quinta-feira, 18 de junho de 2015

Lula: "Love is in the air"

Publicado em 15 de jun de 2015
Durante o 5º Congresso Nacional do PT o ex-presidente Lula não só comemorou demissões de jornalistas como criticou a imprensa livre. O colunista de VEJA Reinaldo Azevedo retruca o caso e também relembra a herança maldita do governo petista. O fruto amargo de hoje foi um plantio que começou na gestão de Lula. Assista ao primeiro bloco do 'Aqui Entre Nós', com Joice Hasselmann e Reinaldo Azevedo.

Especialista explica as mudança nas regras para aposentadoria

Eduardo Cunha vai dar o troco às vaias do partido de Dilma

Publicado em 15 de jun de 2015
Depois de levar vaias petistas, o presidente da Câmara abriu fogo contra o partido de Dilma. E a coisa vai piorar com a proximidade das eleições municipais. O PMDB sabe que para crescer o PT tem que diminuir. Assista ao "No Alvo" completo em VEJA.com:http://goo.gl/U742Q7

DILMA DEFENDE MARGINAIS DE 16/17 ANOS

Publicado em 2 de jun de 2015
Em destaque a mídia anuncia que “Dilma entra em campo contra a redução da maioridade penal”. Nos anos 70 a esquerda recrutava garotos de até 14 anos para a luta armada, ou seja, para a guerrilha os menores sabem o que estão fazendo, já nos dias de hoje, quando estupram, sequestram ou matam não sabem.

Privatizar a Previdência, seria essa a saída?

Publicado em 18 de jun de 2015
Rodrigo Constantino alerta para bomba relógio na previdência e comenta a decisão do TCU de abrir o prazo para Dilma explicar suas 'pedaladas' fiscais. Carlos Graieb, diretor de redação de VEJA.com, também analisa o veto de Dilma Rousseff na mudança do fator previdenciário: "queremos uma presidente chimpanzé". Lauro Jardim, do Radar on-line, fala sobre nova agência da Fiesp e o novo marqueteiro de Paulo Skaf. Acompanhe.

WILLIAM BONNER‏


TCU cobra explicações sobre irregularidades

A presidente Dilma Rousseff terá de se explicar sobre 13 indícios de irregularidades em suas contas de 2014, segundo acórdão aprovado ontem, por unanimidade, no plenário do Tribunal de Contas da União (TCU). As contas de Dilma não estão em condições de ser apreciadas, em razão da grande quantidade de irregularidades, o que será comunicado ao Congresso. A presidente terá 30 dias para apresentar as explicações sobre “pedaladas” fiscais, ausência de contingenciamento de recursos em um ano eleitoral, omissão de dívidas no balanço, pagamento de despesas, do Minha Casa Minha Vida com adiantamentos do FGTS e mais nove indícios de irregularidades cuja responsabilidade direta foi atribuída a Dilma pelo TCU.
     O julgamento do parecer sobre as contas será depois de a presidente apresentar sua defesa, por escrito. O acórdão registra “inobservância do princípio da legalidade, dos pressupostos do planejamento, da transferência e da gestão fiscal responsável” em razão das irregularidades indicadas. “as ações que cabem diretamente a ela são as de contingenciamento e as próprias pedaladas. As contas são dela. Tudo foi prestado por ela. Por isso, a presidente que precisa ser ouvida”, disse o ministro Augusto Nardes, do TCU.
     O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou que o governo “ganha” com a decisão do TCU de dar um prazo de 30 dias para que a presidente Dilma Rousseff explique as irregularidades levantadas pela área técnica da Corte e pelo Ministério Público sobre as contas do governo no ano de 2014. “Acho que o governo ganha tendo a oportunidade de poder falar”, disse Adams, na saída da sessão do TCU.
     Ele ressaltou, porém, que o julgamento não é sobre a figura da presidente, mas sobre a situação do executivo federal. Afirmou que poderá caber à AGU e não necessariamente à Presidência oferecer a resposta pedida pelo TCU. “Quem vai responder vai ser o governo”.


Fonte: Correio do Povo, página 4 de 18 de junho de 2017.

O PT dividiu o Brasil pelo ódio e logo agora clamam por "mais amor"?!‏

A Pátria Grande (Ruy Fabiano - O Globo)‏

A Pátria Grande

Ruy Fabiano - jornalista
http://brasilsoberanoelivre.blogspot.com.br/2015/05/a-patria-grande.html
Não é por outro motivo que o governo reage ferozmente à ideia de abrir a caixa preta do BNDES, que revelará parte dos custos da construção da Pátria Grande 

A construção de uma unidade geopolítica latino-americana – ou ao menos sul-americana – não surge com o PT. É ideia antiga, que, há três décadas, inspirou o Mercosul e alterou, para o mal e para o bem, a diplomacia e o comércio continentais.

O fato de ser desejável e necessária, numa época em que as nações se organizam em blocos, para melhor figurar no cenário geopolítico mundial, não a torna menos complexa. A unidade europeia, ideal antigo de séculos, começou a ser implementada após a Segunda Guerra. Passou por diversos estágios e ainda está em curso, cada etapa sendo publicamente discutida.
Não é fácil unir coisas distintas e assimétricas, respeitando-se os espaços de soberania.
O problema da união latino-americana cogitada pelo PT, e pelas organizações da esquerda continental, reunidas no Foro de São Paulo, é tentar impô-la sem debates e sob o tacão ideológico.

A Pátria Grande terá que ser socialista – ou bolivariana - e seu projeto objetiva, com a urgência possível, unificar forças armadas, moeda e territórios. Nada menos.

Para definir sua institucionalização, criou-se a Unasul, cuja última reunião de cúpula, no Equador, em dezembro, aprovou três propostas complicadíssimas: uma Escola Sul-Americana de Defesa – “um centro articulado de altos estudos para formação de civis e militares” -, abertura do espaço aéreo dentro da Unasul, além de passaporte comum, sem distinguir nacionalidades.
São questões que tangenciam a soberania e pressupõem longas e complexas tratativas, acompanhadas de perto pelas sociedades dos países abrangidos. Nada disso, porém, ocorreu: nem na sociedade, nem no Congresso, nem em parte alguma.
Quem assiste os vídeos do PT tratando do assunto – e há vários na internet (deve ser isso que o partido entende como “debate”), constata que se parte de um pressuposto falso: de que a sociedade brasileira está não só ciente desse projeto, mas de pleno acordo – sobretudo quanto a seu teor ideológico.
Num deles, fala-se de “uma América do Sul vermelha”. Em outro, Lula fala da importância de o Brasil investir na infraestrutura de Cuba, sem explicar o porquê. O debate deu-se sempre intramuros, com a militância do partido e do Foro.
Os reflexos dessa manobra são evidentes. Mudou a diplomacia brasileira, trocando parceiros e prioridades. O Brasil é o único país a dispor de duas chancelarias: a oficial, o Itamaraty; e a real, a cargo do chanceler Marco Aurélio Garcia.
As antigas alianças ocidentais foram trocadas por outras, de teor oposto, que em vez de lucro dão prejuízo. Serve-se ao país a política do fato consumado, na base da terapia do susto.
A figura de Simon Bolívar tem peso simbólico nos países hispano-americanos, como libertador do colonizador europeu, mas nenhum no Brasil, que viveu processo de independência diverso.
Impingi-la como elo comum é uma arbitrariedade. Os nossos “pais fundadores” – e os há – são civis. Os mentores de nossa independência não eram militares, que só passaram a ter presença exponencial na política brasileira a partir da República, por eles proclamada. Nosso Bolívar é José Bonifácio.
O problema, portanto, começa na falsificação dos símbolos. A grande figura militar brasileira, o Duque de Caxias, firmou-se menos como guerreiro e mais como pacificador, arquiteto da unidade nacional, ao longo do Segundo Reinado.
Nem ele, no entanto, desfruta mais desse prestígio, tal a eficácia do processo iconoclasta a que foram submetidas as figuras históricas do país de algumas décadas para cá. Sem heróis, não há nação – e por isso as grandes nações sempre cultivaram os seus.
A Pátria Grande não inova nesse ponto: vê em Bolívar um herói comum, ainda que o perfil histórico que esculpiu esteja bem longe da figura real que ele encarnou. O Brasil, e esse é o absurdo maior, mesmo sem ter nada a ver com Bolívar, cumpre o papel de promover e patrocinar esse projeto, sem que sua população saiba de seus objetivos e, sobretudo, do seu custo.
Não é por outro motivo que o governo reage ferozmente à ideia de abrir a caixa preta do BNDES, que revelará parte dos custos da construção da Pátria Grande. Ela também é destinatária de parte do saque à Petrobrás e aos fundos de pensão.
O Foro de São Paulo promove a eleição dos bolivarianos e sustenta a construção (que não é barata) dos alicerces dessa “nação comum”. O dinheiro vem daqui. E Joaquim Levy, antípoda ideológico do pessoal do Foro, foi chamado a administrar o troco que restou ao Tesouro Nacional nessa aventura em pleno curso. 

O Globo

AS COLUNAS DE CEDRO

Aileda de Mattos Oliveira (03/6/2015)
A sabedoria foi uma dádiva recebida por Salomão, nascido no seio da natureza rude de Israel. Saber divino, acrescido da percepção dos benefícios e das asperezas do ambiente onde vivia, tudo, naquela esfera cultural, iria servir de simbolismo exemplar na sua vida de justo juiz de difíceis causas. A ética estava ali, na natureza, bastava querer vê-la.
Século XXI. Arrogantes juristas, olhos fixos nas vantagens financeiras, autojulgam-se sapientes na jurisprudência e encobrem a iniquidade com as pomposas capas que lhes caem dos ombros, compondo-lhes a pose. Condescendentes com o erro, são julgados pela voz do povo como defensores de interesses poderosos.
Salomão edificou palácios e neles levantou colunas de cedro. A Sala do Trono e a Sala do Julgamento eram forradas da mesma madeira até o teto, onde vigas também de cedro sustentavam-se sobre as colunas. Por que tal preferência, se o ouro reluz e enriquece o ambiente?
Simples. O cedro é o símbolo da incorruptibilidade, e o juiz não pode ser justo, se proferir o seu julgamento com meias verdades para usufruir de totais vantagens. O cedro lembrava a todos, juiz e julgados, que ali se praticava a justiça sem mancha, sem brecha, sem duvidosa interpretação.
Século XXI. O palácio do Supremo Tribunal Federal não tem colunas de cedro, nem vigas nem forro com tão poderosa madeira.
A tecnologia avançada dos botões e do deslizar acelerado dos dedos nos smartfones não pode aceitar a convivência da primária natureza. Em compensação, as interpretações cínicas invalidam prisões, põem em dúvida julgamentos de juiz honesto, mastigam-se as palavras das leis, libertam-se prisioneiros, tudo em nome da ‘velha amizade’.
As colunas de cedro do palácio de Salomão, simbolicamente lembravam a ereta e incorruptível conduta do juiz, afim de que o julgamento se fizesse justo dentro da justeza das leis.
A durabilidade do cedro ao não se deixar corromper nem com a chuva nem com o sol, destaca a rápida corrupção do homem ao simples ‘molhar’ de sua mão.
(Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa)