por Samy Dana
Em 1896, o czar russo Nicolau II promoveu uma festa pública em Moscou, no campo de Khodynka, para celebrar sua ascensão ao trono. Na ocasião, cervejas foram distribuídas de graça a todos, mas quando o estoque acabou, houve uma histeria coletiva e cerca de 1.400 pessoas morreram. A tragédia é um exemplo claro do que acontece conosco quando estamos diante da escassez. Temos aqui uma situação extrema, mas a verdade é que temos naturalmente uma tendência a batalhar a todo custo contra a escassez.
Se por um lado isso faz parte de nosso processo evolutivo, por outro, pode ser usado contra nós em processos para nos estimular a consumir. Essa herança genética pode ser explicada quando remontamos o que acontecia no tempo das cavernas, quando era necessário caçar e batalhar contra a escassez de recursos para sobreviver. Deste modo, sempre que nosso cérebro percebe que alguma coisa está escassa, temos o impulso de tentar garantir aquilo que está prestes a acabar.
O programa Manual do Êxito, exibido pelo History Channel, mostra um experimento em que fica claro o efeito da escassez em nosso cérebro. Os participantes da experiência são divididos em dois grupos e recebem a tarefa de avaliar a qualidade de alguns cookies. O primeiro grupo retira biscoitos de um pote com fartura, enquanto o segundo só dispõe de alguns poucos biscoitos. No resultado final, a avaliação média do segundo grupo foi superior à do primeiro, justamente em função da escassez.
Isso explica, por exemplo, porque a maioria dos vendedores focam em destacar exaustivamente que o produto oferecido está acabando, que o estoque é limitado, que faz parte de uma linha exclusiva com poucas unidades, entre outros argumentos parecidos. Lembre-se da última vez em que passou por isso, se você estava indeciso, este provavelmente foi o argumento mais convincente para te fazer levar o produto em questão.
O mesmo episódio do programa em questão menciona o interessante caso do mercado de diamantes. Qualquer joia que tenha essa pedra preciosa com certeza custa uma fortuna. Pelo senso comum, as pessoas acreditam que isso se deve ao fato de ser uma pedra muito rara. Na verdade, a escassez de diamantes é artificial. Em 1870, foi encontrada uma enorme quantidade da pedra em minas da África do Sul. Se todas elas fossem colocadas no mercado, a oferta de diamantes seria muito maior que a demanda e isso derrubaria o preço da pedra. Sendo assim, foi criado um cartel entre as minas para abastecer o mercado com diamantes aos poucos. No fim das contas, um anel desta pedra pode sair bem mais caro do que uma joia com esmeralda, safira ou rubi, ainda que elas sejam bem mais raras.
Por mais que essa reação de querer garantir algo escasso aconteça praticamente por instinto, isso não significa que não sejamos capazes de controlar este comportamento. Bem como somos capazes de controlar diversas outras atitudes que não seriam adequadas, esta é somente mais uma delas. Aliás, quando temos a ciência de que o comércio explora essa nossa característica para aumentar o consumo, fica mais fácil acionar o autocontrole e evitar uma compra desnecessária.
Quando estiver passeando no shopping ou notar algo que desperte seu interesse, nunca feche a compra às pressas, a falta de reflexão é o caminho mais prático para que a lábia do vendedor funcione. Dê uma volta, pense a respeito, analise preços de concorrentes e a real necessidade da compra. É o modo mais simples de controlar seus impulsos.
Fonte: G1 - 03/02/2016 e Endividado
Brasil perde 22,9 milhões de linhas de celular em 2015
Número equivale ao total de acessos do RJ, 3º maior estado no segmento
O Brasil fechou o ano de 2015 com o fim de 22,9 milhões de linhas de celular, segundo informações divulgadas pela Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel) nesta sexta-feira (29).
O G1 já havia registrado em dezembro do ano passado a queda recorde do setor, mas somente até outubro. Com os dados para todo o ano disponíveis, é possível agora ver com maior precisão o recuo histórico, nunca antes registrado.
Para as operadoras, os causadores da derrapada são a crise econômica e o “efeito WhatsApp”, que faz clientes preferirem chats para se comunicar em vez de terem mais de uma conta em diferentes operadoras.
′Um RJ a menos′
Para se ter ideia do tombo, é como se o país tivesse perdido em 12 meses a totalidade dos acessos móveis do Rio de Janeiro, que é o terceiro maior estado brasileiro em número de linhas de celular, com 23 milhões. O estado foi um dos sete que mais perderam acessos, com 1,7 milhão a menos.
A onda de “mortes” de linhas atingiu todas as unidades federativas. Desde São Paulo, que possui a maior concentração e perdeu 3,5 milhões, até Roraima, a menor, e registrou o fim de 33 mil linhas.
Todas as quatro grandes operadoras do país tiveram redução em suas bases de clientes. A mais impactada foi a TIM, que perdeu 9,4 milhões de linhas, mas se manteve como a segunda maior. Na sequência, aparece a líder Vivo, com 6,6 milhões, a Claro, terceira maior, com 5,1 milhões, e a Oi, com 2,8 milhões.
O Brasil é o quinto maior mercado de telefonia móvel do mundo e viu o número de linhas de celular crescer até maio do ano passado, quando chegou a 284 milhões. Desde então, só caiu: a redução até dezembro chega a 26,3 milhões. Até 2015, nunca o Brasil havia fechado o ano com menos acessos móveis do que havia começado.
Crise e ′efeito WhatsApp′
Em dezembro, as operadoras consultadas pelo G1 atribuíram a queda à crise econômica e ao “efeito WhatsApp”.
A preferência pelos serviços conectados, diferentes dos oferecidos pelas operadoras, faz as linhas de celular ficarem ociosas. Para driblar a crise econômica, as empresas decidiram ser mais ágeis no cancelamento dessas contas.
Segundo empresários do setor, a estratégia foi adotada para poupar dinheiro, já que, ao eliminar acessos móveis inativos, também deixam de pagar taxas referentes a ele, como a do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel).
Uma linha só pode ser desconectada após 90 dias sem fazer chamadas tarifadas, enviar torpedos ou acessar a internet, determina a Anatel. Para manter clientes, as empresas reiniciavam a contagem até quando ligações gratuitas eram feitas. Com a crise, isso acabou.
Fonte: Portal do Consumidor - 02/02/2016 e Endividado
Competição na Série A melhora nível das escolas do Rio, diz presidente da Lierj
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
A competição entre as escolas de samba da Série A do Rio, antigo grupo de acesso, aumenta a cada ano. Em 2016, das 14 agremiações, 11 já desfilaram no Grupo Especial, considerado a elite do carnaval carioca. Para o presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj), Déo Pessoa, mesmo com diferenças financeiras em relação ao Especial “não deixa nada a desejar em termos de espetáculo”. A Lierj foi criada para coordenar a organização dos desfiles do Acesso..
A Acadêmicos da Rocinha abriu o desfile da Série A nessa sexta-feira na Marquês de SapucaíCristina Indio do Brasil/Agência Brasil
Segundo Déo Pessoa, essas escolas, entre elas a Unidos do Viradouro e o Império Serrano, que já foram campeãs no Especial, comprovam o trabalho para organizar e fortalecer a Série A. “Estamos trabalhando para que o desfile da Série A cresça cada vez mais e se torne um carnava de competitividade, alegria e de diversão para o público que prestigia no Sambódromo.”
A Porto da Pedra, que já esteve no Grupo Especial, se apresentou nessa sexta-feira (5) um enredo em homenagem ao palhaço Carequinha. O público nas arquibancadas se empolgou com o desfile alegre e colorido da vermelho e branco de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.
O ator Marcos Frota, que é proprietário de um circo e se envolveu com a arte circense por causa do palhaço, fez no esquenta da escola um chamamento emocionado de incentivo aos componentes. Ao fim, já na Praça da Apoteose, ele disse que sentia a passagem da Porto da Pedra na passarela como uma mensagem cumprida. “Missão cumprida com o Carequinha. Travei com ele uma relação de amor pelo picadeiro e hoje sinto como uma missão cumprida. Acho que ele foi super homenageado, super reverenciado como artista do povo, pelo seu próprio povo, pela sua própria.gente”, acrescentou Frota.
Conforme o carnavalesco Jaime Cezário, desenvolver o enredo foi uma felicidade, porque Carequinha merece e permitiu mostrar alegria e diversão na avenida. “Foram fantasias brincalhonas, para curtir o carnaval e voltar aos bons tempos. Carnaval animado, que a Marquês de Sapucaí merece há algum tempo e que a Porto da Pedra brindou com essa homenagem bonita ao maior palhaço do Brasil”, afirmou o carnavalesco.
De acordo com o presidente da Lierj, após o quarto ano no modelo de desfiles da Série A, na sexta e sábado de carnaval, foi registrado um aumento de público no primeiro dia de desfiles. “Pela primeira vez, tivemos uma sexta-feira com a melhora de público, principalmente no desfile da primeira escola, a Rocinha, da qual já foi presidene. Vamos trabalhar para que isso melhore cada vez mais”, afirmou Déo Pessoa.
Presidente da Lierj, Déo Pessoa registrou o aumento no público no primeiro dia de desfiles da Série ACristina Indio do Brasil/Agência Brasil
Para Pessoa, o fato da Rocinha ser uma escola de comunidade grande e forte pode ter contribuído para isso. Ele disse acreditar que também pode ter relação com o atraso no horário dos desfiles, que passou de 21h para 21h45. “Ano que vem, pensaremos em retardar um pouco mais. Isso deve ajudar o público a chegar com mais tranquilidade ao Sambódromo, porque sexta-feira ainda é dia de trabalho e o trânsito fica sempre complicado.”
Sobre a Cidade do Samba 2, projeto semelhante ao que juntou em uma mesma área os barracões das escolas do Grupo Especial, o presidente da Lierj adiantou que as informações de que dispõe indicam que o prefeito Eduardo Paes deixará o projeto para o sucessor.
“Esperamos que o próximo prefeito possa de fato atender essa nossa necessidade, porque as escolas passam por muita necessidade para apresentar o que se assiste hoje, que é feito de maneira árdua e de forma difícil. Vamos continuar nessa luta, acreditando que vamos ter um espaço digno para representar o nosso carnaval da melhor maneira possível”, revelou.
Com relação à crise econômica enfrentada pelas agremiações, Déo Pessoa disse que o impacto deve ter sido maior no Grupo Especial, porque, no de Acesso, as escolas já estão acostumadas a trabalhar com dificuldades.
“Nós, da Série A, podemos dizer que não afetou tanto como no Especial ou em outros setores, como o da saúde. Estamos acostumados a fazer carnavais difíceis, criativos e com pouca verba. Então, a crise está aí para a gente ver, mas para a Série A ela foi superada pelo talento e criatividade dos nossos profissionais e dos nossos dirigentes.”
Feministas aproveitam carnaval para criticar assédios em blocos de rua
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Três militantes do movimento feminista de Brasília aproveitam a irreverência característica do carnaval para chamar a atenção das pessoas sobre algumas questões sérias relacionadas a preconceitos de gênero, orientação sexual e etnia.
Elas usam a folia para vender produtos como tatuagens temporárias, ímãs e adesivos “que fazem de corpos, geladeiras, paredes ou qualquer superfície canais para que as pessoas manifestem sua contrariedade a esses tipos de preconceitos comuns também em meio às brincadeiras carnavalescas”, explica Gabriela Alves, uma das idealizadoras da marca Conspiração Libertina – Ativismo que Cola.
Além de levantar essas bandeiras, o grupo se diz contrário à difusão de estereótipos e a favor do empoderamento das minorias. Os produtos vendidos pelas jovens contém frases como "Amor não tem gênero", "Meu corpo, minhas regras" e "Não é não".
“Em geral, nossa proposta é a de ativar o pensamento das pessoas. Queremos trazer esses assuntos que tanto nos incomoda para o cotidiano das pessoas e, com um pouco de brincadeira e irreverência, falar sobre coisas sérias”, disse à Agência Brasil.
Segundo ela, o carnaval “é uma grande oportunidade para falar sobre questões como assédio porque é um período em que o número de ocorrências aumenta sensivelmente”.
A Conspiração Libertina foi criada em setembro, depois que elas identificaram uma carência no mercado de produtos voltados à questão feminista. “Simplesmente não encontramos nenhum tipo de produto com o símbolo feminista”, lembra Gabriela.
Com duas amigas como sócias, Gabriela decidiu abrir uma loja virtual na qual, além de produtos feministas, é possível encontrar itens voltados ao público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros). No primeiro mês de funcionamento, faziam entre quatro e dez vendas semanais pelo site, fora as vendas feitas em eventos e festas tradicionais da cidade, em especial, as frequentadas por um “público mais engajado”.
Para ampliar o alcance da iniciativa, elas resolveram levar a ideia para alguns blocos pré-carnavalescos de Brasília, como o Bloco do Peleja, frequentado por jornalistas e publicitários, e o Tithankasmona, frequentado principalmente pelo público LGBT. A boa receptividade nesses blocos ajudou a divulgar principalmente as tatuagens temporárias e o número de vendas no site aumentou para cerca de 100 por semana. “É um número bom porque, em geral, as pessoas compram mais de um produto a cada venda”, explicou.
Com a participação, nesta tarde, no Babydoll de Nylon e no Grito das Perseguidas, dois blocos de bastante público na capital federal, a expectativa das sócias é ampliar ainda mais o alcance da "marca militante".
Jazz se consolida em pleno carnaval carioca
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
A poucas quadras da multidão que seguia o tradicional Bloco Cordão da Bola Preta e rodeado de outros blocos de carnaval pelo centro da capital fluminense, um pequeno reduto na Rua do Lavradio atraiu hoje (6) dezenas de amantes do jazz. Pelo quarto ano consecutivo, o LavradioJazz Fest oferece shows gratuitos de jazz para variar o repertório musical durante o carnaval.
O músico americano Mark Lambert inaugurou o evento nesta tarde com o Quinteto RádioSwing e aproveitou para mesclar músicas de Luiz Gonzaga com as de Nova Orleans. Há 12 anos vivendo no Brasil, o músico celebrou a consolidação do jazz em pleno carnaval carioca.
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“Cada ano vem mais pessoas. No primeiro ano era mais foliões que vinham de blocos e acabavam invadindo o local. Hoje em dia vejo pessoas que vieram, porque queriam mesmo ouvir o jazz”, disse, acrescentando que "tocar aqui é uma das melhores coisas que faço no Rio, pois mistura a história da minha terra com a daqui. O jazz e o carnaval têm muito a ver, pois é um momento de comemoração em que as pessoas colocam tudo para fora, uma alegria total”.
Frequentadora do festival há três anos, a jornalista Teresa Cristina Teresa de Almeida planejava ir para um bloco de carnaval depois do show. “Gosto de diversificar. Daqui vou para um bloco e depois para a praia à noite. É importante ter opções e essa diversidade que o Rio tem é muito boa”, disse.
Mais tarde, o quinteto Dolls And Dames New Orleans Band prestou homenagem às cantoras nascidas em Nova Orleans que fizeram parte do cenário musical durante os anos de 1930,1940 e 1950.
Novata no evento, a técnica em eletrotécnica Márcia Cristina Rosa do Nascimento pretende vir todos os dias do festival que termina na terça-feira (9). “Gosto de jazz e a programaçãome interessou. É muita coisa diferente que não temos contato no dia a dia”, comentou ela. “Gosto de carnaval, mas fujo do tumulto e aqui está mais gostoso”, disse.
Amanhã, o grupo Manouche Carioca anima a tarde com jazz cigano e o All That Jazz Band, a mais antiga banda do Rio de Janeiro especializada no Hot Jazz que toca jazz tradicional de Nova Orleans.
Segunda, o São Jorge Brass Band leva a tradição do Carnaval de rua de New Orleans para o Rio de Janeiro. Mais tarde, o Monte Alegre Hot Jazz Band mostra seu dixieland - genero de jazz criado em 1910, em Nova Orleans - típico dos anos 1940.
Na terça, o quinteto Roda Romani pioneiro de jazz manouche do Rio toca a vertente do jazzcriado na França. Encerrando o evento, a Orleans Original Jazz Band relembra expoentes como Louis Armstrong.
Sucesso na década de 90, as boy bands também têm espaço no carnaval carioca: http://glo.bo/1PtL1pb
New Kids On The Bloco resgata músicas das boy bands dos anos 90 em ritmo de samba
G1.GLOBO.COM
Após vazamento de resíduos no Paraíba do Sul, amostras de água vão para análise
Karine Melo - Repórter da Agência Brasil
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) acompanha neste sábado (6) o trabalho de recuperação em uma lagoa de mineração de areia que se rompeu ontem (5) em Jacareí, lançando resíduos de mineração de areia no Rio Paraíba do Sul. Amostras de água foram enviadas a um laboratório de Taubaté para análise, mas ainda não há previsão para divulgação do resultado.
O lançamento de rejeitos ocorreu na manhã dessa sexta-feira, quando a mineradora Rolando Comércio de Areia fazia as atividades de extração em uma cava de areia próximo ao rio, em Jacareí (SP). A empresa depositava, irregularmente, os rejeitos da extração na cava da Meia Lua 1 – uma outra mineradora, que está com as atividades paralisadas e em processo de renovação de licença. O lançamento não autorizado elevou o nível de sedimentos na lagoa, o que resultou no rompimento da estrutura, lançando os rejeitos no Paraíba – o manancial abastece cidades de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Segundo a Cetesb, até o momento, não foi possível estimar a quantidade de resíduo vazada. O lançamento, no entanto, provocou a alteração da qualidade das águas do Paraíba do Sul, constatada visualmente, além da alteração dos parâmetros de turbidez. Por enquanto, a mortandade de peixes ainda não foi constatada.
A fiscalização dos portos de areia da região cabe à Cetesb que determinou à Rolando Comércio de Areia a recuperação da área para conter o vazamento dos rejeitos no Rio Paraíba. A expectativa é que o rio seja contido até o início da tarde. Não houve feridos no local. Por já ter sido multada por descumprir a legislação municipal, desta vez, a multa para a empresa responsável pelo funcionamento da mineradora foi dobrada: R$ 11.760. A penalização por despejar rejeitos na cava da mineradora paralisada deve ser fixada pela Companhia Ambiental na quarta-feira (10).
Rio: bloco Céu na Terra reúne sereias e palhaços no bairro de Santa Teresa
Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil
Sereias, Marias Bonitas, palhaços, super heróis, piratas e bichos da Arca de Noé acordaram cedo hoje (6) para brincar o carnaval na capital fluminense. Eles se reúnem desde as 7h nas ladeiras de Santa Teresa, no centro do Rio de Janeiro, no desfile do tradicional bloco Céu na Terra, que há 15 anos arrasta foliões pelo bairro.
Apesar do incidente do último sábado, quando uma pessoa foi assassinada a tiros e outras ficaram feridas, uma hora após a dispersão do bloco, os foliões deste sabado esperam um dia calmo, sem episódios violentos. É no que aposta o fotografo Gabriel Klein, fantasiado de Darth Vader, protagonista do filme Guerra nas Estrelas. "A gente nao pode deixar de sair por causa disso", disse. Morador do bairro, ele acha que as ladeiras e o intenso calor da manhã "são um filtro natural aos bons foliões". " É uma seleção natural", brincou.
Bloco Céu na Terra reúne foliões em Santa TeresaIsabela Vieira/Agência Brasil
No Céu na Terra, bloco que está intimamente ligado à vida do bairro, cujas reuniões são na associação de moradores de Santa Teresa, não podia faltar uma homenagem aos clássicos bondinhos, símbolos do do bairro e que funcionam parcialmente desde 2015, depois de um grave acidente que os tirou das ruas.
Abre-alas
Feita com EVA pelos próprios foliões, a fantasia de bonde era o abre-alas do Céu na Terra. "Nada mais apropriado do que homenagear o bonde", disse a microempresária Nara de Sá. "Amamos o bonde", acrescentou.
Em meio aos estandartes e bailarinas em pernas de pau, logo na frente do bloco, desfilando juntos, um grupo de amigos há mais de 11 anos, chamou atenção. Representando a Arca de Noé, estavam fantasiados com os bichos que se salvaram do dilúvio bíblico.
"Somos quatro pares: galinha, sapo, gato e elefante, basicamente", explicou a engenheira Luciana Vargas. Entre os bichos, uma criança de quatro anos, que acompanhava a mãe, todos se divertindo. "Essa é a primeira vez que fazemos uma alegoria juntos, é complicado, tá calor, mas é legal."
Sol e calor
Em mais um dia de Sol e muito calor, pelas ruas do centro, os foliões estão por todos os lados. Chegam para o desfile da Bola Preta, no centro.
Na saída, em direção à zona sul, onde mais uma dezena de blocos desfila hoje, pelos bairros, os transportes públicos estão lotados. Com pessoas fantasiadas, cantando marchinhas, o clima é contagiante, contou o garçom Jeferson de Moreias. Ele pegou o metrô na central e precisava atravessar a cidade para chegar a Ipanema.
"Eu preferia não precisar trabalhar, mas não vou achar ruim que os outros possam se divertir. Essa época é boa, é muita gente, mas divertida. Olha aí, não dá para nao rir com pessoas vestidas desse jeito", disse se referindo a um rapaz usando fraldas geriátricas e um chupeta, fantasiado de bebês.
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OEA anuncia acordo para governo de transição no Haiti
Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil
Após uma série de protestos da população, o segundo turno das eleições presidenciais foi adiado mais de uma vezEPA/Bahare Khodabande/Agência Lusa
A menos de 24 horas do fim do mandato do atual presidente Michel Martelly e sem um sucessor eleito para assumir o cargo, a missão especial da Organização dos Estados Americanos (OEA) para o Haiti anunciou hoje (6) um acordo para formação de um governo de transição no país.
Após uma série de protestos da população, o segundo turno das eleições presidenciais foi adiado mais de uma vez. Os haitianos suspeitam de fraude no processo eleitoral para beneficiar o candidato do governo, Jovenel Moise.
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Em comunicado, a OEA informou que, ontem (5) à noite, Martelly firmou um acordo com o presidente do Senado e com o vice-presidente da Assembleia Nacional. A cerimônia oficial de assinatura do documento ocorrerá neste sábado.
Segundo a OEA, Martelly afirmou que vai manter seu compromisso de deixar o cargo amanhã (7).
“Pelos termos do acordo, o parlamento elegerá um presidente interino por um período de 120 dias e confirmará um primeiro-ministro por consenso. O segundo turno ocorrerá no dia 24 de abril e o novo presidente tomará posse em 14 de maio”, informou a OEA.
O chefe da missão especial, embaixador Ronald Sanders, disse que a situação do Haiti é “excepcional” e requer soluções “excepcionais”.
“Estamos felizes em ver que as partes interessadas se comprometeram com a democracia, a paz e a estabilidade em meio a um vazio constitucional criado pela ausência de uma presidente eleito em substituição ao atual presidente Martelly”, concluiu Ronald Sanders.
The Doors - L.A. Woman - HQ (official music video)
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Super Bowl chega à 50ª edição com milhares de fãs no Brasil
Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil
Brasília - Time do Brasília V8 aproveita o gramado da Esplanada dos Ministérios para o treinamentoJosé Cruz/Agência Brasil
Você sabe o que é Super Bowl? Se a resposta é não, saiba que a cada ano mais brasileiros acompanham o principal campeonato de futebol americano, a National Football League (Liga Nacional de Futebol, em tradução livre), ou simplesmente NFL. E aguardam ansiosamente pelo Super Bowl, a grande final da liga, disputada por 32 times dos Estados Unidos. Na noite de amanhã (7), Carolina Panthers e Denver Broncos disputam a celebrada 50ª edição do Super Bowl.
Na terra natal da NFL, o sucesso do esporte não é novidade. A última edição do Super Bowl, em 1º de fevereiro de 2015, foi assistida por mais de 114 milhões de pessoas só nos Estados Unidos. É a maior audiência da televisão daquele país para um só programa. O recorde anterior, de 112 milhões de telespectadores, pertencia ao Super Bowl de um ano antes.
Embora bem mais modestos, os números no Brasil impressionam. A pesquisa do Ibope Repucom, encomendada pela ESPN Brasil, revelou que 27 milhões de brasileiros têm interesse pelo esporte. O Brasil, de acordo com a pesquisa, é o segundo maior mercado da NFL fora dos Estados Unidos. À frente do Brasil, só o México.
O Super Bowl de 2015, segundo a ESPN Brasil que transmite a NFL por aqui, foi visto por mais de meio milhão de pessoas. De acordo com o canal, foi a maior audiência nos últimos quatro anos e superou em 73% o número de espectadores da edição anterior. Durante a partida, a base de fãs do canal nas redes sociais aumentou em mais de 10 mil usuários. Foram quase 150 mil interações somente em posts sobre o Super Bowl.
Para Paulo Rogério D'Amaro, ou simplesmente Paulo Mancha, comentarista da ESPN Brasil para as partidas da NFL, a tendência é de maior popularização do esporte no país a cada ano. “O futebol americano vem crescendo no Brasil desde 2006. E não teve um momento de baixa, de desânimo ou queda de audiência. Só sobe. Esse ano é o melhor e acredito que o ano que vem seja melhor ainda”.
Uma das estratégias da emissora que contribui para conquistar mais adeptos da NFL a cada ano é o didatismo nas transmissões. Regras básicas do esporte são explicadas pelos comentaristas durante as partidas, conforme as situações aparecem no jogo. Por redes sociais, telespectadores interagem e enviam perguntas à equipe de transmissão.
“A gente tem orientação para dar uma atenção especial ao público novo, quem está entrando. Dá para perceber que muitas pessoas começaram a acompanhar o jogo nessa última temporada. Eu tento fazer comentários que agradem a todos, tanto quem chegou agora como quem assiste há muitos anos”, explica Mancha.
Popularidade também dentro do campo
Não é só na frente da televisão que o esporte tem adquirido mais adeptos. Cada vez mais times de futebol americano são formados no país, com federações em vários estados, campeonatos locais e nacionais. Rodolfo Oliveira é presidente da Federação Brasiliense de Futebol Americano, além de atleta de um dos times da capital, o Brasília V8. Ele explica que a paixão pelo esporte ainda é o principal combustível, em um cenário de pouco patrocínio e incentivo.
“A federação não tem patrocínio ainda. Estamos indo atrás de empresas públicas e privadas que tradicionalmente apoiam o esporte. Mas por enquanto a federação se mantém com a taxa de filiação dos times. Estamos no esporte muito pelo amor. Infelizmente ainda não é um esporte que promove ganho financeiro”.
As dificuldades, no entanto, são menores diante do interesse crescente pelo esporte. O campeonato brasiliense da modalidade chega à terceira edição em 2016, mas já começa a ocupar as arquibancadas. “A gente tem tido um público bastante surpreendente, saiu daquele núcleo só das famílias dos atletas. No ano passado tivemos uma média de 700 a 800 pessoas por jogo. Para este ano, esperamos trazer de 1 mil a 2 mil torcedores”, disse Oliveira.
Os times também engatinham no quesito apoio. Alguns têm patrocínio, mas não o suficiente para pagar salário aos atletas, que precisam se manter com outras atividades. No Brasil, a modalidade ainda é amadora. “A maioria das pessoas que deixam o time o fazem por motivos profissionais. Por não conseguir mais conciliar estudo ou trabalho com a prática do esporte. É um esporte que exige muito da pessoa, muito preparo, muita disciplina”, afirma Oliveira.
Gustavo Alecrin é jogador dos Tubarões do Cerrado, mais antigo time de futebol americano de Brasília, formado em 2004. Apesar da inexistência de condições para uma prática em alto nível, ele vê um futuro promissor para o esporte. “O futebol americano vem crescendo bastante e isso aumentou nossa visibilidade. Acho que o esporte vai crescer muito. Quem sabe em um futuro próximo a gente não consiga encher um estádio?”.
O site All Sports TV transmite desde o ano passado, pela internet, os campeonatos de futebol americano disputados no Brasil e tem tido retorno. Ao longo de 2015 foram 82 horas de transmissão, com uma audiência superior a 172 mil internautas. “O nosso retorno sempre foi positivo e esperamos aumentar isso para essa temporada de 2016. Como acompanhamos as mídias sociais durante as partidas, criamos uma laço de interatividade muito grande com o torcedor, que acaba participando da transmissão com comentários”, afirma Dionísio Rodrigues, diretor de marketing da All Sports TV.
Paulo Mancha ainda acha cedo para transmissões ao vivo dos campeonatos nacionais na televisão, mas já vê no esporte potencial para ocupar espaço em uma emissora. “Ainda há um descompasso no futebol americano feito no Brasil. Existem estádios bons, com estrutura boa para transmissão de TV, e outros sem estrutura nenhuma. Isso precisa ser equacionado, mas já é possível mostrar compactos de jogos ou programas específicos sobre o esporte no Brasil”, diz o comentarista.
Copa do Mundo de futebol... americano
O ano de 2015 foi um marco para o esporte no Brasil. A seleção brasileira participou de sua primeira Copa do Mundo. O torneio, disputado apenas por atletas amadores, ocorreu nos Estados Unidos e o Brasil ganhou a vaga após vencer o Panamá. Mesmo depois de conquistar a vaga em campo, os jogadores precisaram lutar muito fora dele para conseguir chegar ao Mundial. Crowdfunding (uma forma de financiamento coletivo feito pela internet), patrocínios pessoais e ajuda de parentes foram algumas das soluções encontradas.
Brasília - Time do Brasília V8 representa o futebel americano na capital federal José Cruz/Agência Brasil
“Alguns conseguiram patrocínio, que foi o meu caso. Mas nem todo mundo teve essa sorte nem o dinheiro para bancar isso. Até porque é uma viagem cara, dólar caro, dez dias lá. Mas deu certo, a maioria viajou”, explica Augusto “The Bus”, atleta da seleção brasileira e do Tubarões do Cerrado.
Com pouco dinheiro, a seleção brasileira teve que chegar um dia antes do evento, enquanto as outras seleções chegaram com uma semana de antecedência. Atrás de passagens mais baratas, cada atleta desembarcou em uma cidade diferente. A pouca tradição no esporte e as dificuldades não impediram o Brasil de fazer história. O time venceu a Coreia do Sul por 28 a 0, em um dos três jogos que disputou.
“Ganhamos da Coreia do Sul, que pratica futebol americano há 30 anos. A gente é um país muito novo no esporte e ganhamos deles. Essa vitória representa o grande potencial do Brasil no esporte”, diz “The Bus”.
Entenda o futebol americano
O futebol americano é um jogo de conquista de território. Cada time tem quatro jogadas para avançar dez jardas (9,14 metros) com a bola. Caso avance, ganha direito a mais quatro jogadas e assim por diante. Caso não consiga, devolve a bola para o time adversário, que terá sua oportunidade de atacar.
Cada time conta com 11 jogadores titulares de ataque e 11 de defesa. O quarterback é uma espécie de “camisa 10” do time. É das mãos dele que sai a maioria das jogadas de ataque, seja lançando a bola para outros jogadores ou entregando nas mãos de um companheiro para uma corrida. Em algumas jogadas, ele mesmo corre com a bola.
A principal pontuação do jogo é o touchdown e vale seis pontos. Um touchdown acontece quando um jogador recebe a bola no fundo do campo adversário ou corre com ela até lá (local chamado de “end zone”). Após o touchdown, o time tem direito a tentar um ponto extra, chutando a bola no meio das traves. O time também pode tentar uma conversão de dois pontos, através de uma jogada normal de ataque a partir da linha de duas jardas, passando ou correndo com a bola até a end zone.
Outra pontuação recorrente nas partidas é o field goal. É um chute executado pelo kicker, jogador que só entra em campo em situações de chute. O field goal rende três pontos ao time se a bola chutada passar pelo meio das traves no fundo do campo. Após uma pontuação, a bola é devolvida ao adversário, para que ele inicie sua campanha de ataque.
Existem várias situações caracterizadas como falta no futebol americano. Dentre elas estão agarrar a grade do capacete do adversário, atingir o adversário “cabeça com cabeça” ou acertá-lo após o término da jogada.
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Pedidos de falência iniciam o ano com alta de 16,0% em 12 meses
Em 12 meses, as falências decretadas subiram 17,8% em relação ao período anterior.
Os pedidos de falência registraram alta de 16,0% na variação do acumulado em 12 meses comparado ao período imediatamente anterior, segundo dados da Boa Vista Serviços S/A, com abrangência nacional.
Em janeiro de 2016, o número de pedidos de falências recuou 10,3% na comparação com dezembro de 2015 e aumentou 4,8% em comparação a janeiro de 2015.
Em 12 meses, as falências decretadas subiram 17,8% em relação ao período anterior. Na comparação interanual cresceram 15,0% e 21,1% ante o mês anterior.
Os pedidos de recuperação judicial e as recuperações judiciais deferidas, no acumulado em 12 meses, também seguiram tendência de alta, registrando 56,6% e 40,1%, respectivamente.
Os indicadores de falências e recuperações judiciais encerraram 2015 em patamares superiores aos observados em 2014 e iniciaram o ano ainda em ritmo de alta. Os fatores que prejudicaram a situação das empresas, como a fraca atividade econômica, os elevados custos e a restrição ao crédito, ainda deverão ser observados em 2016. Sem sinal de mudança, os indicadores devem conservar esta tendência ao longo de 2016.
Fonte: migalhas.com.br - 03/02/2016 e Endividado