domingo, 10 de julho de 2016

Congestionamento de três dias deixa 12 mortos na Indonésia

Nyoman Budhiana / Reuters

Congestionamento durante o feriado muçulmano do Eid, fim do Ramadã, na Indonésia, dia 03/07/2016

Congestionamento: o engarrafamento foi tão grande que os indonésios o apelidaram de "Brexit", contração de "Brebes exit"

Da AFP

Doze pessoas morreram em um congestionamento de 20 quilômetros que durou três dias na Indonésia e bloqueou milhares de pessoas, indicaram autoridades nesta sexta-feira.

O engarrafamento, registrado em uma saída da estrada de Brebes, uma cidade da ilha de Java, foi tão grande que os indonésios o apelidaram de "Brexit", contração de "Brebes exit".

Todos os anos, as estradas da Indonésia, o país muçulmano mais populoso do mundo, ficam lotadas no fim do mês do Ramadã, quando milhares de pessoas viajam aos seus povoados de origem para celebrar a festa do Eid al Fitr.

"Neste assunto do Brexit, houve um total de 12 vítimas em três dias", explicou o ministro dos Transportes, Hemi Pramuraharjo, à AFP. As mortes ocorreram entre 3 e 5 de julho.

O ministro disse que algumas das vítimas eram pessoas mais velhas, e que outras morreram de cansaço ou por complicações médicas. Os meios de comunicação locais também indicaram que um menino de um ano morreu envenenado pelas emissões dos veículos.

No período de festas, mais de 400 motoristas, incluindo os do "Brexit", morreram neste ano, de acordo com o ministro.

 

Exame

Exposição debate papel do patrimônio histórico urbano em São Paulo

A exposição Apagamentos, do artista Thiago Navas, debate o papel do patrimônio histórico urbano da capital paulista, na Caixa Cultural São Paulo, a partir de 16 de julho. Com curadoria de Paulo Gallina, a mostra reúne mais de 40 obras sobre a valorização e manutenção desse patrimônio paulistano.

Parede de Pique é uma das obras mostradas na exposição Apagamentos, do artista Thiago Navas

Parede de Pique é uma das obras mostradas na exposição Apagamentos, do artista Thiago NavasDivulgação/Ciaxa Cultural

“Especialmente no caso de Thiago Navas, cuja obra se insere no presente enquanto proposição, a memória é assumida como contexto cultural formador do hoje”, disse o curador, que pretende que a mostra seja um meio de “ativar a cidade enquanto espaço de memória e encontro”.

O público poderá conhecer desenhos inéditos do artista. O material é mais uma ferramenta de reaproximação das pessoas com a cidade de São Paulo, a fim de resgatar memórias. Navas trabalha em cima de fotografias com imagens antigas de diversos pontos da cidade.

 Rua da Quitanda

Exposição Apagamentos reúne mais de 40 obras sobre a valorização e manutenção desse patrimônio paulista: Rua da QuitandaDivulgação/Caixa Cultural

“[O artista] deixa um rastro forjado com apagamentos e encobrimentos. A apropriação fotográfica se torna uma ferramenta de aproximação dos indivíduos à obra e à cidade, a um só tempo, perdidas no passado e em imagens agora trabalhadas pelo artista”, explicou Gallina.

Navas acredita que, observando a exposição, os visitantes vão se aproximar de sua própria cidade, a qual vive uma rápida transformação em sua paisagem. “A modificação do tecido urbano altera o modo de vida das pessoas. Com a velocidade com que essas transformações ocorrem, não é dado tempo às pessoas de absorverem essas mudanças, e isso cria um distanciamento entre elas e os lugares em que vivem”.

Na abertura da exposição, no dia 16 de julho, às 11h, o artista Thiago Navas e o curador Paulo Gallina, farão uma visita guiada com o público.

A exposição tem entrada gratuita e ficará em cartaz até 25 de setembro na Caixa Cultural São Paulo, localizada na Praça da Sé, região central da cidade.

 

 

Agência Brasil

Estudantes têm até amanhã para aderir à lista de espera do ProUni

Os estudantes que não foram pré-selecionados para as bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) tem até amanhã (11) para aderir à lista de espera. A lista será usada pelas instituições de ensino para ocupar as bolsas que não foram preenchidas nas etapas anteriores.

A relação dos candidatos participantes da lista de espera será divulgada no dia 14 de julho. Os estudantes incluídos na lista deverão comparecer aos estabelecimentos de ensino, nos dias 18 e 19 de julho, e entregar a documentação que comprova as informações prestadas na inscrição.

Pode participar da lista de espera, exclusivamente para o curso correspondente à primeira opção, o candidato que não foi pré-selecionado nas chamadas regulares e os pré-selecionados na segunda opção de curso, reprovados por não formação de turma.

Para o curso correspondente à segunda opção, pode participar da lista de espera apenas o candidato que não foi pré-selecionado nas chamadas regulares, na hipótese de não ter ocorrido formação de turma na primeira opção; os que não foram pré-selecionados nas chamadas regulares, na hipótese de não haver bolsas disponíveis na primeira opção; e os pré-selecionados na primeira opção de curso, reprovados por não formação de turma.

Pelo ProUni, os estudantes podem concorrer a bolsas de estudo parciais e integrais em instituições particulares de educação superior, com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para a edição do segundo semestre de 2016 foram oferecidas 125.442 bolsas. Do total, 68.350 são parciais (50% da mensalidade) e 57.092, integrais. O sistema recebeu 1.215.768 inscrições de 627.978 participantes. Cada candidato pôde se inscrever em até dois cursos.

 

Agência Brasil

Eleições 2016: partidos podem escolher candidatos a partir do dia 20 deste mês

Os candidatos que pretendem disputar as eleições de outubro devem ficar atentos as datas que estão no calendário estabelecido pela Justiça Eleitoral. Nestas eleições, serão aplicadas as mudanças estabelecidas pela Reforma Eleitoral (Lei 13.165/2015), aprovada no ano passado pelo Congresso.

Com a nova norma, houve mudanças nos prazos, como aumento do período para apresentação dos registros de candidaturas, diminuição na duração da propaganda no rádio e na televisão e a proibição de doações de empresas privadas para as campanhas políticas. A partir de agora, os partidos deverão se manter por meio de doações de pessoas físicas e de recursos do Fundo Partidário.

Convenções

Saiba Mais

Do próximo dia 20 de julho até 5 de agosto, os partidos estão autorizados a promoverem as convenções para escolherem os candidatos que vão disputar os cargos de prefeito, vice-prefeito e a vereador. O primeiro turno da eleição municipal será no dia 2 de outubro.

No mesmo dia, candidatos, partidos e coligações poderão pedir direito de resposta a órgãos de imprensa por contestarem afirmações e imagens que considerem caluniosas.

A partir do dia 6 de agosto, emissoras de rádio e de televisão, por serem concessões públicas, estão proibidas de veicular opinião favorável ou contrária a candidatos e partidos políticos. As tevês também não podem dar tratamento privilegiado a candidatos de forma dissimulada em novelas ou filmes.

Propaganda na internet

O prazo para registro de candidatura nos tribunais regionais eleitorais termina no dia 15 de agosto, às 19h. No dia seguinte, a propaganda passa a ser permitida na internet e nas ruas. De acordo com a lei eleitoral, os candidatos podem participar de carreatas, distribuir panfletos e usar carros de som de 8h às 22h.

Comícios
Também estão permitidos comícios das 8h às 24h.  A propaganda eleitoral no rádio e na televisão está prevista para começar no dia 26 de agosto. A reforma aprovada no ano passado reduziu de 90 para 45 dias o período de campanha.

 

Agência Brasil

 

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Prefeitura pode assumir gestão do Maracanã em parceria com Flamengo e Fluminense

 

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

 Estádio do Maracanã (ME/Portal da Copa/Daniel Basil)

Estádio do Maracanã ME/Portal da Copa/Daniel Basil

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse hoje (9) que está negociando com o governo do estado para assumir a gestão do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. O estádio, hoje sob responsabilidade do estado, foi concedido a um consórcio capitaneado pela empreiteira Odebrecht, mas a concessionária demonstrou interesse em devolvê-lo ao poder público.

“A minha ideia, mas tenho que estudar ainda, é fazer a concessão para os times do Flamengo e do Fluminense. É claro, eles vão ter que desenvolver o modelo de uma empresa para administrar para eles. Mas a ideia é que seja a casa do Flamengo e do Fluminense. O Vasco já tem São Januário e o Botafogo já tem o Engenhão”, disse Paes.

Segundo Paes, tanto Flamengo quanto Fluminense são grandes equipes que têm capacidade de atrair público para o estádio permanentemente. “Tendo essa possibilidade, eu vou negociar, sim, com o governador [Francisco] Dornelles. Estamos iniciando as tratativas”, disse.

 

Agência Brasil

 

Vistoria encontrou problemas no programa de despoluição da Baía de Guanabara: http://glo.bo/29wr9FF

Procuradores investigam se existe desvio de investimentos nas obras olímpicas do Rio de Janeiro

G1.GLOBO.COM

 

Outras duas pessoas ficaram feridas: http://glo.bo/29L1AEe

Toureiro e participante de corrida de touros morrem na Espanha

G1.GLOBO.COM

 

Veja as imagens: Homem rouba a arma de um policial e mata o agente em Goiás. http://glo.bo/29xgVqP

Homem rouba a arma de um policial e mata o agente em Goiás - GloboNews – Jornal GloboNews -...

G1.GLOBO.COM

 

Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) acompanha a ocorrência.http://glo.bo/29pzeuX

Homem libera refém em loja de chocolates na Avenida Paulista

G1.GLOBO.COM

 

Fichário dos Artistas tem 429 pessoas investigadas pelo DOPS em Pernambuco

 

Sumaia Villela Correspondente no Recife (PE) - Agência Brasil/ Rádio Nacional

Projeto Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos

Projeto Obscuro Fichário dos Artistas MundanosDivulgação/Projeto

Dos registros policiais às páginas da história brasileira. Por meio do projeto Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos, a investigação feita pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), durante os anos de 1934 a 1958 em Pernambuco, se transformou em um inventário cultural e histórico de 429 artistas que moraram ou passaram pelo estado na época.

Lançado na semana passada no Recife, o Obscuro Fichário está disponível na internet e contém vasta documentação das pessoas do meio artístico que foram selecionadas pelo DOPS, durante a presidência de Getúlio Vargas, para serem apenas registradas, seguidas e investigadas pelo departamento de vigilância.

Os arquivos, armazenados pelo Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (APEJE), são considerados pela idealizadora e coordenadora do projeto, a jornalista Clarice Hoffmann, como indícios de uma época de grandes transformações artísticas, políticas e culturais ocorridas no Brasil e especialmente na cidade do Recife nas décadas de 1930, 40 e 50. “A gente usa como ponto de partida a documentação para contar uma história, ou para contar a história do país de uma maneira contundente e poética”, avalia.

A equipe do projeto catalogou 403 pessoas fichadas pelo Dops, entre pernambucanos, brasileiros, estrangeiros, homens e mulheres, atores, músicos, escritores, circenses e ainda uma variedade de trabalhadores considerados fora das atividades “normais” remuneradas. A partir desses registros policiais, os pesquisadores levantaram informações em jornais, instituições históricas e outros meios de informação para tentar reconstruir um pouco da história de cada uma das pessoas. 

A história de Clarice com o Obscuro Fichário começa em 2004, quando ela foi contratada para fazer uma pesquisa iconográfica para um livro. Sua missão era acessar os arquivos do Dops para tentar encontrar vestígios de uma personagem. Mas, à época, o arquivo ainda estava em organização, e os prontuários individuais só poderiam ser consultados pelos próprios prontuariados, por familiares ou pessoas autorizadas.

“Mas eu comentei com a pessoa que estava à frente desse fundo que minha avó havia sido fichada - cresci ouvindo falar nisso - na ditadura de Getúlio Vargas porque era atriz. Ela falou: 'ah, será que ela não passou por aqui?' Aí falei que não, que ela era mais do Rio-São Paulo. Aí ela disse: 'deixa eu trazer uma coisa para você'. E trouxe para mim um pequeno arquivo com duas gavetas e foi a primeira vez que eu fiz a ficha dos artistas”, lembra.

O projeto nasce, assim, como uma “homenagem” à avó da jornalista, nas suas palavras. Ela diz também que ficou impressionada com o material, principalmente as imagens dos artistas. Todas as fichas tinham fotos 3x4. “Mas a ideia ficou guardada até 2014, quando finalmente iniciou o trabalho. “Eu precisei esperar quase 10 anos para fazer o projeto, porque precisei que a legislação permitisse isso”.

Os nomes encontrados no fichário vão das letras M à Z. A outra parte, de A a L, foram perdidas em algum momento que Clarice não conseguiu identificar, mas a estimativa é que o fichário era composto originalmente por 1.100 verbetes. Para saber mais sobre os artistas “perdidos”, os pesquisadores também estudaram cerca de 12 mil prontuários individuais produzidos pelo departamento pernambucano entre no período do fichário. O que resultou, junto com os já conhecidos nas fichas, em 429 personagens de artes as mais diversas.

Ao fim da pesquisa, em muitos casos foi possível reunir exemplos da arte dessas pessoas, recortes de jornais, relatos da vida do artista, links para registros históricos de outras instituições. Em outros, restou apenas a ficha policial e a foto 3x4.

Um Recife extra-oficial

Outro resultado do projeto foi a catalogação de locais e eventos espionados pela delegacia. Um mapa com 150 endereços frequentados pelos artistas investigados foi disponibilizado no site. Os três artigos de acadêmicos publicados na página do projeto também contribuem para entender o que essas pessoas significavam em meio ao contexto político, cultural e social de Pernambuco à época. Possuidor de um importante porto, Recife recebia visitantes de várias partes do mundo, e ganhava rápidos ares de modernidade e ideias de diferentes nacionalidade, também no contexto da Segunda Guerra Mundial que gerou migrações extensas.

Um dos artigos é do historiador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRG) Durval Muniz de Albuquerque Júnior. Autor de sete livros e estudioso da identidade e transformações do Nordeste, o acadêmico fala sobre as diversas possibilidades criadas com a descoberta e investigação feita pelo projeto.

Entre elas, a descoberta de um Recife e de uma história escondidos da narrativa oficial, de pessoas eternizadas nas fichas mas quase ou totalmente invizibilizadas no decorrer do tempo. “Esses breves relatos sobre o que chamamos de artistas ‘mundanos’, mantidos na obscuridade de um fichário, e os espaços da cidade que neles são descritos, constituem a possibilidade de se desenhar outras geografias, outros mapas, outras cartografias possíveis para essa cidade”, escreve o historiador.

Para descobrir essa nova cidade, foi lançada também uma cartografia de locais e eventos frequentados por esses artistas, e que foram alvo, também, da investigação da polícia política de Getúlio Vargas. O historiador chama a atenção para espaços destinados a espetáculo, cassinos, cabaré, circos e cinemas, além de cafés, restaurantes e hoteis onde se desenrolava a vida boêmia da cidade.

Instituições que produziam ou fomentavam a arte e que tiveram importância no período registrado podem ser encontradas na cartografia. Desde companhias cinematográficas a jornais, estações de rádio e associações de artistas que tiveram algum significado no processo histórico efervecente do Recife da época.

Foi possível observar ainda, segundo Durval, quais eram as ideias consideradas ameaçadoras para o estado brasileiro e a elite política, econômica e intelecutal desses tempos. Mulheres que não eram devotadas ao trabalho doméstico ou ao papel de mães e esposas, por exemplo. O que era considerado “anormal”, fora dos padrões sociais, também tinha espaço nas fichas policiais.

“O mundo artístico estava povoado de corpos e seres estranhos: corpos de raças e grupos étnicos considerados inferiores, minoritários ou degenerativos, de personalidades bizarras e estranhas fazendo atividades ligadas aos mundos obscuros e suspeitos da magia, do curandeirismo, das artes divinatórias, da cartomancia, da quiromancia, das religiões e cultos populares e não obedientes a ortodoxia da Igreja Católica”, disse.

Para a jornalista Clarice Hoffmann, revelar essas histórias é construir outra memória , diferente da estebelecida por, segundo ela, “grupos políticos que se mantiveram e se mantém por anos”. A história de gente que deu alegria, prazer e questinou a realidade. “A história do povo, da resistência do povo, dos resistentes”, resume.

 

Agência Brasil

 

 

Obama nega que EUA vivam racha entre brancos e negros

 

Da Ansa Brasil

Na Polônia, Barack Obama lamenta o tiroteio em Dallas que deixou cinco policiais mortos

Na Polônia, Barack Obama lamenta o tiroteio em Dallas que deixou cinco policiais mortosJakub Kaminski/Agência Lusa

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou novamente os casos de violência policial e racial que atingiram o país e voltou a pedir mudanças na legislação sobre a venda de armas de fogo. Em Varsóvia, Obama disse neste sábado (9) que esta foi "uma semana dura", mas se negou a dar vazão para a ideia de que os EUA estejam divididos em um novo conflito entre brancos e negros.

"Acredito firmemente que a América não está dividida como alguns sugerem", disse Obama em uma coletiva de imprensa. "Os norte-americanos de todas as raças estão indignados com os ataques em Dallas e em outros lugares", explicou. 

Há dois dias, um protesto em Dallas contra a violência policial terminou em tragédia, quando um homem, identificado como Micah Xavier Johnson, matou cinco agentes e feriu outros seis, aparentemente por vingança pela suposta brutalidade empregada pelos oficiais brancos contra jovens negros. Os episódios mais recentes de brutalidade se referem a três rapazes negros que foram mortos a tiro em abordagens policiais.

Em seu discurso, Obama tentou amenizar o clima entre os norte-americanos e afirmou que o atirador de Dallas "não representa os negros" dos Estados Unidos. "Não podemos deixar que ações de poucos definam todos os norte-americanos", comentou o presidente.

Protestos

Os recentes tiroteios entre policiais brancos e jovens negros também desencadearam uma série de protestos em todo o país e reforçaram as campanhas que ocorrem há quatro anos pelo fim da violência racial. Em Rochester, em Nova York, as autoridades prenderam 74 pessoas por "desordem" em manifestações, entre elas duas repórteres negras. Na cidade de Phoenix, a polícia prendeu outros três manifestantes e usou spray para impedir que os ativistas bloqueassem uma estrada.  

Viagem

Obama, que estava em viagem pela Europa, decidiu antecipar em 24 horas seu retorno aos EUA para acompanhar de perto os acontecimentos. Ele deveria fazer a primeira viagem oficial de um mandatário norte-americano à Espanha nos últimos 15 anos. Mas Obama pulará sua ida a Sevilha e viajará somente para Madri, onde haverá reuniões com políticos e autoridades. Obama está na Polônia para uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte .

 

Agência Brasil

RS é rota do tráfico de pessoas, terceiro crime mais lucrativo do mundo

Estimativas apontam que 500 meninas ou mulheres somem todos os anos no Estado

Crime movimenta no mundo 32 bilhões de dólares por ano | Foto: Fabiano do Amaral

Crime movimenta no mundo 32 bilhões de dólares por ano | Foto: Fabiano do Amaral

 

O Rio Grande do Sul é rota para o tráfico de pessoas, crime que movimenta no mundo 32 bilhões de dólares por ano. Não há estatísticas confiáveis sobre o crime, mas estima-se que, entre as 200 mil pessoas que somem por ano no país, parte seja traficada. Desse total de desaparecidos, apenas 60 casos por ano, em média, são confirmados como tráfico de ser humano.

Maria, como tantas outras marias no Brasil, sonhava com uma vida melhor e um futuro para a família. Como as outras, acabou sendo envolvida em um pesadelo: o tráfico de seres humanos (TSH). O drama da jovem Maria (nome fictício) não foi maior porque ela conseguiu escapar a tempo, antes de ser enviada para o Exterior. Segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UnoDC, singla em inglês), o TSH é considerado o terceiro crime mais rentável do mundo, movimentando cerca de 32 bilhões de dólares anualmente. Ele perde apenas para o tráfico de drogas e armas. As quadrilhas têm lucro de 14 mil dólares, às vezes até mais, com cada ser humano traficado.

Estimativas apontam que, no Rio Grande do Sul, 500 meninas ou mulheres somem todos os anos. No entanto, as próprias autoridades reconhecem que este número pode ser maior, já que nem todos os casos de desaparecimento são registrados. No Brasil, são 200 mil por ano que somem, sendo que grande parte é levada por traficantes. Os dados do Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal apontam, em levantamento feito entre 2005 e 2013, que 382 pessoas foram vítimas de tráfico para fins de exploração sexual e 160 foram traficadas para trabalho escravo.

A vida de Maria começou a entrar nesse turbilhão de medo e ameaças quando ela reencontrou um velho conhecido em uma cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre. Desempregada, recém-separada e com dois filhos pequenos, estava à procura de uma oportunidade de proporcionar uma vida melhor aos filhos. Na conversa, ela disse ao amigo que procurava emprego. No mesmo momento, ele, um homem de 27 anos e aparentemente bem-sucedido profissionalmente, lhe ofereceu uma vaga. Esta seria em Santa Catarina. Maria aceitou na hora. “Era uma oportunidade para eu dar uma vida melhor aos meus filhos”, recordou. “Não pensei duas vezes em aceitar, afinal ele era um velho conhecido”, lembra. Alguns dias depois os dois começaram a namorar.

Apesar de um pedido estranho, Maria não quis questionar. Ele lhe pediu carteira de identidade, CNH e até o cartão do banco. A justificativa era que seria melhor já ter um apartamento alugado para quando a família chegasse à cidade, no interior de Santa Catarina. Cerca de um mês depois do encontro, Maria embarcava com os filhos e seriam os 45 dias mais difíceis de sua vida. Chegando na cidade, em 2015, o homem a levou ao imóvel. Era um apartamento de um quarto, que ela gostou. Porém, o amigo lhe disse que ficaria alguns dias com ela e as crianças, pois a sua casa estava em reforma. Mesmo estranhando, Maria cedeu. Começava neste momento o seu martírio, que dura até hoje. “Fiquei no quarto com os meus filhos e ele na sala”, conta. A partir desse momento, o amigo começou a vigiá-la. “Ele não me deixava sair, ficar só, e meus filhos também eram controlados.”

O homem a forçou a fazer sexo constantemente. Ele, acentuou Maria, queria que ela ficasse grávida, chegando ao ponto de furar as camisinhas. Não conseguiu seu intento. Além disso, ele demonstrava saber muito a respeito da vida dos familiares de Maria. Da irmã que mora no exterior e de outros parentes, onde residiam e o que faziam. As agressões físicas não eram raras. Mas o que mais deixou Maria apavorada foi quando, em uma tarde, ele a convidou para fazer a entrega de um produto da empresa que ele representava na cidade catarinense. Ela foi. Os filhos ficaram no apartamento. No local onde ocorreu a entrega, apenas o homem desceu do veículo.

Ele entregou um pacote com algo estranho”, disse Maria. “Não sei o que era, mas ele percebeu que eu tinha visto algo que, certamente, eu não deveria ter presenciado”, analisa. Quando o homem retornou ao carro, percebeu que Maria estava tensa. Foi neste momento, que ele resolveu contar algo, que iria mudar a vida de Maria para sempre, forçando-a a morar escondida e sempre com medo. Ele lhe disse que era sócio de uma casa noturna situada na zona Norte de Porto Alegre e que era responsável por conseguir garotas para levar à boate, onde elas fariam programas. No entanto, não era apenas isso. “Ele me contou que muitas eram levadas para um sítio, em Viamão, e de lá embarcavam para outros lugares”, revela. “Eu estava tão apavorada que resolvi não perguntar que lugares eram”, relembra.

Maria prefere não contar como retornou ao Rio Grande do Sul para não prejudicar pessoas que a ajudaram. Apenas relata que foi intimada para uma causa trabalhista e veio para a cidade. O amigo veio junto. Mas no Foro, ela conseguiu escapar com os filhos e esconder-se. Em seguida, procurou a polícia, que lhe indicou uma rede de proteção. Atualmente, ela vive escondida, sobrevivendo da venda de trabalhos manuais. A sua profissão ela não pode exercer, pois tem medo que o homem a encontre. Ele, inclusive, já a procurou na casa de parentes e os ameaçou. “Vivo aterrorizada”, afirma. “Não sei o que fazer e a possibilidade de que poderia ter sido traficada para outro país e não ver mais os meus filhos me apavora”, lamenta a jovem de cabelos e olhos castanhos, transmitindo uma grande tristeza, até mesmo quando sorri.

As Rotas

O caso de Maria não é único no Estado. O Rio Grande do Sul é considerada uma das rotas do tráfico de pessoas no Brasil. Duas cidades se destacam: Caxias do Sul, na Serra, onde há a conexão Hong Kong; e Uruguaiana, na Fronteira-Oeste, onde existe a conexão Ibérica. De acordo com a advogada Ariane Leitão, o tráfico de pessoa não ocorre apenas em nível internacional, mas também acionalmente. Muitas meninas e mulheres traficadas para fins sexuais são levadas para outros estados, onde são obrigadas a se prostituírem. Para isso, os traficantes contam com alguns caminhoneiros e também motoristas de táxi para o transporte interno. Não há nada mais insuspeito, acentua Ariane, do que um caminhão rodando pelas estradas brasileiras e até mesmo do Mercosul. Assim como um táxi também não levanta suspeitas trafegando pelas ruas de qualquer cidade. São veículos que todas as pessoas estão acostumadas a ver. “Com os caminhoneiros ocorre também o envolvimento com crianças e adolescentes”.

Conforme Ariane, o Rio Grande do Sul é ponto de saída para Europa (Espanha e Itália), Estados Unidos e América Latina (Argentina e Paraguai). No caso do Paraguai, este país serve tanto como entreposto quanto destino. Outros destinos são Suriname e Guiana Francesa, saindo de outras cidades brasileiras. Os dois últimos países servem como uma espécie de entreposto. Do Suriname, as vítimas são enviadas à Holanda. Portugal também recebe mulheres ou meninas traficadas do Brasil. “Portugal, pelos relatos que tivemos, é o país onde os homens mais maltratam as mulheres traficadas”, conta a advogada, que foi a primeira titular da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres do Rio Grande do Sul, no governo Tarso Genro.

Os países do Mercosul, Argentina e Uruguai são caracterizados tanto como lugares de passagem das traficadas quanto de destino. A região de fronteira, explica a advogada, acaba estabelecendo relação entre diversos crimes. Assim, tráfico de armas, drogas ou mercadorias acaba encobrindo a ação dos traficantes de seres humanos. O transporte dessas mulheres e meninas é feito por via aérea, voo charter, sendo usados os aeroportos de Caxias do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. “Também é utilizada a ponte internacional que liga Uruguaiana a Paso de Los Libres, na Argentina.”

O perfil das mulheres traficadas é quase sempre o mesmo. As vítimas normalmente têm baixo nível de escolaridade, relações familiares desestruturadas e histórico de violência. Via de regra são negras ou pardas e muito pobres. A idade vai dos 18, ou menos, até os 45 anos. Muitas já se prostituíram ou ainda fazem programas sexuais para o sustento da família. O quadro favorece a ação dos aliciadores, que oferecem vantagens econômicas que elas não teriam no Brasil. Algumas sabem que estão indo para trabalhar em casas noturnas. “Elas terem consciência de que terão de manter relações sexuais é uma coisa, a outra é os traficantes as manterem confinadas”, analisa Ariane, que publicou em 2014 o livro “Tráfico de Mulheres, a exploração sexual no Brasil e a violação aos direitos humanos”. “Elas não sabem que ficarão presas, sem poder ir a parte alguma.”

Conforme a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, a Polícia Rodoviária Federal identificou tempos atrás pelo menos três rotas de prostituição infantil no RS. A BR 116, no trecho que liga Pelotas a Jaguarão, a BR 472, no trecho Uruguaiana-Barra do Quaraí, e BR 471, entre Santa Vitória do Palmar e Chuí. Além dos dois polos, que têm ligação com máfias no exterior, segundo as autoridades, foram detectadas ocorrências de tráfico, principalmente de crianças, em mais seis municípios, mas em escala muito menor.

A delegada Shana Luft Hartz, do Núcleo de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas da Secretaria Estadual de Segurança Pública, diz que uma das dificuldades em identificar o tráfico de seres humanos, em especial para fins sexuais, é o fato de a pessoa ir para o exterior por querer, não ser forçada. A vítima vai tentar a sorte. Os casos também envolvem travestis. Até a partida, tudo está parentemente tranquilo. Porém, quando a pessoa chega no lugar passa a viver uma outra condição, a de escravo. O sonho vira pesadelo. “Em muitos casos, a família não sabe que a pessoa está se prostituindo”, comenta a delegada. “A vítima fica sem saída e acaba cedendo”, analisa Shana, ressaltando que ao voltar ao Brasil, a vítima traz uma carga muito grande de vergonha e de medo. Via de regra, após soltarem as vítimas, os traficantes fazem sérias ameaças, deixando a pessoa apavorada. “Geralmente, a pessoa é libertada quando a Polícia, tanto a Polícia Federal brasileira como as autoridades locais, começa a apertar o cerco.”

As vítimas, segundo a delegada, são as mais variadas. Vai daquelas que vão sabendo que terão de se prostituir, incluindo os travestis, que, acentua Shana, são uma das maiores vítimas, seguindo por mulheres ou meninas que partem achando que serão apenas modelos. Em meados do ano passado, duas travestis partiram para Milão, na Itália. O contrato era para prestar serviço de dançarinas. Chegando à cidade, o primeiro ato do aliciador foi pedir os passaportes.

Em seguida, as duas foram colocadas em um imóvel onde eram vigiadas o tempo todo, até mesmo o contato com os parentes eram censurados. Por meio de denúncia, a Polícia Federal do Brasil, com apoio da Interpol, foi atrás. Sentindo que os policiais estavam chegando perto, os traficantes libertaram as travestis. Aí entra um problema que as autoridades brasileiras têm enfrentado. Uma das vítimas recusou-se a fazer a notificação. Para efeito legal, apenas uma foi vítima de tráfico de seres humanos. “A que se recusou estava apavorada”, conta a delegada. “Não conseguimos fazer com que ela registrasse a ocorrência, inclusive entramos em contato com a família e mesmo assim, ela não cedeu, recusou-se a falar qualquer coisa”.

Segundo a delegada, o tráfico interno ocorre mais para o norte e nordeste do Brasil. Nestas regiões, as mães chegam a vender as filhas, tamanha é a miséria. As meninas, em geral adolescentes ou que recém fizeram 18 anos, são levadas para outras cidades dentro ou fora do estado onde foram vendidas. O transporte é feito por caminhão, que é o meio utilizado para fazer a viagem de estado para estado. “Esse veículo circula com uma certa normalidade pelas estradas de todo o país”, analisa Shana.

Os aliciadores estão ligados a atividades que favorecem o comércio sexual. Alguns são motoristas de caminhão ou de táxi, outros possuem casas noturnas, agências de turismo, além de prostitutas. Eles são de ambos os sexos, com uma pequena vantagem para os homens. Muitas mulheres foram traficadas e ficaram anos sendo escravizadas, forçadas a fazerem programas. Depois de algum tempo, por namoro ou por ganhar a confiança do chefe da quadrilha, passaram a ser aliciadoras também. No caso do Brasil, as autoridades identificaram aliciadores também na Argentina e no Paraguai.

O TSH precisa ser mais discutido pela sociedade, alerta a advogada Ariane. “Enquanto estávamos mandando para fora do país, não havia discussão, pois ia quem as pessoas não queriam ver, não queriam conviver”, analisa ela. “Agora que o Brasil passou a ser um ‘importador’ estamos nos sentindo incomodados e começamos a debater o assunto.” Desde 2005, salienta a advogada, o número registrado de vítimas do tráfico de pessoas no exterior girava na casa das dezenas. Conforme o Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal, de 2005 a 2013, 542 pessoas foram vítimas de tráfico. Em 2013, último ano em que o Brasil teve uma pesquisa, o número de denúncias no Rio Grande do Sul foram 13.

O diretor do Departamento de Políticas se Justiça do Ministério da Justiça, Davi Ulisses Brasil Simões Pires, afirma que existe uma certa dificuldade em quantificar o número de brasileiras vítimas do TSH. De acordo com ele, o último relatório é de 2013 e, assim mesmo, os dados não estão completos.

Pires acentua que o tráfico de seres humanos é multidisciplinar e atinge sete ministérios, podendo também existir duplicidade nas informações. Em alguns casos, uma pessoa pode ter sido citada em dois momentos, fazendo com que os números sejam maiores que os contabilizados. Ele cita como exemplo que uma situação de TSH pode ser registrada pelo Ministério da Saúde e também pela Polícia Federal. “O caso fica espelhado, levando a crer que existam duas ocorrências, quando na verdade é apenas uma.”

Em outras situações, ao contrário, pode não ter havido notificação, sendo o número de registros menor que o real. Segundo o diretor, muitas mulheres traficadas para fins sexuais, que conseguem fugir, se recusam a prestar depoimento e registrar a ocorrência. Pires cita que de 60% a 70% do tráfico de mulheres e meninas são para fins sexuais. Para um relatório correto, acentua o diretor, é necessário que a vítima coopere com as autoridades. Muitas vítimas, ressalta Pires, se recusam a fazer a notificação. O problema é que a vítima vai para o país onde iria trabalhar, é enganada e depois de um certo tempo retorna. Porém, tem vergonha de assumir que foi ludibriada e fica calada. Outras são tão ameaçadas que quando conseguem se libertar que não conseguem registrar a ocorrência, ficam apavoradas e não querem falar sobre o assunto. “É preciso que as pessoas que passaram por esse pesadelo se tornem conhecidas, que mostrem às outras o que aconteceu.”

O diretor do Ministério da Justiça revela que ainda não há lei clara sobre o assunto. Nem os policiais, conforme ele, conseguem lidar muito bem com o assunto. No momento, existe um projeto de lei tramitando no Congresso, mas ainda não houve definição. “O aliciamento não é apenas para fins sexuais”, ressalta. “Existem aqueles, em geral meninos, que partem para a Europa ou algum estado daqui para jogar bola e acabam sendo submetidos a trabalho escravo. Além disso, existe a adoção ilegal, com criminosos levando crianças para outros países onde são adotadas e o tráfico de órgãos, também Em relação ao tráfico de mulheres para fins sexuais, Pires revela que muitas vezes a vítima é iludida de várias maneiras, mascarando a verdadeira intenção da proposta. Em vários casos, a mulher ou adolescente é cooptada por meio de uma proposta de casamento, trabalho doméstico ou prostituição, sem saber que ficará confinada. Quando chegam ao local, percebem que não era nada daquilo que haviam combinado. Ou que o casamento era apenas fachada. Muitas acabam tendo que se prostituir várias vezes por dia para pagar as supostas despesas que deram a seus patrões. E, mesmo assim, geralmente nunca é o suficiente para quitar o débito. Há relatos de mulheres que tiveram que fazer programas com vários homens, tendo uma carga horária de trabalho de 14 horas.

Uruguaiana

A cidade se destaca como rota para o tráfico internacional e interno de pessoas por algumas peculiaridades. A primeira é fazer fronteira com Passo de Los Libres, na Argentina, o que favorece muito o trânsito de mulheres ou meninas para fins sexuais. Outro fator é ter um aeroporto, que permite o movimento de voos charter, pois a maioria do tráfico por via aérea é feita nessa modalidade. Uma favela, conhecida como Cobec, situada quase em frente à entrada do Porto Seco da cidade, facilita, principalmente, a cooptação de mulheres para que se prostituam. O local, mais parecido com um gueto, não tem calçamento, o esgoto é a céu aberto e existem poucas casas. Em uma delas, no que se poderia chamar de esquina, está um sobrado pintado com cores claras, onde na entrada está uma lâmpada vermelha, que fica acesa de noite. O movimento de caminhoneiros também é um atrativo e a região está bem próxima da ponte internacional da cidade. Além da oferta de sexo na área, drogas também são vendidas.

Caxias do Sul

O município é um polo industrial, atraindo grande concentração de pessoas. Essa multiplicidade de culturas faz com que as quadrilhas de TSH tenham um campo fértil para agir. Muitas mulheres procuram emprego e uma vida melhor e acabam caindo na rede dos traficantes. Quanto maior a concentração de homens em uma área, mais mercado para o sexo esta região terá. Além da conexão Hong Kong, Caxias do Sul, assim como Uruguaiana, também faz o tráfico nacional, levando escravas sexuais para outras regiões do país, em especial onde existem grandes obras em andamento. E o tratamento nessas regiões não difere muito do que é dispensado às vítimas em países europeus, com muitas tendo que fazer sexo para pagar a passagem, mesmo que tenham sido levadas por caminhoneiros. As mulheres são obrigadas a fazerem vários programas por dia para quitar o débito que elas têm com o dono da casa noturna. Essa dívida, no entanto, nunca acaba, com a vítima tendo que se submeter às ordens do traficante.

Rotas Externas

Uruguaiana - Conexão Ibérica

Mulheres são enviadas para Espanha e Portugal, geralmente por voo charter, usando o aeroporto de Uruguaiana. Também saem para a Argentina por via terrestre, pela Ponte Internacional de Paso de los Libres. Muitas apenas passam pela Argentina e são deslocadas para o Paraguai, que pode ser ponto de passagem ou definitivo.

Caxias do Sul - Conexão Asiática

Mulheres são enviadas para Hong Kong e Taiwan. Também há registro de tráfico de pessoas para outras cidades do Estado e do Brasil. Quando o tráfico é interno, são usados caminhões.

RS - Estados Unidos

O Estado também é ponto de saída para os Estados Unidos, porém em menor escala.

De outras cidades brasileiras saem mulheres ou meninas traficadas para o Suriname - que serve de ponte para a Holanda - e para Guiana Francesa.

Rotas Internas

São usadas várias rodovias do Estado e do Brasil. O mais comum é o transporte por caminhões. Dentro das cidades, também são usados táxis. Essas rotas são mais frequentes nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Combate ao Tráfico

Para tentar coibir o tráfico de pessoas, o Ministério da Justiça está implementando cursos de capacitação nas regiões de fronteira. Segundo Pires, Uruguaiana terá curso, em setembro, voltado a servidores que trabalham na área de fronteira, visando fornecer meios para que esses identifiquem o tráfico de seres humanos.

A Polícia Federal do Rio Grande do sul tem três inquéritos abertos. São três mulheres, com idades entre 24 e 25 anos, que estão na Espanha e na Itália. De acordo como delegado Fernando Casarin, o caso chegou à Polícia Federal no primeiro semestre de 2015, por denúncia de familiares. Uma mulher, amiga das três mulheres, que conseguiu sair da Europa, está colaborando com as investigações. Ela saiu da casa e contou o que estava ocorrendo no imóvel. Segundo ele, mesmo que haja consentimento da pessoa, o crime não é excluído. “Prostituição não é crime, mas explorá-la comercialmente, sim”, acentua Casarin. “Estamos investigando em que condições estão essas três brasileiras”. Muitas das garotas que vão para a Europa para trabalhar em casas noturnas, sabem que irão se prostituir. Mas, quando chegam ao destino, percebem que as condições de trabalho são muito diferentes. Como, via de regra, o agenciador ou o dono da boate prendem o passaporte e também não pagam o que prometeram. As mulheres têm que se submeter a humilhações e obedecer ao dono do estabelecimento. “Elas viajam para a Europa para serem prostitutas, não para serem escravizadas”, destaca o delegado federal. Ainda no âmbito do Rio Grande do Sul, a cônsul-geral do Uruguai no Estado, Karla Beszkidnyak, conversou com integrantes da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos sobre o problema do tráfico de pessoas. Conforme a diplomata, o Uruguai está elaborando um projeto de lei prevendo punição aos traficantes de pessoas e atenção às vítimas. Por isso está buscando a parceria do Rio Grande do Sul, estado com o qual o país faz fronteira, para a obtenção de informações sobre o que já existe na legislação local e sobre os serviços de atendimento disponíveis às vítimas.

Crime em crescimento

O tráfico de seres humanos continua crescendo. Um dos fatores são as guerras nas mais variadas regiões do planeta, que fazem com que inúmeras pessoas migrem para outros territórios, caindo assim nas mãos de traficantes. O lucro é quase que certo e o TSH leva uma vantagem em relação ao tráfico de drogas ou armas: o material vendido pode ser “usado” inúmeras vezes e por anos. Diante de quadro tão caótico, autoridades do mundo todo têm se manifestado contra essa forma de escravidão moderna.

De acordo com funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo tem claramente a vontade política e as ferramentas legais para deter traficantes de seres humanos e suas redes criminosas. No entanto, uma cooperação internacional mais significativa e financiamento adequado são necessários para que sejam tomadas medidas eficazes. Vítimas deste tipo de crime são de 152 nacionalidades e espalham-se por 124 países, conforme a ONU.

O quadro desolador levou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a proferir um discurso para altas autoridades em 9 de fevereiro deste ano, em Nova Iorque. Segundo ele, “nenhuma região está imune”. Ele destacou a importância de reforçar as parcerias. De acordo com o diplomata, é preciso também coordenar esforços para acabar com o sofrimento das vítimas de tráfico, seja para fins sexuais, seja para serem submetidas à escravidão, servidão e trabalho forçado, entre outras formas. “Com parcerias sólidas e uma abordagem clara, podemos garantir que os criminosos sejam levados à Justiça”, ressaltou Ban Ki-moon.

O secretário-geral da ONU destacou que, hoje, mais de 60 milhões de mulheres, crianças e homens estão fugindo de conflitos, escapando de guerras ou procurando uma vida melhor. Acentuou que muitos estão sendo coagidos à exploração durante a sua viagem, “e milhares estão morrendo no mar e em terra nas mãos dos contrabandistas. Um número imenso é de mulheres e de crianças”.

O secretário-geral lembrou que o Serviço Europeu de Polícia anunciou recentemente que cerca de 10 mil crianças vulneráveis, que viajaram para a Europa, simplesmente desapareceram. “Algumas podem estar se escondendo. Outras são mantidas na escuridão”, destacou, referindo-se ao tráfico de crianças ou de órgãos. “A promoção dos direitos humanos é central para a nossa estratégia.”

O sul-coreano exortou os estados-membros a ratificar e aplicar integralmente a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional e seus protocolos, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e a Convenção sobre os Direitos da Criança. Recordando que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável promete “sociedades mais pacíficas, justas e inclusivas, livres do medo e da violência”, pediu à comunidade internacional para trabalhar para um mundo sem discriminação e solicitou apoio ao Fundo Voluntário das Nações Unidas para as Vítimas de Tráfico de Pessoas e para o Fundo Voluntário das Nações Unidas sobre Formas Contemporâneas de Escravidão.

 

Correio do Povo

 

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                                  Receita de Fondue de Queijo






                                  Fondue de Queijo
                                  Nos dias mais frios, poucas coisas são melhores do que reunir os amigos e preparar um delicioso fondue de queijo.

                                  RECEITA COMPLETA:https://www.tastemade.com.br/videos/fondue-de-queijo

                                  Uma das mais belas letras do Pink Floyd. Time ~ Legendado


                                  CIÊNCIA CONFIRMA QUE VIAJAR TRAZ MAIS FELICIDADE QUE BENS MATERIAIS

                                  Sabe aquele discurso de que “bens materiais não são sinônimos de uma vida feliz”? Ele foi comprovado cientificamente. E mais, os cientistas afirmam que o segredo da felicidade está em viajar, nas experiências que você pode viver.

                                  Provavelmente você até já sabia disso, mas agora foi confirmado. Um estudo publicado em 2015pela Universidade Cornell, em Nova York, descobriu que gastar dinheiro com experiências traz mais realização que comprar bens materiais. A razão é que as pessoas “se adaptam” a esses objetos, ou seja, as coisas que você pode comprar acabam trazendo menos felicidade à medida em que o tempo passa e você se vê rodeado por elas.

                                  Então gastar um monte de dinheiro num celular ou carro do ano, até mesmo em uma casa nova, traz uma felicidade momentânea. Você vai se acostumar a ter essas coisas.

                                  Viajar traz mais felicidade que qualquer bem material (Foto via Shutterstock)

                                  Foto via Shutterstock

                                  Já viajar para um destino dos sonhos ou viver uma simples experiência como comer em um restaurante que você sempre quis é presentear a si mesmo com uma sensação única e pessoal, que ficará gravada na memória e te fará mais feliz à medida em que o tempo passa.

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                                  VIAJAR TRAZ MAIS FELICIDADE

                                  Quem já percebeu que viajar é como aquela frase pronta de que “é a única coisa que você compra e te deixa mais rico” já sabe o que os cientistas querem dizer: isso pode ser sim sinônimo de felicidade.

                                  Viaje. Explore

                                  O professor de psicologia Dr. Thomas Gilovich, envolvido no estudo da Universidade Cornell há duas décadas, sugere que ir a uma exposição, atividades ao ar livre, desenvolver uma nova habilidade e viajar são a real garantia da felicidade. “Você pode até pensar que parte da sua identidade está ligada a esses bens materiais, mas mesmo assim eles estarão sempre separados de você. Ao contrário das experiências, que realmente são uma parte da sua pessoa. Nós somos a soma de todas as nossas experiências”, afirma.

                                  E não há caminho errado pra fazer isso. Mesmo que sua experiência seja negativa naquele momento, como um viagem que não deu muito certo, o fato de você compartilhar isso com outras pessoas, mesmo contando os perrengues que passou, o tornam mais sociável. “Nós consumimos experiências com outras pessoas. E depois que elas se vão, elas viram parte das histórias que nós contaremos a outras pessoas“, diz Gilovich.

                                  Viajar traz mais felicidade que qualquer bem material (Foto via Shutterstock)

                                  Foto via Shutterstock

                                  E viajar é isso. É amar. É sorrir. É comer. É viver. É respirar. Pode até ser “odiar” ou “sentir aquele medo”, mas essas experiências fazem parte daquilo que construímos dentro de nós, do que realmente somos e das histórias que contaremos no futuro.

                                  E você? Concorda que experiências trazem mais felicidade que bens materiais?

                                  + Como passei a comprar menos para poder viajar mais
                                  + Por que insistem em julgar mal que gosta de viajar muito?
                                  + Você já parou pra pensar quanto custa a sua felicidade?

                                   

                                  Esse Mundo é Nosso

                                  IMPEACHMENT DE LEWANDOWSKI JÁ!! AQUI NÃO É A VENEZUELA!!!

                                  Publicado em 7 de jul de 2016

                                  STF, pelas mãos de Lewandowski promove perseguição aos líderes dos movimentos democráticos. Além da investigação sobre o "Petrolowiski" e "Enganot", tem um inquérito secreto correndo por baixo dos panos. ENTENDA TUDO BRASIL!!! Compartilhe pra valer pessoal!!!!

                                   

                                  DEPOIS DESSE ESCULACHO EU ME APOSENTAVA

                                  Publicado em 7 de jul de 2016

                                  Marco Antonio Villa humilha, desmascara e esculhamba de vez o
                                  Presidente do Supremo Lewandowski Foi merecido primeiro porque esse cara é um incapaz e só chegou onde chegou pela amizade com a mulher do Luiz Inácio e depois que ele precisa aprender que o POVO é quem manda e se o POVO acha que tem que fazer um boneco dele é problema do POVO Não tá satisfeito, pede pra sair !!!