segunda-feira, 15 de junho de 2015

O que vale é o bom senso, por Jamile Etges

Quando o assunto envolve o plástico e o meio ambiente é muito mais comum lermos os contras do produto, porém sem os fundamentos necessários. É verdade que o material demora a se decompor, pois é muito resistente a radiações do sol, ar e água. Porém precisamos nos conscientizar de que a postura das pessoas, nesse sentido é crucial para a poluição do meio ambiente. Lembre-se: plástico não tem pernas, não tem asas nem nadadeiras.
O que muitos não sabem é que o plástico tem um benefício ambiental muito forte em diversos aspectos na atmosfera. A redução do custo de energia, por exemplo, é um deles. Injetoras e extrusoras de plástico permitem reduzir até 60% do consumo de energia. Além disso, o plástico é um componente indispensável no processo de reciclagem energética: como é derivado do petróleo, o material tem um alto poder calorífico – isso significa que, aos ser queimado na reciclagem energética, libera uma alta qualidade de calor, resultando na produção de energia. Ressalto que 1 kg de plástico é capaz de produzir a mesma quantidade de energia elétrica gerada por 1kg de óleo combustível.
Outra vantagem do plástico é em relação aos aterros sanitários: são as lonas plásticas que impermeabilizam os aterros, evitando a contaminação dos lençóis freáticos. Ainda nesse processo, os líquidos vindos do chorume são captados através de tubulações plásticas e escoados para uma lagoa de tratamento.
A questão é que o problema não está intrínseco ao produto plástico, mas sim ao bom senso da sociedade. O material traz diversas vantagens ao meio ambiente e seria impossível viver sem ele. A conscientização deve partir de cada um de nós a praticar os famosos três Rs: reduzir, reciclar e reutilizar. O que prejudica o meio ambiente não é o plástico, é o seu descarte incorreto. Fica a dica para este Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho): o que vale é o bom senso.

Coordenadora do programa Sustenplást (Sinplast)


Fonte: Correio do Povo, página 2 de 5 de junho de 2015.

O que está por trás das cercas, por Antonio Czamanski

Voltam à tona discussões com pouco sentido e debates sobre falsos dilemas na província. Já que resolvemos todos os problemas de saúde, de transporte, mobilidade, moradia, e segurança, chegou a vez de inovar a partir de uma ideia surrada e leviana: cercar a Redenção, justamente o mais popular dos parques e que leva no nome um grito de liberdade contra a escravidão. Lembrando que o espaço foi tombado em 1997 como patrimônio histórico, cultural e natural da cidade. Enquanto outros povos derrubam muros, tecnologias eliminam fronteiras e o poeta sonha com o pago “sem porteiras ou aramados”, lá vamos nós desperdiçando tempo e plebiscitos com questões menores.
Ao isolar do nosso convívio direto e livre os 40 hectares do parque Farroupilha, não se enfrenta a questão da falta de segurança que está disseminada por todos os cantos da cidade. Dessa forma, apenas cercamos o problema, esperando as próximas gerações sejam capazes de reabri-lo, a fim de dar uma solução mais inteligente e criativa. Enquanto isso, jogamos a toalha, depois de acusar o golpe desferido por nossa própria incompetência em lidar com os medos.
Existem representantes do povo convictos sobre as razões para se investirem grandes recursos em ferro, aço e cimento, quebrando com a estética do local, agredindo o ambiente natural e interrompendo de uma vez por todas uma relação de harmonia entre as pessoas da comunidade e o parque. Os defensores da ideia poderiam afinar os discursos, o que nos ajudaria a responder ao questionamento inicial: o que está por trás das cercas? Há quem fale em reduzir a criminalidade (parques cercados no país continuam registrando problemas maiores que os nossos). Tem gente que alega ser apenas para evitar depredações (se não houver policiamento no interior do parque, o que as grades podem fazer?). Ainda tem quem sai atacando: “Não quer cercar quem deseja traficar lá dentro”.
Caso a ideia seja evitar o tráfico, ótimo: vamos cercar os morros, os becos e as casas nos bairros de luxo, de ondem partem as chamadas tele entregas de drogas a domicílio. Afinal de contas, o que está por trás das cercas e grades da Redenção? No futuro poderão estar apenas pessoas esperando passivamente que o portão se abra, ou que tudo não passe de um grande pesadelo.

Jornalista


Fonte: Correio do Povo, página 2 de 8 de junho de 2015.

O PT e a nuvem de gafanhotos

O PT é como uma nuvem de gafanhotos: por onde passa não fica nada, acabam com tudo. Tudo fica sucateado.

O judiciário brasileiro e a Queda da Bastilha, por Lúcio Machado Borges*

É impressionante a vergonha que é no Brasil os privilégios no qual vivem os servidores do Judiciário. Apesar de vivermos numa república, muitas vezes temos a impressão de que vivemos em uma monarquia. Eles recebem auxílio moradia, auxílio-alimentação, auxílio saúde, auxílio escola, etc. Para os súditos, que somos nós, pobres contribuintes, restam apenas os deveres.
Vivemos em um país onde temos carência de saúdfe, educação, segurança e saneamento básico. A inflação está batendo à porta de todos os brasileiros, as pessoas estão comprando menos alimentos, devido a alta da inflação no país, enquanto os membros do Judiciário, ao que parece, vivem numa “Ilha da Fantasia”. Podem ter certeza: um dia o povo brasileiro irá cansar e acabar com este “abuso consagrado” do judiciário brasileiro.
Por causa de abusos semelhantes a estes é que ocorreu a Queda da Bastilha, oficialmente no dia 15 de julho de 1789. O povo brasileiro já está cansado destas injustiças. Tenho certeza que um dia isso irá acabar. Chega de termos um judiciário incompetente e inerte como este!

*Editor do site RS Notícias


Artigo escrito no dia 10 de junho de 2015.

O ICMS dos combustíveis no RS, por Enio Júlio Pereira Nallem

Artigo publicado na semana passada questionou o desempenho da arrecadação dos combustíveis no RS, bem como o modelo de fiscalização adotado, o qual foi equivocadamente apontado como o responsável pela alegada baixa performance do ICMS no setor. Em primeiro lugar, a participação dos combustíveis no ICMS em 2014 não é de 15,86% mas sim de 17,7%, patamar que se mantém nos últimos anos. Em segundo lugar, a participação gaúcha sempre foi superior `s média nacional, apesar de o nível de tributação no RS ser um dos menores da Federação. Alguns exemplos: a alíquota da gasolina, principal componente do setor, no RJ, é de 31%; na BA, de 30%; no PR e em MG, de 29%; em GO, no CE, no PE e no ES, de 27%.
No RS, como todos sabem, ou deveriam saber, ela é de 25%. Já a mencionada queda na participação relativa dos combustíveis deve ser vista como positiva, não o contrário. Ela ocorreu em todos os estados e deveu-se a vários fatores. Entre eles, a diversificação da base de tributação, com a expansão para diversos produtos do mecanismo da Substituição Tributária a partir de 2008, cuja participação cresceu de 15% para 25% do ICMS do RS. Além disso, a arrecadação dos combustíveis em alguns anos foi “inchada”, por exemplo, com o aumento de alíquotas de 2005 e 2006 ou com o recolhimento extraordinário de R$ 234 milhões, em valor atualizado, em 2003, derivado de uma autuação fiscal. Esse pagamento, aliás, saldou parte do 13º daquele ano. Se não excluirmos esse valor da série, entra-se no paradoxo de transformar a competência do Fisco em recuperar aquele valor em incompetência, ao tornar a base de comparação muto alto no confronto com outros exercícios. Estas colocações são suficientes para repor a verdade em relação a desempenho da arrecadação do setor de combustíveis no RS, assim como o modelo de fiscalização.
O Fisco estadual está na vanguarda do uso da Nota Fiscal Eletrônica, além de liderar o projeto em nível nacional. A figura do “fiscal na rua”, num corpo a corpo intuitivo e individualizado está ultrapassada. Cava vez mais ela vem sendo substituída por inteligência e planejamento da ação fiscal, com base em tecnologia e cruzamento massivo de informações, em consonância com as melhores práticas internacionais. Num horizonte próximo, em vez de o contribuinte declarar suas operações, o Fisco informará o quantum a recolher. É de um novo paradigma que estamos falando.

Diretor da Afisvec


Fonte: Correio do Povo, página 2 de 4 de junho de 2015.

A Idade e Ouro da China: os Song do Norte e do Sul

O desabrochar só crescimento material na China

Os três séculos em que os Song dominaram a China atestam uma curiosa anomalia. Essa época foi, por uma lado, extremamente criativa, e a China avançou então mais do que o resto do mundo em termos de invenções tecnológicas, produção material, filosofia política, governo e cultura de elite.
Livros impressos, pinturas, o sistema de exames para o serviço civil são exemplos de preeminência da China. Por outro lado, foi justamente durante esse período da expansão chinesa que invasores tribais, oriundos da Ásia Interior, começaram gradualmente a assumir o controle administrativo e militar do Estado e do povo chinês. Estariam as realizações culturais da China na época dos Song relacionadas à dominação não-chinesa? Essa é um questão central, embora complexa.
Em 960, o comandante da guarda do palácio da última das Cinco Dinastias do Nore da China foi aclamado por suas tropas com o novo imperador. Assim levado ao poder, Zhao Kuangyin fundou a dinastia Song. Ele e seu sucessor, prudentes e hábeis, aposentaram os generais, substituíram os governadores militares por funcionários civis, concentraram as tropas de elite no exército palaciano, construíram uma burocracia composta de diplomados por meio de exames e centralizaram a receita. O controle dos militares e o estabelecimento de um novo poder civil foi exemplarmente realizado. O século e meio durante o qual os Song do Norte ocuparam o poder (960-1126) foi um dos períodos mais criativo da China, de certo modo semelhante à Renascença, que começaria na Europa dois séculos mais tarde.
A avaliação do lugar estratégico ocupado pelo Song na história da China requer a adoção de diferentes abordagens. A primeira seria sob o plano do crescimento material demográfico, urbano e referente à produção, à tecnologia e ao comércio interno e externo.
A população da China atingiu cerca de sessenta milhões de habitantes em meados do período Han (por volta de 2 d.C.). Depois de conhecer um provável declínio na era da desunião, ela aparece ter chegado de novo entre cinquenta e sessenta milhões de habitantes no ápice da dinastia Tang, no início dos anos 700. Ela voltou a crescer para cerca de cem milhões no início da dinastia Song, permanecendo estável por volta de 120 milhões até o fim do século XII: podemos dizer que 45 milhões se concentravam ao norte do rio Huai e 75 milhões ao longo do Yangzi e em direção ao sul.
O crescimento da população acarretou um desenvolvimento da vida urbana que na capital se tornou espetacular Kaifeng, centro político e administrativo dos Song do Norte, mantinha uma grande concentração de funcionários e de pessoal de serviço, tropas e parasitas atraídos pela corte. Essa cidade tinha apenas quatro quintos da superfície da capital Tang, Chang'an, mas era três vezes maior do a Roma antiga. Em 1021, sua população intramuros era de cerca de um milhão. Em 1100, os registros totalizaram 1,05 milhão de pessoas e, se adicionarmos o exército, cerca de 1,4 milhão.
Tal concentração urbana só podia ser alimentada na medida em que Kaifeng se encontrava próxima à junção do primeiro Grande Canal com o rio Amarelo, que comandava o transporte fluvial por barcaças desde o celeiro de grãos do baixo Yangzi.
O comércio interno e inter-regional chinês era facilitado por transportes baratos através do Grande Canal, do Yangzi, seus afluentes e lagos e de outros rio e sistemas de canais. Essas vias aquáticas estendiam-se por cerca de 48 mil quilômetros, criando a mais populosa área de comércio do mundo. O comércio exterior sempre foi uma derivação desse grande comércio interno da China.
A indústria cresceu em Kaifeng, em primeiro lugar para atender às necessidades do governo. Por exemplo, o Norte da China tinha então extensos depósitos de carvão e ferro, que podiam ser transportados a baixo custo por via aquática para a capital. A exaustão dos recursos florestais por volta de 1.000 d.C. Obrigou as fundições de ferro a usarem carvão mineral em vez de carvão vegetal nos altos fornos de coque. Além disso, o ferro fundido assim produzido permitiu que os trabalhadores do ferro da dinastia Song desenvolvessem uma técnica de eliminação do carbono para a produção do aço. Por volta de 1078, o Norte da China estava produzindo anualmente mais de 114 mil toneladas de ferro-gusa (setecentos anos mais tarde, a Inglaterra produzia apenas a metade dessa quantidade).
Essa atividade forneceu cotas de malhas e armas feitas de aço à indústria da guerra. Antes disso, usava-se uma proto artilharia sob a forma de catapultas para as guerras de sítio, e a pólvora foi originalmente empregada em lanças incendiárias, granadas e bombardas. Se os cercos primitivos conseguiam manter-se, era porque os estoques de suprimentos de uma cidade sitiada lhes permitia, com frequência, resistir a seus sitiadores, obrigados a pilhar campos estéreis. AS novas armas dos Song podiam agora demolir muralhas e portões, explodir minas de pólvora e provocar incêndios no interior das muralhas.
Infelizmente para a dinastia dos Song do Norte, essa tecnologia de guerra foi rapidamente adotada pelos invasores Ruzhen, que estabeleceram sua dinastia Jin no Norte da China, depois de capturar Kaifeng, em 1126. Uma nova capital Song foi então criada no Sul, em Hangzhou.
Em seu apogeu, no início de 1200, a grande capital dos Song do Sul estendeu-se por mais de 32 quilômetros, ao longo do estuário do rio Quantang. Ela ia desde os subúrbios do Sul, com mais de quatrocentos mil habitantes, passando pela cidade imperial murada, com meio milhão de habitantes, até os subúrbios do Norte, com cerca de duzentas mil pessoas. Como notou Marco Polo, Hangzhou possuía algumas características similares às de Veneza. Água corrente oriunda do grande lago do oeste fluía pela cidade, por uma vintena ou mais de canais que também serviam para carregar os dejetos em direção ao leste, para as marés do estuário do rio.
No interior de suas muralhas, a cidade tinha cerca de dezoito quilômetros quadrados, cortados ao meio pela larga Via Imperial, que corria do sul ao norte. Antes da conquista mongol, em 1279, Hangzhou possuía uma população de mais de um milhão de habitantes (algumas estimativas chegam a dois milhões e meio), o que a tornava a maior cidade do mundo. A Veneza de Marco Polo teria talvez cinquenta mil habitantes: é fácil entender por que a vida urbana da China fascinou tanto.
Durante a dinastia Song do Sul, o comércio exterior fornecia a maior parte da receita do governo – única vez em que isto ocorreu antes do século XIX. A demanda de artigos de luxo em Hangzhou, especialmente de especiarias importadas pela Rota das Especiarias – que ia da Índia Ocidental até a China e que se estendia até a Europa – está na base da rápida expansão do comércio exterior na época Song. A demanda era tão elevada que as famosas exportações chinesas de sedas e porcelanas, assim como de moedas de cobre, não eram assim como de moedas de cobre, não eram suficientes para contrabalançá-las. A diáspora islâmica – que chegou a Espanha e influenciou profundamente a Europa – provocou também, na época dos Song, uma grande expansão do Comércio marítimo nos portos chineses de Gunazhou (Cantão), Quanzhou (Zayton), Xiamen (Anoy), Fuzhou e Hangzhou. Embarcações chinesas desciam pela costa da Ásia Oriental até as Índias e, dobrando a Índia chegavam até mesmo à África Oriental, mas o comércio exterior dos Song do Sul encontrava-se ainda fortemente concentrado nas mãos dos árabes. Os impostos que recaíam sobre eles permitiam que os Song do Sul se apoiassem mais no sal e nas taxas comerciais do que no tradicional esteio da vida imperial, ou seja, os impostos sobre a terra. Um dos efeitos desse aumento do comércio foi ter revivido o uso do papel-moeda, inaugurado pelos Tang, que começou com notas de pagamento do governo para a transferência de fundos, notas promissórias e outros papéis de poder de negociação limitado, chegando até a emissão, pelo governo, de papel-moeda em todo o território nacional. Tal como o carvão, o papel-moeda também fascinou Marco Polo.
A tecnologia náutica chinesa era a melhor do mundo nesse período. Os grandes navios compartimentados da China (com até quatro converses, quatro ou seis mastros e doze velas), dirigidos por um leme de popa e pelo uso de mapas e da bússola, podiam embarcar até quinhentos homens. Essa tecnologia era bem mais avançado do que a que estava em vigor na Ásia Ocidental e na Europa, onde as galeras mediterrâneas ainda utilizavam força muscular e um ineficiente sistema de população a remo.
Essas facetas são penas alguns exemplos das realizações dos Song. Qualquer expansionista dotado de uma mente moderna, ao voltar o olhar para todo esse crescimento e criatividade, pode imaginar como a China dos Song, poderia ter dominado o mundo marítimo e alterado o curso da história, invadindo e colonizado a Europa a partir da Ásia. Aparentemente, a única coisa que faltava era motivação e incentivo. É evidente que isso é apenas uma fantasia pouco convencional, mas ela permite que nos perguntemos sobre o que impediu um maior desenvolvimento da “revolução econômica medieval” da China, nas palavras de Mark Elvin (1973). É fácil apontar os invasores bárbaros e culpar a conquista mongol por ter bombardeado o navio do Estado Song em sua rota tão promissora em direção aos tempos modernos. Essa interpretação apresenta a fascinação própria a toda teoria centrada em uma causa única, porém, como veremos a seguir, elas foram muitas.
As seções seguintes mostrarão como o sistema de exames tornou-se uma fonte importante de fornecimento de burocratas para o serviço civil: como a menor possibilidade de obter um cargo no serviço civil encorajou a classe dos eruditos (shi) a retornar ao seu envolvimento nos assuntos locais como líderes da aristocracia rural; e como a filosofia neoconfunciana ajudou essa mudança de foco.


Fonte: China – Uma Nova História, páginas 95 a 100.

Nova seleção no ensino público

A abertura das inscrições para 55.576 vagas em 72 instituições públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) a partir desta segunda constitui uma nova oportunidade para os estudantes que desejam ingressar em uma faculdade sem ter o ônus de pagar mensalidades. São pré-requisitos para concorrer que o candidato tenha realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 e não tenha zerado a redação. As inscrições se estendem até a quarta-feira, dia 10.
O Sisu é um mecanismo da seleção que racionaliza o preenchimento das vagas, pois o candidato pode escolher a qual universidade quer concorrer. Na hora da inscrição deve indicar duas opções de curso e local de preferência e se vai disputar vagas das cotas.
Como essas inscrições serão realizadas em apenas três dias, espera-se que o governo federal esteja preparado para atender às demandas dos estudantes. Por ocasião do preenchimento de vagas para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o que se viu é que um grande contingente de estudantes teve dificuldades para acessar o portal do MEC, que estava frequentemente fora do ar. O resultado é que milhares de estudantes tiveram dificuldades para renovar os contratos e outros milhares não lograram realizar a primeira matrícula.
O Brasil tem que melhorar indicadores educacionais, como mostram várias edições do ranking da Organização das Nações Unidas (ONU). Seria bom começo garantir procedimentos eficientes no acesso dos alunos às vagas existentes.


Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 8 de junho de 2015, página 2.

No Caminho, com Maiakovski


Este é um trecho do poema “No Caminho, com Maiakovski”. Escrito na década de 1960 por Eduardo Alves da Costa, nos dia: “Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada”. 

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Mitos e verdades sobre a saúde digestiva



  • A azia ou queimação é um sintoma, não uma doença indica desde um mal-estar passageiro até problemas mais sérios, como úlceras e tumores. Se ocorrer repetidamente, deve ser avaliada por um gastroenterologista.
  • Definitivamente, o tipo de comida não é a causa dos males gástricos. O problema é a forma de comer. Para evitar azia, má digestão e outros transtornos, alimente-se sem pressa e com moderação quatro a cinco vezes por dia. Servindo de grandes quantidades em uma refeição pode gerar sintomas da doença do refluxo.
  • A gordura não é sempre s grande vilã. Sua digestão é mais difícil e lenta, mas nem por isso cria gastrites ou úlceras. Quando o sistema digestivo funciona direitinho, come-se de churrasco a feijoada sem apresentar alterações.
  • Para pessoas com algumas irrigação estomacal, bebidas gasosas ou com cafeína (chá-mate, refrigerantes do tipo cola e café) podem agravar o quadro. Cigarro e chocolate incluem-se na mesma categoria. Prefira produtos descafeinados.
  • O uso prolongado de antiácidos mascara e deixa as doenças avançarem sem tratamento. Em geral, o efeito desses remédios dura entre 40 minutos e duas horas. Depois disso, o sintoma pode desaparecer ou voltar pior. Depende da causa.
  • Anti-inflamatórios e produtos contendo ácido acetilsalicílico tem capacidade de irritar aparelhos digestivos mais vulneráveis. Estudos indicam que até os anti-inflamatórios de última geração causam reações no estômago.
  • O estômago é um dos órgãos mais afetados pelo stress. Isso acontece por um mecanismo complexo que facilita a liberação de substâncias agressivas à mucosa.
  • Sintomas de gastrite e úlceras às vezes são confundidos com sinais de infarto ou vice-versa. A confusão é um dos fenômenos importantes no atraso dos primeiros cuidados com o infarto. Na presença de sinais, portanto, a conduta correta é correr até o pronto-socorro.
  • O uso de espinheira-santa e boldo no tratamento de males digestivos não é consenso entre os especialistas. Mas alguns médicos fazem uso combinado de remédios com essas plantas para acalmar o estômago e diminuir gases.
  • Tomar leite desnatado ou integral para amenizar a queimação dá certo, mas apenas 40 minutos. O leite neutraliza a acidez estomacal. Se a causa for excesso de ácido, porém, o estômago volta a produzi-lo como antes.

O aparelho digestivo é um longo tubo conetado a diversos órgãos. Começa na cavidade oral, passa pelo esôfago, intestino e vai até o ânus. Na junção entre o esôfago e o estômago, há uma válvula que se abre para permitir a passagem do alimento (esfíncter)


Fonte: gastroenterologista Arnaldo José Ganc (Hospital Albert Einstein)