quinta-feira, 18 de junho de 2015
Lula: "Love is in the air"
Eduardo Cunha vai dar o troco às vaias do partido de Dilma
DILMA DEFENDE MARGINAIS DE 16/17 ANOS
Privatizar a Previdência, seria essa a saída?
TCU cobra explicações sobre irregularidades
A presidente Dilma Rousseff terá de se explicar sobre 13 indícios de irregularidades em suas contas de 2014, segundo acórdão aprovado ontem, por unanimidade, no plenário do Tribunal de Contas da União (TCU). As contas de Dilma não estão em condições de ser apreciadas, em razão da grande quantidade de irregularidades, o que será comunicado ao Congresso. A presidente terá 30 dias para apresentar as explicações sobre “pedaladas” fiscais, ausência de contingenciamento de recursos em um ano eleitoral, omissão de dívidas no balanço, pagamento de despesas, do Minha Casa Minha Vida com adiantamentos do FGTS e mais nove indícios de irregularidades cuja responsabilidade direta foi atribuída a Dilma pelo TCU.
O julgamento do parecer sobre as contas será depois de a presidente apresentar sua defesa, por escrito. O acórdão registra “inobservância do princípio da legalidade, dos pressupostos do planejamento, da transferência e da gestão fiscal responsável” em razão das irregularidades indicadas. “as ações que cabem diretamente a ela são as de contingenciamento e as próprias pedaladas. As contas são dela. Tudo foi prestado por ela. Por isso, a presidente que precisa ser ouvida”, disse o ministro Augusto Nardes, do TCU.
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou que o governo “ganha” com a decisão do TCU de dar um prazo de 30 dias para que a presidente Dilma Rousseff explique as irregularidades levantadas pela área técnica da Corte e pelo Ministério Público sobre as contas do governo no ano de 2014. “Acho que o governo ganha tendo a oportunidade de poder falar”, disse Adams, na saída da sessão do TCU.
Ele ressaltou, porém, que o julgamento não é sobre a figura da presidente, mas sobre a situação do executivo federal. Afirmou que poderá caber à AGU e não necessariamente à Presidência oferecer a resposta pedida pelo TCU. “Quem vai responder vai ser o governo”.
Fonte: Correio do Povo, página 4 de 18 de junho de 2017.
O PT dividiu o Brasil pelo ódio e logo agora clamam por "mais amor"?!
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/06/david-coimbra-o-odio-ao-pt-4772682.html
http://zh.clicrbs.com.br/…/david-coimbra-o-odio-ao-pt-47726…
A Pátria Grande (Ruy Fabiano - O Globo)
A Pátria Grande
http://brasilsoberanoelivre.blogspot.com.br/2015/05/a-patria-grande.html
Não é por outro motivo que o governo reage ferozmente à ideia de abrir a caixa preta do BNDES, que revelará parte dos custos da construção da Pátria Grande
A construção de uma unidade geopolítica latino-americana – ou ao menos sul-americana – não surge com o PT. É ideia antiga, que, há três décadas, inspirou o Mercosul e alterou, para o mal e para o bem, a diplomacia e o comércio continentais.
O fato de ser desejável e necessária, numa época em que as nações se organizam em blocos, para melhor figurar no cenário geopolítico mundial, não a torna menos complexa. A unidade europeia, ideal antigo de séculos, começou a ser implementada após a Segunda Guerra. Passou por diversos estágios e ainda está em curso, cada etapa sendo publicamente discutida.
Não é fácil unir coisas distintas e assimétricas, respeitando-se os espaços de soberania.
O problema da união latino-americana cogitada pelo PT, e pelas organizações da esquerda continental, reunidas no Foro de São Paulo, é tentar impô-la sem debates e sob o tacão ideológico.
A Pátria Grande terá que ser socialista – ou bolivariana - e seu projeto objetiva, com a urgência possível, unificar forças armadas, moeda e territórios. Nada menos.
Para definir sua institucionalização, criou-se a Unasul, cuja última reunião de cúpula, no Equador, em dezembro, aprovou três propostas complicadíssimas: uma Escola Sul-Americana de Defesa – “um centro articulado de altos estudos para formação de civis e militares” -, abertura do espaço aéreo dentro da Unasul, além de passaporte comum, sem distinguir nacionalidades.
São questões que tangenciam a soberania e pressupõem longas e complexas tratativas, acompanhadas de perto pelas sociedades dos países abrangidos. Nada disso, porém, ocorreu: nem na sociedade, nem no Congresso, nem em parte alguma.
Quem assiste os vídeos do PT tratando do assunto – e há vários na internet (deve ser isso que o partido entende como “debate”), constata que se parte de um pressuposto falso: de que a sociedade brasileira está não só ciente desse projeto, mas de pleno acordo – sobretudo quanto a seu teor ideológico.
Num deles, fala-se de “uma América do Sul vermelha”. Em outro, Lula fala da importância de o Brasil investir na infraestrutura de Cuba, sem explicar o porquê. O debate deu-se sempre intramuros, com a militância do partido e do Foro.
Os reflexos dessa manobra são evidentes. Mudou a diplomacia brasileira, trocando parceiros e prioridades. O Brasil é o único país a dispor de duas chancelarias: a oficial, o Itamaraty; e a real, a cargo do chanceler Marco Aurélio Garcia.
As antigas alianças ocidentais foram trocadas por outras, de teor oposto, que em vez de lucro dão prejuízo. Serve-se ao país a política do fato consumado, na base da terapia do susto.
A figura de Simon Bolívar tem peso simbólico nos países hispano-americanos, como libertador do colonizador europeu, mas nenhum no Brasil, que viveu processo de independência diverso.
Impingi-la como elo comum é uma arbitrariedade. Os nossos “pais fundadores” – e os há – são civis. Os mentores de nossa independência não eram militares, que só passaram a ter presença exponencial na política brasileira a partir da República, por eles proclamada. Nosso Bolívar é José Bonifácio.
O problema, portanto, começa na falsificação dos símbolos. A grande figura militar brasileira, o Duque de Caxias, firmou-se menos como guerreiro e mais como pacificador, arquiteto da unidade nacional, ao longo do Segundo Reinado.
Nem ele, no entanto, desfruta mais desse prestígio, tal a eficácia do processo iconoclasta a que foram submetidas as figuras históricas do país de algumas décadas para cá. Sem heróis, não há nação – e por isso as grandes nações sempre cultivaram os seus.
A Pátria Grande não inova nesse ponto: vê em Bolívar um herói comum, ainda que o perfil histórico que esculpiu esteja bem longe da figura real que ele encarnou. O Brasil, e esse é o absurdo maior, mesmo sem ter nada a ver com Bolívar, cumpre o papel de promover e patrocinar esse projeto, sem que sua população saiba de seus objetivos e, sobretudo, do seu custo.
Não é por outro motivo que o governo reage ferozmente à ideia de abrir a caixa preta do BNDES, que revelará parte dos custos da construção da Pátria Grande. Ela também é destinatária de parte do saque à Petrobrás e aos fundos de pensão.
O Foro de São Paulo promove a eleição dos bolivarianos e sustenta a construção (que não é barata) dos alicerces dessa “nação comum”. O dinheiro vem daqui. E Joaquim Levy, antípoda ideológico do pessoal do Foro, foi chamado a administrar o troco que restou ao Tesouro Nacional nessa aventura em pleno curso.
O Globo