domingo, 28 de junho de 2015
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Celular ocupa lugar de banco
Crédito via mobile teve 100 milhões de transações
HERON VIDAL
Comodidade, agilidade, segurança e a redução de tempo e de custos levam a população ao uso cada vez maior smartphone nas transações financeiras. Pesquisa da Federação Brasileira dos Bancos (Frebaban) aponta que 51 milhões – 47% das contas bancárias ativas do Brasil – realizam operações com Internet Banking (desktops e notebooks) e 25 milhões (24%) usam Mobile Banking (smartphone e tablets). No Mobile, pagamentos de contas, transferências, documentos de ordem de crédito (DOCs) e transferências eletrônicas disponíveis (TEDs) tiveram incremento de 180% em 2014 sobre 2013. A contratação de crédito via Mobile cresceu 190% e chegou a 10 milhões de transações no ano passado.
A explosão das vendas de smartphones e tablets, a ampliação do uso da Internet e nas compras e a familiarização dos clientes com as plataformas digitais levaram os bancos a investir no Mobile Banking. Em 2014, as transações financeiras no Banrisul, somente de pessoas físicas, como pagamentos de contas, transferências, recarga de celular e contratação de crédito pessoal, entre outras, somaram R$ 281 milhões, uma alta de 266% ante 2013, informa a superintendente da Unidade de Relacionamento com Cleintes, Francisca Campos Velho.
O valor corresponde a 38% do total de 6,6 milhões de operações feitas em 2014 por celulares e tablets. Os demais 62% foram consultas de slado bancário e verificação de extratos e de faturas de cartões de crédito. “O Mobile Banking é o banco on-line 24 horas em qualquer lugar, evita os deslocamentos e a ida a agências. Outra grande vantagem é que, na média, o custo das tarifas é 50% inferior ao cobrado no terminal bancário”, acrescentou Francisca.
Ferramenta para empresário
O smartphone se tornou ferramenta de gestão. “O profissional liberal ou microempresário pode montar sua galeria de produtos, controlar vendas, entre outras coisas”, explica Adriana Albuquerque, diretora da Parcerias. Os custos do leitor de cartões são inferiores a R$ 300 e as taxas variam de 2,99% a 4,99%, conforme o prazo de pagamento.
Aumento de smartphones
O numero de smartphones no Brasil já superou o de desktops. É a constatação do Mobile Day, promovido no dia 10 de maio no país pelo Google. O significado desse fato é a mudança radical no primeiro acesso ao mundo digital: agora é pelo celular. Em média, uma pessoa faz 150 acessos por dia.
Nessa cena, o smartphone é cobiçado por outro mercado de transações financeiras: o mobile Point of Sale (mPOS), de pontos de venda. Em 2014 essas transações financeiras somaram R$ 7,5 bilhões no Brasil.
É um volume pequeno de negócios se comparado às operações com cartões de crédito no ano passado, de R$ 970 bilhões. O mPOS faz do celular um leitor de cartão de crédito. Aqui no Rio Grande do Sul, a movimentação da Payleven – disputa negócios de mPOS com a iZettle, PagSeguro e outras – cresceu 1.624% em 2014.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 28 de junho de 2015.
Muito mais refugiados
Grande aumento de desabrigados preocupação
Genebra – O impressionante aumento no número de refugiados ao redor do mundo pode levar o planeta a uma crise humanitária sem precedentes, informou o chefe do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), Antonio Guterres. Segundo o relatório divulgado pela agência da ONU, o numero de pessoas desabrigadas em consequência de guerras, conflitos e perseguições passou de 51,2 milhões em 2013 para 59,5 milhões no ano passado. Há dez anos, o número era de 37,5 milhões. “estamos testemunhando o início de uma era na qual a escala dos deslocamentos forçados globais e a resposta necessária para conter o problema são claramente muito maiores do que em qualquer situação já vista”, afirmou Guterres. “Não temos estrutura e recursos para responder a um aumento tão dramático da crise humanitária”, alertou.
Outro relatório, divulgado pela ONG Human Rights Watch (HRW), apontou a violação dos direitos humanos como o principal fator para o aumento do número de imigrantes que recorrem a contrabandistas e tentam cruzar o Mediterrâneo. De acordo com a ONG, nos primeiros cinco meses deste ano, 93 mil imigrantes e requerentes de asilo chegaram à Europa desta forma, e 60% deles vieram de países marcados por conflitos e governos repressores como Síria, Eritreia, Afeganistão e Somália. “Na Síria, há um conflito generalizado, incluindo rebeldes e extremistas do Estado Islâmico. O medo do cruzamento forçado também é sentido pelos imigrantes que vêm da Somália e do Afeganistão e fogem do al-Shabaab e do Talibã”, afirmou a pesquisadora da HRW Judith Sunderland, autora do relatório. “Na Eritreia, a situação é diferente. Não é um país em guerra, mas tem um dos governos mais repressivos da África.”
Em 2014, uma média de 42,5 mil pessoas por dia se tornaram refugiadas, requerentes de asilo ou foram obrigadas a se deslocar em seu país devido a conflitos. Os dois relatórios também apontam para outro fator preocupante nas migrações: de acordo com o Acnur, mais da metade dos refugiados do mundo são crianças, e segundo a HRW, em 2014, mais de 10 mil menores viajaram sozinhos à Itália pelo mar.
Fonte: Correio do Povo, página 7 de 28 de junho de 2015.