domingo, 1 de março de 2015
Investigação aponta que morte de opositor russo foi minunciosamente planejada
A morte do opositor russo e antigo vice-primeiro-ministro Boris
Nemtsov, na noite de ontem (27), no centro de Moscou, foi
"minuciosamente planejada", informaram hoje (27) os responsáveis pela
investigação.
"Não há qualquer dúvidas de que este crime foi minuciosamente planejado, tal como o lugar escolhido para o assassinato [na Ponte de Pedra, ao lado do Kremlin], destacou a comissão de investigação em comunicado. "Tudo indica que a arma usada foi uma pistola Makarov - revólver utilizado pelas forças policiais e pelo Exército russo", prossegue o texto.
Os
investigadores encontraram também, no local do crime, seis cápsulas de
munições de calibre 9 milímetros, provenientes de diferentes
fabricantes, o que torna mais difícil rastrear a sua origem.
"Boris Nemtsov dirigia-se com a sua companheira para casa, próxima ao local do crime. É evidente que os organizadores e os autores do crime estavam informados do seu trajeto", concluiu a comissão responsável pela investigação. Segundo o comunicado, testemunhas do crime foram interrogadas pelos investigadores.
Boris Nemtsov, de 55 anos, do Partido Republicano da Rússia, foi alvejado na noite de ontem (27) quando passeava perto do Kremlin.
Entre os vários cargos políticos ocupados por Nemtsov estão o de governador da região de Nizhny Novgorod – no centro da Federação russa –, além de deputado e vice-primeiro-ministro no final dos anos 1990, sob a presidência de Boris Yeltsin. Depois de sair do Parlamento, em 2003, ajudou a criar e liderou vários partidos e grupos da oposição.
Agência Lusa e Agência Brasil
"Não há qualquer dúvidas de que este crime foi minuciosamente planejado, tal como o lugar escolhido para o assassinato [na Ponte de Pedra, ao lado do Kremlin], destacou a comissão de investigação em comunicado. "Tudo indica que a arma usada foi uma pistola Makarov - revólver utilizado pelas forças policiais e pelo Exército russo", prossegue o texto.
Saiba Mais
"Boris Nemtsov dirigia-se com a sua companheira para casa, próxima ao local do crime. É evidente que os organizadores e os autores do crime estavam informados do seu trajeto", concluiu a comissão responsável pela investigação. Segundo o comunicado, testemunhas do crime foram interrogadas pelos investigadores.
Boris Nemtsov, de 55 anos, do Partido Republicano da Rússia, foi alvejado na noite de ontem (27) quando passeava perto do Kremlin.
Entre os vários cargos políticos ocupados por Nemtsov estão o de governador da região de Nizhny Novgorod – no centro da Federação russa –, além de deputado e vice-primeiro-ministro no final dos anos 1990, sob a presidência de Boris Yeltsin. Depois de sair do Parlamento, em 2003, ajudou a criar e liderou vários partidos e grupos da oposição.
Agência Lusa e Agência Brasil
Prevenção da osteoporose deve começar na infância, recomenda ortopedista
Os cuidados para prevenir a osteoporose devem ter início ainda na
infância, recomenda o diretor de Relações Institucionais do Comitê de
Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia (Sbot),
Márcio Passini. “O nosso esqueleto vai sendo trocado sistematicamente,
porque a gente vai crescendo”, destaca o profissional.
Segundo Passin, na infância, esse processo é mais rápido. Depois, na idade madura, pelo menos 6% do esqueleto são trocados por ano. Quando a pessoa faz uma atividade física, isso estimula o osso a ser mais forte. O diretor lembra, entretanto, que esse processo não ocorre da noite para o dia e que é preciso um tempo para que o esqueleto se adapte à nova necessidade.
O exame chamado densitometria, surgido em 1992, passou a medir a densidade mineral óssea, isto é, a quantidade de cálcio. “Foi um divisor de águas, porque passou a permitir que as pessoas que estavam se tratando de osteoporose soubessem se estavam melhorando. Com isso, foi possível verificar quais medicamentos funcionavam bem.”
Em 1994, vários países fizeram padrões para a densitometria de acordo com a sua população. Um estudo foi feito por médicos italianos com um conjunto de pessoas de 35 anos de idade para mostrar quais eram os padrões. Em 2004, repetiram o estudo, com uma população semelhante à anterior. “E levaram um susto, porque viram que, em dez anos, a nova população tinha 10% menos massa óssea do que a população anterior. Dez por cento [em dez anos] significam 1% ao ano”, ressalta Passini.
Segundo o ortopedista, a população idosa está evoluindo, mas a população osteoporótica cresce mais ainda. “Tem mais idoso com osteoporose do que tinha há dez ou 20 anos”. De acordo com ele, essa transformação está relacionada aos hábitos cultivados desde a infância e a juventude, conhecidos como hábitos deletérios. É o caso da criança que parou de tomar leite e passou a consumir mais refrigerante.
Passini disse que a uma das preocupações, entretanto, está na adolescência, etapa em que a pessoa forma massa muscular que, ao se desenvolver, força o osso a ter uma qualidade melhor. O médico lembra que, antigamente, havia muitas fraturas em crianças, até os 12 anos de idade, e depois só fraturas por acidentes graves, porque o osso ia ficando cada vez mais forte. De acordo com o especialista, hoje o quadro é outro. Ele destaca que os adolescentes pararam de competir em quadras esportivas e passaram a competir em jogos de computador.
Na população idosa, está havendo um crescimento de osteoporose em torno de 10%, estima Passini. “A gente vai ter, no futuro, praticamente todos os idosos osteoporóticos, o que poderá levar a uma situação de calamidade pública”. Apesar da expansão do tratamento da osteoporose, o número de fraturas osteoporóticas vem aumentando. A doença, frisou o médico, é desproporcional ao crescimento da população com mais idade.
Embora não haja números estatisticamente suficientes, Passini diz que, em função dos hábitos adquiridos a partir da infância, está aumentando a proporção de pessoas que têm osteoporose acima dos 50 anos. "Não atingimos ainda o nível de desenvolvimento de populações mais idosas como existe no Japão. Mas a gente acredita que a nossa população osteoporótica vai crescer e vai se igualar à de outras partes do mundo.”
Agência Brasil
Segundo Passin, na infância, esse processo é mais rápido. Depois, na idade madura, pelo menos 6% do esqueleto são trocados por ano. Quando a pessoa faz uma atividade física, isso estimula o osso a ser mais forte. O diretor lembra, entretanto, que esse processo não ocorre da noite para o dia e que é preciso um tempo para que o esqueleto se adapte à nova necessidade.
O exame chamado densitometria, surgido em 1992, passou a medir a densidade mineral óssea, isto é, a quantidade de cálcio. “Foi um divisor de águas, porque passou a permitir que as pessoas que estavam se tratando de osteoporose soubessem se estavam melhorando. Com isso, foi possível verificar quais medicamentos funcionavam bem.”
Em 1994, vários países fizeram padrões para a densitometria de acordo com a sua população. Um estudo foi feito por médicos italianos com um conjunto de pessoas de 35 anos de idade para mostrar quais eram os padrões. Em 2004, repetiram o estudo, com uma população semelhante à anterior. “E levaram um susto, porque viram que, em dez anos, a nova população tinha 10% menos massa óssea do que a população anterior. Dez por cento [em dez anos] significam 1% ao ano”, ressalta Passini.
Segundo o ortopedista, a população idosa está evoluindo, mas a população osteoporótica cresce mais ainda. “Tem mais idoso com osteoporose do que tinha há dez ou 20 anos”. De acordo com ele, essa transformação está relacionada aos hábitos cultivados desde a infância e a juventude, conhecidos como hábitos deletérios. É o caso da criança que parou de tomar leite e passou a consumir mais refrigerante.
Passini disse que a uma das preocupações, entretanto, está na adolescência, etapa em que a pessoa forma massa muscular que, ao se desenvolver, força o osso a ter uma qualidade melhor. O médico lembra que, antigamente, havia muitas fraturas em crianças, até os 12 anos de idade, e depois só fraturas por acidentes graves, porque o osso ia ficando cada vez mais forte. De acordo com o especialista, hoje o quadro é outro. Ele destaca que os adolescentes pararam de competir em quadras esportivas e passaram a competir em jogos de computador.
Na população idosa, está havendo um crescimento de osteoporose em torno de 10%, estima Passini. “A gente vai ter, no futuro, praticamente todos os idosos osteoporóticos, o que poderá levar a uma situação de calamidade pública”. Apesar da expansão do tratamento da osteoporose, o número de fraturas osteoporóticas vem aumentando. A doença, frisou o médico, é desproporcional ao crescimento da população com mais idade.
Embora não haja números estatisticamente suficientes, Passini diz que, em função dos hábitos adquiridos a partir da infância, está aumentando a proporção de pessoas que têm osteoporose acima dos 50 anos. "Não atingimos ainda o nível de desenvolvimento de populações mais idosas como existe no Japão. Mas a gente acredita que a nossa população osteoporótica vai crescer e vai se igualar à de outras partes do mundo.”
Agência Brasil
Dilma: desoneração da folha de pagamentos é importante, mas precisa de ajustes
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (28) que a
desoneração da folha de pagamentos é um instrumento importante “que vai
permanecer” no país. “Agora, em certas conjunturas, tem de ser
reajustado, ou para cima, ou para baixo. Agora, foi para cima”, disse ao
referir-se ao aumento das alíquotas a serem pagas pelas empresas,
anunciado nessa sexta-feira (27) pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Em entrevista a jornalistas no Uruguai, perguntada se a política de desoneração foi grosseira como disse o ministro, Dilma respondeu: "A desoneração da folha foi importantíssima e continua sendo. Se ela não fosse importante, nós tínhamos eliminado e simplesmente abandonado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do adjetivo. Agora, o fato é que tanto o ministro como todos os setores estão comprometidos com uma melhoria das condições fiscais do país. Ela é, hoje, a desoneração da folha, uma realidade. O que nós garantimos é que haja um reajuste nas condições", reforçou.
Dilma fica no Uruguai até amanhã (1º) para participar da cerimônia de posse do novo presidente, Tabaré Vázquez, que assume o cargo em substituição a José Mujica. Perguntada por jornalistas se reconhece erros da política econômica adotada pela equipe anterior de governo, Dilma respondeu: “Quando a realidade muda, a gente muda”. A presidenta citou o exemplo dos recentes reajustes de tarifas de energia elétrica. “É impossível achar, por exemplo, que a tarifa de energia decorre de erros. A tarifa de energia decorre das chuvas. Quando aumenta a chuva, diminui a tarifa de energia”, exemplificou.
A Medida Provisória (MP) 669, publicada ontem no Diário Oficial da União, aumenta as alíquotas para 2,5% (para os setores que pagavam 1%) e para 4,5% (para as empresas que pagavam 2%). As mudanças entram em vigor em julho.
A MP também permitiu que as empresas de cada setor beneficiado escolham se querem permanecer no regime especial ou se voltam ao sistema antigo, em que pagam 20% da folha de pagamento. O governo pretende economizar R$ 5,35 bilhões em 2015 com a medida.
Sobre a crise econômica, a presidenta disse que o país vai sair dela mais forte. ”O Brasil tem fundamentos sólidos. Passamos dificuldades conjunturais e isso garantirá que o Brasil saia em outro patamar, podendo continuar a crescer, garantindo empregos que nós criamos e garantindo renda que nós conquistamos."
No país vizinho, Dilma participou neste sábado da inauguração do Parque Eólico Artilleros, construído em parceria entre o Uruguai e o Brasil.
Agência Brasil
Em entrevista a jornalistas no Uruguai, perguntada se a política de desoneração foi grosseira como disse o ministro, Dilma respondeu: "A desoneração da folha foi importantíssima e continua sendo. Se ela não fosse importante, nós tínhamos eliminado e simplesmente abandonado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do adjetivo. Agora, o fato é que tanto o ministro como todos os setores estão comprometidos com uma melhoria das condições fiscais do país. Ela é, hoje, a desoneração da folha, uma realidade. O que nós garantimos é que haja um reajuste nas condições", reforçou.
Dilma fica no Uruguai até amanhã (1º) para participar da cerimônia de posse do novo presidente, Tabaré Vázquez, que assume o cargo em substituição a José Mujica. Perguntada por jornalistas se reconhece erros da política econômica adotada pela equipe anterior de governo, Dilma respondeu: “Quando a realidade muda, a gente muda”. A presidenta citou o exemplo dos recentes reajustes de tarifas de energia elétrica. “É impossível achar, por exemplo, que a tarifa de energia decorre de erros. A tarifa de energia decorre das chuvas. Quando aumenta a chuva, diminui a tarifa de energia”, exemplificou.
A Medida Provisória (MP) 669, publicada ontem no Diário Oficial da União, aumenta as alíquotas para 2,5% (para os setores que pagavam 1%) e para 4,5% (para as empresas que pagavam 2%). As mudanças entram em vigor em julho.
A MP também permitiu que as empresas de cada setor beneficiado escolham se querem permanecer no regime especial ou se voltam ao sistema antigo, em que pagam 20% da folha de pagamento. O governo pretende economizar R$ 5,35 bilhões em 2015 com a medida.
Sobre a crise econômica, a presidenta disse que o país vai sair dela mais forte. ”O Brasil tem fundamentos sólidos. Passamos dificuldades conjunturais e isso garantirá que o Brasil saia em outro patamar, podendo continuar a crescer, garantindo empregos que nós criamos e garantindo renda que nós conquistamos."
No país vizinho, Dilma participou neste sábado da inauguração do Parque Eólico Artilleros, construído em parceria entre o Uruguai e o Brasil.
Agência Brasil
Em vez de punição, Dinamarca oferece reabilitação para jovens extremistas
Os
atentados ocorridos em Copenhague, capital da Dinamarca, nos dias 14 e
15 de fevereiro, levaram o governo a anunciar um plano de combate ao
terrorismo que prevê investimentos de quase 1 bilhão de coroas
dinamarquesas (R$ 432 milhões) na ampliação da força policial e na
melhoria dos serviços de inteligência e segurança. Mesmo assim, o país é
reconhecido por sua abordagem “suave” com os jovens que deixaram a
terra natal para lutar por grupos terroristas.
Estimativas do serviço de segurança e inteligência da Dinamarca apontam que cerca de 100 cidadãos deixaram o país rumo à Síria e ao Iraque. Em uma nação com cerca de 5,6 milhões de habitantes, o número é representativo e faz da Dinamarca o segundo país da Europa Ocidental, depois da Suécia, com o maior número de europeus jihadistas proporcionalmente à população.
Diferentemente de nações europeias como Reino Unido e França, onde a lei antiterrorismo é rigorosa, na Dinamarca nenhum cidadão pode ser preso ou ter o passaporte confiscado pelo fato de ter viajado para a Síria ou Iraque, a menos que haja comprovação de que cometeu algum crime durante sua ausência do país. O que fazer, então, com aqueles que engrossaram as fileiras terroristas e estão retornando para casa?
Em Aarhus, segunda maior cidade da Dinamarca, com cerca de 330 mil habitantes, um programa de reabilitação de jovens extremistas se tornou modelo não só para a capital, Copenhague, mas também por outros países que visitam o município em busca de informações. O prefeito de Aarhus, Jacob Bundsgaard, foi convidado pela Casa Branca para participar da última cúpula sobre como conter o extremismo, em Washington, nos Estados Unidos, no dia 18 de fevereiro.
O programa, gerido conjuntamente pela prefeitura e pela polícia de Aarhus desde 2007, não sofreu alterações depois dos atentados de Copenhague. Seus coordenadores ainda acreditam que reintegrar é melhor que punir.
Assim como qualquer outro cidadão dinamarquês, jovens extremistas que foram ou não para a Síria recebem oportunidades de educação, apoio na busca de emprego e moradia, acesso a serviços médicos e atendimento psicológico. Cada jovem é acompanhado por um mentor, pessoa do mesmo meio e religião que o assistido, e responsável por aconselhá-lo e ajudá-lo a enxergar novos caminhos. O programa não tenta mudar as crenças dos participantes, desde que elas não incitem a violência.
Quem coordena e orienta o grupo de mentores é o psicólogo Preben Bertelsen, da Universidade de Aarhus. Ele também oferece atendimento psicológico aos participantes. São jovens de classe média, muitos deles universitários, com idade entre 15 e 25 anos, nascidos na Dinamarca, mas descendentes de imigrantes. Alguns herdaram a religião muçulmana dos pais, outros são recém-convertidos. “Em comum, eles têm experiência de exclusão e racismo; sentem-se diferentes dos outros dinamarqueses. Estão em busca de uma identidade e de respostas para dúvidas existenciais”, enfatiza o psicólogo.
Bertelsen conta que a motivação principal daqueles que deixaram a estabilidade de seu lar, em Aarhus, pela incerteza do que encontrariam na Síria, é a crença religiosa. “Eles foram convencidos a lutar pelo plano de Deus. Mas muitos, quando chegaram lá, depararam com todos os tipos de maldade e corrupção. Ficaram decepcionados. Voltaram frustrados. Muitos sofreram ou sofrem desordem pós-traumática e perderam a fé na humanidade”. O psicólogo acredita que uma medida punitiva, em casos como esses, poderia agravar a situação. “Se forem abandonados ou punidos, podem se radicalizar ainda mais, tornando-se uma perigo para a sociedade”, salienta.
Dos dinamarqueses que foram para a Síria, 31 são de Aarhus e 22 deles frequentavam a mesquita salafista de Grimhojvej, que fica em Braband, a poucos metros do distrito de Gellerup, área popularmente conhecida como gueto de Aarhus, onde mais de 80% dos moradores são imigrantes, a maioria da Somália, Turquia e de países árabes. Em 2014, ao perceberem que o centro religioso poderia ter ligação com a radicalização dos jovens, representantes da prefeitura e da polícia passaram a se reunir com líderes da mesquita periodicamente.
A mesquita de Grimhojvej funciona em um velho prédio industrial e só é possível identificá-la pela placa na entrada. Ali, cerca de 300 fiéis atendem às preces nas sextas-feiras. O presidente do centro religioso, Ossama El Saadi, disse à Agência Brasil que “compreende a atitude dos que foram ajudar seus irmãos na Síria”, mas observou que tem incentivado os jovens que retornaram à Dinamarca a respeitar e aceitar as regras do país em que vivem. Apesar de não condenar o Estado Islâmico, El Saadi garante que a mesquita “não tem visões extremistas, como dizem alguns políticos, mas moderadas”.
Dos que foram para a Síria, cinco morreram, dez ainda estão fora e 16 retornaram. Todos os que voltaram foram chamados pela polícia para uma conversa e convidados – não obrigados – a se integrar ao programa. Seis recusaram e seguiram suas vidas, sob acompanhamento discreto do serviço de inteligência; dez resolveram participar e receberam diferentes graus de apoio, conforme a necessidade.
O coordenador do programa na prefeitura de Aarhus, Toke Agerschou, observa que, além da reabilitação, um trabalho intensivo de prevenção contra o extremismo é realizado continuamente na cidade. Cerca de 140 workshops sobre o assunto já foram promovidos com a participação de estudantes (crianças, adolescentes e jovens), famílias e membros da comunidade. Mais de 100 pessoas atuam como “olheiros”, alertando a polícia em caso de qualquer indício de radicalização. O Centro de Informações, montado especificamente para o programa, já recebeu mais de 130 notificações. Entre elas, várias denúncias.
Para Toke, a prova de que o programa – considerado inocente e suave por líderes políticos da oposição – funciona de verdade é o fato de que, de 2013 para 2014, o número de jovens que deixaram Aarhus rumo à Síria caiu de 31 para um. Em 2015, ainda não há registros. “Não estamos camuflando os dados, esses números são reais. Os resultados estão aí. Além disso, as pessoas que voltaram foram ajudadas e conseguiram retomar suas vidas”.
Com os atentados que chocaram Copenhague, no início deste mês – cometidos por um jovem dinamarquês, de descendência palestina, que tinha acabado de sair da prisão –, o comissário-chefe da Polícia de Aarhus, Jorgen Illum, está ainda mais certo de que a abordagem do programa de reabilitação é correta. “É importante ter uma legislação que deixe claro que atos criminosos são inaceitáveis. Mas também é muito importante trabalhar na prevenção. Se a abordagem for muito dura, se colocarmos as pessoas na cadeia, corremos o risco de radicalizá-las ainda mais.”
Agência Brasil
Estimativas do serviço de segurança e inteligência da Dinamarca apontam que cerca de 100 cidadãos deixaram o país rumo à Síria e ao Iraque. Em uma nação com cerca de 5,6 milhões de habitantes, o número é representativo e faz da Dinamarca o segundo país da Europa Ocidental, depois da Suécia, com o maior número de europeus jihadistas proporcionalmente à população.
Diferentemente de nações europeias como Reino Unido e França, onde a lei antiterrorismo é rigorosa, na Dinamarca nenhum cidadão pode ser preso ou ter o passaporte confiscado pelo fato de ter viajado para a Síria ou Iraque, a menos que haja comprovação de que cometeu algum crime durante sua ausência do país. O que fazer, então, com aqueles que engrossaram as fileiras terroristas e estão retornando para casa?
Em Aarhus, segunda maior cidade da Dinamarca, com cerca de 330 mil habitantes, um programa de reabilitação de jovens extremistas se tornou modelo não só para a capital, Copenhague, mas também por outros países que visitam o município em busca de informações. O prefeito de Aarhus, Jacob Bundsgaard, foi convidado pela Casa Branca para participar da última cúpula sobre como conter o extremismo, em Washington, nos Estados Unidos, no dia 18 de fevereiro.
O programa, gerido conjuntamente pela prefeitura e pela polícia de Aarhus desde 2007, não sofreu alterações depois dos atentados de Copenhague. Seus coordenadores ainda acreditam que reintegrar é melhor que punir.
Assim como qualquer outro cidadão dinamarquês, jovens extremistas que foram ou não para a Síria recebem oportunidades de educação, apoio na busca de emprego e moradia, acesso a serviços médicos e atendimento psicológico. Cada jovem é acompanhado por um mentor, pessoa do mesmo meio e religião que o assistido, e responsável por aconselhá-lo e ajudá-lo a enxergar novos caminhos. O programa não tenta mudar as crenças dos participantes, desde que elas não incitem a violência.
Quem coordena e orienta o grupo de mentores é o psicólogo Preben Bertelsen, da Universidade de Aarhus. Ele também oferece atendimento psicológico aos participantes. São jovens de classe média, muitos deles universitários, com idade entre 15 e 25 anos, nascidos na Dinamarca, mas descendentes de imigrantes. Alguns herdaram a religião muçulmana dos pais, outros são recém-convertidos. “Em comum, eles têm experiência de exclusão e racismo; sentem-se diferentes dos outros dinamarqueses. Estão em busca de uma identidade e de respostas para dúvidas existenciais”, enfatiza o psicólogo.
Bertelsen conta que a motivação principal daqueles que deixaram a estabilidade de seu lar, em Aarhus, pela incerteza do que encontrariam na Síria, é a crença religiosa. “Eles foram convencidos a lutar pelo plano de Deus. Mas muitos, quando chegaram lá, depararam com todos os tipos de maldade e corrupção. Ficaram decepcionados. Voltaram frustrados. Muitos sofreram ou sofrem desordem pós-traumática e perderam a fé na humanidade”. O psicólogo acredita que uma medida punitiva, em casos como esses, poderia agravar a situação. “Se forem abandonados ou punidos, podem se radicalizar ainda mais, tornando-se uma perigo para a sociedade”, salienta.
Dos dinamarqueses que foram para a Síria, 31 são de Aarhus e 22 deles frequentavam a mesquita salafista de Grimhojvej, que fica em Braband, a poucos metros do distrito de Gellerup, área popularmente conhecida como gueto de Aarhus, onde mais de 80% dos moradores são imigrantes, a maioria da Somália, Turquia e de países árabes. Em 2014, ao perceberem que o centro religioso poderia ter ligação com a radicalização dos jovens, representantes da prefeitura e da polícia passaram a se reunir com líderes da mesquita periodicamente.
A mesquita de Grimhojvej funciona em um velho prédio industrial e só é possível identificá-la pela placa na entrada. Ali, cerca de 300 fiéis atendem às preces nas sextas-feiras. O presidente do centro religioso, Ossama El Saadi, disse à Agência Brasil que “compreende a atitude dos que foram ajudar seus irmãos na Síria”, mas observou que tem incentivado os jovens que retornaram à Dinamarca a respeitar e aceitar as regras do país em que vivem. Apesar de não condenar o Estado Islâmico, El Saadi garante que a mesquita “não tem visões extremistas, como dizem alguns políticos, mas moderadas”.
Dos que foram para a Síria, cinco morreram, dez ainda estão fora e 16 retornaram. Todos os que voltaram foram chamados pela polícia para uma conversa e convidados – não obrigados – a se integrar ao programa. Seis recusaram e seguiram suas vidas, sob acompanhamento discreto do serviço de inteligência; dez resolveram participar e receberam diferentes graus de apoio, conforme a necessidade.
O coordenador do programa na prefeitura de Aarhus, Toke Agerschou, observa que, além da reabilitação, um trabalho intensivo de prevenção contra o extremismo é realizado continuamente na cidade. Cerca de 140 workshops sobre o assunto já foram promovidos com a participação de estudantes (crianças, adolescentes e jovens), famílias e membros da comunidade. Mais de 100 pessoas atuam como “olheiros”, alertando a polícia em caso de qualquer indício de radicalização. O Centro de Informações, montado especificamente para o programa, já recebeu mais de 130 notificações. Entre elas, várias denúncias.
Para Toke, a prova de que o programa – considerado inocente e suave por líderes políticos da oposição – funciona de verdade é o fato de que, de 2013 para 2014, o número de jovens que deixaram Aarhus rumo à Síria caiu de 31 para um. Em 2015, ainda não há registros. “Não estamos camuflando os dados, esses números são reais. Os resultados estão aí. Além disso, as pessoas que voltaram foram ajudadas e conseguiram retomar suas vidas”.
Com os atentados que chocaram Copenhague, no início deste mês – cometidos por um jovem dinamarquês, de descendência palestina, que tinha acabado de sair da prisão –, o comissário-chefe da Polícia de Aarhus, Jorgen Illum, está ainda mais certo de que a abordagem do programa de reabilitação é correta. “É importante ter uma legislação que deixe claro que atos criminosos são inaceitáveis. Mas também é muito importante trabalhar na prevenção. Se a abordagem for muito dura, se colocarmos as pessoas na cadeia, corremos o risco de radicalizá-las ainda mais.”
Agência Brasil
ONG organiza "telefonaço" contra aumento de benefícios dos deputados
A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), de aprovar dispositivo que dá direito aos cônjuges de
deputados a usar passagens
áreas pagas pela Casa, entre seus estados de origem e Brasília, tem
mobilizado as redes sociais. Antes do meio-dia deste sábado (28) um
abaixo-assinado virtual promovido pela Avaaz – organização não governamental (ONG) em prol de causas sociais – já contava mais de 200 mil assinaturas.
A expectativa é que até terça-feira (3) a meta de 500 mil adesões seja atingida, e um "telefonaço" seja feito para a presidência da Câmara com objetivo de que a Casa desista de conceder o beneficio. A ONG também pretende colocar em painéis de destaque os nomes dos deputados que aceitaram o aumento da verba. Outra medida que está em estudo, segundo o coordenador de campanhas da Avaaz, Diego Casaes, é entregar pessoalmente as assinaturas aos parlamentares.
“É no mínimo um abuso. Num momento de tantas dificuldades financeiras, em que o próprio Congresso quer votar medidas para diminuir orçamento em ministérios e de outras áreas do governo, como é que eles mesmos aumentam seus benefícios? Não dá para o brasileiro ficar em dificuldade enquanto deputados legislam sobre seus próprios benefícios”, acrescentou Diego.
Anunciado na última quarta-feira (25), o pacote de medidas aprovado pela Mesa da Câmara faz parte das promessas de campanha de Cunha para a presidência da Casa. Além da novidade das passagens para cônjuges, o chamado "cotão" (verba indenizatória) teve reajuste de 8%, passando de R$ 27.977,26 para R$ 30.215,44 – o menor valor recebido por deputados, no caso, os do Distrito Federal. O maior é destinado aos deputados de Roraima e passará de R$ 41.612,80 para R$ 44.941,62.
Agência Brasil
A expectativa é que até terça-feira (3) a meta de 500 mil adesões seja atingida, e um "telefonaço" seja feito para a presidência da Câmara com objetivo de que a Casa desista de conceder o beneficio. A ONG também pretende colocar em painéis de destaque os nomes dos deputados que aceitaram o aumento da verba. Outra medida que está em estudo, segundo o coordenador de campanhas da Avaaz, Diego Casaes, é entregar pessoalmente as assinaturas aos parlamentares.
“É no mínimo um abuso. Num momento de tantas dificuldades financeiras, em que o próprio Congresso quer votar medidas para diminuir orçamento em ministérios e de outras áreas do governo, como é que eles mesmos aumentam seus benefícios? Não dá para o brasileiro ficar em dificuldade enquanto deputados legislam sobre seus próprios benefícios”, acrescentou Diego.
Anunciado na última quarta-feira (25), o pacote de medidas aprovado pela Mesa da Câmara faz parte das promessas de campanha de Cunha para a presidência da Casa. Além da novidade das passagens para cônjuges, o chamado "cotão" (verba indenizatória) teve reajuste de 8%, passando de R$ 27.977,26 para R$ 30.215,44 – o menor valor recebido por deputados, no caso, os do Distrito Federal. O maior é destinado aos deputados de Roraima e passará de R$ 41.612,80 para R$ 44.941,62.
Agência Brasil
Sartori não garante pagamento dos servidores
MInistério da Justiça manda PF apurar caso Swissleaks
Tabaré Vázquez reassume Presidência do Uruguai neste domingo
Monica Yanakiev - Correspondente da Agência Brasil/EBC
Edição: Stênio Ribeiro
“Ate Mujica virar presidente, ninguém sabia muito bem o que era o Uruguai – agora estamos cheios de estrangeiros que querem morar aqui para seguir o exemplo de vida de Pepe”, disse o comerciante Pablo Macarena.
O ex-guerrilheiro, que passou 13 anos preso durante aa ditadura uruguaia, não renovou o guarda-roupa nem trocou de casa ou carro quando assumiu a Presidência, em 2010. Mujica ganhou o apelido de “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo – ele doa quase todo o salário para financiar obras sociais e dirige um velho fusca (que um xeque árabe quis comprar por US$ 1 milhão, e Mujica se recusou a vender o carro).
Na festa de despedida, Pepe Mujica recebeu de presente a bandeira uruguaia, que o acompanhou nos cinco anos de governo. O presidente agradeceu ao povo pelo carinho, mas também pelas crticas. “Querido povo, obrigado por seus abraços, por suas criticas, por seu carinho e, sobretudo, obrigado por seu companheirismo todas as vezes nas quais me senti sozinho na Presidência”, disse.
Tabaré Vázquez, que foi à despedida, prometeu continuar as políticas sociais de seu primeiro governo e do governo de Mujica. “Vamos seguir adiante com esse processo de desenvolvimento, que foi tão importante e que mudou o país nos últimos dez anos”, disse em rápida entrevista na Praça da Independência.
Neste sábado (28), véspera da posse de Tabaré Vázquez, Pepe Mujica inaugura um parque de energia eólica, acompanhado da presidenta brasileira, Dilma Rousseff. Depois de passar a faixa presidencial ao seu sucessor, amanhã, Mujica assumirá, no Parlamento uruguaio, a cadeira de senador pela Frente Ampla – coligação de partidos de centro-esquerda que está no poder.
Agência Brasil
Cerimônia que revive fundação abre comemoração dos 450 anos do Rio
Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil
Edição: Stênio Ribeiro
Após a chegada dos veleiros, um ator caracterizado como Estácio de Sá estará ao lado de um militar, descendente do fundador e primeiro governador da cidade batizada como São Sebastião do Rio de Janeiro. O personagem entregará uma chave simbólica da cidade ao prefeito carioca.
Às 8h30, Eduardo Paes estará no bairro da Tijuca, na zona norte, onde participa de missa solene, no Santuário Arquidiocesano de São Sebastião - paróquia dos frades capuchinhos dedicada ao padroeiro da cidade. A missa será celebrada pelo cardeal-arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta, que abençoará três relíquias da cidade: a imagem de São Sebastião, os restos mortais de Estácio de Sá e a pedra fundamental da fundação.
Tradição em toda as comemorações, o bolo de aniversário servido na Rua da Carioca, no centro, terá este ano 450 metros, um para cada ano da cidade. Nos aniversários anteriores, o bolo media cerca de 10metros. A festa está marcada para as 10h, com a presença do prefeito Eduardo Paes e de dom Orani, que levará ao local a imagem peregrina de São Sebastião. Também haverá apresentação de integrantes da escola de samba Estácio de Sá, a mais antiga da cidade.
No mesmo horário, na orla da zona sul, a Marinha do Brasil fará demonstração naval, com a participação de sete navios, que partirão das proximidades do Forte São João e seguirão até o Leblon. O desfile poderá ser apreciado por quem estiver na orla.
Às 11h30, Eduardo Paes deve inaugurar a terceira sede administrativa da prefeitura do Rio – a primeira na zona norte, no bairro de Oswaldo Cruz. A nova sede ocupa um casarão de 1920, totalmente restaurado e onde o prefeito terá um gabinete, a exemplo do que ocorre nas outras duas sedes: o Palácio da Cidade, em Botafogo, e o Centro Administrativo São Sebastião, na Cidade Nova.
Na parte da tarde, a Baía de Guanabara e a orla oceânica abrigarão a competição à vela Grand Regatta Rio 450, com largada prevista para às 13h, nas proximidades da Escola Naval, na Ilha de Villegaignon. Os barcos seguirão até a ilha Laje da Cagarra, em frente à Ipanema, de onde retornarão ao ponto inicial.
Às 16h, com a presença da presidenta Dilma Roussef e do governador Luiz Fernando Pezão, será inaugurado o Túnel Rio 450, no centro do Rio. Com 1.480 metros de extensão, o túnel vai ligar a Rua Primeiro de Março à Via Binário do Porto, inaugurada em 2013 – primeira grande obra viária do Porto Maravilha, o programa de revitalização da zona portuária.
De lá, a presidenta Dilma Roussef e o governador Pezão acompanharão o prefeito até o Palácio da Cidade, onde, em cerimônia oficial, será entregue pela primeira vez a medalha 1º de Março, condecoração criada para personalidades que prestaram bons serviços à cidade. Na ocasião, também serão anunciados os cariocas históricos, que terão seus nomes inscritos no Livro de Heróis e Heroínas da Cidade do Rio de Janeiro.
No Palácio da Cidade também serão apresentados a medalha comemorativa dos 450 anos – feita em parceria com a Casa da Moeda – e o selo, produzido pelos Correios.
Agência Brasil
Doenças raras: pacientes cobram maior divulgação nas faculdades de medicina
Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil
Edição: Stênio Ribeiro
São consideradas doenças raras as enfermidades que acometem até 65 pessoas em um grupo de 100 mil. No Brasil, estima-se que cerca de 15 milhões de pessoas tenham algum tipo de doença rara, como a doença de Fabry, de Gaucher, a neurofibromatose, a esclerose lateral amiotrófica (ELA), a síndrome de Hunter, a osteogênese imperfeita, a hipertensão pulmonar e o angioedema hereditário.
Mônica Vilela, de 38 anos, foi diagnosticada nos Estados Unidos com hipertensão pulmonar aos 2 anos e 8 meses de vida. Segundo ela, trata-se de uma doença extremamente desconhecida do público e da classe médica. “Conversamos com os pacientes e nem eles sabem ao certo sobre a doença que têm”, disse.
Segundo Mônica, também é comum encontrar pacientes que receberam diagnósticos errados até que se chegasse ao problema de fato, o que pode comprometer a qualidade de vida de quem luta contra uma doença rara.
“Por serem raras, elas ficam escondidas, não chamam a atenção tanto quanto doenças crônicas como diabetes e câncer que, embora também sejam graves, são altamente difundidas na sociedade. No caso da doença rara, dá pra contar nos dedos quem tem e, infelizmente, não há o investimento necessário”, disse.
Para José Léda, diagnosticado com ELA há dez anos, é preciso investir no aperfeiçoamento contínuo dos profissionais de saúde e também das equipes multidisciplinares que atendem os pacientes, como fonoaudiólogos, fisioterapeutas e enfermeiros. Sandra Mota, esposa de Léda, também defende a notificação compulsória para o encaminhamento de pacientes com doenças raras a centros especializados.
“Há pouca coisa a favor dessas pessoas, uma delas é o tempo. Em um contexto social precário, até elas conseguirem chegar ao serviço especializado, já se perdeu muito tempo. Então, precisamos de um bom gerenciamento da saúde dos pacientes”, disse Sandra, que é diretora da Associação Pró-Cura da ELA.
Na última quarta-feira (25), organizações sociais, pesquisadores e parlamentares participaram do Seminário do Dia Mundial das Doenças Raras, na Câmara dos Deputados, e cobraram mais empenho político para dar visibilidade ao assunto, e celeridade às ações previstas na Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras.
Durante o evento, a secretária de Atenção à Saúde, Lumena Furtado, disse que em 2015 o Ministério da Saúde pretende trabalhar na construção de protocolos clínicos para o conjunto de doenças raras. “Assim, poderemos discutir incorporações tecnológicas e os tipos de serviços necessários para cada conjunto de doenças”, disse. Ela explicou que também está prevista a criação de uma plataforma online para troca de informações entre sociedade, comunidade científica, pacientes e seus parentes.
Agência Brasil
Supermercados sofrem com greve dos caminhoneiros
Protestos
O Ministério da Justiça buscará, por meio de cooperação
internacional com a Suíça, ter acesso aos documentos e dados do caso
conhecido como SwissLeaks. De acordo com o ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, na investigação, também serão utilizados dados já em
posse da Receita Federal, assim como informações divulgadas pela
imprensa.
Nesta sexta-feira (27), o ministro determinou que a Polícia Federal apure o caso. “O ponto de partida das investigações será, obviamente, aquilo que foi noticiado pela imprensa, e o material que hoje a Receita Federal já possui. É claro que nós buscaremos, através dos órgãos do Ministério da Justiça, uma colaboração internacional com o governo suíço, dentro daquilo que nós já temos de tratados estabelecidos, para que possamos, trazendo os documentos do estrangeiro, instrumentalizar os inquéritos que serão colocados em apuração”, disse em entrevista hoje (28).
De acordo com Cardozo, a decisão de investigar o caso ocorreu após reunião de representantes do Ministério da Justiça com a Receita Federal. “Exatamente por força de tudo aquilo que vem sendo noticiado pela imprensa, relativamente às contas de pessoas brasileiras em um banco suíço, que qualificariam a possibilidade de ilícitos, decidimos determinar à Polícia Federal que abra inquérito para apurar a eventual ocorrência de crimes nesses casos”, disse.
No dia 9 deste mês, o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação divulgou documentos confidenciais sobre o ramo suíço do banco britânico HSBC, que revelam supostos esquemas de evasão fiscal. Na Receita Federal está em andamento uma investigação de brasileiros com indícios de movimentação financeira no Banco HSBC na Suíça, com base em lista divulgada pelo consórcio. Entre os correntistas envolvidos estão 8,7 mil brasileiros – o que não quer dizer que todos tenham praticado irregularidades.
A íntegra da lista com os nomes ainda não é conhecida. “Há indícios de irregularidades de pessoas que teriam contas no exterior e que obviamente não estariam devidamente adequadas aquilo que a legislação brasileira oferece. São indícios, não podemos ter juízo de culpabilidade e nem prejulgar”, destacou. No entanto, Cardozo, ressaltou que podem ter sido cometidos crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.
Agência Brasil
O caminhoneiro Cléber Adriano Machado Ouriques, de 38 anos,
morreu na manhã de hoje (28) depois de ser atropelado durante protesto
na BR-392, em São Sepé, município da região central do Rio Grande do
Sul. Ele participava de uma manifestação contra o aumento do óleo diesel
e falta de valor mínimo de frete que fechava a rodovia. Ouriques foi
atingido por um caminhão que furou o bloqueio. Segundo a Polícia
Rodoviária Federal (PRF), o motorista não parou e fugiu sem prestar
socorro à vítima.
A Secretaria-Geral da Presidência da República divulgou nota em que lamentou o ocorrido. “Ao mesmo tempo em que se solidariza com familiares e amigos, o governo federal reforça o compromisso e a disposição para que a normalidade volte às rodovias brasileiras”, diz a nota.
A secretaria também ressalta que as propostas anunciadas esta semana após a reunião, em Brasília, entre representantes dos caminhoneiros, empresários e governo em Brasília são o caminho para a normalização das rodovias. No encontro, o governo prometeu sancionar a Lei dos Caminhoneiros sem vetos, prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro e criar, por meio de negociação entre caminhoneiros e empresários, uma tabela referencial de frete. Nesse item, os representantes dos caminhoneiros pediram que o governo atue na mediação com os empresários.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) também se manifestou sobre a morte. Em nota, a entidade se solidarizou com o sofrimento da família do caminhoneiro e ressaltou que “compartilha o sentimento de comoção que toma conta dos brasileiros neste momento crítico”.
Segundo levantamento da PRF, até as 7h deste sábado (28), havia 30 pontos de bloqueio, em 17 estradas federais.
Agência Brasil
As chuvas que atingiram o estado de São Paulo nos últimos dias
voltaram a fazer com que o reservatório do Sistema Cantareira
aumentasse. Hoje (28) o sistema está com 11,4% de sua capacidade, 0,3
ponto percentual acima do nível de ontem (27). Nessa sexta-feira, depois
de permanecer 21 dias consecutivos em alta, o nível do sistema ficou
estável em 11,1%.
A pluviometria – quantidade de chuva captada – no mês de fevereiro, na região do Cantareira, o maior fornecedor de água para o abastecimento na região metropolitana de São Paulo, soma 322,4 milímetros, 61,9% superior a média histórica para o mês.
O nível do Sistema Alto Tietê, que também passa por uma situação crítica, permaneceu em 18,3%.
Embora as precipitações de fevereiro tenham atenuado a crise hídrica, o diretor metropolitano da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Paulo Massato, avaliou que ainda é cedo para definir a adoção de um racionamento rígido.
Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de São Paulo, na última quarta-feira (25), ele informou que é preciso esperar o término do período de chuvas, que, normalmente, se estende até o final de março.
Agência Brasil
Planalto lamenta morte de caminhoneiro em São Sepé
Ministério da Justiça usará tratados com a Suíça para obter dados do SwissLeaks
Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil
Edição: Stênio Ribeiro
Nesta sexta-feira (27), o ministro determinou que a Polícia Federal apure o caso. “O ponto de partida das investigações será, obviamente, aquilo que foi noticiado pela imprensa, e o material que hoje a Receita Federal já possui. É claro que nós buscaremos, através dos órgãos do Ministério da Justiça, uma colaboração internacional com o governo suíço, dentro daquilo que nós já temos de tratados estabelecidos, para que possamos, trazendo os documentos do estrangeiro, instrumentalizar os inquéritos que serão colocados em apuração”, disse em entrevista hoje (28).
De acordo com Cardozo, a decisão de investigar o caso ocorreu após reunião de representantes do Ministério da Justiça com a Receita Federal. “Exatamente por força de tudo aquilo que vem sendo noticiado pela imprensa, relativamente às contas de pessoas brasileiras em um banco suíço, que qualificariam a possibilidade de ilícitos, decidimos determinar à Polícia Federal que abra inquérito para apurar a eventual ocorrência de crimes nesses casos”, disse.
No dia 9 deste mês, o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação divulgou documentos confidenciais sobre o ramo suíço do banco britânico HSBC, que revelam supostos esquemas de evasão fiscal. Na Receita Federal está em andamento uma investigação de brasileiros com indícios de movimentação financeira no Banco HSBC na Suíça, com base em lista divulgada pelo consórcio. Entre os correntistas envolvidos estão 8,7 mil brasileiros – o que não quer dizer que todos tenham praticado irregularidades.
A íntegra da lista com os nomes ainda não é conhecida. “Há indícios de irregularidades de pessoas que teriam contas no exterior e que obviamente não estariam devidamente adequadas aquilo que a legislação brasileira oferece. São indícios, não podemos ter juízo de culpabilidade e nem prejulgar”, destacou. No entanto, Cardozo, ressaltou que podem ter sido cometidos crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.
Agência Brasil
Caminhoneiro morre atropelado durante manifestação no Rio Grande do Sul
Karine Melo - Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
A Secretaria-Geral da Presidência da República divulgou nota em que lamentou o ocorrido. “Ao mesmo tempo em que se solidariza com familiares e amigos, o governo federal reforça o compromisso e a disposição para que a normalidade volte às rodovias brasileiras”, diz a nota.
A secretaria também ressalta que as propostas anunciadas esta semana após a reunião, em Brasília, entre representantes dos caminhoneiros, empresários e governo em Brasília são o caminho para a normalização das rodovias. No encontro, o governo prometeu sancionar a Lei dos Caminhoneiros sem vetos, prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro e criar, por meio de negociação entre caminhoneiros e empresários, uma tabela referencial de frete. Nesse item, os representantes dos caminhoneiros pediram que o governo atue na mediação com os empresários.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) também se manifestou sobre a morte. Em nota, a entidade se solidarizou com o sofrimento da família do caminhoneiro e ressaltou que “compartilha o sentimento de comoção que toma conta dos brasileiros neste momento crítico”.
Segundo levantamento da PRF, até as 7h deste sábado (28), havia 30 pontos de bloqueio, em 17 estradas federais.
Agência Brasil
Nível do Cantareira volta a subir e chega a 11,4% da capacidade
Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade
A pluviometria – quantidade de chuva captada – no mês de fevereiro, na região do Cantareira, o maior fornecedor de água para o abastecimento na região metropolitana de São Paulo, soma 322,4 milímetros, 61,9% superior a média histórica para o mês.
O nível do Sistema Alto Tietê, que também passa por uma situação crítica, permaneceu em 18,3%.
Embora as precipitações de fevereiro tenham atenuado a crise hídrica, o diretor metropolitano da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Paulo Massato, avaliou que ainda é cedo para definir a adoção de um racionamento rígido.
Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de São Paulo, na última quarta-feira (25), ele informou que é preciso esperar o término do período de chuvas, que, normalmente, se estende até o final de março.
Agência Brasil
Assinar:
Postagens (Atom)