domingo, 5 de julho de 2015

Dilma diz que confia em Obama e no compromisso de que espionagem acabou

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República divulgou nota afirmando que a presidenta Dilma Rousseff confia no presidente americano, Barack Obama, e em seu compromisso de que não haverá mais espionagem contra o Brasil e empresas brasileiras.
Segundo informações do site WikiLeaks divulgadas hoje (4), teriam sido interceptadas ligações de 29 números de telefone do governo brasileiro, incluindo a Presidência da República, o Ministério da Fazenda, o Banco Central e o Ministério das Relações Exteriores.
Segundo a nota, a presidenta Dilma considera o assunto superado. "Em várias circunstâncias, a presidenta Dilma Rousseff ouviu do presidente Barack Obama o compromisso de que não haveria mais escutas sobre o governo e empresas brasileiras, uma vez que os EUA respeitam os 'países amigos'".
Na nota divulgada pela secretaria, a Presidência da República afirma ainda que a parceria estratégica entre o Brasil e os Estados Unidos se tornará cada vez mais forte e que a relação é baseada em respeito mútuo e no desenvolvimento de ambos os povos.
O ministro da Secom, Edinho Silva, já havia dito que o governo considera o episódio superado e que as escutas telefônicas reveladas são de 2011. "A presidenta acabou de chegar de uma viagem produtiva aos Estados Unidos e vários acordos foram fechados. O foco agora é a manutenção das boas relações com os Estados Unidos e os futuros investimentos", disse o ministro.
Segundo o WikiLeaks, a lista inclui o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que, na época das interceptações telefônicas, era secretário executivo do Ministério da Fazenda. Também foi monitorado o ex-chefe da Casa Civil de Dilma, Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Luiz Awazu Pereira da Silva, ex-diretor do Banco Central, também aparece na lista, assim como o ex-ministro das Relações Exteriores Luiz Alberto Figueiredo, que ocupou o cargo entre 2013 e o início de 2015.

Avião solar no Havaí

Tóquio – O avião Solar Impulse 2 já percorreu dois terços do caminho entre Japão e Havaí, o trecho mais perigoso de sua volta ao mundo, e estava a cerca de quarenta horas de pousar no território americano, informaram nesta quarta-feira os responsáveis da missão. Com 75 horas a bordo do avião, o piloto André Borschberg conseguiu quebrar o recorde do Solar Impulse de 44 horas de voo sem escalas, entre China e Japão.



Fonte: Correio do Povo, página 10 de 2 de julho de 2015.

Auditor fiscal faz protesto

Os auditores ficais da Receita Federal realizam hoje, a partir das 8h, mais um Dia Nacional sem Computador. É o sexto protesto nacional contra a desvalorização da categoria. Os fiscais não aceitam a proposta de reajuste de 21% oferecido pelo governo federal e escalonada em quatro anos: 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019.


Fonte: Correio do Povo, página 5 de 30 de junho de 2015.

Atos contra redução da maioridade

Comitê gaúcho aborda deputados no aeroporto

Diante da possibilidade de aprovação na Câmara dos Deputados da proposta que reduz a idade para a condenação por crimes hediondos, integrantes do Comitê Gaúcho contra a Redução da Maioridade Penal realizaram ontem um ato no Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre. Junto à área de embarque, jovens abordaram e conversaram com deputados federais, com Luiz Carlos Busato e Afonso Motta, que seguiam para Brasília.
A intenção era mobilizar os parlamentares para que rejeitem o projeto, que estava na pauta de votações do dia em plenário. Foi entregue a eles um documento que resultou de um debate na Assembleia Legislativa gaúcha e que defende a rejeição a proposta. O ato, organizado pelo Movimento Educação e Trabalho, reuniu considerações refentes à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/93. Segundo a Unicef, menos de 1% dos homicídios praticados no Brasil tem como autores adolescentes entre 16 e 17 anos e 70% dos ex-detentos do sistema prisional voltam a cometer crimes.
O movimento contra a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos é formado por mais de 100 entidades, como a Ajuris, OAB/RS e Instituto Tolerância. Além de seus integrantes, representantes de centrais sindicais estiveram no aeroporto para apoiar a mobilização. Com cerca de 30 pessoas ligadas à CUT protestaram, com faixas e bandeiras. Antônio Guntzel, secretário de Relações de Trabalho da CUT, afirmou que, infelizmente, o grupo não conseguiu falar com os parlamentares. “creio que alguns embarcaram mais cedo e outros na segunda-feira”. Além da PEC da maioridade, os sindicalistas protestavam contra projeto que flexibiliza a administração do pré-sal, que também constava na pauta de votações da Câmara.

Violência aumentaria, diz psicóloga

O Comitê Gaúcho contra a Redução da Maioridade Penal, integrado pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul, OAB e Defensoria Pública, realizou ontem um protesto no Largo Glênio Peres. A psicóloga Luciane Engel afirmou que a aprovação do projeto na Câmara dos Deputados não resultará na diminuição da violência. “O aprisionamento dos jovens como querem os deputados não vai diminuir a criminalidade no país. Pelo contrário, ela aumentará.”
Segundo Luciane, integrante do Conselho, os jovens irão conviver nos presídios com o crime organizado. “Estar preso no Brasil é uma violência devido às condições das prisões. Aqui existe a cultura da punição. Não tratamos a causa da violência, que começa pela desigualdade social, que é absurda, e pela precariedade da condição de vida da maior parte da população.”
O Conselho é contrário à redução da maioridade penal por acreditar que crianças e adolescentes são pessoas em desenvolvimento. “O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê medidas essenciais socioeducativas a jovens em conflito com a lei”, disse a psicóloga. Durante a manifestação, houve uma performance teatral, com uma adolescente presa em uma cela.


Fonte: Correio do Povo, 1º de julho de 2015, página 13.

Atentado no Kuwait – Cúmplices são presos

Cidade do Kuwait – O Ministério do Interior enviou à Justiça cinco homens suspeitos de ter ajudado o terrorista saudita no violento atentado contra uma mesquita xiita na sexta-feira passada, no Kuwait. Trata-se do motorista que levou o terrorista para perto da mesquita, do proprietário do veículo e de seu irmão, ambos apátridas. Também foram detidos o proprietário da casa onde o motorista foi ocultado e seu irmão, os dois kuwaitianos. O atentado suicida deixou 26 mortos e 227 feridos na mesquita Al-Iãn al-Adeq durante a oração semanal da segunda sexta-feira do Ramadã (mês do jejum muçulmano).


Fonte: Correio do Povo, página 6 de 30 de junho de 2015.

Atentado mata procurador no Egito

Cairo – O procurador-geral do Egito, Hicham Barakat, morreu ontem em um atentado a bomba no Cairo, anunciou o ministro da Justiça. Barakat, de 65 anos, sofreu ferimentos que provocaram uma hemorragia interna. Ele chegou a ser operado, mas não resistiu. Em 21 de maio, o ansar Beit al-Maqdis – ramo egípcio do Estado Islâmico - fez apelos por ataques contra membros do Judiciário local, em represália pela condenação de vários de seus simpatizantes. O atentado foi reivindicado pela organização.



Fonte: Correio do Povo, página 6 de 30 de junho de 2015.

Atenas ratifica calote ao FMI

Atenas – O governo grego confirmou ontem ao jornal britânico Financial Times que não vai pagar a dívida de 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que vence hoje. A falta de pagamento expõe o país a uma série de sanções que podem incluir até sua expulsão da zoa do euro.
Sem caixa, o país depende de um empréstimo dos outros países europeus para fazer esse pagamento. Mas, no fim de semana, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, decidiu que vai fazer um referendo no próximo dia 5 para saber se aceita as condições desse empréstimo, que incluem alta de impostos. Tsipras pediu que o povo rejeite as propostas dos credores.
Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) rebaixou a nota de crédito soberano da Grécia de “CCC” para “CCC-”. A perspectiva foi mantida em negativa, o que indica que a nota pode ser novamente rebaixada. Os bancos ficarão fechados até 6 de julho. A possibilidade de que o calote ocorra derrubou ontem as principais Bolsas de Valores.


Fonte: Correio do Povo, página 5 de 30 de junho de 2015.

As Revoltas Econômicas

Os desmandos do sistema colonial – suas tributações, seus impostos, sua própria natureza espoliadora – foram responsáveis pela eclosão de uma série de revoltas contra a Metrópole. Eventualmente, esses conflitos acabavam se tornando também lutas em prol da autonomia, unidade e independência do Brasil e, com frequência, se voltaram também contra os rivais ou “marinheiros”, como os portugueses eram ironicamente chamado pelos nativos.
A primeira dessas insurreições foi a chamada Revolta de Beckman, ocorrida em 1684 no Maranhão. As causas do protesto armado que o senhor de engenho Manuel Beckman, o Bequimão, liderou estão claras num trecho do manifesto que ele mesmo leu para os seus companheiros: “As duas coisas devemos pôr termo – aos jesuítas e ao monopólio - , a fim de que tenhamos as mãos livres quanto ao comércio e quanto aos índios”. O monopólio a que Beckman se referia era exercido, então, pela Companhia do Comércio do Maranhão.
Fundada em 1682, a Companhia detinha direitos de importação e exportação na região. Ao mesmo tempo, estava obrigada a introduzir 500 escravos negros por ano na província, já que os jesuítas tinham conseguido proibir a escravização dos índios. Quando a companhia não só aumentou os preços dos importados (trigo, vinho, azeite e bacalhau) como deixou de trazer os africanos, a revolta eclodiu. Em fevereiro de 1684, o grupo de Beckman formou um governo provisório, expulsou os jesuítas, fechou a companhia e escravizou índios em massa.
Em março de 1685, aproveitando-se de brigas internas entre os rebeldes, o governador Gomes Freire de Andrade desferiu o ataque a São Luís. Apesar de refugiar-se no mato, Beckman foi preso e enforcado. Mas a companhia de comércio do Maranhão acabou sendo extinta um ano depois e a própria Cia de Jesus seria expulsa do Brasil. Aos índios restou a escravidão.
Outra rebelião econômica, a chamada revolta de Vila Rica, estourou em 1720. Foi uma antecipação da Inconfidência Mineira, de 1789.
Na noite de 27 de junho de 1720, sete homens, acompanhados por seus escravos armados, saíram às ruas de Vila Rica conclamando o povo a rebelar-se contra as medidas absurdas impostas pela Coroa. A criação das casas de fundição, que facilitariam a cobrança do quinto sobre o ouro, a proibição da circulação do ouro em pó, os desmandos do ouvidor Martinho Vieira e do governador, conde de Assumar, eram motivos mais do que suficientes para a revolta. E ela explodiu, embora desorganizada demais para sobreviver. De início, o conde de Assumar recebeu os rebeldes e até assinou um documento em que se comprometia a cumprir os 18 tópicos propostos pelos revolucionários. Era só uma manobra diversionista: assim que conseguiu reunir tropas fiéis, Assumar prendeu os revoltosos. Apenas um, Felipe dos Santos – foragido da justiça portuguesa por “abandono do lar” e figura menor no levante - , foi condenado e, após um julgamento sumário executado com requintes de crueldade. Não seria uma morte inútil: em fins de 1720, Minas se tornou capitania independente, de São Paulo.


Fonte: História do Brasil (1996), página 82.

Aprovada redução da maioridade penal

A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada de hoje, após polêmica sobre a validade da votação e com as galerias do plenário vazias. Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. A aprovação ocorreu após 323 votos favoráveis, 155 contrários e duas abstenções. Eram necessários ao menos 308 votos a favor para a matéria seguir tramitando.
Pelo texto, os jovens de 16 e 17 anos terão que cumprir a pena em estabelecimento penal separados dos menores de 16 e maiores de 18. Os parlamentares ainda terão que votar a PEC em segundo turno, o que deve ocorrer após o recesso de julho, já que é preciso cumprir o prazo de cinco sessões antes da próxima votação.
A aprovação da proposta ocorre depois de a Casa derrubar, na madrugada de quarta-feira, texto semelhante, que estabelecia a redução para casos de crimes cometidos com violência ou grave ameaça, crimes hediondos (como estupro), homicídios doloso, lesão corporal grave ou lesão corporal seguida de morte, tráfico de drogas e roubo qualificado. A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de votar um texto semelhante gerou bate-boca e questionamentos por parte de deputados contrários ao texto.


Fonte: Correio do Povo, capa da edição de 2 de julho de 2015.

Anglo Saxão

Individuo dos anglo saxões povos germânicos que invadiram a Inglaterra entre os séculos V e VI, e lá se fixaram.

Anglicano – Referente ao, ou que é partidário do anglicismo.
Anglicismo – Palavra ou locução inglesa introduzida noutra língua.

Anglicanismo – A Igreja oficial da Inglaterra desde o século XVI.