domingo, 7 de junho de 2015
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Quanto mais velho você fica, menos você aguenta, menos tolera, menos atura. Conviver com os diversos tipos de pessoas nem sempre é uma tarefa fácil. As pessoas que chegam na sua vida, já chegam com uma bagagem enorme de...
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Queda na arrecadação pode indicar aprofundamento da recessão, dizem economistas
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
O esforço fiscal promovido pelo governo pode estar provocando um efeito colateral. Segundo economistas ouvidos pela Agência Brasil, a queda na arrecadação federal pode ser um sintoma do aprofundamento da contração econômica agravada pelo corte de gastos públicos. Para eles, ao desestimular a produção e o consumo, o ajuste fiscal faz o governo arrecadar menos, criando novas dificuldades para o governo fechar as contas.
No mês passado, o aumento do ritmo de queda da arrecadação surpreendeu a equipe econômica. De janeiro a março, a arrecadação federal tinha caído 2,03% em relação ao mesmo período do ano passado descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em abril, a queda acumulada aumentou para 2,71%, também considerando a inflação oficial.
Para o professor de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp) Francisco Lopreato, especialista em política fiscal, a queda representa um alerta de que o Brasil pode estar seguindo os passos de economias europeias, em que ajustes fiscais severos vieram acompanhados de profundas recessões. “Tudo indica que o Brasil corre o risco de mergulhar na mesma espiral da Europa, em que o ajuste fiscal aprofunda o baixo crescimento, que, por sua vez, gera menos receita. É a história do cachorro que corre atrás do rabo”, diz.
Apesar da semelhança do processo, Lopreato destaca diferenças entre o Brasil e economias como Espanha e Grécia. “Os sintomas são os mesmos no Brasil e na Europa, mas as causas são diferentes. Lá, existe um problema de falta de financiamento internacional, que se reflete no setor público. O Brasil enfrentou esse quadro na crise da dívida externa dos anos 80. Aqui, não há problemas de dívida externa”, compara.
Saiba Mais
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O professor Reinaldo Gonçalves, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), considera que o ajuste fiscal agrava a contração econômica, sem resolver os problemas estruturais da economia brasileira. “Em outros momentos da economia brasileira, ajustes semelhantes demoraram de três a quatro anos e deixaram sequelas graves por muito tempo. O país ficará anos se estendendo numa situação de desemprego, de recessão, de falta de investimento e com pressões inflacionárias”, comenta.
Crítico das políticas econômicas em vigor desde a década de 1990, Gonçalves diz que o ajuste fiscal posto em prática pelo governo representa o remédio errado para a economia do país. “Do que adianta economizar 0,9% ou 1,2% do PIB [Produto Interno Bruto, PIB], mas aumentar os juros básicos de 8% para 14% ao ano?”, questiona.“Cortar gastos simplesmente por cortar traz efeitos colaterais fortes. É como alguém que toma anti-inflamatório por muito tempo, mas tem sérios problemas de saúde”, analisa.
Recentemente, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, descartou o risco de o Brasil enfrentar uma recessão semelhante à de países europeus. Para ele, a Europa atravessa escassez de demanda, ao contrário do Brasil, que antes do ajuste fiscal enfrentava uma inflação decorrente da economia aquecida por meio de estímulos fiscais. “Lá, não tem inflação. Já mostra diferença. Aqui, tínhamos excesso de demanda, não escassez de demanda”, rebateu.
Para os dois professores, o Brasil precisa de medidas complementares para amenizar o impacto do ajuste fiscal sobre a atividade econômica. Os dois economistas, no entanto, divergem sobre o caminho ideal para evitar que o país siga o rumo de economias europeias submetidas a programas externos de resgate.
Lopreato, da Unicamp, defende a interrupção do aumento da taxa Selic (juros básicos da economia) e a aceleração de programas de incentivo ao investimento privado, como as concessões de infraestrutura. “É preciso criar uma agenda positiva para alavancar os investimentos e diluir, pelo menos um pouco, o custo do ajuste fiscal”, diz. Ele aprova medidas adotadas pelo governo, como o aumento das restrições ao seguro-desemprego e à pensão por morte e o aumento da taxação do lucro dos bancos. “O governo não cortou direitos, apenas restringiu abusos”.
Gonçalves, da UFRJ, defende reformas estruturais adiadas há décadas por sucessivos governos para destravar a economia. “O governo tem de agir para reverter a desindustrialização [fechamento de indústrias], a primarização da estrutura de produção nacional [dependência de produtos agrícolas e minerais], reduzir a dependência tecnológica e vulnerabilidade externa”, declara. “Qualquer medida fora desse escopo é paliativa e só piora a recessão.”
OS RESULTADOS DA REFORMA POLÍTICA: CAUSAS E EFEITOS!
1. A reação do noticiário e de analistas entrevistados após as emendas constitucionais votadas foi sublinhar que nada aconteceu, que não houve avanço algum. Uma dedução simplista e, em certa medida, sofismática num plenário com 28 partidos. Os temas escolhidos foram consensuais: sistema eleitoral, financiamento das campanhas, coligações, reeleição e cláusula de barreira. O instrumento necessário para dar estabilidade a eventuais mudanças foram projetos de emendas constitucionais – PECs.
2. Para aprovar uma PEC são necessários 308 votos. Suponhamos que os 3 partidos com as maiores bancadas votassem juntos. A soma deles, calculada pelo número de deputados eleitos, alcança 190 deputados, ou 60% do necessário. Mas em plenário, esse total era ainda menor pelas ascensões de suplentes em coligações que todos aqueles 3 participaram. Se somarmos os 6 partidos com as maiores bancadas não se chegaria a 300 deputados, abaixo dos 308 votos necessários. Nos dois casos citados, se supõe que as bancadas votariam 100% sem nenhuma exceção.
3. Portanto, qualquer dos temas que não costurasse uma ampla adesão de mais que 10 partidos com as maiores bancadas, não teria como ser aprovado, levando em conta a dispersão que obrigava várias vezes os líderes não fecharem questão para não pagarem pelo vexame. Por exemplo, o sistema eleitoral. O voto em lista obteve uma votação risível. O elegante e germânico voto distrital misto chegou a 99 votos, ou 32% do necessário. Mesmo o distritão, que sinalizava uma ampla soma de votos pragmáticos, chegou a 68% dos votos necessários.
4. Dessa forma, ficava claro que as próximas PECs a serem votadas precisavam de uma ampla agregação de votos dispersos e de partidos. Para se avançar seria necessário reduzir os riscos percebidos pelos 28 partidos e pelos deputados não alinhados que votam pragmaticamente.
5. A votação do sistema de financiamento das campanhas trouxe uma curiosa disputa em dois plenários distintos. O financiamento apenas público obteve minguados 56 votos. O STF está em processo final de decisão sobre financiamento exclusivo de pessoas físicas. Ficou claro que a maioria do plenário não queria mudar nada. A proposta similar ao processo atual ficou com 264 votos, 44 votos abaixo do requerido.
6. Só quando se desenhou um sistema composto, em que empresas só podem financiar partidos e pessoas podem financiar partidos e candidatos, e se ofereceu como alternativa a decisão próxima do STF, é que se conseguiu os 308 votos, assim mesmo desdobrando para lei a regulamentação do aprovado, sinalizando-se restrições adicionais.
7. A proibição de coligações obteve 206 votos, 102 abaixo do necessário. A cláusula de barreira desenhada era a única possível. Foram excluídos do fundo partidário e tempo de TV os partidos que não elegerem nem um deputado ou senador. Qualquer tentativa de elevar este corte redundaria na manutenção do sistema atual sem nenhuma restrição, o que estimula a criação de partidos como balcão de negócios.
8. A PEC aprovada com o apoio de todo o plenário foi o término da reeleição. Curiosamente a única medida aprovada no governo FHC foi a reeleição. Agora nem o PSDB votou por ela.
9. Dessa forma, os analistas deveriam pensar duas vezes antes de lançar suas críticas. O atual plenário foi eleito em 2014, tão somente oito meses atrás. E, com essa composição, as PECs foram votadas. Só alguém muito ingênuo ou de má fé poderia supor que viriam mudanças substantivas com esta composição. Aliás, veio uma com o fim da reeleição. E com as demais se avançou na proporção das forças políticas e políticos dispersos, num parlamento pulverizado.
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ITÁLIA ELEIÇÕES REGIONAIS: PD (CENTRO-ESQUERDA), QUE GOVERNA , GANHA, MAS PERDE 42% DOS VOTOS!
1. O Partido Democrático italiano obteve uma vitória com sabor a derrota nas eleições regionais de domingo. A força política de centro-esquerda liderada pelo primeiro-ministro Matteo Renzi, conquistou cinco das sete regiões, mas perdeu a Ligúria, região vista como um bastião da esquerda, para o Força Itália, de Berlusconi. Além disso, a percentagem total de votos do PD desceu de 41% para 23,7% desde as eleições europeias do ano passado. A taxa de participação variou, consoante a região, entre os 48% e os 57%.
2. O Movimento Cinco Estrelas, de Beppe Grilo, ficou em segundo lugar com 18,4%, seguido pela Liga do Norte com 12,5% e pela Força Itália com 10,7%. As maiores vitórias do Partido Democrático foram registradas na Campania, a sul de Roma, onde o seu candidato Vincenzo de Luca obteve próximo de 40% dos votos. O partido manteve ainda as regiões da Toscana, Úmbria, Marcas e Apúlia.
3. A agência France Press atribui a quebra de apoios do PD a divisões internas que criam desencanto entre o seu eleitorado, às polemicas ligadas à imigração e a uma ressurreição de Berlusconi, após as condenações em tribunal.
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REDUÇÃO DE TARIFA DE ÔNIBUS NO RIO REDUZ AS RECEITAS DO SISTEMA EM R$ 155 MILHÕES!
(Estado de SP, 03) 1. TCM manda prefeitura do Rio reduzir tarifa de ônibus em 13 centavos. Segundo determinação do Tribunal de Contas do Município, valor é referente ao gasto com gratuidades oferecidas aos estudantes. O Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCM-RJ) determinou que a Prefeitura do Rio reduza o valor da tarifa dos ônibus municipais em R$ 0,131. O valor atual, de R$ 3,40, vigora desde o dia 3 de janeiro. Como o valor precisa ser arredondado, a nova tarifa deve ser de R$ 3,25.
2. (Ex-Blog) Os ônibus na cidade do Rio fazem por ano 1,2 bilhão de viagens. Redução de 13 centavos reduz o faturamento do sistema em mais de 155 milhões de reais.
POR QUE FOI DERRUBADA A REELEIÇÃO PELA CÂMARA DE DEPUTADOS COM 95% DOS VOTOS!
1. Antes das diversas votações da “reforma política”, um assunto tinha resultado imprevisível: o término da reeleição, instituto com quase 20 anos de idade. Aberto o debate em plenário, o líder do PT pediu adiamento, pois sua bancada estava dividida. O debate prosseguiu e, minutos depois, o mesmo líder do PT encaminhava o voto pela derrubada da reeleição. Sua bancada não estava mais dividida.
2. Todos os partidos encaminharam seus votos contra a reeleição, até o PSDB, que no primeiro governo FHC aprovou a emenda constitucional da reeleição. Aberto o painel, a reeleição foi derrubada por 452 votos contra insignificantes 19 votos, mais de 95% dos presentes. No senado, em 1997, a reeleição foi aprovada com quase 80% dos votos. Por que tamanha inversão de votos em menos de 20 anos?
3. Os defensores acadêmicos da reeleição justificavam alegando que com a reeleição teríamos ciclos fiscais muito mais suaves. Terminaria a orgia fiscal no final dos mandatos de presidente, governadores e prefeitos. Afinal –justificavam- nenhum governante deixaria para si mesmo uma “herança perversa”.
4. Mas o que ocorreu foi exatamente o contrário e desde a presidência da república, isso para não falar de governadores e prefeitos. 2014 é um exemplo explícito disso. FHC, para se reeleger, usou todos os expedientes de populismo fiscal e cambial. A resultante foi a quase ingovernabilidade em seu segundo mandato e uma impopularidade que carrega até hoje, 17 anos depois. Dilma é outro exemplo. Valeu tudo para se reeleger e o país vive uma crise politica e econômica como nunca e ela bate recordes de impopularidade.
5. Quando FHC conseguiu a aprovação da reeleição, o fez num ciclo de reeleições. O mesmo fizeram Meném, Fujimori e em seguida Chávez, Morales e Corrêa. Nos casos Meném, Fujimori, Chávez, Corrêa e agora Ortega, houve uma escancarada intervenção nos STFs para garantir a reeleição e com ela o poder absoluto.
6. Essas são as duas razões básicas para que a Câmara de Deputados tenha -por praticamente a unanimidade- derrubado a reeleição. Primeira: O argumento dos acadêmicos de suavizar o ciclo fiscal, na prática, foi o inverso: o abuso do populismo fiscal para se manter no poder. Segunda: O uso da reeleição e a ocupação da máquina pública para se perpetuar no poder. A segunda razão desintegrou a democracia nos países –ditos- bolivarianos, o que assustou todas as forças politicas no Brasil, com exceção de um naco da esquerda. E quase o fez na Argentina e Brasil.
7. Um ponto positivo para atual reforma política. Na aprovação da reeleição por FHC, os grampos e denúncias e depoimentos de deputados demonstraram a corrupção com compra de votos. Investigações posteriores e livros publicados reafirmaram isso. Agora, nessas votações da reforma política (e também do ajuste fiscal), não há nem uma denúncia de corrupção ou compra de votos.
8. Foto do congraçamento de FHC com parlamentares após a aprovação da emenda constitucional 16 da reeleição em 1997.
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PERCEPÇÃO DE NÍVEL DE INFLAÇÃO NÃO MUDA COM NÍVEL DE INSTRUÇÃO E RENDA!
Exceção os segmentos de menor instrução e de renda, que não identificam o nível da inflação.
1. Pesquisa do GPP de maio, com 1.200 entrevistas, pediu que os eleitores identificassem o nível de inflação que percebem. Em geral, tanto em relação ao nível de instrução como ao nível de renda, a concentração das percepções é similar.
2. Tomando apenas a porcentagem dos que acham que a inflação está acima de 10%, em todos os níveis de instrução estão em torno de 55%. Em relação aos níveis de renda a dispersão é maior. Assim mesmo oscila entre 65% e 52%.
3. Tabelas completas.
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“RIO É UMA CIDADE CERCADA DE LIVRARIAS MORTAS POR TODOS OS LADOS”!
(Joaquim Ferreira dos Santos – Globo, 01) 1. O Rio de Janeiro é uma cidade cercada de livrarias mortas por todos os lados, um cemitério de livros que jamais serão lidos, de palavras que para sempre assim jazerão, algumas estranhas, outras peremptoriamente compridas, mas lindas, todas agora esquecidas sem qualquer olho que lhes bata em cima, sem qualquer língua que as jogue de novo no meio da rua.
2. Em mais uma pá de cal atirada pela falta de sensibilidade geral que à raça carioca grassa, a cidade sem letras sepulta a Leonardo da Vinci na caverna onde já estava moribunda, nas catacumbas insalubres do Marquês do Herval. O prédio virou cenário preto e branco da penúria municipal. Ali não se consegue vender nem livro para colorir. Os ratos de livraria sumiram.
3. As obras do VLT cercaram a área, os camelôs tomaram a calçada, os assaltantes bateram a carteira de quem ainda a tinha e o resto ficou por conta do anúncio de que a próxima atração cultural é o livro de unir os pontinhos. Parece que no mundo todo tem sido assim. Ano passado foi a Rizzoli, em Nova York. Agora chegou a vez da Da Vinci, nas fraldas do Morro do Castelo. É a ordem da nova civilização digital: fechem as portas desse perfume antiquado e abafem o mau cheiro dos cupins.
NA REFORMA POLÍTICA O ÚNICO PERDEDOR FOI O PSDB!
1. O PSDB nunca sabe se fica com a academia ou com a imprensa. De preferência, com os dois. Vota entre marcar posição e sair bem na foto. A questão de fundo é que passados os dias de votação, de brilho no plenário e de ampla cobertura da imprensa, recolhem-se os louros e os cacos e, então, se pode ver quem foram os vencedores e os perdedores.
2. Destacadamente um partido se pode sublinhar como perdedor: o PSDB. Seu abre alas era o “voto distrital misto”. Com todo o coro dos analistas criticando o “distritão”, se sentiu estimulado por uma possível aliança de voto com o PT e a opinião do relator na comissão de reforma política. Resultado, nem o PT votou no voto em lista que defendia e o PSDB mal conseguiu agregar uns 40 votos para o seu “distrital misto”. E se apalavrou em votar o “distritão” se não passasse o distrital misto. Descumpriu a palavra.
3. As manchetes do noticiário no dia seguinte exultaram com a derrota do presidente da Câmara Eduardo Cunha, defensor explícito do “distritão”, com o apoio não menos explícito do vice presidente Michel Temer, que foi poupado.
4. Os jornais que conseguiram produzir um segundo clichê puderam destacar que na segunda votação o que o PSDB e o PT davam como favas contadas (a exclusão das empresas do financiamento dos partidos nas campanhas) retornou numa outra emenda aglutinativa e obteve largos votos de maioria constitucional.
5. O PT sentiu que era melhor recolher sua coreografia, deixar com o PSOL, e não ser perdedor dali para frente. O líder do governo o fez explicitamente, deixando todas as demais questões em aberto. Afinal, num plenário de 28 partidos, a vida iria continuar por mais 3 anos e meio. E se o PT se isolasse, marcando posição, ficaria assim até o final da legislatura.
6. E veio a votação para terminar as coligações. O PSDB sapateou na tribuna. Em seguida, a votação do término da reeleição. O PSDB, patrono da causa com FHC e Sergio Motta, preferiu votar contra si mesmo, encolhendo-se e colocando o rabo entre as pernas. E, no final, a cláusula de barreira, em que o PSDB imaginava poder afirmar a tese germânica dos 5% dos votos eleitorais – tanto quanto o voto distrital misto.
7. Não levou em conta que na Alemanha, além dos 2 grandes partidos, são apenas 3 defendendo-se na linha divisória dos 5%. Aqui, além dos 3 maiores são mais 25 partidos. O PMDB –aliado ao relator de plenário- atuou com a competência parlamentar de sempre, agregando em seu entorno a constelação de médios e pequenos partidos.
8. Resultado: o PMDB venceu, o governo ficou olhando para o horizonte para manter sua base, e o PT foi se ajustando na medida em que novas votações vinham. Governo e PT não ficaram mal com os demais partidos (excluindo PT e PSDB), que somam 75% dos votos.
9. Perdeu o PSDB. Ficou com a pose em plenário. Perdeu a confiança de seus pares. Agora, com sua bancada de 10% dos deputados, terá que fazer oposição ao governo e ao PMDB, que dirige as duas casas. O PSDB foi o único perdedor.
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"TODO BEM E TODO MAL, VEM DE CIMA"!
"Todo bem e todo mal, vem de cima. Se os de cima pudessem mudar seu modo de proceder transformariam essa república. Mas são tiranos, pois são orgulhosos, amam ser bajulados e não dão retorno de seus ganhos. Tomam decisões secretas, favorecem os seus próprios, se rezam é por pessoas importantes, cobram tributos imorais ou injustos, não ouvem os argumentos dos pobres, ficam ao lado dos ricos e permitem aos seus a imposição de tarefas não remuneradas aos camponeses e aos miseráveis. Atrasam processos judiciais. Deixam de punir funcionários corruptos e chegam a adulterar moedas. Em vez disso, deveriam tentar fazer o povo feliz e empenhar-se pela paz, tentar alcançar a igualdade entre os cidadãos e lutar contra a avareza para assim reduzir as causas da inveja, do ódio e da dissensão". 6 de abril de 1491 – Florença - Frei Girolamo SAVONAROLA. Pregão aos chefes do governo no Palácio da Sinhoria.
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POLÍCIA FEDERAL: COMANDO VERMELHO DO RIO COMPRA IMÓVEIS EM SP!
(Estado de SP, 01) 1. Uma investigação da Polícia Federal desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro da facção criminosa Comando Vermelho (CV) com a compra de imóveis no interior de São Paulo. A facção controla o tráfico de drogas e de armas nos morros cariocas. A PF constatou que estabelecimentos residenciais e comerciais e até uma fazenda foram adquiridos pelo CV. Entre os imóveis está um condomínio de 12 casas, de 80 metros quadrados cada uma, em Tanabi, na região de São José do Rio Preto. A PF também rastreou e constatou que outras 25 casas e uma indústria de cerâmica, instaladas no município de Panorama, na divisa com Mato Grosso do Sul, estão de posse da facção. Além disso, uma fazenda no Estado do Tocantins teria sido comprada com dinheiro obtido com o tráfico de armas e drogas.
2. A quadrilha movimentava, segundo a PF, R$ 19 milhões por mês. Cerca de 20 pessoas estão presas, respondendo por tráfico internacional de drogas e armas, associação ao tráfico e agora por lavagem de dinheiro. O líder do bando, segundo a PF, é Rogério Góes dos Santos, preso em março de 2014. Ele também seria o verdadeiro dono dos imóveis. Segundo a polícia, Santos usava ao menos um "laranja", Mauro William Rodrigues, morador em Catanduva, para assumir os negócios de compra de imóveis para lavar o dinheiro do tráfico.
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ZHORA.CO
Feira de livros infantis retorna ao Jardim Botânico do Rio neste fim de semana
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
Quem for ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro neste final de semana poderá aproveitar o passeio para prestigiar a segunda edição da Primaverinha dos Livros. São 30 estandes, com 50 editoras que levarão, além de 3 mil títulos infantojuvenis com até 50% de desconto, muita diversão para a criançada. As atrações incluem lançamento de livros, contação de história, peças de teatro, oficina de desenho, pintura, música e quadrinhos. O evento é gratuito e ocorre hoje (6) e amanhã (7), no Espaço Tom Jobim.
A feira é promovido pela Liga Brasileira de Editoras (Libre) e tem origem na Primavera dos Livros, uma grande feira literária independente no Rio de Janeiro, que este ano vai para a 15ª edição. De acordo com a diretora da Libre Camila Perlingeiro, a ideia de fazer o evento para o público infantojuvenil surgiu por causa da alta procura pelo espaço infantil do evento dedicado ao público adulto.
“Tinha um espaço infantil super concorrido e a gente viu uma demanda de fazer algo específico para as crianças. Era uma demanda também das nossas editoras, que buscavam uma visibilidade maior para seus catálogos infantis. Temos estande coletivo, para as editoras que têm um catálogo grande e no meio tem um ou dois infantis; têm editoras grandes especializadas em livro infantil; e há outras que têm catálogo grande de livro adulto e já tem peso no infantil”.
Na primeira edição da Primaverinha, em agosto do ano passado, a feira recebeu mais de 6 mil visitantes. Camila ressalta que o livro não deve ser visto apenas para fins educacionais e também não é um concorrente do entretenimento eletrônico.
“A gente vinha com vontade de levantar uma bandeira, da leitura em família, promover o vínculo afetivo das famílias através da leitura, oferecer literatura como entretenimento para as crianças. É aquela coisa: existe tablet, televisão, mas a gente não está concorrendo. É tudo entretenimento, um livro é tão importante quanto um joguinho no computador, tão divertido quanto assistir a um desenho na televisão”, defendeu Camila.
A diretora destaca que a feira também é uma boa oportunidade para conhecer escritores contemporâneos, que têm pouco espaço nas escolas em geral. “O grande problema que nós temos – editoras independentes que publicam sobretudo literatura contemporânea – é fazer com que a escola perceba que tem coisa nova acontecendo, obviamente sem desmerecer os clássicos, todos eles precisam ser lidos, mas a gente também precisa avançar, a gente precisa saber que tem mais coisa por aí, que tem coisa acontecendo agora, que foi publicado agora, que está falando de temas atuais”.
Papa elogia diálogo na Bósnia e cobra continuidade da paz
Da Agência Lusa
O papa Francisco elogiou hoje (6), em Sarajevo, os progressos vividos na Bósnia-Herzegovina nos últimos anos, mas cobrou a continuidade do diálogo para a paz.
“Tenho o prazer de ver os progressos realizados, que devemos agradecer ao senhor e a tantas pessoas de boa vontade. No entanto, é importante não se contentar com o que já foi alcançado, mas procurar adotar novas medidas para fortalecer a confiança e criar oportunidades para que se aumente a compreensão e o respeito mútuo”, disse ao discursar durante a cerimônia de boas-vindas no palácio presidencial, na capital da Bósnia-Herzegovina.
Francisco fez um apelo à comunidade internacional, “em particular à União Europeia”, para que contribua para que “o processo de paz começado seja cada vez mais sólido e irreversível”.
O papa recordou a visita de João Paulo II em 1997 a Sarajevo, que ainda tentava se recuperar da guerra (1992-1995), e disse que está satisfeito por chegar à capital bósnia “como peregrino da paz e do diálogo”.
“Para mim é um motivo de alegria estar nesta cidade, que sofreu tanto por causa dos sangrentos conflitos do século passado e voltou a ser um lugar de diálogo e convivência pacífica”, enfatizou.
O papa disse que a Bósnia-Herzegovina “tem um significado especial para a Europa e para o mundo inteiro”, pois nestes territórios “existem comunidades que há séculos professam religiões diferentes e pertencem a etnias e culturas distintas, cada uma com as suas características peculiares e orgulhosa das suas tradições específicas”.
Francisco pediu às autoridades políticas do país que protejam “os direitos fundamentais da pessoa, entre os quais se destaca a liberdade religiosa” para assegurar “a efetiva igualdade de cada cidadão diante da lei, independentemente da sua origem étnica, religiosa e geográfica”.
O presidente da Bósnia-Herzegovina, o sérvio Mladen Ivanic, disse confiar que “o tempo da falta de entendimento, da intolerância e divisões ficou para trás”. Para ele, a população aprendeu a lição do passado recente e está diante de “um novo tempo de entendimento, reconciliação e cooperação”.
Ivanic estava acompanhado de outros membros que formam a composição presidencial do país, que é rotativa: o muçulmano Bakir Iztbegovic e o croata Dragan Covic.
“Desejamos edificar a Bósnia-Herzegovina como uma sociedade à medida do homem e de todas as religiões. O cumprimento deste objetivo não é fácil e representa um grande desafio, tanto para os líderes políticos e religiosos como para cada cidadão”, disse Ivanic.
Acrescentou que a “Bósnia-Herzegovina tem sido um símbolo do verdadeiro entendimento das diferenças étnicas e religiosas, mas também das profundas divisões, conflitos e sofrimentos”.
Depois da reunião com as autoridades bósnias, o papa seguiu para o Estádio Olímpico de Sarajevo para rezar uma missa para cerca de 65 mil fiéis.
Imigrantes percorrem caminho de incertezas em busca de realizar seus...
ZHORA.CO
Cantareira interrompe a sequência de altas e fica estável
Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
Depois de registrar altas consecutivas por seis dias seguidos, o nível do Sistema Cantareira ficou estável hoje (6) em 20,2%, segundo a medição da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), sem levar em consideração o uso da reserva técnica (água que fica abaixo das comportas). Essa marca indica que o nível precisaria subir mais nove pontos percentuais para a reposição da água retirada dessa reserva e assim atingir a superfície do volume útil (água que fica acima das comportas).
Pelo cálculo da Sabesp que inclui o bombeamento da reserva técnica, o Cantareira opera com 15,6% de sua capacidade total, o que significa uma oferta disponível de 198,3 bilhões de litros para o abastecimento de 5,4 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo.
O Cantareira continua sendo o manancial que tem a pior condição hídrica entre os seis sistemas administrados pela Sabesp. Nos cinco restantes, ocorreram perdas de ontem (5) para hoje em todos eles e o que apresenta a escassez mais preocupante é o Alto Tietê, cujo nível caiu de 21,9% para 21,8%.
Esse manancial atende 4,5 milhões de pessoas em cidades a leste da Grande São Paulo como Arujá, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos e Suzano, além de parte de Guarulhos (bairros dos Pimentas e Bonsucesso) e algumas localidades da zona leste da capital paulista e do município de Mauá, que pertence ao ABC paulista.
No Sistema Guarapiranga, o nível baixou de 79,4% para 79,1%; no Alto Cotia, de 67,1% para 66,9%; no Rio Grande, de 92,4% para 92,2% e no Rio Claro, de 55,9% para 55,7%.
Sobe para 396 o número de mortos em naufrágio na China
Da Agência Lusa
O naufrágio do navio Estrela Oriental já é considerado o maior acidente marítimo na China das últimas décadasImagem/EPA/Agência Lusa
As autoridades chinesas informaram hoje (6) que o número de mortos no naufrágio de um navio no Rio Yangtzé, na última segunda-feira (1º), subiu para 396. Quarenta e seis pessoas continuam desaparecidas.
De acordo com o governo chinês, há apenas 14 sobreviventes entre as 456 pessoas que estavam a bordo da embarcação.
O número de mortos subiu rapidamente depois que as equipes que trabalham no local do naufrágio, no maior rio do país, conseguiram virar o navio, depois de várias manobras, de acordo com a agência chinesa de notícias Xinhua.
Das 456 pessoas que viajavam no Estrela Oriental, a maioria aposentados que faziam turismo, apenas 14 sobreviveram. Entre os sobreviventes, estão o capitão e o chefe das máquinas, que conseguiram sair do barco antes do naufrágio, que já é considerado o maior acidente marítimo na China em décadas.
Os parentes dos mortos e desaparecidos reclamam da falta de informações das autoridades e pedem para ver os corpos das vítimas. “Queremos ver os corpos dos nossos familiares, alguns creem que o governo os quer ocultar. Temos o direito a enterrá-los”, disse Xia Yunchen, irmão de um dos tripulantes do Estrela do Oriente.
Gilmar Mendes vai votar ainda em junho o financiamento de campanhas
Veja a entrevista: http://glo.bo/1GaLxam #GloboNewsPlay
Gilmar Mendes vai votar ainda em junho o financiamento de campanhas
O ministro comentou a Lava-Jato, a reforma política e a maioridade penal. Veja a entrevista exclusiva de Mario Sergio Conti com o ministro do STF.
G1.GLOBO.COM
José Graziano é reeleito diretor-geral da FAO
Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil* Edição: Denise Griesinger
Na abertura da conferência discursaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta do Chile, Michelle Bachellet, e o presidente de Itália, Sergio MattarellaAngelo Carconi/EPA/Agência Lusa
O brasileiro José Graziano foi reeleito hoje (6) diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês). Candidato único, Graziano foi reconduzido ao cargo com votos de 177 dos 182 países reunidos na 39ª Conferência da FAO, na sede da entidade, em Roma.
Saiba Mais
Graziano está no comando da FAO desde 2012 e ficará por mais quatro anos no posto máximo da entidade, até julho de 2019. Ex-ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome entre 2003 e 2004, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Graziano foi responsável pelo Programa Fome Zero, uma das marcas da gestão de Lula.
Após a votação deste sábado, o diretor-geral da FAO fez um breve discurso em que reafirmou o compromisso da entidade em trabalhar para erradicar a fome e a desnutrição no mundo.
Segundo informações da FAO, desde que assumiu o comando da organização, Graziano reforçou capacidades institucionais da entidade, ampliou a colaboração com parceiros externos e conseguiu mais apoio para cooperação Sul-Sul, entre países em desenvolvimento.
A Conferência Bienal da FAO começou hoje e vai até o dia 13 de junho, em Roma. Lula participou do primeiro dia do evento e, durante seu discurso, defendeu as políticas sociais brasileiras e disse que o país está prestes a superar a fome e a miséria.
“Pela primeira vez, há uma geração de brasileiros que cresce sem conhecer o drama da fome. A fome não é um fenômeno natural, mas sim um fenômeno social que é resultado de um desequilíbrio nas estruturas econômicas dos países”, disse o ex-presidente brasileiro. Também discursaram hoje na FAO o presidente de Itália, Sergio Mattarella, e a presidenta do Chile, Michelle Bachellet.
Escândalo na Fifa leva David Cameron a defender ofensiva contra a corrupção
Da Agência Lusa Edição: Denise Griesinger
O primeiro-ministro britânico David Cameron vai lançar, durante a Cúpula do G7, que começa amanhã (7) na Alemanha, um apelo para uma ofensiva global contra o “câncer da corrupção”, após o escândalo que atingiu a Federação Internacional de Futebol (Fifa).
Em comunicado divulgado hoje (6), Cameron afirmou que o grupo dos sete países mais industrializados do mundo deve usar o escândalo da Fifa como inspiração para combater a corrupção globalmente.
“Na última quinzena, fomos confrontados com duras verdades sobre a Fifa. O organismo que governa o futebol tem enfrentado terríveis acusações que sugerem que está completamente impregnado pela corrupção”, avaliou o primeiro-ministro britânico.
“Tal como sucede com a Fifa, nós sabemos que o problema está lá, mas há uma espécie de tabu internacional quando se trata de apontar o dedo e de levantar preocupações”, destacou.
Cameron defendeu a uma mudança de procedimentos nas cúpulas internacionais: “Os líderes se reúnem para falar de ajuda, crescimento econômico e sobre como garantir a segurança do nosso povo. Mas simplesmente não falamos o suficiente sobre corrupção. Isto tem de mudar. Temos de mostrar um pouco da mesma coragem que expôs a Fifa e quebrar o tabu de falar sobre corrupção”.
Ele comparou a corrupção a um câncer. "Não ameaça apenas a nossa prosperidade, também mina a nossa segurança”, comparou.
A Cúpula do G7, que tem como anfitriã a chanceler alemã Angela Merkel, vai reunir, além da alemã e do britânico, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, da França, François Hollande, e os primeiros-ministros da Itália, Matteo Renzi, do Canadá, Stephen Harper, e do Japão, Shinzo Abe.
Hoje, na véspera da reunião, milhares de manifestantes participaram de protestos contra o G7. O grupo se concentrou em frente à estação ferroviária de Garmisch-Partenkirchen, no sul da Alemanha, com cartazes contra o tratado de livre comércio entre os Estados Unidos e a União Europeia e críticas à falta de ação dos países do G7 no combate às mudanças climáticas.
As autoridades alemãs estimam que até 8 mil manifestantes se reúnam nos próximos dias para protestar contra o G7. O esquema policial para a cúpula inclui mais de 22 mil agentes, barreiras de controle nas estradas e fechamento do espaço aéreo em um raio de 100 quilômetros ao redor do Castelo de Elmau, que vai sediar o encontro de chefes de Estado.
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Rio terá primeiro Festival de Choro na Gamboa
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Kleber Sampaio
Com apoio do Ministério da Cultura, a primeira edição do Festival de Choro na Gamboa será realizada entre os dias 18 e 20 deste mês, no Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, no Rio de Janeiro. Serão três dias de apresentações gratuitas, com três atrações por noite.
O curador do festival, violonista Yamandu Costa, disse à Agência Brasil que a meta é inserir o evento no calendário oficial da cidade. “Quando a gente fala desse tipo de projeto, a intenção é essa. O Rio de Janeiro passa por um momento especial. Os holofotes do mundo estão muito virados para nós e é muito importante que, cada vez mais, tenhamos eventos que abranjam esse universo da música tradicional”.
Acrescentou que a “nossa ideia é que dê muito certo isso, que se democratize mais essa música e as pessoas tenham mais oportunidade de se identificar com essa cultura que é tão peculiar nossa, brasileira”.
Yamandu Costa abrirá o festival, ao lado de Penezzi, no dia 18, às 19h, seguindo-se apresentação do grupo Choro Rasgado e Rogério Caetano Trio. “No final, a gente faz uma grande roda de choro para contemplar o primeiro dia de festival”. Na sexta-feira, os convidados são Alexandre Ribeiro e Maurício Castilho e Sexteto.
Castilho é filho do músico Álvaro Carrilho e sobrinho do flautista Altamiro Carrilho. No sábado (20), se apresentam Regional Nacional e Nina Wirtti, Zé e Silvério e o grupo Gafieira do Bebê.
Para o curador, a iniciativa procura misturar músicos renomados com novas figuras do choro nacional. A lista de atrações inclui o trombonista brasileiro Zé da Velha, conhecido como um dos maiores solistas de choro do Brasil e Silvério Pontes, que integrou o naipe de metais das bandas de Luiz Melodia, Tim Maia, Ed Motta, Cidade Negra e Elza Soares.
“E tem novidades”, destacou Yamandu Costa. Entre elas, Alessandro Bebê Kramer, ou simplesmente Bebê Kramer, gaúcho que desembarcou na Lapa com seu acordeão acompanhando músicos que chegaram para viver a efervescência do bairro boêmio na virada dos anos 1990 para 2000. Do encontro com o maestro Paulo Moura, Bebê acabou desenvolvendo a ideia de explorar mais o instrumento no contexto da gafieira. Assim, nasceu o grupo Gafieira do Bebê.
Yamandu Costa salientou que, como o festival será feito em um espaço aberto, diferente do clima mais formal de uma sala de concertos, há condições para que seja feita uma dinâmica mais forte, mais adequada a esse tipo de local. “O MAR é um patrimônio novo do Rio e tem tudo a ver com a alma carioca, com o choro. A gente espera que todas essas peças se encaixem e a cidade ganhe um evento de altíssimo nível que tanto merece”.
Médica alerta para importância da triagem neonatal
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
A triagem neonatal, mais conhecida como Teste do Pezinho, é considerada fundamental pela médica geneticista Renata Zlot, da Associação Carioca de Assistência à Mucoviscidose – Fibrose Cística (Acam-RJ) -, porque os exames “vão detectar se a criança pode ter uma doença ou não”.
O Dia Nacional da Triagem Neonatal é comemorado neste sábado (6). O teste é gratuito e pode ser feito em qualquer posto de saúde ou unidade da rede pública.
Segundo a médica, o teste em si não é um diagnóstico. “É um exame de triagem e, se vier positivo, o paciente é encaminhado para serviços especializados, onde será confirmado se ele tem ou não a doença”. Daí a importância do exame ser feito da forma adequada, entre o terceiro e o quinto dia de vida da criança, “porque algumas dessas doenças são muito graves e têm tratamento”.
O procedimento é feito por meio da coleta de gotinhas de sangue no calcanhar do bebê e detecta doenças congênitas, sendo a maioria de causas genéticas, que são potencialmente graves e podem causar lesões irreversíveis na criança, entre as quais atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.
“O tratamento tem que ser iniciado cedo para não dar repercussões”. Renata Zlot disse, ainda, que o hipotireoidismo congênito e a fenilcetonúria, por exemplo, que deram início à triagem neonatal, provocam um retardo mental importante.
Observou que, se a medicação começar a ser dada no primeiro ou segundo mês de vida, “a criança vai ser normal, sem nenhum retardo. Vai ser uma pessoa produtiva, que vai crescer, ter filhos, um adulto normal”. Acrescentou, porém, que isso só é possível se a doença for detectada precocemente e tiver o tratamento adequado.
A médica geneticista argumentou que, se os pais deixam para fazer a triagem aos cinco meses de vida do filho, pode ser tarde demais e o paciente acabará tendo as repercussões da doença. Reiterou que o ideal é fazer o teste do pezinho entre o terceiro e o quinto dia de vida útil, porque “quanto mais cedo a gente descobre, é melhor”. Nessa faixa etária, a criança já está amamentando no peito, condição para a detecção de algumas doenças, como a fibrose cística, ainda não muito conhecida por todos os pediatras.
A fibrose cística é uma doença genética em que está alterada uma proteína que regula o canal de cloro. “O canal de cloro não funcionando, ou funcionando pouco, acaba que a secreção fica muito espessa. O paciente tem tosse crônica, infecções de repetição (sinusite, pneumonia), não consegue absorver bem os alimentos. Por isso, são pacientes que têm muita diarreia, são desnutridos, têm baixa estatura. É uma doença muito grave, que pode levar ao óbito ainda criança”.
Renata salientou que, fazendo um diagnóstico cedo, antes dos sintomas, podem ser feitas as medicações necessárias e o paciente vai viver muito melhor. As doenças que são triadas atualmente no Rio de Janeiro são falciforme e hemoglobinopatias, fenilcetonúria, hiperplasia adrenal congênita, hipotireoidismo congênito e fibrose cística (mucoviscidose) e deficiência de biotinidase.
O programa de triagem neonatal do Brasil segue diretrizes internacionais.
Doentes têm direitos que desconhecem, diz especialista
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Kleber Sampaio
Pessoas com câncer têm direitos que muitas vezes desconhecem, disse à Agência Brasil, no Rio de Janeiro, a advogada Danielle Bitetti. Especializada em direitos do consumidor e na área da saúde, ela observa que os pacientes têm direito, por exemplo, a medicamentos de alto custo que podem ser utilizados no tratamento da doença. O acesso muitas vezes é negado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e por planos de saúde.
Em muitos casos, beneficiários de assistência médica privada encontram dificuldade de acesso aos medicamentos importados ou de uso oral ou domiciliar. “Nas duas situações, as condutas dos planos e também do Sistema Único de Saúde são consideradas abusivas e podem ser contestadas na Justiça”, afirma Danielle.
Ela explica que as pessoas podem buscar a Justiça porque têm direito ao tratamento solicitado pelo médico, e não ao que o plano de saúde ou o sistema público escolherem.
Essa conduta é considerada abusiva pelos órgãos de defesa do consumiror, opina a advogada. Ela lembra que o paciente com câncer tem prioridade também no rápido atendimento na Justiça.