sábado, 20 de junho de 2015

Guerra dos Farrapos




Por Me. Cláudio Fernandes

Um dos acontecimentos mais impactantes e importantes do Período Regencial Brasileiro, isto é, o período em que o Brasil foi governado por regentes de Dom Pedro II, que se tornaria rei, foi a chamadaGuerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha. Essa guerar se desenrolou ao longo de dez anos, de 1835 a 1845, e teve como cenário o sul do país, nas regiões que hoje compreendem os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

A origem dos conflitos entre o poder do Estado brasileiro e a elite sulista foi uma medida alfandegária, outorgada pelo governo central, que permitia a entrada em território nacional de produtos de países vizinhos com impostos reduzidos. Esses produtos, entretanto, eram similares aos artigos produzidos pelos pecuaristas do Sul, como o charque (carne de gado seca) e o couro. A elite de pecuaristas gaúchos rebelou-se contra a medida, que, segundo os representantes do governo central, visava à competitividade entre os artigos, já que os paulistas (principais consumidores desse tipo de produto) reclamavam do alto preço cobrado pelos sulistas.

A isso se juntava o fato de que, na ausência de um rei (D. Pedro I havia abdicado do trono em favor de seu filho), as lideranças gaúchas passaram a endossar posições separatistas de caráter republicano. As insatisfações com a política econômica avolumaram-se para insatisfações com o próprio sistema político.

Os conflitos tiveram seu início em 1835, sob a liderança do militar e estancieiro Bento Gonçalves, um dos principais líderes sulistas. Aos líderes da elite juntaram-se os trabalhadores pobres, chamados de “farrapos”. Daí advém a expressão “farroupilha” ou “Guerra dos Farrapos”. É importante destacar o caráter de liderança que Bento Gonçalves possuía entre os sulistas e o modo como fazia para inflamar os cidadãos à luta por meio de manifestos, como ressaltou a pesquisadora Laura de Leão Dornelles:

É importante levar em consideração que Bento fala em nome de todos os riograndenses, mas o fato é que a Província estaria dividida entre os que eram a favor e aqueles que eram contra a governança imperial. Devido a essa situação, provavelmente, redige esses manifestos em tom épico e confere aos homens que pegaram em armas o papel de heróis. Eles estariam lutando para resgatar o “Império da lei”, que pode ser compreendido a partir de duas leituras. Primeiramente, de uma figura retórica veio a ideia de que o Rio Grande se encontraria em uma situação de “caos” e aos revoltosos caberia a instauração de uma situação em que a lei e a ordem voltassem a imperar na Província. [1]

Com Bento Gonçalves, os farrapos conseguiram tomar o Rio Grande do Sul e proclamar a denominada República Rio-Grandense ou República de Piratini. Em 1839, invadiram Santa Catarina e proclamaram a República de Juliana, que se tornou uma confederação com a República Rio-Grandense. A onda de conquistas dos farrapos só terminou com uma incursão das tropas imperiais pelo Sul comandadas por Luís Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, que, por meio de negociações, conseguiu dissuadir a revolta por volta de 1845.

Um dos personagens mais célebres da Guerra dos Farrapos foi o italiano Giuseppe Garibaldi, que foi um dos líderes daUnificação Italiana. Sua presença nas batalhas e seu caso com Anita Garibaldi contribuíram para a construção de uma imagem romanceada da revolução farroupilha.

NOTAS

[1] DORNELLES, Laura de Leão. Guerra Farroupilha: considerações acerca das tensões internas, reivindicações e ganhos reais do decênio revoltoso. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. Vol. 2, n. 4, Dez., 2010. p. 173.

Exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil: 87 denúncias por dia

Por mais estranho que pareça, a exploração sexual de crianças e adolescentes em nosso país não é novidade. As pesquisas e denuncias constatam o absurdo. A cada uma hora e meia duas crianças sofrem abusos sexuais no Brasil. Quem deveria amá-los e protegê-los, segundo o ECA/90 e o artigo 227 da Constituição Federal? "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão." Segundo o ouvidor nacional, a maior parte das denúncias registradas têm os pais e/ou responsáveis da vítima como principais suspeitos.
No dia 18 maio de 1973, uma menina de 8 anos, de Vitória (ES), foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, carbonizado e os seus agressores nunca foram punidos. Com a repercussão do caso, e forte mobilização social nasce o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Apesar dos esforços da Polícia Rodoviária Federal - PRF, em parceria com a OIT, Childhood Brasil, SDH/PR e MPTconcluíram no sexto mapeamento dos pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentesque nosso país não tem muito a comemorar neste 18 de maio de 2015.
Dados entre 2013 e 2014, identificaram um total de 1.969 pontos vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas rodovias federais, 566 considerados pontos críticos; 538, com alto risco; 555, com médio risco; e, 310 avaliados como de baixo risco.
A região sudeste do Brasil tem mais pontos de vulnerabilidade, com 494 áreas mapeadas, Em seguida, o nordeste, com 475 pontos e as regiões sul (448), centro-oeste (392) e norte (160). Minas Gerais, Bahia e Pará lideram na quantidade absoluta de pontos críticos ou de alto risco. Quanto a origem e gênero das crianças e adolescentes em 1121 pontos foram considerados, 428 (38%) indicaram que a vítima era originária de outra localidade, ou seja, poderiam estar em situação de tráfico de pessoas. E, dentre os 448 pontos com registro de crianças e adolescentes em situação de exploração sexual, identificou-se que 69% era do sexo feminino, 22% transgêneros e 9% do sexo masculino.
Comparando os municípios com maior quantidade de pontos críticos e de alto risco com indicadores sociais, demonstrou uma ligação entre os municípios e o IDHM-educação baixo (analfabetismo e evasão escolar), baixa renda e crianças e adolescentes em situação economicamente ativa.
Segundo dados da SDH/PR, em 2014 foram registradas 24.575 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil, 19.165 foram de abuso e 5.410 de exploração sexual infantil.
Compreender que a violência sexual é a situação em que a criança ou o adolescente é usado para o prazer sexual de uma pessoa mais velha. Pode ocorrer de duas formas distintas. Abuso sexual é qualquer forma de contato e interação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, em que o adulto, que possui uma autoridade ou poder, utiliza-se dessa condição para sua própria estimulação sexual, da criança ou adolescente, ou ainda de terceiros, podendo ocorrer com ou sem contato físico.
exploração se caracteriza pela utilização sexual com a intenção de lucro, seja financeiro ou de qualquer outra espécie. São quatro formas em que ocorre: em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual. A melhor maneira de se combater a violência sexual contra crianças e adolescentes é a prevenção.
Apesar de uma queda de 15% entre 2012 e 2013, o Brasil ainda registra uma média de 87 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes por dia. Em 2012 foram registradas 37.726 denúncias em todo o Brasil. Em 2013, foram 31.895. A queda no número de denúncias se deu no Distrito Federal e estados do Nordeste como Pernambuco, Bahia e Ceará. Santa Catarina, Paraíba e São Paulo, registraram aumento no número de registros que chegaram ao disk 100.
O papel das ONGs no Nordeste e governos contribuem para diminuir a incidência desse tipo de crime na região, mas ainda é insignificante!.
"Por mais que nós tenhamos campanhas de conscientização na maior parte dos municípios, ainda vivemos uma situação em que uma grande parte das vítimas não denuncia esse tipo de crime assim como acontece desde os tempos das nossas avós".
Em 2014, o Disque 100, da SDH/PR, registrou 91.342denúncias sobre violação de direitos de crianças e adolescentes, com o relato principalmente de casos de negligência, violência psicológica, física e sexual. São Paulo registrou 16.961, Rio de Janeiro 10.496 e BAHIA 6.910. A maioria das vitimas são do sexo feminino com idade entre 4 e 14 anos.
No estado da Bahia, das denuncias efetuadas, os dados quantitativos e geral abrangendo todo tipo de violação capital e interior até o dia 14/05/2015, entre os dez municípios com maior registro de incidência, registram: 2.083 denúncias em todo estado, sendo Salvador (590), Feira de Santana (167), Ilhéus (64), Itabuna (61), Vitória da Conquista (59), Camaçari (53), Porto Seguro (42), Lauro de Freitas (40), Simões Filho (32) e Teixeira de Freitas (32).

Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva, coordenador do NECA/UESB

LENDAS E MITOS

Uma das mais misteriosas personagens das estórias do povo norte - americano é o lendário Pé - Grande.
O misterioso personagem, do mesmo time do abominável Homem das Neves, é pesquisado e caçado há séculos por crentes indivíduos, que munidos com engenhocas de elevada tecnologia se empenham na sua busca.
Em quase todas as florestas americanas aventureiros, estudiosos e outros curiosos vasculham densas matas na tentativa de ao menos vislumbrar a cabeluda figura.
Eventualmente, entrevistam indivíduos que teriam cruzado com a misteriosa criatura. Existem fotos bastante polemicas que analisadas, infelizmente, não esclarecem o assunto.
Assim, apesar do decorrer de longos períodos, a lenda do Pé - Grande permanece insolúvel.
Muitos acreditam que o lendário personagem exista, e de seu esconderijo por vezes saia para buscar alimentos ou até para esticar o seu vasto corpanzil.
Aqui no Brasil, temos diversos arremedos do Pé - Grande, nada metafórico como o Saci Pererê, nem como a Cuca e outras lendas do folclore nacional, frutos da imaginação popular, contudo encontramos entre aquele personagem e o nossametamorfose ambulante - o imbatível molusco - muitas similaridades.
Ambos, juram os populares, existem.
É impressionante como circulam estórias acintosas envolvendo o ex - presidente com as mais cretinas canalhices, com maracutaias palpáveis, e, no entanto, apesar de sua existência não ser fantasmagórica, ninguém consegue prendê - lo.
No Brasil, assim, como nos EUA, temos o nosso Pé - Grande, figura visível, esporadicamente, contudo, parece algo abstrato, capaz de façanhas incríveis, como mentir escandalosamente, atuar como um majestoso canastrão teatral, prejudicar, afundar, desmoralizar, mas que por sua origem fantasmagórica, nada sofre.
É um camaleão? Um polvo? Conhecidos por sua capacidade de camuflar - se quando necessário?
Volta e meia algumas pessoas alegam ter visto de relance o Pé - Grande, da mesma maneira o seu aparentado o abominável Homem das Neves, por aqui é comum alegarem que o metamorfose é fruto da imaginação popular, é o sonho dos canalhas e patifes, que teriam criado uma figura alheia à justiça e que sempre se daria bem em quaisquer circunstancias.  
Em alguns fugazes instantes, breves notícias incluem o nosso melífluo mito em uma infinidade de patifarias, porém por artes do demônio, a trefega figura escorrega por entre os dedos dos que o acusam, e ele prossegue serelepe o seu destino.
Dizem que na atualidade o ignóbil molusco reúne os seus acólitos para que o planejem como presidente vitalício a partir de 2018.
Como a maioria dos incrédulos nacionais, não acreditamos que a metamorfose seja um ser abstrato, porém que é a imagem concebida por jeitosos brasileiros que na sua torpe ilusão idealizaram uma espécie de marginal sem freios, sem caráter, sem consciência e livre de qualquer sanção.
Para os pessimistas, o molusco é como o Macunaíma, que além de indolente, conduzia os seus atos movidos pelo prazer terreno. “Um herói sem nenhum caráter”. 
Para os céticos, a comparação é demeritória para o Macunaíma, pois o molusco sem sombra de duvida não tem o menor caráter, mas chamá - lo de herói é desmoralizar todos os personagens que pela sua existência de feitos relevantes foram cognominados como HERÓIS.
Brasília, DF, 20 de maio de 2015.
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Sangrenta revolta no Burundi

Bujumbura – Pelo menos 70 pessoas morreram e 500 ficaram feridas desde abril na revolta no Burundi, sobretudo pela repressão das manifestações, anunciou uma organização local de defesa dos direitos humanos. De acordo com a associação, quase 1 mil pessoas permanecem detidas desde o início das manifestações contra a candidatura do presidente Pierre Nkurunziza a um terceiro mandato.

Fonte: Correio do Povo, página 6 de 20 de junho de 2015.

ATÉ QUANDO... ?

Quem é você?
Sambista, carnavalesco, gay, lésbica, preto ou negro, branco, funkeiro, índio, quilombola, favelado, abonado, pobre, rico, ou simplesmente brasileiro?
Foi um dos porcos domesticados? Ou era um javali selvagem?
Foi cercado como na velha estória, e ficou preso numa gaiola recebendo migalhas para não morrer de fome?
Quantas bolsas você recebe? Tem cotas?
 E sem qualquer iniciativa vegeta o resto de sua vida?
Nesta situação, perdeu a sua dignidade, a sua honestidade e a sua coragem?
Talvez você seja o vizinho daquele que teve o seu jardim invadido, ou um idiota que viu arrancarem as flores de um quintal qualquer, porém sempre dos outros?
Para você era sempre na terra dos outros, que os acólitos do desgoverno faziam qualquer coisa?
Na sua não.
Você não reclamava, não lutava, não denunciava, e por isso pensava, estou livre.
Até que um dia você lembrou que no passado você era como um porco selvagem, e se provocado reagia, mas não agora.
Lembrou que viu muitas perseguições aos seus amigos e aos seus conhecidos.
Você calado, como uma pústula, escapava.
Ultimamente, você assistiu ao astronômico avanço das arrecadações do Tesouro Nacional, mas como os demais idiotas, não viu nenhuma melhoria no País.
Infraestrutura capenga, educação deprimente e caótica, saúde sucumbindo e os políticos e juristas com altos salários e muitas mordomias.
Você sentiu que o seu salário cada vez mais acabava antes do fim do mês. Era no dia 20, depois no dia 15, e, atualmente, nem chega no dia 10.
Sim, você não foi porco domesticado ou selvagem, não teve seu quintal invadido, nem suas flores colhidas na marra, mas concluiu que seu bolso era roubado, legalmente, todos os meses.
Lá se foi sua aposentadoria, o FGTS e o seu emprego. Se você é funcionário do PT no desgoverno, basta pagar o dízimo do partido e você está tranquilo. Se não é, acautele - se.
Hoje, esperamos que você medite sobre até quando você irá aguentar o espólio.
Em passado recente, manifestantes sem fim definido saíram às ruas, e você leu que eles estavam indignados com os rumos da Nação. Alguns afirmavam que a guerra estava chegando. Não chegou.
A força guerrilheira do MST está mais forte e mais adestrada. Agora, há até um "exército" do Lula, comandado pelo "general" Pedro Stédile...    
Atualmente, a situação ficou muito pior. É difícil acreditar que afundamos uma barbaridade.
O que era péssimo ficou muito pior, e, certamente, ainda, ficará mais degradante.
Atingimos o fundo do poço. O duro é que, como eles cavoucam o fundo, ele ficará mais profundo e mal cheiroso, e a cada hora mais difícil de um dia sairmos do buracão.
O triste é que você tem ajudado a enfiar a sua pá no fundo do poço, e participa ativamente de nossa miséria.
Somos um zero à esquerda e aplaudimos o BBB, o Lula, o Dirceu, o Foro de São Paulo, o BNDES e tantos quantos canalhas aparecerem.
Infortunadamente, mergulhamos na dúvida, e com tristeza indagamos, até quando... ?
Brasília, DF, 24 de maio de 2015.
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

NÃO VAI ACABAR BEM // Carlos Alberto Sardenberg‏

CARLOS ALBERTO SARDENBERG - O GLOBO - 21/05
Não há só crise política no Brasil, mas o fim de um ciclo, o desmoronar de um modelo que levou ao limite fisiologismo e corrupção
Não é verdade que sempre foi assim, essa roubalheira. Nem que a política brasileira sempre foi essa disputa por interesses pessoais, no máximo partidários.
É clássica a questão sobre a ética na política: é possível ser eficiente e manter os princípios morais? Ou, considerando os ideais políticos: é possível governar sem fazer concessões?
“Nunca abandonamos nossos princípios; nunca mudamos nosso programa; nunca aceitamos alianças espúrias... E nunca governamos”. É mais ou menos o que dizia um quadrinho do argentino Quino — cito de memória — mostrando um ancião discursando para meia dúzia de correligionários numa sala empoeirada.



Humor sempre exagera mas é para, digamos, exagerar uma realidade. Muitas vezes a gente tende a acreditar que a alternativa é essa mesmo: ou o político se mantém fiel ao programa e à ética, e será sempre a honesta oposição, ou faz todo tipo de concessão para alcançar e exercer poder.

Quantas vezes já se disse por aqui que não é possível governar o Brasil sem comprar uns votos?

Mas reparem: ninguém diz isso antes de ser apanhado. Pelo contrário: todos são defensores da ética e da república até o momento em que são flagrados passando o dinheiro.

Ou seja, é uma desculpa de corruptos. E se fosse verdadeira, todos os políticos que viessem a alcançar o poder seriam necessariamente uns bandidos ainda não apanhados. Quase se poderia dizer: um político ladrão é um político normal que foi pego. Que boa parte da população pense assim, é um sinal dos tempos atuais.

Não há apenas uma crise política no Brasil, mas o fim de um ciclo, o desmoronar de um modelo que levou ao limite o fisiologismo e a corrupção. Fisiologismo — essa é uma palavra velha. Pode ser substituída por clientelismo, e se opõe a idealismo.

O político fisiológico não tem jeito: é aquele que busca o poder, por qualquer meio e aliança, para nomear os correligionários e gastar o dinheiro público com sua clientela. E pronto.

Já o idealista se guia por princípios e programas, mas pode ter alguma flexibilidade. Ou como se diz por aqui: é preciso ter jogo de cintura.

Para citar um político do passado, um dos grandes, Franco Montoro, governador paulista. Lá pelas tantas, em sua campanha de 1982, houve uma enxurrada de adesões: estava na cara que ele ia ganhar as eleições de lavada. Muita gente desembarcava de regime militar ou de suas proximidades para aderir ao novo poder.

Nisso, veio um grupo de sindicalistas, logo contestados pela velha guarda de Montoro. “Esses caras são uns pelegos”, reclamavam. E Montoro: bom, se a gente dividir o mundo entre pelegos e não pelegos, eles caem no lado dos pelegos; mas nunca é bem assim.

Os caras entraram e ficaram por ali, pelos cantos do governo.

Ou a recomendação que fazia Tancredo Neves quando, por conveniência política, precisava nomear alguém não propriamente conhecido pela honestidade: “Arranjem para ele um lugar bem longe do dinheiro”.

Claro que há um limite. Excesso de flexibilidade acaba amolecendo as ideias básicas. Mas dá para fazer.

O que aconteceu nos governos do PT foi diferente. O partido tinha programa, seus militantes tinham princípios. Foi largando tudo pelo caminho.

Na primeira eleição de Lula, começou pela campanha, quando o partido passou a buscar as generosas doações de empresas e empresários para pagar os marqueteiros, já mais importantes que os ideólogos. Depois foi o programa. Prometia substituir o neoliberalismo por algo tipo socializante (ainda não se falava em bolivarianismo) mas, no governo, aplicou política econômica tão ortodoxa que quase ganhou uma estátua no FMI. E para se manter no poder, topou as alianças com todo tipo de fisiologismo. Ao final, como mostraram os processos do mensalão e da Lava-Jato, se chegou à compra de apoio com dinheiro de propina.

Um partido queria ocupar o aparelho do Estado para fazer uma determinada política. Outros queriam o governo para atender à clientela. O método resultou ser o mesmo: nomear os companheiros e usar o dinheiro público para fins partidários, de grupos e pessoais. E o método, como sempre acontece nessa história, se sobrepôs a tudo, princípios e programas.

Se no começo se almejava ganhar a eleição para ocupar o governo e aplicar programa, agora se trata de usar o governo (e o dinheiro público) para se manter no poder. Antes era o dinheiro para a causa. Agora é a causa do dinheiro e não apenas para o partido, mas para o bolso dos chefões.

Todo o núcleo de poder, incluindo do poder no Congresso, está envolvido na Lava-jato. A corrupção atingiu níveis tão altos que a gente nem estranha quando delatores prometem devolver dezenas de milhões de reais. A disputa política é pela sobrevivência, pelos cargos, pelo dinheiro.

Qual é? Sempre foi assim — ainda nos dizem.

Mas não, não é normal e não vai acabar sem uma ruptura.

As ligações do PT com às FARC e o Foro de São Paulo

Publicado em 2 de jun de 2014
PT e FARC, uma antiga relação ideológica que encontrou abrigo no governo brasileiro, - uma quadrilha criminosa unida através do Foro de São Paulo. Curta: https://www.facebook.com/CanalDaDireita

A REVOLTA DOS “IDIOTAS” !!!!!


   “Contribuir para a defesa da Democracia e da liberdade, traduzindo um País com projeção de poder e soberano, deve ser o nosso NORTE!                                                                                                                                                                                                            
                                                           Gen  Marco Antonio Felicio da Silva”                           
É impressionante como um sem número das ditas autoridades, instaladas nos diferentes poderes da República, nos mais altos postos, a começar da Presidente da República, tratem como “idiotas” grande parcela da população esclarecida, falando de um País inexistente, manipulando e sonegando informações diante da conhecida e escabrosa situação por que passamos e que envolve, criminalmente, diversas dessas autoridades.
Quais as razões que impedem a investigação criminal de Dilma Roussef e de Lula da Silva? “Mensalão” e “Petrolão” não passam de esquemas armados pelo PT, desviando criminosamente dinheiro público para enriquecimento ilícito e financiamento de campanhas políticas que levaram Lula e Dilma à Presidência. Lula, não é de hoje, antes de 2003, de forma comprovada, já usava dinheiro extorquido ou público, desviado, para tal. Delações premiadas recentes confirmam tais financiamentos criminosos. Como não saberiam eles, Lula e Dilma, de tal corrupção, principais favorecidos e pertencentes à cúpula do Partido, ainda mais que José Dirceu e Delúbio Soares, condenados no Mensalão, e o tesoureiro do PT, hoje, preso, João Vacari, são figuras exponenciais dos esquemas citados ?
Como acreditar num STF aparelhado que mostra juízes, com todo um passado ligado a Lula e ao PT, agindo como advogados de defesa de réus petistas ou tudo fazendo para bllndar o ex-presidente e Dilma. Tribunal que dá guarida a juíz sem saber jurídico ou militante do PT e defensor do MST, que, privilegia a imoralidade, não se sentindo impedido de julgar, apesar dos laços com os acusados de interesses e amizade ou de companheirismo presentes.
Primorosa, no sentido de manipular fatos e negar a gravidade da situação e o envolvimento criminoso de seus companheiros, é a entrevista à “Época” (04/05/2015), de Jaques Wagner (MD), também um dos citados como recebedor de propinas para sua campanha, através de delação premiada de empreiteiros e do corrupto doleiro Youssef, já preso. Segue, ele, a mesma linha do manifesto do PT (30/03/2015), que, apesar dos escancarados fatos de envolvimento criminoso no “Petrolão”, afirma, cretinamente, que o PT está sendo “atacado por suas virtudes”. Assim, nos classifica como “IDIOTAS”, como crédulos de mentiras comprovadas.
 Afirma Wagner que a sua tristeza com as manifestações de ruas, “já que estavam fazendo tudo certo”, esquecendo-se da situação degradante em que se encontra o País, resultante dos governos ineptos e corruptos do PT, é a bandeira levantada, negativa, o pedido de “impeachment” de Dilma, para ele acima de qualquer suspeita. Esquece, entre outros “malfeitos” da Presidente, que o atraso de repasse de recursos para os bancos públicos, escamoteando o déficit público e manobrando para aumentar gastos que facilitariam a sua propaganda eleitoral e consequente eleição, é crime de responsabilidade que leva ao impeachment.
Os “IDIOTAS”, cada vez mais pisados, se voltam para as ruas, até mesmo não só para reivindicar mais intensamente contra as mentiras e descalabros impostos à Nação, por este bando de corruptos, como também, possivelmente, incitados à revolta e desespero crescentes, para fazer justiça pelas próprias mãos face a esse total e imoral desgoverno.
 

POBRE IMPEACHMENT

Hoje, convocados pelo TERNUMA (Terrorismo Nunca Mais), nossa briosa ONG, estivemos à tarde na Esplanada dos Ministérios.
Lá estava o nosso Presidente, portando a nossa faixa de protesto.
Assim, como dezenas de entidades contrárias ao desgoverno petista e aos parlamentares canalhas que inundam o Congresso de uma podridão exemplar e favoráveis ao impeachment da inútil mandatária, lá estava o TERNUMA.
A razão principal das manifestações, com palanques, discursos e copiosa população de apoio, era o impedimento da anta que nos desgoverna, embora, repito, as razões da indignação eram incontáveis, tal o número de patifarias e maracutaias que dominam o nosso cenário político e econômico.
Toda a Esplanada estava literalmente cercada pelo aparato policial. Em todos os cantos tínhamos policiais militares e civis, que vigiavam os manifestantes.
Felizmente, os indignados portavam - se de modo correto, sem qualquer provocação, a não ser eventuais palavrões enunciados pelos oradores, quando se referiam às “brilhantes” autoridades que dominam a nossa vida pública.
O TERNUMA, através de seu Presidente, foi mais uma entre tantas entidades que assinaram o Pedido de Impeachment.
Congratulamos - nos com a nossa ONG, que publicamente externa a insatisfação da população contra o descalabro em que vivemos graças ao petismo e toda a sua estratégia de desmoralizar econômica e moralmente o povo brasileiro.
Quanto ao Impeachment, estamos certos de que não sairá de sua origem; não imaginamos que o Pedido ultrapasse as gavetas da sexta - seção, que é a lata de lixo.
Quando verificamos os passos que o Pedido deverá ultrapassar, praticamente concluímos, que apesar de sua importância e validade, o seu destino será negro.
Infelizmente, ao contrário do que muitos pensam, o petismo através da farta distribuição de bolsas, das dicotomias que criou e alimentou no seio de nossa sociedade, além de muitas medidas eleitoreiras, foi extremamente benéfico para os demais partidos políticos.
mensalão, por manusear verbas, escandalosamente, transformou - se num ônus para o PT, porém, basta verificarmos o festival de distribuição de cargos, a concessão e distribuição de verbas para os parlamentares, para comprovarmos que o PT no exercício do desgoverno foi pródigo em benesses, tanto para a politicagem, como para o judiciário (aumento de mais de 60%).
Todos sabem que a Nação esta endividada em todas as áreas, até na política externa, e as nossas relações internacionais em palpos de aranha com a criação desenfreada de várias embaixadas sem eira nem beira, devemos para a ONU e para a OEA; no entanto, pasmem, a nossa indigesta e intragável gestora, aumentou a verba com que o Tesouro Nacional premia os partidos políticos em 170%.
Foi um aumento imbecil diriam muitos, mas como afirmei antes, o petismo sabe agradar o nosso fedorento cenário político.
Por isso, viva o corajoso Pedido de Impeachment, mas pobre Pedido que será descaradamente derrotado, isto se chegar a qualquer plenário, o que duvidamos.
Pobre Brasil.
Brasília, DF, 27 de maio de 2015.
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

HOMO POLITICUS MERCENARIUS BRASILIENSIS

Aileda de Mattos Oliveira (26/5/2015)
Título grande? Não tanto quanto a incompetência dessa mulher. Pinçado pelo marqueteiro, em alguma página perdida, o “saber seletivo” soou, há tempos, como saído de um berrante na voz da governanta. Faço uso dele.
Busquemos a razão de enraizarem-se por aqui, políticos medíocres e egoístas, sucessivas gerações desses inúteis espécimes que não se movem em favor do país, mas, com muita disposição e empenho, prevaricam e guerreiam entre si pela manutenção do poder.
Entulhos do atraso e da velhacaria serão, aos poucos, removidos pelo trabalho de logística reversa (1), a cargo da parte atuante da sociedade brasileira.
O país sustenta, de longa data, esses debochados que o desmoralizam e se comprazem no viver à larga, sem regras, sem respeito, com leitura apenas das leis que lhes dão im(p)unidades, cambada de ativos comerciantes de seus mandatos, no asqueroso jogo de cargos e funções, dirigido pela presidente e manobrado pelo crupiê (2) ‘oculto’.
Deduzimos que o Brasil é o habitat do homo politicus mercenarius, que por falha na evolução da espécie, afetou a sua formação ética, daí, o olho sempre arregalado no dinheiro público.
Essa característica peculiar deveria atrair ao país renomados nomes das áreas criminal e evolucionista. É fundamental um estudo etiológico para a descoberta da causa que faz do político e governante brasileiros, ladravazes; detestarem o país; traiçoeiramente vendê-lo; e embolsarem lucros fabulosos com o comércio lesa-pátria.
Sim, o Brasil deve ser posto a nu pelo “saber seletivo”, à luz da antropologia criminal de Cesare Lombroso (3), associada à teoria de Charles Darwin (4) sobre a evolução animal.
Segundo Aristóteles, o racional só difere do irracional, por ser capaz de transformar pensamentos em palavras.
Mas o filósofo não conhecia Dilma, a ilógica, o maior exemplo de que nem todos da espécie humana podem transformar, sequer, uma interjeição em algo compreensível, se não estiver diante de uma escritura alinhavada por mãos marqueteiras, mesmo ultrapassadas. As frases de Lula, encharcadas, cambaleantes, sem rumo, são produções desgarradas de um espécime que já surgiu no mundo, etílico.


Darwin jamais imaginaria haver um homo politicus mercenarius brasiliensis para desmentir a sua teoria evolucionista. O cientista acreditava que a cauda se atrofiava e desaparecia, à medida que os animais deixavam de enroscá-la nas árvores para colher os frutos. Os daqui, sempre famintos, apegados desmedidamente à ancestralidade, ainda têm os rabos presos, enrodilhados em alguma árvore da fartura, mormente, a tributária, ou, ainda, na cornucópia de alguma estatal.
Teoria recente é a animalização da política brasileira. As ratazanas, os gatos e os (fri)bois todos blindados, fizeram de Brasília o zoo preferido para a grande comilança.
As fêmeas dessas espécies também vagueiam por lá. Os nomes não precisamos citá-los. Fazem parte da imaginação dos bons brasileiros e estão na boca dos mais atrevidos.
1 Remoção do que não presta; do que foi usado; 2 Aquele que dirige o jogo e recolhe o dinheiro das apostas; 3 Criminalista italiano, século XIX; 4 Naturalista inglês, século XIX.
(Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa)