segunda-feira, 15 de junho de 2015

Grécia caminha para o calote

Atenas – O governo grego surpreendeu credores e deu novo passo rumo a um possível calote ao informar que a dívida de 300 milhões de euros (cerca de R$ 1 bilhão) com o Fundo Monetário Internacional (FMI), vencendo hoje, será paga somente no fim do mês. O valor é parte de um primeiro pagamento de um total de 1,6 bilhão de euros, aproximadamente R$ 5,5 bilhões.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, rejeitou ontem cortes de pensões e um aumento do imposto sobre a eletricidade, exigências que, segundo ele, estariam entre as condições de credores europeus e do FMI para liberar 7,2 bilhões de euros em empréstimos congelados. Um calote poderia afetar negativamente os mercados da zona do euro mundial.


Fonte: Correio do Povo, página 6 de 5 de junho de 2015.

Governo, demagogos e ostracismo, por Sebastião Melo

Os gregos, que inventaram a democracia, também desenvolveram mecanismos para protegê-la dos tiranos e demagogos. Por prevenção aos primeiros, instituíram o “ostracismo”.
Todo ano, a Assembleia – Ecclesia – se reunia e recebia a tarefa de elaborar uma lista com os nomes daqueles que poderiam vir a ameaçar a democracia com a sombra da tirania. Passados dois meses cada cidadão apresentava sua lista e quem recebesse mais de 6 mil votos – gravados numa ostra – era afastado da pólis por dez longos anos.
Contra os demagogos, os atenienses foram outra vez engenhosos. Calejados contra decisões desastrosas, arrancadas da Ecclesia na base da eloquência e das promessas que muitas vezes violavam as leis em nome do poder soberano do ovo, decidiram que eram responsáveis pelas decisões não só os demagogos, mas igualmente aqueles que os seguiam através dos votos, que passaram a ser colhidos de casa em casa.
Com essas providências, imaginaram os atenienses, a democracia passaria a ser o regime da “moderação”.
Passados tantos séculos, a cidadania brasileira como de resto de todo o mundo, sai às ruas, debate nas “Ecclesias” e nos Legislativos, nos cafés e nos bares, nos encontros de amigos e em reuniões de família, quais os instrumentos para recuperar o sentido original e singelo da política, que é associar as pessoas em torno de ações que melhores a vida nas comunidades. E nesse diálogo que se faz “juntos”, fazer da verdade e da responsabilidade pelos atos dos políticos as referências para o juízo coletivo.
Tomemos a realidade dos estados e municípios brasileiros. Diante da histórica centralização dos recursos no poder central, do aprofundamento dos problemas e desafios no campo e na cidade – especialmente em segurança, saúde e educação – , muitos candidatos continuam prometendo o que não poderão entregar quando governantes. Entre estes, alguns premidos pelas pressões que exigem o cumprimento das promessas, levam à falência as contas públicas e transferem a seus sucessores a responsabilidade pelos seus atos. Vejam como os atenienses eram sábios.
No caso do RS, o governador José Ivo Sartori fez uma opção clara, na campanha e no governo, pela moderação, traçando uma fronteira clara entre a sua responsabilidade como governante e a irresponsabilidade dos demagogos. Na situação em que as contas públicas do Estado se encontram tem, de fato, duas opções de curto prazo: ou busca o aplauso prometendo o que não pode entregar ou diz a verdade e toma as medidas amargas que podem, no médio e longo prazo, recolocar o RS no caminho do desenvolvimento sustentável.
Na primeira opção, os atenienses reservariam o ostracismo. Na segunda, o Panteão.

Vice-prefeito de Porto Alegre


Fonte: Correio do Povo, página 2 de 6 de junho de 2015.

Governo vai ampliar vistos para haitianos


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ontem que o governo brasileiro vai ampliar a concessão de vistos em Porto Príncipe, no Haiti, para que mais imigrantes do país centro-americano possam entrar no Brasil de forma legal. Com a medida, o governo quer evitar que mais haitianos sejam vítimas de grupos que facilitam a imigração clandestina, os chamados coiotes. “Queremos combater as organizações criminosas, mas permitir que aqueles que vêm ao Brasil venham de maneira legal. Para isso, vamos ampliar a expedição de vistos em Porto Príncipe e discutir medidas policiais e de controle migratório legalizado entre esses países”, disse o ministro em Quito, após reuniões com autoridades dos governos da Bolívia, Peru e Equador para discutir a situação dos imigrantes ilegais haitianos.
De acordo com o ministro, a necessidade de combater os grupos que atuam na exploração dos haitianos para migração ilegal foi considerada unânime pelos quatro países. O próximo passo serão reuniões técnicas para debater medidas policiais e de controle migratório.
Desde o dia 19 de maio, 15 haitianos, dez senegaleses e um nigeriano chegaram a Porto Alegre, após o governo do Acre ter anunciado que viriam 300 imigrantes para o Sul do país. Segundo o secretário municipal dos Direitos Humanos, Luciano Marcantonio, mais de 4 mil imigrantes já foram acolhidos na Capital desde 2010. “Estamos preparados para recebê-los e encaminhá-los para as cidades que eles querem ir. Mas o SindPoa e o Sinduscon estão em condições de receber mais mão de obra estrangeira”, garantiu.


Fonte: Correio do Povo, página 14 de j5 de junho de 2015.

Globo perde início do jogo do Brasil no 2º tempo em Porto Alegre, por Lúcio Machado Borges*

No dia 10 de junho, a Globo perdeu o início do segundo tempo da partida entre Brasil X Honduras porque estava passando o comercial da novela “Cidades Secretas”. A partida só entrou no ar a partir dos 24 segundos do segundo tempo.


*Editor do site RS Notícias


Artigo escrito no dia 11 de junho de 2015.

Futuro do Planeta: Ações individuais que fazem a diferença

Os recursos ambientais estão chegando ao limite. Entre os problemas mais graves estão a poluição e o desperdício da água. Os efeitos são sentidos em alguns estados. O caso mais emblemático foi o de São Paulo, que enfrenta crise no abastecimento. Porém, o Rio Grande do Sul já passou por problemas parecidos no Vale do Sinos e na Campanha. No Dia do Meio Ambiente, especialistas debatem soluções, e elas não dependem só do poder público. Se cada um fizer a sua parte, é possível minimizar os danos.
É necessária a colaboração para diminuir os prejuízos causados pelos resíduos, que se acumulam em aterros, rios, arroios e ruas das grandes cidades. Cada habitante no Brasil produz, em média, mais de 1kg de lixo por dia. Do total recolhido, 58% vão para aterros sanitários e só 13% são reciclados.
Em Gravataí, a Escola Estadual de Ensino Médio Padre Nunes está desenvolvendo um projeto piloto que pode ser desenvolvido com baixo custo e por qualquer pessoa, ou pequena empresa. Para economizar e reaproveitar água, gerar energia limpa e utilizar o que seria jogado fora, professores e estudantes incorporaram à rotina práticas sustentáveis. A educadora ambiental do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IMA) da PUCRS, Letícia Paranhos, explica que a ideia é adaptar as soluções à realidade da comunidade, de maneira fácil e criativa.
O programa surgiu em 2011 com o apoio do IMA e do Comitê de Gestão Ambiental da PUCRS. Na escola em Gravataí, os alunos ajudaram a construir uma cisterna para armazenar 25 mil litros de água da chuva e utilizar na limpeza e para regar as plantas. Hortas ecológicas foram feitas no colégio, assim como utilização de lixo e placas de energia solar, produzidas com caixas de leite e garrafas PET. A estudante Luana Claudino, 15 anos, participa das atividades. “A gente aprende e pode fazer o mesmo em casa.”

Ecologia aliada à produção

Entre as empresas com práticas sustentáveis e ações para contribuir com a preservação do meio ambiente, está a Celulose Riograndense. A nova planta em Guaíba foi projetada com o objetivo de equilibrar a produção com os cuidados com a natureza.
“Uma companhia como a nossa tem que pensar sempre nas práticas sustentáveis de maneira globalizada. Hoje colocamos celulose no mundo, e o mercado consumidor procura cada vez mais produtos a partir desse aspecto”, declara o diretor-presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes.
Conforme ele, as práticas mundiais de referência no setor foram usadas na empresa. “Temos o melhor em sistema de tratamento de emissões de gases, líquidos e resíduos sólidos”, exemplifica. Do lixo produzido, 99,7% são reciclados.
“Há uma estação de tratamento a cerca de 10 quilômetros da empresa. Os materiais passam a ter uma utilidade e um valor. Geram-se empregos, ao mesmo tempo em que se acomoda a questão ambiental”, explica.
A Celulose Riograndense passou a fazer carbonato de cálcio ao deixar de emitir monóxido de carbono, que contribuiria para efeito estufa. Já do ponto de vista florestal, são preservados quase 150 mil hectares no Estado. “É a empresa privada que tem mais área de preservação do Rio Grande do Sul. Essas áreas estão em torno de nascentes e em várias partes”, ressalta Lídio Nunes.
Em 2010, foi instituída a Reserva Particular do Patrimônio Natural Barba Negra. A Celulose tem compromisso de gerir a área de 2,4 mil hectares de mata nativa dentro de sua propriedade, em Barra do Ribeiro. “Associado a isso, temos programas de educação e para retirar materiais dos rios. Fazemos ainda recuperação de áras de preservação”, complementa.
É possível compatibilizar o econômico, o social e o ambiental de forma conjunta. “Temos que achar os pontos de equilíbrio”, observa Lídio Nunes.


Futuros administradores com visão ampla

Estudos nas linhas de sustentabilidade e de educação vêm deslocando o foco econômico do ramo da Administração de Empresas. As pesquisas estão mostrando uma visão mais ampla das organizações em relação ao meio ambiente, segundo o coordenador do Grupo de Pesquisa de Sustentabilidade e Inovação da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande Sul (Ufrgs), Luis Felipe Nascimento.
Uma das questões avaliadas é a formação dos professores dessa área, como uma forma de multiplicar a visão de gestão sustentável em organizações. “A Administração é o curso com maior número de alunos, e esse é um tema pouco explorado. São esses estudantes que farão a gestão das empresas e dos órgãos públicos.” Para ele, os alunos que tiverem informações sobre sustentabilidade em sala de aula poderão reproduzir as práticas futuramente em suas profissões, dentro de empresas, por exemplo.
O professor acredita que os ensinamentos podem contribuir com a criação de empresas mais conectadas com as demandas ambientais. “Não precisa criar uma empresa só pensando em vender. A sustentabilidade é um conceito de equilíbrio econômico, social e ambiental”, diz. As práticas sempre compensam, e isso não ocorre necessariamente a longo prazo. É possível obter retorno em pouco tempo.
“Na parte de produção, por exemplo, custa barato”, afirma Nascimento. As empresas que produzem menos lixo estão aproveitando mais a matéria-prima e isso é o sinônimo de eficiência e redução dos custos. “A motivação para as práticas é muitas vezes econômica, não ambiental.”
O professor salienta que existe preconceito com relação à sustentabilidade. “São poucas as organizações pró-ativas que fazem além do que a legislação estabelece”, afirma, relacionando isso com a ideia errada de que trabalhar poluindo menos e gerando menos resíduos custa caro. A maior motivação para as empresas mudarem é a exigência do mercado. Por isso, é importante que consumidores priorizem a compra de produtos fabricados com economia de recursos naturais.


Fonte: Correio do Povo, páginas 11 e 12 de 5 de junho de 2015.

Foco nas exportações

A informação de que o Brasil vai estreitar os laços comerciais com os Estados Unidos por meio da redução das barreiras não tarifárias é importantíssima por prospectar um cenário de negócios apto a gerar divisas para o país. Uma das formas de se retomar o caminho do crescimento passa exatamente pela abertura de novos mercados e pela expressão do luxo de exportações já existente.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, o país tem condições de ampliar esse canal de remessa de manufaturados para o mercado norte-americano num curto prazo. Estão em tratativas vendas na indústria da cerâmica, bem como no setor têxtil e na indústria de máquinas e equipamentos.
Para o dirigente ministerial, o contingenciamento sofrido por sua Pasta poderá ser amenizado, com a manutenção, por exemplo, do Programa de Financiamento à Exportação (Proex). Ele também requer que o orçamento do órgão que dirige seja aumentado por gerenciar um setor estratégico da economia.
O Brasil, nos últimos anos, tem enfrentado uma concorrência acirrada no comércio internacional. Sua deficiente logística interna, que envolve produção, armazenagem e escoamento, dificulta sua competitividade no preço final dos produtos. Diante disso, a decisão de intensificar o comércio com um dos grandes parceiros comerciais é bem-vinda e pode significar maior aporte de recursos circulando em nossa cadeia econômica e melhorando os níveis de produtividade.


Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 10 de junho de 2015, página 2.

Fiergs apura 3,7% de recuo

 O Índice de Desempenho Industrial do Rio Grande do Sul (IDI – RS) caiu 3,7% de março para abril, com ajuste sazonal. O indicador com o pior resultado foi o faturamento das empresas: -11%. Se comparada a abril de 2014, a queda da atividade industrial foi ainda maior: 7,5%. “A redução da demanda doméstica e o aumento nos custos de produção provocados pelo forte ajuste na economia brasileira ampliaram as dificuldades do setor produtivo”, disse o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.


Fonte: Correio do Povo, página 7 de 10 de junho de 2015.

Eu também acho que os maconheiros da Redenção também devem chamar o Batman, por Lúcio Machado Borges*

A imprensa gaúcha adorou fazer uma polêmica com o comandante da Brigada Militar, mas o que ele disse é exatamente o que eu penso. Gente que participa deste tipo de evento, o que eles menos querem é a polícia por perto. É como a Marcha da Maconha. Esta gente quer fumar maconha e fazer sexo ao ar livre sem a presença da polícia. O tenente-coronel Francisco Vieira tem razão ao dizer que gente do bem naquele horário estava em casa e não na Serenata Iluminada, promovido por maconheiros e esquerdistas, que como eu repito querem apenas consumir drogas e fazer sexo ao ar livre. É interessante que este tipo de “gente” hostiliza a polícia, mas quando sofrem algum tipo de violência, eles, a primeira coisa que fazem é chamar pela polícia.
São uma corja de drogados e vagabundos que não merecem o respeito e nem a consideração das pessoas de bem que vivem neste país.



*Editor do site RS Notícias


Artigo escrito no dia 9 de junho de 2015.

Estado Islâmico comemora conquista

Mosul – O grupo Estado Islâmico (EI) divulgou ontem um documentário comemorativo do primeiro aniversário da conquista de Mosul, no qual o grupo radical diz ter ficado surpreso com a facilidade da tomada da segunda maior cidade do Iraque. O vídeo cita este momento como sendo o fundador do “califado”, proclamado no fim de junho de 2014.
As imagens mostram vários jihadistas sendo saudados por moradores da cidade, prisioneiros sendo libertados e veículos do Exército fugindo. “Nós não poderíamos imaginar que o avanço seria tão importante em relação ao que foi planejado”, diz o vídeo. Antes mesmo que todos os homens do EI entrassem em Mosul, os soldados iraquianos já tinham fugido, afirma. A ofensiva jihadista começou em 9 de junho e já no dia seguinte o EI controlava a cidade, onde viviam 2 milhões de habitantes.


Fonte: Correio do Povo, página 11 de 12 de junho de 2015.

Eram os incas astronautas?

Ruínas descobertas em 1905 revelam a cidade mais antiga as Américas, com 4.600 anos

Peter Moon

Em 2627 antes de Cristo, enquanto os faraós egípcios construíam suas pirâmides, há mais de 10 mil km de distância, um povo ainda pouco conhecido que vivia no litoral desértico do Peru também colocava pedra sobre pedra na tentativa de chegar mais perto dos céus. Eram seis pirâmides, a maior com 18 metros de altura e 150 m de base, revelaram na última sexta-feira nas páginas revista americana Science arqueólogos da Universidade Nothern Illinois e do Museu Field de Chicago. A construção fica no meio de um complexo de pirâmides, canais de irrigação e apartamentos em ruínas, descobertos em Caral, localidade situada 200 km ao norte de Lima e 22 km distante da linha costeira de hoje.
Ainda não se sabe qual foi o povo que lá viveu. Mas sabe-se que vivia da pesca e do plantio de vegetais como feijão e plantas como o algodão, mas não de grãos, como o milho. Também não dominavam a produção cerâmica. “O que estamos aprendendo em Caral irá reescrever o modo como entendemos o desenvolvimento das primeiras civilizações andinas”, diz Jonathan Hass, do museu de Chicago. “Este pode ter sido o berço da civilização andina”, sugere Winifred Creamer, pesquisadora da Northern Illinois. Além de co-autores da descoberta, Haas e Creamer são casados.
Descobertos em 1905, Caral é apenas um dos 18 grandes sítios arqueológicos do vale Supe, mas o melhor estudado até o momento. Segundo Creamer, Caral foi subestimado por quase um século pelos pesquisadores porque existem tantos sítios arqueológicos no Peru com relíquias em ouro e fantásticas construções em pedra, que ninguém se interessou em estudar um sítio cujos habitantes nem ao menos dominavam a cerâmica. Não se base como e porque a civilização de Caral se extinguiu, mas o fato é que 600 anos depois da construção das pirâmides, em cerca de 2.000 a.C.,deixou-se de construir na região. Esse povo esquecido pelo tempo pode, no entanto, ser ancestral direto dos incas que criariam 3 mil anos depois um império que se estendeu por 2 mil km ao longo da cordilheira dos Andes e desapareceu apenas no século XVI com a chegada dos conquistadores espanhóis.

Fonte: Isto é Digital