quinta-feira, 4 de junho de 2015

Não desgrudar do celular durante descanso pode ser considerado vício

Psicólogo e professora de meditação analisam o comportamento de pessoas que se incomodam ao ficarem afastadas dos celulares.

  

Algumas pessoas não conseguem desgrudar dos aparelhos nem na hora de descansar. E alguns especialistas consideram que esse comportamento já virou vício.

Nesta quinta-feira (4), em São Paulo, fez um dia perfeito para aproveitar no parque. Mexendo no celular?

Na verdade, nós queríamos deixar o celular no carro, mas não consegue. Então vai andando e vai...”, assume Eliane Coates, gerente negócios internacionais.

Até uma criança consciente concorda que o celular tem suas utilidades. Mas quando a gente vê um casal caminhando junto, e os dois no celular sem se falar de verdade é estranho, não é não?

Homem: Estamos trocando foto, só.
Jornal Nacional: Com outras pessoas?
Homem: Não, com a gente mesmo!
Celular na mão de 68 milhões de pessoas
Ele atrapalha o passeio de quem tem que parar de andar de patins, de bicicleta para atender.

“Para ligar para o meu marido, que está aqui com a minha filha”, explica uma mulher.

Quem diria, hein?! De novo a lição vem de um filho consciente.

“Na verdade, acho que o parque é só para ficar longe disso mesmo.”, diz João Vítor, filho da mulher.

E você acredita que uns metros para frente, a equipe do Jornal Nacional encontrou o pai do João Vitor com a bicicleta em movimento, adivinha fazendo o quê?

Pai do João Vítor: Ela me ligou, eu fiquei preocupado de ser alguma coisa urgente e atendi o telefone.
Jornal Nacional: E andando na bicicleta?
Pai: Andando na bicicleta. Tá errado, tinha que parar.
Tratamento para voltar a vida real

Todos esses comportamentos mostrados na reportagem são tão comuns porque hoje no Brasil tem 68 milhões de pessoas com um celular na mão usando a internet. Quer dizer, a gente faz isso quando está em casa, quando vai comer alguma coisa em algum lugar. A gente faz isso quando está no trabalho, a gente faz isso demais, né!?

“Todo comportamento que você tende a repetir com uma certa intensidade, ele inevitavelmente vai produzir a liberação da dopamina, que é um neurotransmissor que ele produz a sensação de prazer, de euforia. Então, em um determinado momento, quando esse indivíduo começa a usar uma, duas, três, quatro, ele começa a ficar tão conectado que ele, do ponto de vista cerebral, começa a apresentar a necessidade de voltar a se conectar de novo para ter aquele prazer”, diz Cristiano Nabuco, psicólogo do HC.

Vira vício. E se você tem arrepios só de olhar para o símbolo de proibido o uso de celulares, pode tentar voltar para a vida real em um tratamento de choque.

“A meditação vai na raiz, ela vai limpar a ansiedade, e aí, sim, você vai ter uma percepção, uma visão melhor do que esse aparelho vai estar influenciando na sua vida. Então, a gente tendo uma visão mais clara, aí sim a qualidade de vida aumenta, e a gente consegue viver a vida plenamente.”, diz Flávia Miranda Batista, professora da meditação transcendental.

Jornal Nacional

Dois condenados em julgamento da Kiss

Justiça Militar absolveu os outros seis bombeiros ontem em Santa Maria

RENATO OLIVEIRA

Dois anos e quatro meses após a tragédia da Kiss, que deixou 242 mortos, foi conhecida ontem a sentença do primeiro julgamento sobre o caso. Depois de dois dias de audiências na cidade de Santa Maria, a Justiça Militar condenou o tenente-coronel da reserva e ex-comandante do 4º Comando Regional de Bombeiros Moisés da Silva Fuchs e o capitão Alex da Rocha Camillo por atos relacionados ao segundo alvará de liberação para a boate. Ambos foram condenados a um ano de detecção por inserção de declaração falsa em documento, sendo que Fuchs também recebeu pela de seis meses pro prevaricação – esta revertida para apresentação à Justiça Militar a cada dois meses. A defesa ainda pode entrar com recurso no Tribunal de Justiça Militar.

O tenente-coronel Daniel da Silva Adriano foi absolvido da acusação de falsidade ideológica. Por crime de inobservância da lei, foram absolvidos os soldados Gilson Martins Dias, Marcos Vinícius Lopes Bastide, Vagner Guimarães Coelho, o sargento Renan Severo Berleze e o primeiro-tenente da reserva Sérgio Roberto Oliveira de Andrade.

O julgamento dos oito bombeiros foi composto por cinco votos: da juíza de Direito Viviane de Freitas Pereira e dos quatro juízes militares do Conselho Especial de Justiça. Durante a audiência de ontem, o Ministério Público havia pedido as absolvições dos soldados, sargentos e primeiro tenente por entender que não tiveram participação ativa em supostas irregularidades. O coordenador do Movimento do Luto à Luta, Flávio Silva, lamentou a decisão e disse que a pena de oficiais deveria ter sido mais rigorosa.

Fonte: Correio do Povo, página 6 de 4 de junho de 2015.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Aprovada perda de mandato para infidelidade partidária

A câmara dos Deputados aprovou ontem à noite texto que determina a imediata perda de mandato em caso de infidelidade partidária, diminui o número de assinaturas necessárias para apresentação de projetos de iniciativa popular e que exige a impressão dos votos registrados em urnas eletrônicas, diminuindo as chances de fraude.

As propostas aprovadas foram apresentadas em um único texto, de autoria do líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), para agilizar a votação e permitir que a revisão da política de desoneração da folha de pagamento seja apreciada hoje.

Aprovada com 433 votos a favor, sete contra e duas abstenções, a redação determina que o político que se desligar do partido pelo qual foi eleito perderá o mandato, exceto em casos de “grave discriminação pessoal, mudança substancial ou desvio reiterado do programa praticado pela agremiação”. Também ficam livres da perda de mandato aqueles que deixarem a legenda por causa de criação, fusão ou incorporação do partido.

Outra mudança aprovada foi a impressão do registro de cada votação feita em urna eletrônica. O texto também permite que projetos de iniciativa popular poderão ser apreciados pela Câmara se subscritos por um mínimo de 500 mil eleitores, distribuídos em ao menos cinco estados com adesão mínima de 0,1% dos eleitores em cada unidade da Federação.

Fonte: Correio do Povo, página 3 de 17 de junho de 2015.

Usina a biogás é apresentada

Autoridades conheceram ontem o projeto que vai gerar energia a partir do lixo de aterro sanitário

MAUREN XAVIER

Foi apresentada ontem a primeira usina do Estado de geração de energia a partir do gás de aterro sanitário. Localizada no município de Minas do Leão, a termelétrica a biogás é resultado de investimento de R$ 30 milhões do Grupo Solví e Copelmi Mineração, com financiamento do BNDES. Para o presidente da Solví Infraestrutura, Lucas Radel, a usina reforça o compromisso da empresa com o Estado, onde atua há mais de três décadas. Ao todo, o grupo projeta aplicar R$ 300 milhões nos próximos anos. Os valores servirão, entre outros, para mais duas usinas de biogás e três aterros. “Temos certeza que o Rio Grande do Sul será o primeiro estado a atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos dando destinação correta ao lixo”, ressaltou o executivo.

Ao visitar a usina, dentro do aterro da Companhia Rio-grandense de Valorização de Resíduos (CRVR), em Minas do Leão, o governador José Ivo Sartori, enfatizou importância do empreendimento e seu impacto social. “O lixo é um produto e, se for bem utilizado, pode ser fonte de riquezas”, afirmou. O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, também enalteceu o projeto. A capital gaúcha é responsável por enviar mais de 2 mil toneladas de resíduos diariamente para o aterro de Minas do Leão, o que representa 57% do total que o espaço recebe. “É um salto de qualidade na destinação do lixo”, afirmou.

A prefeita de Minas do Leão, Silvia Maria Lasek Nunes, lembrou que os municípios têm até 2018 para resolver os problemas dos lixões, mas reconheceu que a maioria deles não está em condições de executar essa tarefa sozinhos. “Pesquisas mostram que cresce a consciência da população com o lixo, mas ainda existe um abismo entre preocupação e efetivo avanço”, comentou a prefeita.

Efetivamente a usina ainda não está operando. A expectativa é de que a autorização final seja concedida em 15 dias. O último passo iniciar as operações é um teste da emissão de gases, que será acompanhado pela Fepam. Em operação, a termelétrica terá condições de produzir 8,55 MW. Na potência máxima, chegará a 15 MW. A energia produzida terá capacidade de atender a uma cidade com 200 mil habitantes, o que representa quase a totalidade dos municípios gaúchos (apenas nove têm população superior a isso, segundo o Censo 2010). Parte da energia será leiloada, e outra terá livre comercialização. Esse é o primeiro projeto no mundo certificado pela ONU para créditos de carbono de usina térmica.

Saiba como funciona a unidade biotérmica

O lixo recolhido na Capital e 130 cidades é transportado até o aterro.

São utilizadas cavas de mineração do carvão, onde é feita a impermeabilização do solo e, em seguida o depósito dos resíduos.

O depósito é feito em camadas e coberto.

Tubos instalados dentro e no entorno captam o gás metano, produzido pela decomposição do lixo.

O gás normalmente é queimado e lançado na atmosfera, provocando emissão de CO².

Com a usina, o gás se torna energia limpa, reduzindo o efeito estufa.

A usina evitará que 170 mil toneladas de CO² sejam jogadas no ar por ano.

Além disso, não afetará a flora e fauna e não poluirá mananciais.

Após a retirada do gás e decomposição, o aterro é consolidado com a recuperação ambiental.

Três aterros já foram fechados

A problemática da destinação do lixo é tão grande que Porto Alegre optou por transportar mais de 2 toneladas de resíduos por dia para Minas do Leão, a uma distância de 80 quilômetros. Diariamente são realizadas 87 viagens de caminhão para transportar esse volume de lixo. Mensalmente são gastos R$ 4 milhões por mês neste serviço. A Capital produz cerca de 2,2 mil toneladas de lixo por dia, sendo que 110 são de resíduos reciclados (usados nas Unidades de Triagem) e o restante vai para o aterro.

Pelo grande volume de lixo produzido, Porto Alegre já fechou três aterros. O primeiro utilizado estava localizado no 4º distrito, junto à região do aeroporto Salgado Filho. O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, reconheceu que até hoje há dificuldades na ocupação da área em função dos gases existentes.

Outro foi construído na zona Sul da cidade, que rapidamente se esgotou. Uma alternativa foi firmar um convênio com o município de Gravataí no aterro Santa Tecla, mas aconteceu o mesmo. Assim, desde 2001, passou a ser levado a Minas do Leão. “É o único capaz de receber a quantidade de lixo gerada diariamente”, explicou o diretor do DMLU, André Carús.

Mais duas usinas a caminho do RS

O Grupo Solví quer inaugurar mais duas usinas de biogás no Estado, nos aterros sanitários de São Leopoldo e Santa Maria. Em ambos os casos, a empresa já possui as licenças prévias. Cada uma terá investimento em torno de R$ 15 milhões e capacidade para produzir 1,5 MW. Além disso, está em formatação o projeto da unidade de Pelotas. No aterro, além do gas do lixo, será produzida energia com a queima de casca de arroz.

Deverão ser instalados ainda outros três aterros no RS, em Viamão, Victor Graeff e Pelotas. “Estamos fazendo os estudos ambientais e falta ainda uma audiência pública, após isso recebemos a licença de instalação”, disse o presidente da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), Mauro Renan. A previsão é de que os aterros comecem a operar até o final do ano que vem. Cada usina custará cerca de R$ 40 milhões na fase inicial.

As técnicas de geração de energia por meio do gás produzido do lixo (metano) ainda engatinham no Brasil. A sua principal característica é que resolve dois problemas das grandes cidades: produção de grande volume de lixo e geração de energia limpa.

Para estimular a construção de usinas neste perfil, há subsídios do governo federal na tarifa de transmissão da energia produzida, o que torna o produto mais competitivo no mercado. Atualmente no Brasil operam poucas usinas similares.

Fonte: Correio do Povo, página 15 de 3 de junho de 2015.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Conade completa 16 anos, por Jorge Amaro de Souza Borges

O primeiro dia do mês de junho é de grande significado para a participação social. Nesta data, em 1999, era instituído o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), com a tarefa de ser um espaço de interlocução da sociedade civil com a esfera governamental na avaliação e implementação das políticas públicas voltadas a este grupo, que hoje representa 23,4% da população brasileira.

Mas afinal, por que participar? Primeiro, por uma necessidade de aperfeiçoar a democracia garantindo, assim, voz aos indivíduos que a história oprimiu. Segundo, para que haja um processo educativo onde as diferenças sejam internalizadas como parte da diversidade humana.

Ao longo destes 16 anos, temos o que comemorar. O Conade atuou ativamente nas principais conquistas deste período como na elaboração do decreto 5.296/ 2004, que foi um marco na questão da acessibilidade no país. Depois, em 2007, participou do processo de construção e adoção, pelo governo brasileiro, da Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. E ainda organizou três conferências nacionais (em 2004, 2006, 2012) as quais disseminaram um sentimento de cidadania nas pessoas com deficiência.

Não podemos deixar de destacar a figura do finado Adilso Ventura, cego, que foi a primeira pessoa com deficiência eleita para dirigir o Conselho, demonstrando que os espaços são garantidos a partir da luta e que nunca e um processo natural, sem rupturas.

Mas quais seriam os desafios de hoje? Bom, primeiro, é cada vez mais necessário que as pessoas estejam preparadas para participar e que compreendam a dimensão dos Conselhos no planejamento das políticas públicas. Segundo, se por um lado temos conselhos em todos os estados e no Distrito Federal, na esfera municipal eles ainda compõem pouco mais de 10% do país. Desta forma, ampliar o número de conselhos com qualidade na sua atuação, seja na formação como na estrutura, deve estar no horizonte das lutas contemporâneas.

Por fim, como a própria proposta de tema da quarta Conferência Nacional instiga, é fundamental que possamos exercitar a transversalidade. O Conade e a rede de conselhos precisam estabelecer diálogos com outros atores e cada vez mais identificarem-se como sujeitos no arcabouço dos direitos humanos. Vida longa ao Conade e a todos que labutam todos os dias por mais direitos humanos às pessoas com deficiência.

Servidor da Faders

Fonte: Correio do Povo, página 2 de 1° de junho de 2015.

Implementação de bibliotecas

A lei 12.244/10 determina que as instituições públicas e privadas de ensino deverão ter uma biblioteca por estabelecimento. Essa universalização, contudo, não vem se dando de forma ampla, principalmente nas escolas públicas, o que compromete o atingimento dessa meta. Para que o objetivo final seja alcançado, seria necessário que mil bibliotecas fossem implementadas fossem implantadas por mês. Atualmente, 53% das 120,5 mil escolas públicas do país não têm esse espaço disponibilizado para os alunos. A norma aprovada define como biblioteca escolar “a coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura” e prevê um prazo de dez anos para a universalização. Já se passaram cinco e até agora a maior parte das escolas permanece sem sala de leitura. Em relação ao montante de obras, ela prevê um título por aluno.

Não há como deixar de exigir o cumprimento dessa lei na sua integridade. O Brasil precisa elevar seu desempenho em matéria de educação, matéria-prima imprescindível para o desenvolvimento do país e para a melhoria das condições de vida da população. Nesse processo, a leitura exerce uma poderosa influência ao despertar nos leitores, principalmente nos ciclos básicos e fundamental, o interesse pela informação e pela aquisição de conhecimentos. Somente assim teremos uma sociedade apta a interagir com o futuro e com as novas tecnologias, melhorando nossa produtividade e gerando empregos e renda para todos.

Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 1° de junho de 2015, página 2.

domingo, 31 de maio de 2015

Sagrada democracia, por Jarbas Lima

Democracia é o governo do povo. Só existe enquanto seus ideais e valores se concretizam nos fatos. Democracia autêntica jamais será idêntica a uma democracia ideal. Hoje é também um vocábulo honorífico. Todos querem ser ou parecer democratas. É de T. S. Eliot a advertência: “Quando um termo se santifica universalmente como democracia, começo a imaginar se ele exprime algo, ao significar coisas demais”. Nas democracias modernas três características são essenciais: a) a lei da maioria; b) os mecanismos eletivos; c) a transmissão representativa do poder. Povo é a maioria que ganhou o poder.

Na democracia, o Estado está a serviço dos cidadãos e não estes a serviço daquele. O governo existe para o povo, não vice-versa. Na democracia a sociedade tem precedência sobre o Estado. “Demos” precede a “cracia”. Daí a célebre expressão de Lincoln, no discurso de Gettysburg, em 1863, “governo do povo, pelo povo e para o povo”.

A democracia liberal, nos seus primórdios excluía os mais pobres. Por muito tempo foi desconsiderado o voto feminino e dos analfabetos. Tocqueville ensinou que “o conhecimento é um recurso político”. No Brasil, os direitos políticos se desenvolveram antes dos direitos civis. A chamada Nova República foi nova apenas no direito de escolher governantes. São velhas as suas práticas eleitorais, a irresponsabilidade dos eleitos, o nepotismo, o clientelismo, o seu patrimonialismo, a corrupção. A maldição histórica da pestilenta corrupção. José Bonifácio, o Patriarca da Independência, observou que a escravidão era o câncer que corroía as entranhas da Nação. Se vivesse hoje diria que o câncer é a falta de vergonha, o assalto aos cofres públicos, o saque ao dinheiro da saúde, da educação, da segurança, do pobre, do faminto, da criança, do idoso. Sábio, Ortega y Gasset: “Não se trata de questão de aceitar o nosso tempo. Cada época traz consigo sua norma e sua anormalidade, seus imperativos e suas falsificações”. O ronco dos porcos que chafurdam nas burras públicas está abafando a reação da decência, da honestidade, da dignidade. O que estão fazendo, ou já fizeram, com a nossa sagrada democracia?

Professor de Direito

Fonte: Correio do Povo, página 2 de 31 de maio de 2015.

Confraria Menino Deus - 31.5.2015

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