses para conseguir autorização para comprar 740 fuzis. Ora, nove meses não é possível”, criticou. “Temos que tomar medidas para fortalecer a força policial. E essas medidas das armas já deviam ter sido tomadas há muito tempo.”

O ministro disse que o país tem diagnósticos de mais e eficácia de menos no combate à violência e criticou as gestões que o antecederam por muito planejamento e pouca ação. “Temos um governo federal por anos gastando dinheiro com diagnósticos. São especialistas em segurança pública, que não sei como viraram especialistas sem nunca ter trabalhado em segurança pública, gastando um dinheirão do governo em viagens de especialização, quando todos nós já sabemos o diagnóstico necessário para se combater a violência no país.”

Crimes transnacionais

Moraes também falou na entrevista sobre cinco núcleos permanentes de inteligência e operação criados no mês passado para dar mais agilidade ao combate aos crimes transnacionais de tráfico de drogas e armas. Os núcleos estão em fase de estruturação e envolvem as polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil dos estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Rio de Janeiro e de São Paulo.

“Esses núcleos nos permitirão combater mais diretamente os crimes transnacionais com ações de inteligência e de mapeamento de rotas. E estes estados foram escolhidos para iniciar o projeto exatamente por estarem em pontos-chave do ponto de vista dos fatores que geram a violência no país”, explicou.

Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foram escolhidos por causa da fronteira com Paraguai e Bolívia, rota tradicional da entrada de drogas no país, principalmente maconha e cocaína. Já Rio e São Paulo são os dois grandes centros consumidores das drogas e armas que entram ilegalmente no país, segundo o ministro.

 

Agência Brasil

Moro nega pedido de Lula e mantém relatoria de investigação sobre sítio

O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, decidiu hoje (16) continuar na relatoria dos inquéritos que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato.

 Diálogos para um País Melhor, no UniCeub (José Cruz/Agência Brasil)

Moro considerou inadmissível o pedido feito pelos advogados de Lula para que a investigação fosse remetida a outro juizJosé Cruz/Agência Brasil

Moro considerou inadmissível do ponto de vista processual o pedido feito pelos advogados de Lula para que a investigação fosse remetida a outro juiz. Segundo a defesa do ex-presidente, as acusações do Ministério Público Federal (MPF) contra Lula não têm relação com a operação, mas Moro discorda.

“Se o MPF trabalha com a hipótese de investigação de que o ex-presidente seria responsável por esses crimes, por deliberadamente ter autorizado que fossem pagas e divididas propinas em contratos da Petrobras com agentes da estatal, agentes políticos e partidos políticos, a competência para o processo e julgamento é deste juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, prevento para o caso”, decidiu Moro.

Saiba Mais

Depoimento

A mulher de Lula, Marisa Letícia, e um dos filhos do ex-presidente,Fábio Luis Lula da Silva, não compareceram ao depoimento marcado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre o sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).

Segundo os advogados da família Lula, os dois já prestaram esclarecimentos aos investigadores e não são obrigados a comparecer à oitiva.

Defesa

Em nota, a defesa de Lula reafirmou que Sérgio Moro “assumiu o papel de acusador” e perdeu a “necessária imparcialidade” para julgar o ex-presidente.

“O juiz Sérgio Moro mais uma vez assumiu o papel de acusador ao afirmar na decisão que ‘Não houve denúncia ainda’. A formulação de denúncia cabe exclusivamente ao Ministério Público Federal, a quem compete valorar os elementos da investigação. Ainda agindo como acusador, Moro afirma que a “hipótese acusatória” coloca o ex-presidente Lula como “arquiteto do esquema criminoso”. A acusação não é suportada por qualquer elemento concreto”, afirmam os advogados.

 

 

Agência Brasil

Em carta, Dilma propõe plebiscito sobre eleição presidencial

A presidente afastada Dilma Rousseff  divulgou há pouco uma carta à população propondo a realização de plebiscito sobre a convocação de eleições presidenciais antecipadas.

"Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral", diz o documento.

 Mensagem ao Senado e ao povo brasileiro, na qual admite que cometeu erros na gestão do país e propõe novo plebiscito (Wilson Dias/Agência Brasil)

A presidente afastada Dilma Rousseff divulga carta batizada Mensagem ao Senado e ao povo brasileiro, na qual admite que cometeu erros na gestão do país e propõe plebiscito sobre eleição presidencial antecipadaWilson Dias/Agência Brasil

Na carta, Dilma aborda a crise política e defende que a população decida sobre a realização de um novo pleito presidencial. “A restauração plena da democracia requer que a população decida qual o melhor caminho para melhorar a governabilidade", disse, ao ler o documento, direcionado à nação e aos senadores, durante entrevista coletiva à imprensa no Palácio da Alvorada. A presidente afastada apenas leu o documento e não respondeu perguntas.

No documento, intitulado "Mensagem ao Senado e ao povo brasileiro", Dilma reafirma que não cometeu crime de responsabilidade e classifica o processo de impeachment contra ela de "golpe".  Dilma diz que caso o Senado decida pelo afastamento definitivo dela da Presidência da República haverá "ruptura da ordem democrática baseada em um impeachment sem crime de responsabilidade".

Na carta, Dilma também reconhece erros cometidos durante seu governo e acena com mudanças na política econômica caso retorne à presidência.

A presidenta disse ainda que o processo é injusto, pois foi "desencadeado contra uma pessoa honesta e inocente."

Dilma disse ainda que apoia a luta contra a corrupção e que ela é "inegociável".

"Não tenho contas secretas no exterior, nunca desviei um único centavo do patrimônio público e não recebi propina de ninguém", disse Dilma ao ler a carta, em referência ao deputado afastado e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A presidente afastada convocou uma coletiva de imprensa no Palácio da Alvorada para explicar os argumentos da carta, debatidos nos últimos dias com aliados. O texto que será encaminhado aos senadores aponta um dos últimos posicionamentos de Dilma antes do julgamento final do processo de impeachment.

Na semana passada, 59 senadores votaram pela aceitação do parecer que dá continuidade ao processo. Com isso, o julgamento de Dilma por crime de responsabilidade terá início no próximo dia 25, uma quinta-feira. Para barrar o impeachment, Dilma precisa do voto de, no mínimo, 28 do 81 senadores. A presidente afastada não informou se irá ao Senado para apresentar pessoalmente sua defesa.

Acompanharam Dilma na entrevista os ex-ministros Eleonora Menicucci (Secretaria Especial de Políticas para Mulheres), Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Aloizio Mercadante (Educação). 

Leia a íntegra da carta:

Mensagem da Presidenta da República Dilma Rousseff

AO SENADO FEDERAL E AO POVO BRASILEIRO

Brasília, 16 de agosto de 2016

Dirijo-me à população brasileira e às Senhoras Senadoras e aos Senhores Senadores para manifestar mais uma vez meu compromisso com a democracia e com as medidas necessárias à superação do impasse político que tantos prejuízos já causou ao País.

Meu retorno à Presidência, por decisão do Senado Federal, significará a afirmação do Estado Democrático de Direito e poderá contribuir decisivamente para o surgimento de uma nova e promissora realidade política.

Minha responsabilidade é grande. Na jornada para me defender do impeachment me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, de receber seu carinho. Ouvi também críticas duras ao meu governo, a erros que foram cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas. Acolho essas críticas com humildade e determinação para que possamos construir um novo caminho.

Precisamos fortalecer a democracia em nosso País e, para isto, será necessário que o Senado encerre o processo de impeachment em curso, reconhecendo, diante das provas irrefutáveis, que não houve crime de responsabilidade. Que eu sou inocente.

No presidencialismo previsto em nossa Constituição, não basta a desconfiança política para afastar um Presidente. Há que se configurar crime de responsabilidade. E está claro que não houve tal crime.

Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo “conjunto da obra”. Quem afasta o Presidente pelo “conjunto da obra” é o povo e, só o povo, nas eleições.

Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de estado. O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta.

Ao invés disso, entendo que a solução para as crises política e econômica que enfrentamos passa pelo voto popular em eleições diretas. A democracia é o único caminho para a construção de um Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça Social. É o único caminho para sairmos da crise.

Por isso, a importância de assumirmos um claro compromisso com o Plebiscito e pela Reforma Política.

Todos sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja pelo número excessivo de partidos, seja pelas práticas políticas questionáveis, a exigir uma profunda transformação nas regras vigentes.

Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um Plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral.

Devemos concentrar esforços para que seja realizada uma ampla e profunda reforma política, estabelecendo um novo quadro institucional que supere a fragmentação dos partidos, moralize o financiamento das campanhas eleitorais, fortaleça a fidelidade partidária e dê mais poder aos eleitores.

A restauração plena da democracia requer que a população decida qual é o melhor caminho para ampliar a governabilidade e aperfeiçoar o sistema político eleitoral brasileiro.
Devemos construir, para tanto, um amplo Pacto Nacional, baseado em eleições livres e diretas, que envolva todos os cidadãos e cidadãs brasileiros. Um Pacto que fortaleça os valores do Estado Democrático de Direito, a soberania nacional, o desenvolvimento econômico e as conquistas sociais.

Esse Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça Social permitirá a pacificação do País. O desarmamento dos espíritos e o arrefecimento das paixões devem sobrepor-se a todo e qualquer sentimento de desunião.

A transição para esse novo momento democrático exige que seja aberto um amplo diálogo entre todas as forças vivas da Nação Brasileira com a clara consciência de que o que nos une é o Brasil.

Diálogo com o Congresso Nacional, para que, conjunta e responsavelmente, busquemos as melhores soluções para os problemas enfrentados pelo País.

Diálogo com a sociedade e os movimentos sociais, para que as demandas de nossa população sejam plenamente respondidas por políticas consistentes e eficazes. As forças produtivas, empresários e trabalhadores, devem participar de forma ativa na construção de propostas para a retomada do crescimento e para a elevação da competitividade de nossa economia.

Reafirmo meu compromisso com o respeito integral à Constituição Cidadã de 1988, com destaque aos direitos e garantias individuais e coletivos que nela estão estabelecidos. Nosso lema persistirá sendo “nenhum direito a menos”.

As políticas sociais que transformaram a vida de nossa população, assegurando oportunidades para todas as pessoas e valorizando a igualdade e a diversidade deverão ser mantidas e renovadas. A riqueza e a força de nossa cultura devem ser valorizadas como elemento fundador de nossa nacionalidade.

Gerar mais e melhores empregos, fortalecer a saúde pública, ampliar o acesso e elevar a qualidade da educação, assegurar o direito à moradia e expandir a mobilidade urbana são investimentos prioritários para o Brasil.

Todas as variáveis da economia e os instrumentos da política precisam ser canalizados para o País voltar a crescer e gerar empregos.

Isso é necessário porque, desde o início do meu segundo mandato, medidas, ações e reformas necessárias para o país enfrentar a grave crise econômica foram bloqueadas e as chamadas pautas-bomba foram impostas, sob a lógica irresponsável do “quanto pior, melhor”.

Houve um esforço obsessivo para desgastar o governo, pouco importando os resultados danosos impostos à população. Podemos superar esse momento e, juntos, buscar o crescimento econômico e a estabilidade, o fortalecimento da soberania nacional e a defesa do pré-sal e de nossas riquezas naturais e minerárias.

É fundamental a continuidade da luta contra a corrupção. Este é um compromisso inegociável. Não aceitaremos qualquer pacto em favor da impunidade daqueles que, comprovadamente, e após o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa, tenham praticado ilícitos ou atos de improbidade.

Povo brasileiro, Senadoras e Senadores,

O Brasil vive um dos mais dramáticos momentos de sua história. Um momento que requer coragem e clareza de propósitos de todos nós. Um momento que não tolera omissões, enganos, ou falta de compromisso com o país.

Não devemos permitir que uma eventual ruptura da ordem democrática baseada no impeachment sem crime de responsabilidade fragilize nossa democracia, com o sacrifício dos direitos assegurados na Constituição de 1988. Unamos nossas forças e propósitos na defesa da democracia, o lado certo da História.

Tenho orgulho de ser a primeira mulher eleita presidenta do Brasil. Tenho orgulho de dizer que, nestes anos, exerci meu mandato de forma digna e honesta. Honrei os votos que recebi. Em nome desses votos e em nome de todo o povo do meu País, vou lutar com todos os instrumentos legais de que disponho para assegurar a democracia no Brasil.

A essa altura todos sabem que não cometi crime de responsabilidade, que não há razão legal para esse processo de impeachment, pois não há crime. Os atos que pratiquei foram atos legais, atos necessários, atos de governo. Atos idênticos foram executados pelos presidentes que me antecederam. Não era crime na época deles, e também não é crime agora.

Jamais se encontrará na minha vida registro de desonestidade, covardia ou traição. Ao contrário dos que deram início a este processo injusto e ilegal, não tenho contas secretas no exterior, nunca desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros e não recebi propina de ninguém.

Esse processo de impeachment é frágil, juridicamente inconsistente, um processo injusto, desencadeado contra uma pessoa honesta e inocente. O que peço às senadoras e aos senadores é que não se faça a injustiça de me condenar por um crime que não cometi. Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente.

A vida me ensinou o sentido mais profundo da esperança. Resisti ao cárcere e à tortura. Gostaria de não ter que resistir à fraude e à mais infame injustiça.

Minha esperança existe porque é também a esperança democrática do povo brasileiro, que me elegeu duas vezes Presidenta. Quem deve decidir o futuro do País é o nosso povo.

 

 

Agência Brasil

 

Handebol feminino eliminado

Marko 
Djurica/Reuters

A seleção brasileira feminina de handebol está fora da briga por medalhas. Na manhã de hoje, a equipe nacional foi superada pela Holanda, atual vice-campeã mundial, por 32 a 23 nas quartas de final.
O Brasil chegou ao mata-mata com apenas uma derrota em cinco jogos e a primeira colocação da chave, enquanto a Holanda havia passado em quarto lugar do grupo dela, com só uma vitória. Leia mais

 

 

Dilma quer voltar

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

A presidente afastada, Dilma Rousseff, leu a carta que fez pedindo ao Senado que encerre o processo de impeachment contra ela.
Dilma classifica a ação como 'golpe', e disse que apoiará um plebiscito para a realização de novas eleições caso volte ao poder. Leia mais

 

Ação policial na Maré

J.
 Parraguez/Agência O Dia

Três suspeitos foram mortos e duas pessoas presas numa operação policial realizada hoje para cumprir mandados de prisão contra dois traficantes no conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio.
Os suspeitos são acusados de atacar a tiros militares da Força Nacional de Segurança, no último dia 10. Leia mais

 

Morre Havelange

AFP PHOTO / OLIVIER MORIN

O ex-atleta e ex-presidente da Fifa João Havelange morreu na manhã de hoje, no Rio de Janeiro, aos 100 anos de idade.
Ele estava internado no hospital Samaritano. O médico disse que Havelange sofria de uma infecção pulmonar que se agravou e caminhou para uma infecção generalizada, causa da morte. Leia mais

 

Mercado financeiro

Zia Mazhar/AP

A Bovespa teve queda de 0,49% hoje, com 58.855,43 pontos. O resultado foi puxado desempenho negativo dos bancos.
Já no mercado de câmbio, o dólar teve alta de 0,17%, cotado em R$ 3,194. A moeda norte-americana acumula desvalorização de 1,51% no mês e de 19,10% no ano.Leia mais

 

Preço do aluguel cai

iStock

Os preços de locação de imóveis caíram novamente em julho na comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, a variação negativa é de 2,44%, enquanto nos últimos 12 meses o recuo chega a 5,23%.
Uma pesquisa feita mostra que o número de rescisões de contratos de aluguel na cidade de São Paulo bateu recorde em junho. O total de acordos rompidos com os proprietários foi 26% maior do que o número de novas locações efetuadas na capital paulista. Leia mais

 

Pokémania

Divulgação

O game Pokémon GO é um verdadeiro sucesso e já tem números impressionantes. Em apenas um mês desde o lançamento, o aplicativo da Niantic já fatorou US$ 200 milhões no mundo todo.
O levantamento, feito por uma consultoria especializada, também mostra que, nos primeiros 19 dias no mercado, o jogo já havia sido baixado 75 milhões de vezes em dispositivos Android e iOS. Leia mais

 

STJ manda soltar Fernando Cavendish e Cachoeira

 

André Richter – Repórter da Agência Brasil *

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou soltar hoje (16) o empreiteiro Fernando Cavendish, ex-dono da Construtora Delta, e o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. A decisão foi proferida pela 6ª Turma do Tribunal, após um empate na votação, o que beneficiou os acusados.

Cavendish e Cachoeira foram presos em julho na Operação Saqueador e foram levados para o presídio de segurança máxima Bangu 8, no Complexo de Gericinó.

Os dois acusados são réus na ação que corre na 7ª Vara Federal Criminal do Rio. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o grupo participava de um esquema que desviou R$ 370 milhões de obras feitas pela Delta Construtora para 18 empresas fantasmas que pertenciam a Adir Assad e a Marcelo Abbud, em São Paulo, e também a Carlinhos Cachoeira.

As investigações apontaram que, após repassados pela Delta a empresas de fachada, os valores eram sacados em dinheiro para impedir o rastreamento da propina entregue a agentes políticos.

Até as 21h15, Cavendish e Carlinhos Cachoeira não haviam sido soltos. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que ainda não recebeu o alvará de soltura dos dois. Segundo a Seap, para que Cavendish e Carlinhos Cachoeira sejam liberados é preciso ocorrer a entrega do documento por um oficial de justiça. Também terá que haver um processo burocrático para confirmar as condições físicas que os empresários deixarão o presídio de segurança máxima Bangu 8.

 

Agência Brasil