quinta-feira, 4 de agosto de 2016

CCJ do Senado aprova fim da prisão disciplinar para policiais e bombeiros

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (3) projeto de lei pelo qual policiais e bombeiros militares poderão ficar livres da pena de prisão disciplinar. O texto segue agora para apreciação em plenário.
Pelo texto aprovado, os bombeiros e os policiais militares terão direito ao contraditório e à ampla defesa no julgamento das transgressões disciplinares. Se, na votação do Senado, o texto aprovado pela Câmara for modificado, retornará para deliberação dos deputados.

O projeto proíbe a aplicação de medidas privativas e restritivas de liberdade aos integrantes de polícias militares e corpos de Bombeiros. O texto. que já aprovado pela Câmara dos Deputados, concede aos estados e ao Distrito Federal prazo de 12 meses para se adequar à nova regra e instituir os novos códigos de Ética e de Disciplina para as duas corporações.

Os deputados Subtenente Gonzaga (PDT-MG) e Jorginho Mello (PR-SC), autores do projeto, classificam de "flagrantemente inconstitucionais" os decretos estaduais que respaldam as prisões disciplinares. Gonzaga e Mello argumentam que tais dispositivos são herança do regime militar. Os parlamentares ressaltam que, hoje, para a aplicação de punições nas corporações, basta uma ordem verbal do superior hierárquico. Eles lembram ainda que a falta disciplinar pode ocorrer em função de uma continência malfeita, um atraso na chegada ao serviço ou até de cabelo em desacordo com as regras.

O relator do projeto na CCJ do Senado,  Acir Gurgacz (PDT-RO), disse que uma das modificações importantes na legislação diz respeito à proibição da pena disciplinar administrativa de privação de liberdade. “A privação de liberdade, cada vez mais em nosso ordenamento legal e cultura jurídica, é concebida como medida repressiva à prática de crimes graves. Tanto é assim que diversos crimes são apenados com penas restritivas de direitos, como pagamento de multa e prestação de serviços à comunidade, entre outros”, afirma Gurgacz em seu parecer.

 

Agência Brasil

 

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Restaurante comunitário vai oferecer comida de chefs para população de rua

 

Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil

Os chefs Massimo Bottura (italiano) e David Hertz (brasileiro) se juntaram para oferecer refeições gratuitas para a população em situação de vulnerabilidade social no projeto comunitário Reffetorio Gastromotiva. Apenas durante a Rio 2016, a expectativa é oferecer 5 mil pratos. A estimativa dos organizadores é fechar o ano com 19 mil refeições.

O espaço será inaugurado no dia 9 de agosto na Rua da Lapa, no Centro, em um terreno cedido pela Prefeitura do Rio por um prazo de dez anos. O restaurante vai utilizar ingredientes excedentes de outras cozinhas que ainda podem ser aproveitados. Segundo Hertz, o projeto tem quatro pilares: nutrição e dignidade, redução de desperdício de alimentos, capacitação da juventude e educação e saúde.

Durante a Olimpíada e a Paralimpíada, os alimentos virão do excedente da pré-preparação do catering Behind, que atende à Vila dos Atletas, ao Media Center e aos trabalhadores dos Jogos Rio 2016. Quando terminarem as competições, o Refettorio Gastromotiva vai continuar a fazer as refeições com doações de outros parceiros.

“São ingredientes excedentes não manipulados, a gente não trabalha com sobra de alimentos. Também tem os alimentos com data de vencimento de um ou dois dias, iogurte de um supermercado. Estamos procurando construir parcerias de longo prazo para achar uma solução conjunta. A gente está trabalhando com o hotifruti Benassi e com os caterings que também atendem à Olimpíada”, disse o chef, que é fundador da Gastromotiva, que incentiva o Movimento da Gastronomia Social no Brasil e no Mundo.

Os chefs Massimo Bottura e David David Hertz seguram a tocha olímpica durante a apresentação do Reffetorio Gastromotiva

Os chefs Massimo Bottura e David Hertz seguram a tocha olímpica durante a apresentação do Reffetorio GastromotivaCristina Indio de Brasil/Agência Brasil 

Cerca de 70 pessoas estão envolvidas no projeto, que segue o modelo do Refettorio Ambrosiano, criado por Massimo Bottura em Milão, na Itália. Lá mais de 65 chefsinternacionais cozinharam com ingredientes vindos da Expo Milão em 2015. Bottura e Hertz consideram que o refeitório do Rio será um dos legados da Olimpíada para a cidade e esperam que o funcionamento ultrapasse o prazo do contrato de dez anos com a prefeitura.

Combate ao desperdício

Segundo o chef brasileiro, diariamente, 120 caminhões deixam a Central de Abastecimento do Rio de Janeiro (Ceasa-Rio) com alimentos. Desses, 20 retornam e os alimentos não são aproveitados. “Provavelmente, preciso de um agente bilateral parceiro para encontrar uma solução. Estou cansado de ver tudo, de fazer tudo, preciso de apoio corporativo de recursos humanos para que esse projeto aconteça. Empresas podem entrar, o governo pode entrar, mas temos que mudar a forma de como pensamos”, disse.

Segundo Bottura, as cidades de Los Angeles e Nova York, nos Estados Unidos, e Montreal, no Canadá, se preparam para abrir refeitórios do projeto em 2017. Para o chef italiano, um país gigante como o Brasil eu evento de massa como a Rio 2016 são boas oportunidades de buscar apoios para iniciativas como a do novo restaurante comunitário. “Essas mensagens serão espalhadas pelo mundo”, disse Bottura, fundador da Food For Soul, organização sem fins lucrativos que incentiva comunidades no combate ao desperdício de alimentos e no debate sobre inclusão social.

O Reffetorio Gastromotiva vai ter ainda uma escola de gastronomia para a formação de jovens, palestras durante a tarde e todos os dias receberá chefs convidados de todo o mundo e jovens talentos que criarão menus com os ingredientes doados ao restaurante. “A gente não paga oschefs, eles querem estar lá. Eles querem fazer parte disso”, disse Bottura.

Veja a lista de chefs convidados do Reffetorio Gastromotiva:

Alain Ducasse, Alberto Landgraf, Alex Atala, Andoni Luis Aduriz, Andrea Berton, Antonio Park, Barbara Verzola y Pablo Pavon, Bel Coelho, Bianca Barbosa, Carlos Garcia, Claude Troisgros, Elena Reygadas, Felipe Bronze, Janaína Rueda, Joan Roca, John Winter Russell, Jorge Vallejo, Joshna Maharaj, Kamilla Seidler, Katia Barbosa, Leonardo Paixão, Leonor Espinoza, Manu Buffara, Mauro Colagreco, Mitsuharu Tsumura, Moreno Cedroni, Quique Dacosta, Rafa Costa e Silva, Renzo Garibaldi, Roberta Sudbrack, Rodolfo Guzman, Ronaldo Canha, Talal Al Tinawi, Thiago Flores, Thomas Troisgros, Tomas Bermudez e Virgilio Martinez.

 

Agência Brasil

 

Bancos passam a prever queda nas concessões de empréstimos

por TÁSSIA KASTNER

Os bancos privados brasileiros seguem cautelosos na concessão de novos empréstimos e enfrentam desafios para continuar a crescer enquanto a economia brasileira encolhe.
O cenário de inadimplência elevada e novos calotes à vista –especialmente no segmento de grandes empresas, como a Oi– fez com que as instituições financeiras passassem a trabalhar com projeção de queda nas concessões de crédito neste ano.
A redução nos empréstimos e a dificuldade de aumentar ainda mais os juros cobrados nas operações limitam o lucro das instituições.
Após divulgar retração de 9% no lucro líquido do segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2015, o Itaú Unibanco revisou suas projeções de crescimento para 2016. A carteira de crédito, considerando apenas a operação no Brasil, deve encolher entre 6% e 11%, ante projeção anterior de crescimento de até 3%.

Para analistas, a mudança nas estimativas era esperada e está condizente com o cenário macroeconômico.
"A recuperação não virá em 2016", afirma João Augusto Salles, economista e analista de bancos da Lopes Filho Consultoria.
Revisão semelhante ocorreu com o Bradesco, que previa aumento nas concessões de crédito em até 5% neste ano, e agora tem como melhor cenário a estabilidade. Salles espera que o Banco do Brasil, que divulgará resultados na próxima semana, faça o mesmo ajuste.

"No final do ano passado, os bancos previam crescimento e isso não foi possível porque a crise se prolongou", diz Erivelto Rodrigues, da consultoria Austin Ratings.
CALOTE
O segundo trimestre foi de mais encolhimento nas carteiras de crédito dos três bancos privados (Itaú Unibanco, Bradesco e Santander).
Não significa, contudo, que eles fecharam o cofre. No segmento Pessoa Física, houve expansão em crédito consignado, financiamento imobiliário e cartão de crédito. À exceção do cartão, essas linhas têm garantia, e, portanto, menor risco de calote.

Já para Pessoa Jurídica, os bancos têm sinalizado preocupação em garantir que as empresas permaneçam em dia. Marcelo Kopel, diretor de relações com investidores do Itaú Unibanco, afirmou que o banco têm trabalhado para reestruturar dívidas antes que as companhias entrem na lista de devedores.
Ainda assim, a inadimplência de pequenas, médias e grandes empresas segue avançando e faz crescer a necessidade de aumentar a reserva financeira contra calotes. As despesas com provisão para devedores duvidosos cresceram nas três instituições, na comparação com igual período de 2015.
SERVIÇOS
Com dificuldades de continuar crescendo via crédito, os bancos reforçaram receitas com serviços.
O faturamento com conta-corrente, por exemplo, subiu nos três bancos privados ao redor 20% entre o segundo trimestre de 2015 e este ano, bem acima da inflação do período. Houve incremento ainda nos ganhos com administração de fundos e receita com cartões.

"Quando a economia cresce, os bancos brigam por clientes e oferecem descontos nas tarifas. Mas, em momentos de recessão, a tarifa sobe mesmo. E não adianta o cliente migrar de banco, porque todos aumentaram", diz Salles.
Fonte: Folha Online - 03/08/2016 e Endividado

 

 

E-mail marketing passo a passo – 8 passos para você otimizar e vender

Posted: 04 Aug 2016 12:00 AM PDT

Blog Marketing Online - Marketing Digital/Monetização/Backlinks/SEO 8 passos para você otimizar seu trabalho e vender mais com blog e e-mail marketing passo a passo de forma fácil, descomplicado e direto e você vai conseguir fazer e aplicar hoje mesmo.Uma coisa é certa: “O que eu devo fazer para...
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Rio 2016: saiba o que você pode ou não levar para os locais de competição

A dois dias da abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, quem vai assistir a alguma competição deve estar atento à lista de objetos proibidos ou restritos nas arenas e outros locais esportivos.

 Estádio do Maracanã (ME/Portal da Copa/Daniel Basil)

Estádio do Maracanã sediará a cerimônia de abertura da Rio 2016, no dia 5 de agostoME/Portal da Copa/Daniel Basil

Tesouras, canivetes, facas, lâminas de barbear, punhais, agulhas, armas de fogo (mesmo de brinquedo ou réplicas), produtos químicos e inflamáveis e objetos de vidro estão entre os itens que não passarão pelos controles de entrada. Também estão proibidos fogos de artifício, sinalizadores e bombas de fumaça.

A lista de proibições inclui ainda objetos menos óbvios, como capacetes, martelos, flechas, remos e tacos. O Comitê Organizador dos Jogos também proibiu o famoso pau de selfie, usado para tirar fotos com o telefone celular. Além disso, será vetada a entrada nos locais de competição com qualquer bebida, alcoólica ou não.

Os únicos animais que poderão ser levados aos eventos são os cães-guia de deficientes visuais.

Nas partidas de futebol disputadas em Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Salvador e Manaus, os torcedores só poderão levar aos estádios bolsas ou mochilas transparentes, para que o conteúdo possa ser identificado.

Os atletas olímpicos que forem assistir às competições serão submetidos às mesmas regras que os espectadores comuns.

Manifestações políticas

O Comitê Rio 2016 também proibiu a entrada de quaisquer objetos para fins de protesto. Faixas, cartazes e cordas estão proibidos. A proibição trata de itens “de cunho político, religioso ou outros temas que possam ser utilizados para causar ofensa ou incitar discórdia”.

Repelentes

Produtos de higiene e cuidados pessoais, como protetor solar e repelentes serão permitidos, com limite de cinco itens e desde que nas embalagens originais. Em relação à comida, serão permitidos apenas alimentos na embalagem original e lacrados. Recipientes de vidro estão proibidos. Caso o torcedor queira levar guarda-chuva, deve ser pequeno, dobrável e sem partes pontiagudas.

Saiba Mais

Veja a lista completa de proibições e restrições nos locais de disputa da Rio 2016:

ITENS PROIBIDOS

1. MATERIAIS, SUBSTÂNCIAS OU DISPOSITIVOS EXPLOSIVOS
• Artefatos pirotécnicos – como sinalizadores, bombas de fumaça
• Substâncias explosivas – como TNT, dinamite, explosivos de plástico
• Detonadores elétricos e cápsulas de detonadores
• Qualquer tipo de fogos de artifício
• Qualquer dispositivo ou mecanismo suspeito que possa ser utilizado para ativar explosivos remotamente ou localmente
• Qualquer item que possa ser utilizado como um explosivo improvisado

2. ARMAS DE FOGO (OU PARTE DELAS) OU QUAISQUER DISPOSITIVOS SUSPEITOS DE SEREM UMA ARMA DE FOGO
• Qualquer tipo de arma de fogo
• Qualquer parte de uma arma de fogo
• Qualquer tipo de munição ou pólvora
• Itens que têm aparência de arma de fogo – como armas de brinquedo, réplicas ou simulacros e armas com emissão de luz ou centelha
• Armas pneumáticas e pistolas de ar
• Qualquer item que possa ser utilizado como uma arma improvisada

Exceções:
Armas portadas por policiais e militares devidamente credenciados para a instalação específica que estiverem acessando

3. SUBSTÂNCIAS TÓXICAS OU VENENOSAS (SOB QUALQUER FORMA E EM QUALQUER TIPO DE RECIPIENTE)
• Drogas ilícitas, conforme legislação brasileira
• Substâncias perigosas – como produtos químicos e venenos
• Qualquer outra substância suspeita de ser um dos itens mencionados acima

4. SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS OU DISPOSITIVOS INCENDIÁRIOS
• Qualquer recipiente que contenha qualquer tipo de gás, tais como butano, propano e metanol
• Qualquer líquido inflamável

Exceções:
• Isqueiros para uso pessoal
• Cilindros de oxigênio requeridos por necessidade médica, com receita contendo CRM do médico emissor

5. ARMA BRANCA OU QUALQUER OBJETO QUE POSSA SER USADO PARA FERIR OUTRAS PESSOAS
• Facas, tesouras, punhais, espadas, canivetes, lâminas de barbear
• Brocas, serras, arpões, flechas, machados, facas de cozinha, chaves de fenda, agulhas
• Martelos, alicates
• Remos, tacos, bastões e equipamentos similares
• Qualquer outro objeto perfurante ou que cause impacto que possa ser usado para ferir outras pessoas

Exceções:
• Acessórios requeridos para necessidades especiais de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida – por exemplo facas especiais, bengalas, muletas etc.

6. ITENS QUE PODEM PREJUDICAR A CONTINUIDADE DO EVENTO OU A OPERAÇÃO DA INSTALAÇÃO
• Qualquer item que possa ser utilizado para realização de protestos na instalação – como cordas, algemas, faixas e cartazes de protesto
• Ponteiros de laser, luzes estroboscópicas ou outros dispositivos emissores de luz
• Itens que criam ruído excessivo, podendo interferir na condução e no acompanhamento das competições – como megafones, cornetas, instrumentos musicais, apitos
• Dispositivos que emitem sinais de rádio ou internet – como rádios comunicadores, dispositivos sem fio, roteadores, radiorreceptores e interceptadores
• Bicicletas, patins, skates, bolas, raquetes ou outros equipamentos esportivos
• Qualquer item de tamanho excessivo que possa interferir na condução do evento.

Exceções:
• Equipamentos esportivos e outros acessórios utilizados para locomoção de pessoas com deficiência – como skate, patinetes etc.

7. OUTROS
• Animais (com exceção de cães-guia)
• Capacetes
• Bastão de selfie
• Líquidos e bebidas, alcoólicas ou não
• Quaisquer equipamentos eletrônicos que tragam risco ao evento, conforme avaliação da segurança
• Itens de cunho político, religioso ou outros temas que possam ser utilizados para causar ofensa ou incitar discórdia
• Itens que possam ser utilizados para marketing de emboscada
• Bandeira de países que não estejam participando dos Jogos ou bandeiras que contenham mensagens ou símbolos de caráter comercial
• Equipamentos profissionais de TV, filmagem ou fotografia
• Recipientes ou objetos de vidro

ITENS RESTRITOS
• Alimentos não perecíveis para consumo pessoal, na embalagem original e lacrada (como biscoitos, barras de cereal e alimentação de bebês). Recipientes de vidro não são permitidos
• Alimentos e bebidas para pessoas com necessidades médicas, com receita contendo CRM do médico emissor
• Medicamentos e equipamentos médicos para uso pessoal em quantidades razoáveis e com receita médica contendo CRM do médico emissor (quando necessário)
• Até cinco embalagens de produtos de higiene e cuidados pessoais (como repelentes, protetor/bloqueador solar), na embalagem original, com volume limite de 200ml cada, totalizando a quantidade máxima de 1 litro. Recipientes de vidro não são permitidos
• Carrinhos de bebê serão permitidos em locais específicos da instalação
• Guarda-chuvas de tamanho pequeno, dobrável, sem indicação de marca e que não tenham extremidades pontiagudas
• Garrafas de plástico vazias e sem indicação de marca
• Cadeiras de golfe, a serem utilizadas somente no Campo Olímpico de Golfe

 

Agência Brasil

 

Bancos e tarifas: conheça os seus direitos

por Samy Dana

Em meio ao desemprego e à inflação elevada, é essencial ter controle sobre os gastos. Trabalhar com pulso firme na hora de administrar o orçamento é a única forma de garantir que não existe exageros nas despesas da família. No entanto, reduzir supérfluos é algo dolorido. Uma boa dica para cortar gastos é procurar pelas despesas invisíveis: taxas e cobranças dos serviços que utilizamos no dia a dia e que acabam esquecidas no meio de tantas cobranças.
Vale olhar com lupa para as cobranças feitas pelo seu banco. Como as contas correntes dos brasileiros são dominadas por poucos grandes bancos, é fundamental ficar atento às cobranças, especialmente as desnecessárias e indevidas.
É importante ficar de olho e saber como você usa os serviços do banco, para avaliar se não está pagando por itens que poderiam ser gratuitos, dentro do seu limite de utilização. Hoje o consumidor brasileiro tem direito a dois tipos de contas gratuitas, a conta salário e a conta corrente de serviços essenciais – e muitos nem sabem disso.
Como elas funcionam?
Conta salário: como o nome diz, é exclusiva para receber salário. Só são aceitos depósitos da empresa que realiza o pagamento e você tem direito a um cartão magnético, 5 saques mensais, 2 consultas nos terminais ou no caixa, e 2 extratos mensais.
Conta de serviços essenciais: disponibiliza um pacote gratuito com um cartão de débito, até 4 saques mensais, 2 transferências de recursos entre contas na própria instituição, 2 extratos; consultas ilimitadas no internet banking, extrato consolidado anual, compensação de cheques, 10 folhas de cheque por mês e todos os serviço por meios eletrônicos.
No caso dos planos pagos, o consumidor tem duas opções: pagar as tarifas individuais para os serviços extras ou contratar um pacote fechado. O Banco Central determina ainda que as instituições financeiras devem oferecer quatro tipos de planos padronizados para facilitar a comparação de tarifas. São eles:
Pacote I: um cartão de débito, 8 saques por mês, 4 extratos mensais, 2 extratos do mês anterior e 4 transferências entre contas na mesma instituição.
Pacote II: um cartão de débito, 12 folhas de cheque mensais, 8 saques, 6 extratos do mês, 2 extratos de meses anteriores, 1 DOC ou TED, 4 transferências no mesmo banco.
Pacote III: um cartão de débito, 15 folhas de cheque, 10 saques mensais, 8 extratos mensais e 4 de outros períodos, 2 DOCs ou TEDs e 6 transferências no mesmo banco.
Pacote IV: um cartão de débito, 20 folhas de cheque, 12 saques mensais, 8 extratos mensais e 4 de outros períodos, 3 DOCs ou TEDs e 8 transferências no mesmo banco.
Os preços variam bastante entre bancos e existem ainda os serviços personalizados. A chave aqui é pesquisar as tarifas e conferir quantas vezes e quais serviços você costuma usar mais no seu banco. Isso pode te ajudar a guiar a sua pesquisa e encontrar um plano que faça mais sentido para você.
No caso de você encontrar tarifas abusivas, vale considerar a portabilidade de contas – um direito do consumidor. Por isso, pesquise tarifas e exija seus direitos.
Fonte: G1 - 03/08/2016 e Endividado

 

 

Bem-formada, nova geração chega mal-educada nas empresas, diz filósofo

Segunda-feira, seis da manhã. O despertador toca e você não quer sair da cama. Está cansado? Ou não vê sentido no que faz?
Na introdução de seu novo livro, o filósofo e escritor Mario Sergio Cortella coloca em poucas palavras o questionamento central da obra, "Por que fazemos o que fazemos?". Lançada em julho, ela trata da busca por um propósito no trabalho, uma das maiores aflições contemporâneas.
Em entrevista à BBC Brasil, Cortella, também doutor em Educação e professor, fala como um mundo com muitas possibilidades levou as pessoas a negar que sejam apenas mais uma peça na engrenagem. E explica como a combinação de um cenário imediatista, anos de bonança e pais protetores fez com que a "busca por propósito" dos jovens seja muitas vezes incompatível com a realidade.
"No dia a dia, a pessoa se coloca como alguém que vai ter um grande legado, mas fica imaginando o legado como algo imediato", diz.
Essa visão "idílica", diz o filósofo, torna escritórios e salas de aula em palcos de confronto de gerações.
"Parte da nova geração chega nas empresas mal-educada. Ela não chega mal-escolarizada, chega mal-educada. Não tem noção de hierarquia, de metas e prazos e acha que você é o pai dela."
Leia os principais trechos da entrevista abaixo:
BBC Brasil - O que desencadeou a volta da busca pelo propósito?
Mario Sergio Cortella - A primeira coisa que desencadeou foi um tsunami tecnológico, que nos colocou tantas variáveis de convivência que a gente fica atordoado.
A lógica para minha geração foi mais fácil. Qual era a lógica? Crescer, estudar. Era escola, e dependendo da tua condição, faculdade. Não era comunicação em artes do corpo. Era direito, engenharia, tinha uma restrição.
Essa overdose de variáveis gerou dificuldade de fazer escolhas. Isso produz angústia em relação a esse polo do propósito. Por que faço o que estou fazendo? Faço por que me mandam ou por que desejo fazer? Tem uma série de questões que não existiam num mundo menos complexo.
Não foi à toa que a filosofia veio com força nos últimos vinte anos. Ela voltou porque grandes questões do tipo "para onde eu vou?", "quem sou eu?", vieram à tona.
BBC Brasil - Podemos dizer que nesse contexto vai ser cada vez menor o número de pessoas que não tem esses questionamentos?
Mario Sergio Cortella - Cada vez menor será o número de pessoas que não se incomoda com isso. O próprio mundo digital traz o tempo todo, nas redes sociais, a pergunta: "por que faço o que faço?", "por que tomo essa posição?". E aquilo que os blogs e os youtubers estão fazendo é uma provocação: seja inteiro, autêntico. É a expressão "seja você mesmo", evite a vida de gado.
BBC Brasil - No seu livro, você fala da importância do reconhecimento no trabalho. Qual é ela?
Mario Sergio Cortella - O sentir-se reconhecido é sentir-se gostado. Esse reconhecimento é decisivo. A gente não pode imaginar que as pessoas se satisfaçam com a ideia de um sucesso avaliado pela conquista material. O reconhecimento faz com que você perca o anonimato em meio à vida em multidão.
No fundo, cada um de nós não deseja ser exclusivo, único, mas não quer ser apenas um. Eu sou um que importa. E sou assim porque é importante fazer o que faço e as pessoas gostam.
BBC Brasil - Pelo que vemos nas redes sociais, os jovens estão trazendo essa discussão de forma mais intensa. Você percebeu isso?
Mario Sergio Cortella - Há algum tempo tenho tido leitores cada vez mais jovens. Como me tornei meio pop, é comum estar andando num shopping e um grupo de adolescentes pedir para tirar foto.
Uma parcela dessa nova geração tem uma perturbação muito forte, em relação a não seguir uma rota. E não é uma recuperação do movimento hippie, que era a recusa à massificação e à destruição, ao mundo industrial.
Hoje é (a busca por) uma vida que não seja banal, em que eu faça sentido. É o que muitos falam de ′deixar a minha marca na trajetória′. Isso é pré-renascentista. Aquela ideia do herói, de você deixar a sua marca, que antes, na idade média, era pelo combate.
O destaque agora é fazer bem a si e aos outros. Não é uma lógica franciscana, o "vamos sofrer sem reclamar". É o contrário. Não sofrer, se não for necessário.
Uma das coisas que coloco no livro é que não há possibilidade de se conseguir algumas coisas sem esforço. Mas uma das frases que mais ouço dos jovens, e que para mim é muito estranha, é: quero fazer o que eu gosto.
Mario Sergio Cortella - Muito comum, mas está equivocado. Para fazer o que se gosta é necessário fazer várias coisas das quais não se gosta. Faz parte do processo.
Adoro dar aulas, sou professor há 42 anos, mas detesto corrigir provas. Não posso terceirizar a correção, porque a prova me mostra como estou ensinando.
Não é nem a retomada do ′no pain, no gain′ (′sem dor, não há ganho′). Mas é a lógica de que não dá para ter essa visão hedonista, idílica, do puro prazer. Isso é ilusório e gera sofrimento.
BBC Brasil - O sofrimento seria o choque da visão idílica com o que o mundo oferece?
Mario Sergio Cortella - A perturbação vem de um sonho que se distancia no cotidiano. No dia a dia, a pessoa se coloca como alguém que vai ter um grande legado, mas fica imaginando o legado como algo imediato.
Gosto de lembrar uma históra com o Arthur Moreira Lima, o grande pianista. Ao terminar uma apresentação, um jovem chegou a ele e disse ′adorei o concerto, daria a vida para tocar piano como você′. Ele respondeu: ′eu dei′.
Há uma rarefação da ideia de esforço na nova geração. E falo no geral, não só da classe média. Tivemos uma facilitação da vida no país nos últimos 50 anos - nos tornamos muito mais ricos. Isso gerou nas crianças e jovens uma percepção imediatizada da satisfação das necessidades. Nas classes B e C têm menino de 20 anos que nunca lavou uma louça.
BBC Brasil - Quais as consequências dessa visão idealizada?
Mario Sergio Cortella - Uma parte da nova geração perde uma visão histórica desse processo. É tudo ′já, ao mesmo tempo′. De nada adianta numa segunda castigar uma criança de cinco anos dizendo: sábado você não vai ao cinema. A noção de tempo exige maturidade.
Vejo na convivência que essa geração tem uma visão mais imediatista. Vou mochilar e daí chego, me hospedo, consigo, e uma parte disso é possível pelo modo que a tecnologia favorece, mas não se sustenta por muito tempo.
Quando alguns colocam para si um objetivo que está muito abstrato, sofrem muito. Eu faço uma distinção sempre entre sonho e delírio. O sonho é um desejo factível. O delírio é um desejo que não tem factibilidade.
BBC Brasil - Muitos deliram nas suas aspirações?
Mario Sergio Cortella - Uma parte das pessoas delira. Ela delira imaginando o que pode ser sem construir os passos para que isso seja possível. Por que no campo do empreendedorismo existe um nível de fracasso muito forte? Porque se colocou mais o delírio do que a ideia de um sonho.
O sonho é aquilo que você constrói como um lugar onde quer chegar e que exige etapas para chegar até lá, ferramentas, condições estruturais. O delírio enfeitiça.
BBC Brasil - Qual é o papel dos pais para que a busca pelo propósito dos jovens seja mais realista?
Mario Sergio Cortella - Alguns pais e mães usam uma expressão que é "quero poupar meus filhos daquilo que eu passei". Sempre fico pensando: mas o que você passou? Você teve que lavar louça? Ou está falando de cortar lenha? Você está poupando ou está enfraquecendo? Há uma diferença. Quando você poupa alguém é de algo que não é necessário que ele faça.
Tem coisas que não são obrigatórias, mas são necessárias. Parte das crianças hoje considera a tarefa escolar uma ofensa, porque é um trabalho a ser feito. Ela se sente agredida que você passe uma tarefa.
Parte das famílias quer poupar e, em vez de poupar, enfraquecem. Estamos formando uma geração um pouco mais fraca, que pega menos no serviço. Não estou usando a rabugice dos idosos, ′ah, porque no meu tempo′. Não é isso, é meu temor de uma geração que, ao ser colocada nessa condição, está sendo fragilizada.
BBC Brasil - Sempre lemos e ouvimos relatos de conflitos de gerações entre chefes e subordinados, alunos e professores. Como se explicam esses choques?
Mario Sergio Cortella - Criou-se um fosso pelo seguinte: uma criança ou jovem é criado por adultos, que são seus pais e mantêm com eles uma relação estranha de subordinação. A geração anterior sempre teve que cuidar da geração subsequente e essa vivia sob suas ordens.
A atual geração de pais e mães que têm filhos na faixa dos dez, doze anos, é extremamente subordinada. Como há por parte dos pais uma ausência grande de convivência, no tempo de convivência eles querem agradar. É a inversão da lógica.
Essa lógica faz com que, quando o jovem vai conviver com um adulto que sobre ele terá uma tarefa de subordinação, na escola ou trabalho, haja um choque. Parte da nova geração chega nas empresas mal-educada. Ela não chega mal-escolarizada, chega mal-educada.
Não tem noção de hierarquia, de metas e prazos e acha que você é o pai dela. Obviamente que ela também chega com uma condição magnífica, que é percepção digital, um preparo maior em relação à tecnologia.
Fonte: BBC - Brasil - 03/08/2016 e Endividado

 

 

É preciso aperfeiçoar a disciplina do crédito ao consumidor (parte 2)

por Marília de Ávila e Silva Sampaio

No dia 8 de junho, foi publicado, nesta coluna, artigo de autoria de Clarissa Costa de Lima e Rosangela Cavallazzi enfatizando a necessidade de aprovação do projeto de lei que aperfeiçoa a disciplina do crédito ao consumidor e dispõe sobre a prevenção e o tratamento do superendividamento do consumidor no Brasil. As autoras lembraram que o projeto em tramitação (PLS 283/2012 no Senado Federal e PL 3515/2015 na Câmara dos Deputados[1]) foi elaborado por uma comissão de juristas, presidida pelo ministro Herman Benjamin, com o objetivo de regular o fruto mais perverso da economia de crédito e da cultura do consumismo que é o superendividamento.
Aqui, pretende-se enfatizar a premente necessidade de aprovação do texto legislativo, mas sob uma perspectiva diferente daquela apresentada pelas autoras do mencionado artigo. O que se pretende enaltecer aqui é a importância de um regramento legislativo para a atividade judicante, que venha a oferecer uma base segura para as decisões que envolvam problemas relativos à crise de solvência dos consumidores, notadamente a possibilidade de revisão judicial dos contratos com base na alegação de superendividamento do devedor.
O evidente caráter distributivo do crédito para consumo faz com que as decisões sobre a possibilidade de revisão dos contratos sob a alegação de superendividamento tenham impacto sobre milhares de contratos, afetando a vida de milhares de consumidores. A ausência de uma regulamentação legislativa torna a situação bastante problemática, pois grande parte das decisões judiciais, principalmente as do STJ, tendem a considerar o crédito e o dinheiro como uma commodity qualquer, ignorando sua relevância social e coletiva, quando, na verdade, trata-se de um bem social.
Não obstante, é sob a ótica de proteção da dignidade da pessoa humana que se deve desenvolver a análise da proteção ao consumidor superendividado, pois, conforme adverte Luiz Edson Fachin, “entre a garantia creditícia e a dignidade pessoal, opta-se por esta que deve propiciar a manutenção dos meios indispensáveis à sobrevivência”[2]. Assim, partindo do regramento constitucional brasileiro, a opção pelo crédito para consumo deve ser protegida pelo direito, prevendo-se mecanismos mais eficientes de fortalecimento do devedor superendividado, tanto na prevenção da situação, incluindo a formação de vontade do consumidor de crédito, quanto na recuperação do devedor que já se encontra em estado de superendividamento.
Os atuais mecanismos previstos na legislação brasileira, principalmente no que concerne ao contrato de crédito, são insuficientes para dar cabo dessa tarefa. Primeiramente, é importante registrar que a questão diz respeito tanto aos contratos de consumo como aos contratos paritários, regulados pelo Código Civil. Isso porque o devedor superendividado encontra dificuldades de pagamento de débitos não só de fornecedores em contratos de consumo, mas também de particulares com quem firmou outros contratos, como locação ou prestação de serviços, por exemplo.
Além disso, o indivíduo em situação de superendividamento tem dificuldades de adimplir contratos firmados com o poder público na prestação de serviços públicos como fornecimento de água ou energia. Ou seja, há uma dificuldade global no cumprimento de todo e qualquer contrato, de modo que, se o devedor for obrigado a cumprir todos os contratos, todos os credores, e não só os envolvidos em relações de consumo, terão dificuldades para a recuperação de seus créditos.
Do ponto de vista da legislação vigente, o Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 6º, V, inscreve a revisão dos contratos como direito básico do consumidor, quando os contratos estabelecerem prestações desproporcionais ou quando fatos supervenientes ocasionarem a onerosidade excessiva dessas prestações. De igual modo, o Código Civil estabelece a possibilidade de revisão ou resolução dos contratos por onerosidade excessiva para uma das partes, com extrema vantagem para a outra parte, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, nos moldes de seus artigos 317 e 478/479. Tanto nas relações de consumo como nas relações paritárias, reguladas pelo Código Civil, o requisito para a revisão dos contratos é a quebra do equilíbrio contratual diante da onerosidade excessiva superveniente, com a ruptura do sinalagma genético.
De início, já se anteveem duas dificuldades básicas para a revisão de tais contratos com base na alegação de superendividamento do devedor: (a) o superendividamento pode ocasionar um ônus excessivo para o devedor, mas não necessariamente o faz. Existem situações de superendividamento em que não há desproporção contratual, quer genética, quer superveniente, o que afastaria a possibilidade de revisão dos contratos nos estritos limites das regras acima mencionadas; (b) dos contratos de consumo de crédito, os contratos bancários são os que mais estão sujeitos à chamada conexidade contratual, ou seja, uma pluralidade contratual, formada por contratos distintos, com objeto ou partes diferentes, num ou mais instrumentos contratuais, mas todos reunidos por um nexo funcional ou finalístico comum.
Dessa maneira, a interpretação de uma pluralidade contratual, quer seja de contratos coligados, conexos, em rede ou sistema, deve ser alargada para além dos limites da interpretação dos contratos isoladamente, o que muitas vezes impede a discussão acerca da manutenção ou quebra de um sinalagma contratual.
O debate na doutrina brasileira vai além dos argumentos relativos à possibilidade de revisão dos contratos pelo reconhecimento da quebra do equilíbrio contratual numa situação de superendividamento, oscilando entre sua aceitação irrestrita; a aceitação mediante aplicação analógica da lei de falências ao devedor pessoa física e a impossibilidade de revisão sem legislação específica que estabeleça um mecanismo de tratamento global do superendividamento do devedor pessoa física, não sendo o caso de nos aprofundarmos aqui nos argumentos lançados no debate.
Todavia, essa discussão se dá em relação aos contratos isolados. A revisão dos contratos com base no superendividamento por meio da aplicação da onerosidade excessiva ou da teoria da quebra da base negocial, não oferece tratamento adequado para a questão do superendividamento, notadamente porque não oferece tratamento global às dívidas crônicas do devedor e de sua família e aos efeitos do superendividamento. Clarissa Costa de Lima pontua que, na perspectiva individual das ações revisionais, o juiz somente examina as cláusulas contratuais, “sem se preocupar com o passivo do devedor ou com o restante das dívidas assumidas, pois seu objetivo não é reabilitar financeiramente, mas apenas restaurar o equilíbrio do contrato em exame[3]”.
O que se verifica é que, mesmo com a possibilidade de análise do problema do superendividamento a partir dos mecanismos atualmente existentes no ordenamento jurídico brasileiro, ainda remanesce a necessidade de criação de uma lei mais detalhada no tratamento do tema. A par das ações de políticas do consumidor a serem formuladas pelo poder público, evidencia-se a importância do seu regramento no campo do Direito, como tentativa de corrigir dificuldades dos consumidores principalmente no consumo do crédito.
Luciano Timm lembra que exsurge evidente “a importância de trazer para o campo jurídico a questão econômica e sociológica do superendividamento dos consumidores, para se tentar corrigir essas eventuais e até prováveis situações de dificuldades econômicas e financeiras dos destinatários do marketing pró-consumo e endividamento[4]”.
Quando judicializada a discussão, o devedor normalmente argui a ilegalidade ou a abusividade de cláusulas contratuais, sendo certo que o superendividamento nem sempre tem relação com práticas contratuais iníquas. Ao contrário, o superendividamento tem relação com a incapacidade de pagamento das obrigações contratuais assumidas, que muitas vezes não são nem ilegais nem abusivas. De outra parte, as ações revisionais de contratos, que atualmente sobrecarregam os tribunais, não garantem a presença de todos os credores no polo passivo da demanda, de modo que fica inviabilizada a solução global e estrutural que o superendividamento demanda.
Dessa forma, não se pode abrir mão da regulação estatal do tema. Partindo-se da premissa de que o direito é um discurso prático, ou seja, um discurso que trata da justificação de escolhas feitas em determinadas situações relativas a problemas concretos e que é regulado por regras, no caso das decisões judiciais sobre o tema, a regulamentação dos significados possíveis para a polissemia semântica  do que seja o superendividamento se apresenta como condição prévia de possibilidade de comunicação linguística e têm um grande peso para a legitimidade da regularização de conflitos sociais por meio das sentenças judiciais.
Por tudo isso, é muito importante a edição de uma legislação que norteie as soluções para o problema dos devedores superendividados, soluções estas que permitam a um devedor individual a renegociação global de suas dívidas com todos os seus credores. Atualmente, a ausência dessa legislação impede que o superendividamento seja considerado como fundamento para revisão dos contratos.
Fonte: Conjur - Consultor Jurídico - 03/08/2016 e Endividado

 

Reforma acabará com a Fórmula 85/95 no cálculo da aposentadoria

Proposta em estudo para mudar regras do INSS foi apresentada ao presidente interino Michel Temer
Rio - Os trabalhadores que completaram as regras previstas na Fórmula 85/95 para se aposentar — que soma idade com tempo de contribuição e aumenta em até R$1 mil o benefício — devem entrar no pedido de concessão o quanto antes, alerta Adriane Bramante, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP).
O fim da fórmula está entre as propostas estudadas pelo governo para a reforma da Previdência. A mudança consta na primeira versão de um estudo intitulado “Mudar para preservar” apresentado pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ao presidente interino Michel Temer (PMDB). A Fórmula 85/95, em vigor desde o ano passado, estabelece que, quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 pontos (mulheres) e 95 (homens), a aposentadoria é integral.
′O problema é que o buraco é muito grande. Agora, é fazer ou fazer (a reforma)′, disse o ministro Eliseu Padilha
Conforme o documento, as mudanças mais drásticas que serão propostas vão atingir o trabalhador com até 50 anos de idade, tanto na iniciativa privada quanto do setor público. Acima desta faixa etária haverá “pedágio” para quem quiser se aposentar, a chamada regra de transição. Segundo Padilha, pode ser de 15 anos e prevê período adicional de trabalho de 40% a 50% do tempo que falta para que se tenha direito ao benefício.
A ideia, de acordo com a cartilha, é que a idade mínima para requerer a aposentadoria seja de 65 anos, no caso de homens, e de 62 para mulheres. “Talvez não unifiquemos o sistema, mas vamos unificar as regras”, disse o ministro, em relação aos setores privados e públicos. “O problema é que o buraco é muito grande. Agora, é fazer ou fazer”, alertou.
Cálculos do governo indicam que o rombo na Previdência este ano será de R$ 146 bilhões e R$ 180 bilhões em 2017. Diante de tantas incertezas Adriane Bramante orienta o trabalhador a contar o tempo de serviço e analisar as possibilidades para pedir a aposentadoria. “Não temos certeza de mais nada”, diz. “O trabalhador deve estar com os documentos em ordem para poder decidir qual a melhor opção”.
Transição deve durar 15 anos
A regra de transição para implementar as mudanças na Previdência prevista na cartilha “Mudar para preservar” deve durar 15 anos, segundo informou o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha. A norma servirá para igualar a idade mínima de aposentadoria entre homens e mulheres. Os militares das Forças Armadas também terão que cumprir a idade mínima de 65 anos. O governo ainda avalia como ficará a pensão das filhas dos militares.
Padilha disse ainda que o governo pretende mexer nos benefícios de pensão por morte de todos os segurados (do INSS e servidores públicos). O valor cairá para 60%, mais 10% por dependente, chegando no limite de 100%. Benefícios assistenciais pagos a idosos e deficientes da baixa renda também serão reduzidos. O valor do auxílio será revisto. Neste caso, as mudanças serão restritas a novos beneficiários.
Fonte: O Dia Online - 02/08/2016 e Endividado

 

 

Votação do relatório

José C.
 da Silva/Ag.Pública

A comissão especial do impeachment se reúne hoje para votar o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que recomenda que o caso da presidente afastada Dilma Rousseff seja levado a julgamento final.
A defesa de Dilma nega que a petista tenha cometido crime de responsabilidade e afirma que, no relatório, Anastasia não conseguiu se libertar da 'paixão partidária'.Leia mais

 

 

 

Crise na organização dos Jogos

Alessandro Buzas/ Futura Press/ Estadão Conteúdo

Na véspera da abertura, o Comitê dos Jogos Olímpicos vive uma crise financeira e de planejamento que afeta a organização da Olimpíada. Pontos como segurança, transporte e visual das instalações são preocupações, como ficou claro em reunião do Comitê Olímpico Internacional ontem. E faltam recursos para cobrir todas as áreas.
Os organizadores têm forças-tarefas para resolver essas questões ao mesmo tempo em que controlam gastos, mas nem tudo vai ficar pronto a tempo ou no formato ideal.Leia mais

 

 

 

Estreia do futebol masculino nas Olimpíadas

Lucas Figueiredo/MoWa Press

A seleção brasileira de futebol masculino estreia hoje nos Jogos Olímpicos, às 16h, em Brasília, contra a África do Sul.
Outros sete jogos vão ser realizados nesta quinta, com destaque para a estreia da Argentina contra a seleção de Portugal e o duelo entre Alemanha e México. Você acompanha tudo o que acontece nos Jogos pelo aplicativo Placar UOL Olimpíadas.Leia mais

 

Protestos contra Temer

Beto Barata/PR

Manifestantes planejam para amanhã, dia da abertura da Olimpíada, uma série de protestos contra o governo do presidente interino, Michel Temer.
As forças responsáveis pela segurança dos Jogos preveem sete atos espalhados pelo Rio em diferentes horários. Com base em monitoramento de redes sociais, calculam que eles possam reunir quase 15 mil pessoas.  Leia mais

 

Desconfiança

O PSDB decidiu acompanhar de perto todas as medidas adotadas agora pelo presidente interino, Michel Temer.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, os tucanos acreditam que essa é a melhor maneira para avaliar, na prática, as intenções do peemedebista de se colocar como candidato à Presidência em 2018. Se o PSDB concluir que há interesse eleitoral na gestão Temer, o partido deve sair do governo. Leia mais

 

Atenção ao prazo

Letícia 
Moreira/Folhapress

Termina amanhã o prazo para o empregador pagar o Documento de Arrecadação do eSocial referente ao salário de julho do empregado doméstico.
Nos municípios onde foi decretado feriado por causa dos Jogos Olímpicos, como no Rio de Janeiro, o pagamento em agência bancária foi antecipado para a última quarta-feira, dia 3, mas é possível realizar a operação em caixa eletrônico ou internet banking até sexta. Leia mais

 

 

Impasse no Mercosul

Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Um dia antes de o Mercosul completar uma semana sem comando, representantes de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai se reúnem hoje em Montevidéu para discutir a hipótese de adotar uma Presidência compartilhada no Mercosul.
A proposta foi apresentada pela ministra de Relações Exteriores argentina, Susana Malcorra, depois de o Uruguai encerrar o período à frente do bloco e a Venezuela assumir sem a chancela dos outros integrantes. Leia mais

 

Novo líder do Brasileirão

CHICO FERREIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Santos é o novo líder do Campeonato Brasileiro. E nem precisou vencer na rodada para assumir a ponta da tabela. O time paulista empatou com o Flamengo em 0 a 0, chegou aos mesmos 33 pontos do Corinthians, que perdeu para o Atlético-PR por 2 a 0, e leva vantagem no saldo de gols.
Cinco jogos vão ser realizados hoje, com destaque para os duelos entre São Paulo e Atlético-MG e Grêmio e Santa Cruz, às 19h30, e para o Palmeiras, que pode recuperar a liderança do Brasileirão se vencer a Chapecoense em Santa Catarina às 21h30. Você pode conferir todos esses jogos ao vivo pelo aplicativo Placar UOL ou pelo siteuol.com.br. Leia mais

 

Hospital e clínica devem indenizar por atendimentos que não diagnosticaram apendicite em criança

O Hospital Prontonorte e a Clínica Materno Infantil de Sobradinho deverão indenizar criança que teve quadro de apendicite agravado pela falta de diagnóstico preciso. A sentença condenatória de 1ª Instância foi confirmada, em grau de recurso, pela 2ª Turma Cível do TJDFT, que manteve os valores indenizatórios a serem pagos solidariamente: R$ 25 mil de danos morais e R$ 25 mil de danos estéticos.
Na ação, o pai da menina relatou que a levou ao Prontonorte no dia 26/2/2013 com quadro de vômitos e fortes dores abdominais, além de apatia e desânimo. Lá, o médico responsável pelo atendimento prescreveu exames laboratoriais e remédios para dores, com diagnóstico de processo infeccioso de origem ignorada. Dois dias depois, como os sintomas não haviam cedido e a criança apresentou febre de 40ºC, dirigiram-se à Clínica Materno Infantil de Sobradinho, onde foi prescrita a troca de analgésico. No dia 1º/3, o estado de saúde da filha se agravou e ele a conduziu ao Hospital Santa Lúcia, ocasião em que foram realizados novos exames laboratoriais e tomografia computadorizada do abdômen, constatando-se o quadro de apendicite supurada. A menina foi internada e submetida à cirurgia de urgência.
Segundo o pai, o diagnóstico tardio colocou sua filha em risco de morte, pois teve que se submeter à cirurgia invasiva, com cicatriz de 25 cm, ao invés de uma simples videoapendicectomia. Pediu a condenação dos requeridos ao pagamento de indenização por danos morais e estéticos.
Em contestação, o Prontonorte  sustentou que o quadro apresentado pela paciente não sugeria apendicite e defendeu a improcedência dos pedidos indenizatórios. A clínica, por sua vez, afirmou realizar apenas consultas médicas, sem o aparato de um hospital.
Para o juiz da 14ª Vara Cível de Brasília os danos foram evidentes: “Verifica-se que a situação vivida pela requerente extrapolou o normalmente esperado em situações análogas e, portanto, violou seus direitos de personalidade, não se podendo olvidar da realidade por ela vivenciada, das dores abdominais prolongadas, do temor ante a incerteza do diagnóstico, ante a falta de atenção, cuidado e conhecimentos das requeridas, tornando evidente o dano moral. Por outro lado, não é possível acolher o argumento da Clínica Materno Infantil de Sobradinho de que o seu médico que atendeu a autora agiu corretamente, ante o quadro apresentado, posto que é evidente que se ela já tinha sido medicada anteriormente no primeiro réu e, mesmo assim, o quadro se agravara, poderia o médico referido desconfiar de alguma situação mais grave, ao invés de somente indicar a substituição do medicamento prescrito pelo Prontonorte, sendo evidente a sua omissão também. Com isso, existente o ato culposo, as consequências daí advindas em desfavor da demandante demonstram claramente a presença tanto do dano moral como do dano estético, inclusive porque a perita confirmou a presença até a presente data da cicatriz infra umbilical de 25cm”.
Na 2ª Instância, a Turma Cível manteve a condenação na íntegra. "Emergindo das provas coligidas nos autos, notadamente da prova pericial produzida em juízo que o prestador de serviço agiu com negligência, ou seja, em desacordo com os parâmetros médicos esperados, a prova da culpa pelo agravamento do quadro de apendicite da parte resta comprovada, originando o dever de indenizar", concluíram os desembargadores, à unanimidade.
Processo: 2013.01.1.055456-4
Fonte: TJDF - Tribunal de Justiça do Distrito Federal - 03/08/2016 e Endividado

 

Sucesso nas Finanças: Linha de crédito ajuda a investir

por Marta Chaves

A linha de crédito é um produto de prateleira e, sendo assim, possui valor a ser pago pelo consumidor, em tarifas e nos juros
Rio - Dentre os produtos ofertados pelos bancos estão as linhas de créditos para as pessoas físicas. Em geral, são específicas em sua destinação e operacionalizadas com prazos, tarifas e taxas de juros diferenciados.
Tais linhas de crédito podem ser: limite de crédito na conta corrente, CDC-Crédito Direto ao Consumidor, cheque especial, crédito imobiliário, crédito consignado ou leasing, entre outras negociadas pelas instituições financeiras. A linha de crédito é um produto de prateleira e, sendo assim, possui valor a ser pago pelo consumidor, em tarifas e nos juros, que para pessoa física fica em 7,96% ao mês e 150,70% ao ano.
Pergunta e Resposta
“Meu banco sempre me oferece linha de crédito e indica que é uma boa oportunidade para mim. Como eu não tenho dívidas, queria saber se vale aceitar esse tipo de oferta . Tem taxas altas? Não queria cair em roubada”. Beatriz Pereira, Irajá
O dinheiro, enquanto produto de prateleira de uma instituição financeira, tem seu valor no tempo e no mercado. Ou seja, você pode conseguir dinheiro – na forma de crédito – “mais barato” em um determinado banco do que em outro. Imagine a seguinte situação: você tem disponível R$ 100 mil para investir ou comprar um imóvel. Assim, pode fazer mix de investimentos em aplicações financeiras, tomar uma linha de crédito imobiliário e, com os rendimentos de seu investimento, você pagará as parcelas da linha de crédito e ainda ficará com seu recurso investido.
Para a liberação de linha de crédito, os bancos fazem procedimentos padrões, como diagnóstico financeiro do cliente e análises cadastral, de sua idoneidade, do relacionamento com o banco e com o mercado e, por fim, de sensibilidade. Além dos juros, as linhas de créditos possuem tarifas, que variam em cada banco, e tributos como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Os bancos devem fornecer ao cliente o Custo Efetivo Total da linha de crédito, composto pela parcela de pagamento do crédito, incluindo juros, tarifas, tributos, seguros e outras despesas cobradas. Conhecendo o CET, você terá condições de comparar ofertas e escolher a que melhor atende suas condições.
Fonte: O Dia Online - 03/08/2016 e Endividado

 

Igreja tem legitimidade para suspender prática de pastor que emite cheques sem fundos

por Américo Wisbeck, Ângelo Medeiros, Daniela Pacheco Costa, Maria Fernanda Martins e Sandra de Araujo

A instituição religiosa que suspende um de seus pastores das atividades eclesiais por desvio de conduta, previsto em seus estatutos, age de forma legítima e não pode, apenas por isso, ser condenada ao pagamento de indenização por danos morais.
Esse entendimento foi manifestado pela 2ª Câmara Civil do TJ, em apelação sob a relatoria do desembargador substituto Jorge Luis Costa Beber, para confirmar sentença de comarca do litoral catarinense que isentou igreja evangélica de indenizar um de seus pastores, temporariamente impedido de pregar após a constatação da emissão de 24 cheques sem fundos.
O religioso sustentou perseguição, atribuiu o fato à sua condição de afrodescendente e levantou a suspeita de inveja de superiores por sua ampla aceitação junto aos fiéis. Já a congregação explicou que a restrição foi imposta em virtude da conduta perdulária do pastor, que atenta contra o Estatuto das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus. Acrescentou que, tão logo regularizadas as pendências financeiras, o religioso pôde regressar ao cargo e teve ainda expedida uma carta de recomendação que lhe permitia pregar em outras igrejas da região.
"Destarte, sendo a emissão de cheques sem fundos conduta reprovada pela instituição religiosa, não vejo como considerar inapropriada a limitação imposta ao demandante, até que sua situação fosse regularizada junto ao credor, como de fato ocorreu posteriormente [...]", concluiu Beber. A decisão foi unânime (Apelação n. 0000569-17.2009.8.24.0139).
Fonte: TJSC - Tribunal de Justiça de Santa Catarina - 03/08/2016 e Endividado

Senadora Vanessa Grazziotin, da bancada da chupeta, é ironizada na comissão do impeachment


Cardozo quer levar até 20 testemunhas de Dilma ao julgamento em plenário

O advogado de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira (3) que a defesa e a acusação no processo de impeachment devem ter direito a apresentar cinco testemunhas para cada fato imputado a Dilma no julgamento em plenário. Como são quatro fatos – três decretos de suplementação orçamentária e uma operação de crédito entre o Tesouro e o Banco do Brasil –, Cardozo quer levar 20 testemunhas ao plenário do Senado.

Brasília - O advogado José Eduardo Cardozo e o relator Antonio Anastasia durante sessão da Comissão do Impeachment para discutir o relatório do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O advogado José Eduardo Cardozo e o relator Antonio Anastasia durante sessão da Comissão do Impeachment Antonio Cruz/Agência Brasil

“A informação que eu tive é que ele [presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski] vai adotar por analogia o rito do tribunal do juri, em que são cinco testemunhas. No nosso entendimento são cinco testemunhas por fato, ou seja, seriam até 20 testemunhas. Não posso ter uma leitura que não seja essa: cinco por fato imputado, da mesma forma que se teve oito por fato imputado na fase anterior”, disse.

Segundo Cardozo, quem vai decidir sobre o assunto é o STF e Lewandowski terá a palavra final. “Vamos ouvir o presidente Lewandowski e, claro, mais que ouvir, vamos saber respeitar sua decisão”, disse o advogado esta noite, ao deixar a reunião de hoje da Comissão Processante do Impeachment, que discutiu o relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG).

Cardozo voltou a criticar o parecer e a questionar a conduta de Anastasia que, segundo ele, é suspeito para relatar o impeachment porque pertence a um partido que era oposição ao governo de Dilma Rousseff. “O senador Anastasia é um homem brilhante, correto, mas, sem dúvida, ele atendeu ao seu partido”, disse.

 

 

Agência Brasil

 

CCJ do Senado aprova reajuste para salários de ministros do STF

 

Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou hoje (3) o reajuste dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo texto aprovado, que segue para análise da Comissão de Assuntos Econômicos da Casa (CAE), o valor passará dos atuais R$ 33.713,00 para R$ 36.763 este ano e R$ 39.298, em janeiro de 2017.

Os salários dos ministros do STF correspondem ao teto do funcionalismo público. Por isso, o reajuste tem efeito cascata, podendo significar também reajustes nos salários de funcionários públicos do alto escalão do governo.

Relator da matéria, o senador José Maranhão (PMDB-PB) justificou o parecer favorável ao aumento, lembrando que o valor está defasado em relação à inflação e que foi reajustado pela última vez em janeiro de 2015. Se for aprovado na CAE, o texto seguirá para o plenário do Senado.

 

Agência Brasil

 

Prefeitura recupera US$ 25 milhões desviados por Maluf

 

Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil

A prefeitura de São Paulo conseguiu recuperar US$ 25 milhões aos cofres públicos, referente a movimentação financeira fora do país em contas de empresas offshore ligadas ao ex-prefeito Paulo Maluf e seus familiares, por meio de acordo com bancos, firmado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

Os bancos Citibank N.A, dos Estados Unidos, e UBS AG Zurich, da Suíça, depositaram hoje (3) US$ 15 milhões e US$ 10 milhões, respectivamente, referentes a dois termos de ajustamento de conduta (TAC) firmados com o MP-SP e a prefeitura no ano passado.

Esse pagamento é referente a um processo por danos morais coletivos, sofridos pela população paulistana, decorrentes de movimentação financeira na Suíça, Estados Unidos e Ilha de Jersey em contas de empresas offshore ligadas ao ex-prefeito Paulo Maluf e seus familiares. Do valor total, 90% irão para o município. O restante será revertido ao Fundo de Interesses Difusos, Fundo Estadual de Perícias e à Fazenda do Estado de São Paulo.

“Os bancos não foram responsáveis pelos desvios das verbas públicas, eles foram utilizados na lavagem de dinheiro”, disse o promotor Silvio Marques. “Nós não podemos evidentemente pedir dos bancos aquilo que compete ao próprio autor do desvio pagar, seria desproporcional”. Marques explicou que o valor pago pelos bancos não será abatido do total da dívida do ex-prefeito Paulo Maluf e de seus familiares.

“Eu posso dizer que esse valor de 10% sobre o valor total movimentado [no banco] é muito expressivo considerando que, na jurisprudência no Brasil, os pagamentos por danos morais, ainda mais danos morais coletivos, a indenização é pífia”, disse o promotor sobre o cálculo da indenização paga pelos bancos.

Com o pagamento, os bancos não poderão mais ser processados pelo uso de suas agências no exterior e nem sofrer outras medidas decorrentes do inquérito civil relacionado aos desvios de verbas das obras da Avenida Água Espraiada e do Túnel Ayrton Senna.

Creches ou Parque Augusta

Em coletiva na tarde de hoje, o prefeito Fernando Haddad disse os recursos recuperados representam um volume extremamente expressivo de recursos que vão voltar para os cofres municipais e vão ser devolvidos à sociedade na forma de serviços e de equipamentos”. Quando o TAC foi firmado em 2015, Haddad divulgou que concordava em usar os recursos recuperados para aquisição do Parque Augusta ou para construção de creches, a depender da viabilidade jurídica do primeiro empreendimento.

Hoje, Haddad retomou a questão. “A homologação do acordo contempla a previsão de que uma das possibilidades do uso desse recurso é para desapropriação ou compra do Parque Augusta. Nós já fizemos, em audiência pública junto ao Judiciário, uma oferta de US$ 15 milhões para adquirir 100% da gleba. Continuamos em tratativas com as duas construtoras que são proprietárias do bem para chegarmos a um bom termo em relação a isso, mas estamos evoluindo nas negociações”, disse o prefeito.

Além do valor destinado ao parque, Haddad disse que restam recursos para investimento na construção de creches. “Estamos operando nessas duas frentes: fazendo as creches, vamos bater o recorde de construção de creches na cidade, e já fizemos uma primeira oferta para aquisição do Parque Augusta, em conformidade com o entendimento do Ministério Público sobre o valor da área”.

Acordos

Segundo MP-SP, os acordos foram firmados pelos promotores Silvio Marques, José Carlos Blat, Valter Santin e Karyna Mori, com posterior homologação pelo Conselho Superior do Ministério Público e pela 13ª Vara da Fazenda Pública da Capital.

Com o valor transferido hoje, o total recuperado nesse caso atinge US$ 78 milhões, incluindo um acordo com o Deutsche Bank, de US$ 20 milhões, e uma ação civil na Ilha de Jersey, de US$ 33 milhões.

A assessoria de imprensa de Maluf,  atualmente deputado federal pelo PP de São Paulo, diz que não há nada que o ligue a esse tema. "Não há documento que comprove que esse dinheiro pertence a ele. Trata-se de história antiga e requentada. Paulo Maluf não tem conta no exterior", diz nota.

 

Agência Brasil

 

 

Djokovic elogia Gustavo Kuerten e pede apoio do torcedor brasileiro

 

Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil *

O tenista brasileiro Gustavo Kuerten, o Guga, conquistou o público brasileiro em sua bem-sucedida carreira no esporte. Ele também deixou como admirador o sérvio Novak Djokovic, atual número um do ranking mundial masculino. O tenista europeu vai competir na Rio 2016 e concedeu entrevista coletiva hoje (3) no centro de mídia.

"Não há um jogador mais carismático que o Gustavo Kuerten. Estou aprendendo com ele", confessou Djokovic, que destacou ser importante conquistar o apoio dos brasileiros.

Com outros tenistas importantes na disputa pelo ouro olímpico, como o britânico Andy Murray e o espanhol Rafael Nadal, Djokovic afirmou que a torcida dos donos da casa poderia ser uma vantagem.

Saiba Mais

Família olímpica

"Obviamente, não sou o único jogador que gostaria de ter apoio dos brasileiros. Isso é algo muito importante em grandes confrontos por medalhas. Conforme o torneio avançar, espero me classificar, que meu caso de amor com o Brasil cresça e no fim eu possa coroá-lo com uma medalha."

Djokovic, que já tem o bronze olímpico, conquistado em Pequim 2008, disse acreditar que o ouro seria talvez a maior conquista de sua carreira. "Os Jogos Olímpicos são algo muito maior que o tênis, muito maior que você. Você é parte dessa família olímpica, como diz Sonja Petrovic [do basquete sérvio]".

Chefe da missão da Sérvia na Rio 2016, Damir Stajner também participou da coletiva e informou que os atletas de seu país estão plenamente preparados. "Temos apenas uma meta, que é representar a Sérvia da melhor maneira possível".

*Com informações da ONS/Info Rio 2016

>> Acompanhe aqui os jogos da Rio 2016

 

Agência Brasil

 

No BOE, na Capital, manifestantes instalaram um mural com frases contra o parcelamento dos salários. Foto: Ronaldo Bernardi, Agência RBS

Paralisação de serviços públicos põe RS em alerta
Governador José Ivo Sartori sinaliza punição a servidores que "desrespeitarem normas civis e militares" durante protesto por atraso de salários. Paralisação deve ocorrer até as 21h. A Justiça autorizou a abertura dos bancos e a a decisão caberá a cada agência. Veja os outros serviços afetados.
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Votação de relatório de impeachment deve ocorrer nesta quinta
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Projeto anticorrupção do MPF pode sofrer alterações na Câmara
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Meirelles nega recuo em renegociação da dívida dos estados

 

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou hoje (3) que o governo tenha recuado nas condições exigidas aos estados que renegociarem a dívida com a União. Segundo ele, a inclusão das despesas estaduais na proposta de emenda à Constituição que limita o crescimento dos gastos públicos representa uma contrapartida para os governos locais.

“Não há recuo no sentido de que a reestruturação da dívida foi mantida integralmente no projeto mandado pelo governo. E a contrapartida do teto dos gastos [para os estados] nos mesmos termos do governo federal está mantida integralmente. O que está em discussão são assuntos relacionados a definições na LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal], que foram incluídos no projeto a pedido dos governadores. Portanto, não há nenhum recuo”, declarou o ministro ao chegar de São Paulo.

Originalmente, o projeto de renegociação das dívidas estaduais estabelecia que os governos locais teriam de incluir, no limite da LRF para as despesas com o funcionalismo público, gastos com terceirizados, inativos (aposentados e pensionistas dos servidores) e benefícios como auxílio-moradia, indenizações e determinados tipos de gratificação. Ontem, no entanto, essa exigência foi retirada do texto, em troca da inclusão dos estados na proposta que limita à inflação o crescimento dos gastos públicos.

De acordo com a proposta atual, apenas os gastos com inativos seriam incluídos no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal daqui a dez anos. Os demais tipos de despesas continuariam fora da conta. A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que os estados podem gastar até 60% da receita corrente líquida com pessoal.

Para o ministro, o Congresso votará, “no tempo adequado”, o projeto que renegocia a dívida dos estados. Ele disse que a aprovação da proposta o mais rápido possível beneficiará o país, estimulando a recuperação da confiança, da atividade econômica e ajudando na geração de empregos.

“A questão que resta, que é se foi votado ou não ontem ou se vai ser votado ou não semana que vem, é um assunto que evidentemente quanto mais cedo for aprovado melhor. Mas no momento não tem efeito de curto prazo, na medida em que existe uma liminar do STF [Supremo Tribunal Federal] que baseia, os seus termos, exatamente no acordo de reestruturação da divida assinada pela União e estados”, disse o ministro da Fazenda.

No fim de junho, o governo fechou um acordo para renegociar a dívida dos estados e do DF com a União, em troca de que os governadores desistissem das ações no Supremo Tribunal Federal que pediam a correção das parcelas por juros simples. O acordo prevê o alongamento da dívida por 20 anos, suspensão do pagamento das parcelas até o fim deste ano, com redução progressiva no desconto até julho de 2018. Em troca, os estados teriam de fazer contrapartidas, como instituir no limite da LRF de gasto com pessoal despesas não registradas na conta.

 

Agência Brasil

 

Janot pede que Supremo reconsidere revogação da prisão de Paulo Bernardo

 

Michèlle Canes – Repórter da Agência Brasil

Prisão do ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, é revogada pelo STF

Preso no dia 23 de junho, o ex-ministro teve a prisão revogada seis dias depois    Arquivo/Agência Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro Dias Toffoli de revogar a prisão do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo. Em documento entregue ontem (2), Janot pede que a decisão de Toffoli seja reconsiderada. Caso a decisão seja mantida, o procurador defende que a ação seja levada para apreciação da Segunda Turma do STF.

A prisão do ex-ministro foi revogada no dia 29 de junho, atendendo a pedido da defesa. Paulo Bernardo foi preso durante a Operação Custo Brasil da Polícia Federal, um desmembramento da Lava Jato.

Janot afirma que “houve violação do devido processo legal” , na determinação de Toffoli, que antecipou uma decisão contra um ato da Justiça de primeiro grau. No texto, o procurador alega que o recurso deveria ter sido levado a outras instâncias, antes de chegar ao STF, e lembra casos anteriores, semelhantes ao de Paulo Bernardo, em que o ministro negou os pedidos.

“Como se vê de plano, a decisão ora agravada sequer foi submetida a uma decisão monocrática do tribunal de origem [Tibunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região], muito menos ao colegiado daquela Corte. Igualmente não foi submetida a decisão, monocrática ou colegiada do STJ [Superior Tribunal de Justiça]. Não obstante, a liminar foi deferida em total descompasso aos recentíssimos e uníssonos precedentes perfilhados pelo próprio relator [Toffoli], conforme indicado acima”, diz o texto.

Janot ressakta ainda que, em casos anteriores, o ministro defendeu que a reclamação, tipo de ação usado pela defesa de Paulo Bernardo, não poderia ser usada para “desvirtuar o sistema recursal”. “O eminente relator – com acerto – já decidiu – em caso anterior, publicado há pouco mais de um mês – sobre a impossibilidade de utilização da reclamação como forma de desvirtuar o sistema recursal, permitindo-se, per saltum [por salto], o exame pelo STF de questões que deveriam ser inicialmente examinadas pelos meios ordinários e respectivos graus."

Segundo o procurador, ao julgar a ação levada pela defesa ao STF, o ministro Dias Toffoli reconheceu o descabimento da ação e, mesmo assim, decidiu por revogar a prisão do ex-ministro do Planejamento. Janot destacou ainda que foi legítima a investigação feita durante operação de busca e apreensão no apartamento onde vivem o ex-ministro e sua esposa, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Na segunda-feira (1º), o Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça o ex-ministro e mais 19 pessoas. Paulo Bernardo foi denunciado pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de receber recursos de um esquema de fraudes no contrato para gestão de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento. Se a denúncia for recebida, o ex-ministro passa a ser réu na ação.

 

Agência Brasil

 

MPF oferece denúncia contra 18 investigados na Operação Turbulência

 

Sumaia Villela – Correspondente da Agência Brasil

O Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF/PE) ofereceu denúncia contra 18 pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa investigada pela Operação Turbulência, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em junho deste ano. A acusação se refere ao crime de organização criminosa.

Para as suspeitas de lavagem de dinheiro e de crime contra o sistema financeiro nacional, o MPF requereu a instauração de novo inquérito policial para aprofundar as investigações. O argumento é que ainda estão pendentes algumas diligências investigatórias para o esclarecimento total a respeito desses crimes.

Estima-se que o esquema de lavagem de dinheiro, considerado sofisticado pela Polícia Federal, tenha movimentado R$ 600 milhões desde 2010. O ponto de partida da investigação foi a compra do avião Cessna Citation PR-AFA, usado pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) na campanha presidencial de 2014. Campos e mais seis pessoas morreram na queda do avião, em agosto de 2014, em Santos, São Paulo.

De acordo com a acusação, o grupo operava uma rede complexa de empresas de pequeno porte, de fachada e em atividade, para fazer transferências de grandes somas de dinheiro e despistar a origem supostamente ilícita dos valores. A PF aponta desvios ocorridos na Petrobras e nas obras de transposição do Rio São Francisco, por meio de contratos superfaturados, como exemplo da origem dos recursos. Há também a denúncia de formação de caixa 2 para as campanhas de Eduardo Campos.

Para apresentar a denúncia à Justiça Federal, o MPF dividiu os acusados em quatro categorias. João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira, presos preventivamente pela PF, são apontados como líderes da organização. Os gerentes, segundo o Ministério Público, são Arthur Roberto Rosal (também preso), Severnia Divanci de Moura, Paulo Gustavo Cruz Sampaio e Paulo César Morato, encontrado morto no dia seguinte à deflagração da Operação Turbulência.

No entendimento do MPF, os líderes direcionavam as transações bancárias ilícitas com a ajuda dos gerentes, que usavam contas bancárias de colaboradores, que seriam João Victor Sobral, Carlos Roberto de Macedo, Gilberto Pereira da Silva, Pedro Neves Vasconcelos, Carolina Vasconcelos e Sérgio André Mariz.

Subordinados cuidavam da gestão e circulação dos recursos. Os acusados que se enquadram nessa categoria são Bruno Alexandre Moutinho, Carolina Gomes da Silva, Cledeilson Nogueira, Neusa Maria de Sousa, Silvânia Cristina Dantas e Vlamir Nogueira de Souza.

“Embora nem todos os denunciados soubessem do funcionamento total do esquema criminoso, todos tinham consciência e manifestaram vontade de participar da empreitada ilícita, assumindo os riscos pelo envolvimento na fraude”, ressaltou, em nota, o MPF. A pena para o crime de formação de organização criminosa pode chegar a oito anos de reclusão.

Mudanças de nomes

No dia 28 de julho, a Polícia Federal indiciou 20 pessoas investigadas na Operação Turbulência pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Dois acusados pela PF não entraram na denúncia do MPF, que entendeu não existirem provas suficientes do envolvimento deles no esquema.

O empresário Paulo César Morato, que morreu, também não foi denunciado. A décima oitava pessoa é Carolina Vasconcelos, apontada como colaboradora. Seu nome não constava entre os acusados pela PF, mas o MPF considerou que há indícios consistentes que a ligam ao esquema.

 

Agência Brasil

 

 

União Soviética ainda é o país com mais medalhas em três modalidades

 

Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil *

A rivalidade entre Estados Unidos e a antiga União Soviética durante a Guerra Fria também marcou a história olímpica. A disputa pelo maior números de medalhas fazia parte do enfrentamento entre as duas superpotências do século 20. Entre 1952 e 1988, a União Soviética disputou nove edições dos Jogos Olímpicos e boicotou a edição de 1984, em Los Angeles, depois que os norte-americanos e aliados boicotaram os jogos de Moscou, em 1980.

Desse período, algumas marcas conquistadas pelos soviéticos em nove jogos permanecem, como o ainda não superado número de medalhas na ginástica artística. São 182, contra 102 dos Estados Unidos, o segundo país mais vitorioso na modalidade, de acordo com o banco de dados do Comitê Olímpico Internacional.

As mulheres soviéticas somam 88 medalhas e os homens, 94. No caso dos Estados Unidos, os homens subiram ao pódio 63 vezes e as mulheres, 39.

Saiba Mais

No levantamento de peso, os soviéticos também mantêm a hegemonia, com 62 medalhas conquistadas na época em que mulheres não disputavam a modalidade. Os chineses somaram 50 até os dias atuais, enquanto os norte-americanos ganharam 43.

Outro esporte forte dos soviéticos é o atletismo. O país permanece na segunda colocação no quadro geral de medalhas, com 193. Nesse caso, os norte-americanos os superaram e estão longe, com 767 medalhas.

Na luta greco-romana, os soviéticos conquistaram 60 medalhas. Suecos e finlandeses ganharam 58 cada. Com um histórico menos vitorioso nessa modalidade, os americanos têm 15 medalhas e estão na 15ª colocação do ranking mundial.

Nos anos em que a União Soviética participava da Olimpíada como um único comitê olímpico nacional e disputou com os Estados Unidos, ela ocupou o primeiro lugar no quadro de medalhas em 1956, 1960, 1972, 1976 e 1988. Os norte-americanos foram vitoriosos m 1952, 1964 e 1968.

 

Agência Brasil