segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Preço de terrenos nas grandes cidades pode emperrar Minha Casa, Minha Vida 3

Segundo especialistas, programa habitacional tem grandes avanços, mas precisa articular governos municipais e estaduais para driblar preços inflacionados nas capitais brasileiras

A nova etapa do programa de habitação federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV) está sendo desenhada, mas o foco principal será as grandes cidades, segundo informou o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, em reunião com entidades da construção civil no dia 28 de janeiro.

Ainda não há uma data para o lançamento da nova etapa – cuja meta é construir 3 milhões de unidades habitacionais a partir de 2015, segundo a presidente Dilma Rousseff. Especialistas consultados pelo iG veem com bons olhos o novo foco, apesar de alertar que pode ser desafiante e ficar mais caro. Kassab afirmou ainda que não haverá cortes orçamentários.

O economista Alberto Ajzental, professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EESP/FGV), que atua no mercado imobiliário há 30 anos, afirma que apostar no desenvolvimento do programa nos grandes centros não faz sentido. “Do ponto de vista econômico, nada poderá ser feito com o mesmo orçamento e com a estrutura de transporte de massa que temos. Os terrenos são inviáveis nessas localidades porque elevam muito o preço da unidade."

Ajzental afirma que uma solução seria que prefeituras e estados entrassem fortemente nas desapropriações de áreas e disponibilizassem para construção das unidades. "Essa seria uma forma de subsídio essencial para viabilizar a ideia.”

Outro ponto levantado pelo economista, é o investimento em transporte de qualidade. "Habitação precisa de terreno e isso está ligado ao transporte público. Nossas cidades são compactadas. Todas as pessoas querem estar no mesmo lugar. Por que? Porque são lugares privilegiados, com infraestrutura. Se tivermos transporte bom, não precário como vemos em todas as capitais, você pode estar a 40 km do centro, mas chega em 15 minutos. Quanto mais longe você consegue ir, mais área você ganha. O programa precisa articular esferas de governo e também investir em mobilidade para encurtar distâncias com tecnologia e dar conforto mínimo à população.”

Já na análise de Luís Portella, advogado especializado em direito imobiliário, urbanístico e registral e autor do livro A Função Social da Propriedade Urbana, a escolha pelo foco nas grandes cidades é uma boa ideia, apesar de concordar que a falta de terrenos nos grandes aglomerados urbanos eleva substancialmente os valores. “Imaginamos que até 40% do valor do orçamento de construção é consumido pelo terreno, restando 60% para a edificação, quando na realidade o certo seria 10% pelo terreno e o restante pela edificação”, afirma Portella.

“A falta de habitação está fortemente concentrada nas regiões metropolitanas, onde a população se aglomera em favelas e ocupações irregulares. Esses são os destinatários do MCMV com renda familiar de até três salários mínimos." Para Portella, a escolha do governo atacaria o macro problema da região, mas não resolveria o déficit habitacional.

Renato Ventura, diretor-executivo da Associação Brasileira das Incorporadoras (Abrainc), a expectativa produtiva é muito positiva. "A continuidade do programa é importante para garantir acesso aos mutuários. Acreditamos que vão haver reajustes nas faixas do programa para ajustar valores. A grandes regiões demanda atenção pelas quantidade de pessoas em sub-moradia, mas entendemos que as demandas são gerais, para todo o Brasil."

Para Leandro Caramel, superintendente de atendimento da Habitcasa, o programa é um grande indutor econômico do setor e muito importante para gerar emprego e

"O mercado imobiliário atua nos faixa 2 [para famílias com renda de 2 até 6 salários mínimos] e 3 [para famílias com renda de 3 até 10 salários]. Hoje a dificuldade de terreno existe, mas é menor do que no faixa 1 porque não depende do repasse do terreno, mas do pagamento dos clientes, custos de cartórios, juros, créditos."

Caramel ressalta que ainda assim são produtos difíceis de ser concebidos com o atual preço dos terrenos. "Nessa faixa, especula-se que deve haver aumento do valor limítrofe dos imóveis de R$ 190 mil para algo acima de R$ 200 mil. Essa elevação de limite facilitaria um ingresso de fatia maior da população."

“Programa teve grandes avanços, mas precisa articulação entre esferas de poder”

Para Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), pesquisadora do setor de construção e habitação, a questão da terra tornou-se uma grande dificuldade para cumprimento de metas do programa.

“Essa questão de preço dos terrenos é crucial. O Rio de Janeiro e São Paulo se destacam pela falta de terrenos que sejam compatíveis com a construção do Faixa 1. Nesses casos, é  preciso uma articulação das esferas municipais, estaduais e federais. Essa união é fundamental. Espero que ela aconteça nessa fase. De qualquer forma acredito que essa é a evolução do programa. É uma boa ideia, se o planejamento for bem feito."

Ana Maria lembra que em 2009 o programa surgiu com dois objetivos claros: estimular a economia diante da crise econômica mundial que ganhava força e, simultaneamente, combater o déficit habitacional. “O governo cumpriu plenamente o papel de estímulo à economia e é inegável que esteja avançando na diminuição do déficit. Mas desde aquela época as dificuldades são enormes. Até porque estamos falando em milhares de unidades habitacionais, isso não é algo simples. É preciso melhorar as questões burocráticas (projetos, licenciamentos, cartórios, construção de infraestrutura, melhoria de transporte). O trabalho de aprimorar os mecanismos já começou a ser feito.”

A especialista afirma que a única forma de realizar um grande trabalho é reduzir a demanda social, diminuir a desigualdade. “Enquanto o Faixa 1 anda nesse sentido – e isso só é possível porque há subsídio para a baixa renda, é esse mecanismo que possibilita avanços entre as desigualdades do Brasil – as faixas 2 e 3 também combatem o déficit habitacional, que é composto por quem pode pagar por sua moradia. No Faixa 1 é preciso atentar para criar projetos em lugares que estão dentro das cidades e não na periferia da periferia, em lugares que não existem no mapa.”

Ana Maria alerta que o déficit habitacional vai além da baixa renda. “Os ciclos de média e alta renda foram atendidos até 2014 com as milhares de unidades construídas nos últimos anos. Os mecanismos para isso, o governo tem, mas precisa fortalecer. São eles: crédito, alongamento de prazos, linhas especiais de financiamento, recursos do FGTS, desburocratizar registros e cartórios.”

O maior acerto do MCMV, diz a pesquisadora, foi pensar num sistema que resolveu a questão social. “Para a baixa renda que o programa atende, não tem como fazer sem subsídio. Esse é um grande acerto e faz parte da política habitacional.” Sobre os erros, ela contextualiza: “houve uma curva de aprendizado. A questão da terra, a pressão exagerada dos preços, deveria ter sido algo cujo efeito das consequências tinha de ser antecipado e equacionado. É preciso fazer isso agora, com a articulação, com prefeituras e estados que pensem na melhoria social, com moradia digna, e cedam terrenos nessa articulação. Isso precisa ser muito melhorado.

Sobre o crescimento do déficit habitacional, atrelado ao aumento do número das famílias, Ana Maria sentencia. “Segundo a PNAD 2012, o déficit habitacional em 2014 era de 5 milhões de moradias. Em 2024 será de 20 milhões, pois as estimativa é de que surjam 16,8 milhões de novas famílias. Precisa mudar a escala de planejamento e saber que nem tudo será resolvido pelo MCMV. Necessidades habitacionais vão além da baixa renda. Por isso é preciso medidas de financiamento, crédito para todas as faixas. A solução deve ser pensada em conjunto."

Caramel, da Habitcasa, lembra que a mudança do plano diretor da cidade de São Paulo (em julho de 2014) pode ajuda a articulação entre a prefeitura e o programa federal porque contempla zona de interesse social, que são terrenos grandes, voltados para construção de habitações de baixo custo. "Torna viável o MCMV da faixa 1 em São Paulo, em bairros bem localizados, como Cambuci, Barra Funda, Butantã."

Para Luís Portella, a falta de terrenos nas grandes cidades e regiões metropolitanas contraria uma diretriz do Estatuto da Cidade, que determina a simplificação da legislação que trata do parcelamento do solo uso e ocupação do mesmo. “As legislações são muito complexas. O empresário para lotear ou mesmo empreender tem que levar em conta os anos e anos que a burocracia vai consumi-lo entre repartições e caminhos que encarecem o seu produto final.”
Fonte: IG Economia - 07/02/2015 e Endividado

Putin culpa Estados Unidos e aliados pelo conflito na Ucrânia

Para presidente russo, condição fundamental para estabilizar situação é a suspensão imediata das hostilidades
Entrevista ao Al Ahrman foi concedida antes de ser anunciada a realização de uma reunião de cúpula em Minsk | Foto: Aleksey Nikolskyi / Ria Novosti / AFP / CP
Entrevista ao Al Ahrman foi concedida antes de ser anunciada a realização de uma reunião de cúpula em Minsk | Foto: Aleksey Nikolskyi / Ria Novosti / AFP / CPEm declarações ao diário egípcio Al Ahram, O presidente russo, Vladimir Putin, culpou os Estados Unidos e os seus aliados de terem provocado a crise na Ucrânia com as tentativas de "impor a sua vontade em todos os lugares".

A crise ucraniana "é resultado das tentativas dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais, que acreditam ser vencedores da Guerra Fria, de impor a sua vontade em todos os lugares", disse Putin, em entrevista na véspera da visita oficial ao Egito, que começa nesta segunda-feira.

"Em repetidas ocasiões, alertamos os Estados Unidos e os seus sócios ocidentais sobre as consequências nefastas da intromissão nos assuntos internos da Ucrânia", disse o chefe do Kremlin.

Putin insistiu que a condição fundamental para estabilizar a situação no Leste da Ucrânia é a suspensão imediata das hostilidades, em particular da "chamada operação antiterrorista (do Exército ucraniano), que não é mais que uma operação punitiva".

A entrevista ao Al Ahrman foi concedida antes de ser anunciada a realização de uma reunião de cúpula em Minsk (Bielorrússia), na quarta-feira, com a participação da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França para discutir um pacote de medidas que combatam a violência na região.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas, mais de 5,3 mil pessoas, entre combatentes e civis, morreram nos quase dez meses de conflito armado nas regiões orientais da Ucrânia.
 
Agência Brasil e Correio do Povo
 
 

Anderson treina novamente com grupo e deve encarar Cruzeiro

Meia-atacante participou de trabalho com reservas no Parque Gigante
Anderson treina novamente com grupo e deve encarar Cruzeiro  | Foto: Alexandre Lops / Inter / Divulgação / CP
Anderson treina novamente com grupo e deve encarar Cruzeiro | Foto: Alexandre Lops / Inter / Divulgação / CPO meia-atacante Anderson deve vestir a camisa número 8 do Inter pela primeira vez nesta quarta-feira, quando o Colorado encara o Cruzeiro pela quarta rodada do Gauchão, às 22h, no estádio Antônio Vieira Ramos. Na manhã desta segunda-feira, o jogador participou novamente de um treinamento no CT Parque Gigante com o grupo de atletas e pode ser escalado pelo técnico Diego Aguirre.

O treinamento de hoje teve a participação dos jogadores que não atuaram no sábado contra o Novo Hamburgo. Durante a atividade, Aguirre promoveu um treino de ataque contra defesa. A novidade da movimentação foi a presença do volante Lucas Marques. Ele foi promovido das categorias de base e trabalhou pela primeira vez com o grupo principal.

Nesta terça-feira, The Strongest e Monarcas Morelia, do México, decidem quem será o primeiro adversário do Inter na Libertadores. A partir do resultado, o clube gaúcho irá definir qual será a escalação na partida do próximo final de semana, diante do Caxias. Caso os mexicanos garantam a classificação, o Colorado deve entrar em campo com reservas, tudo para preservar jogadores para estreia. 
 
Correio do Povo e Rádio Guaíba
 
 

Isenção do Imposto de Renda para portadores de câncer

Receber o diagnóstico de um câncer não é fácil. Para muitos pacientes, o desafio vai além da maratona de exames e tratamentos. No STJ são vários os recursos por portadores de neoplasias malignas que buscam o direito à isenção do Imposto de Renda.

Nesta semana em que se comemorou o Dia Mundial da Luta Contra o Câncer (4 de fevereiro), o STJ apresentou em seu site, na página de Pesquisa Pronta, o tema “Isenção Tributária” aos portadores de doenças graves, sendo possível o acesso a uma seleção dos principais acórdãos do tribunal.

O artigo 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/88 garante o benefício da isenção sobre os proventos de aposentadoria dos portadores de neoplasia maligna. O que frequentemente chega ao STJ são recursos questionando a revogação do benefício na ausência dos sintomas da doença ou diante de aparente cura.

Recente julgamento definiu que o fato de a junta médica constatar ausência de sintomas não justifica a revogação da isenção, pois “a finalidade desse benefício é diminuir os sacrifícios dos aposentados, aliviando-os dos encargos financeiros”. (Resp nº 1202820).
Fonte: Espaço Vital - www.espacovital.com.br - 05/02/2015 e Endividado
 
 

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Vídeo mostra operação do MP que desarticulou tráfico dentro de presídio

Promotor afirma que presos administravam células criminosas como se estivessem em escritórios.

Por que o gasto com seguro-desemprego não para de crescer?

por GUSTAVO GONZAGA

Um dos grandes enigmas da economia brasileira é o contraste entre o persistente aumento dos gastos com o programa de seguro-desemprego e a acentuada redução das taxas de desemprego observados nos últimos 12 anos.

Enquanto a taxa de desemprego medida pela PME caiu de uma média anual de 12,3%, em 2003, para 4,8%, em 2014, os gastos com seguro-desemprego subiram de R$ 6,6 bilhões, em 2003, para cerca de R$ 36,8 bilhões, em 2014 –alta de 204%, acima da inflação do período.

  Editoria de Arte/Folhapress  
As substanciais elevações do salário mínimo (65,7% acima do IPCA) e do grau de formalização do mercado de trabalho brasileiro (aumento de 75,8% de trabalhadores celetistas) entre 2003-2014 são os principais responsáveis.

O outro fator é a elevada taxa de rotatividade do trabalho no país. O que surpreende alguns analistas é que o número de demitidos sem justa causa não seguiu a queda da taxa de desemprego. Na verdade, aconteceu o contrário. A proporção dos trabalhadores CLT demitida sem justa causa subiu de 41,5% em 2003 para 44% em 2013, com pico de 46,2% em 2010, segundo o Ministério do Trabalho.

O fato a ser destacado é que a rotatividade do trabalho no Brasil é altamente pró-cíclica. Quando a economia vai bem, não apenas aumenta o número de pessoas que pedem demissão voluntariamente, o que é comum em outros países, mas aumenta também o número de trabalhadores demitidos involuntariamente.

Isso fez com que a proporção de beneficiários do seguro-desemprego tenha se mantido praticamente constante entre 2003-2014 na faixa de 16,5%-17% do contingente formal de trabalhadores.

Já há certo consenso de que a taxa de rotatividade é um dos maiores problemas do mercado de trabalho no Brasil, tendo atingido números espantosos. Levando em conta todos os motivos, o total de vínculos trabalhistas rompidos ao longo de um ano corresponde a 64% dos vínculos ativos no final do ano anterior, com pico acima de 66% observado nos anos de 2010 e 2011.

Essa elevada rotatividade ocorre em grande parte devido aos incentivos embutidos na legislação trabalhista. Há várias disposições da legislação que só existem no Brasil e que desincentivam relações de trabalho duradouras, ao tornar rentável, a curto prazo, tanto para firmas quanto para trabalhadores, o rompimento precoce do vínculo.

O programa de seguro-desemprego convive com o FGTS, que cumpre funções semelhantes e oferece retorno abaixo da inflação, o que aumenta o incentivo a acessar o saldo via demissões. Por outro lado, por determinação constitucional, o benefício do seguro-desemprego não pode ser inferior a um salário mínimo. Isso significa uma taxa de reposição de 100% do salário para o trabalhador que recebe um salário mínimo. Nos demais países, essa taxa varia de 50% a 80%.

Se somarmos todos os benefícios e indenizações (três parcelas de seguro-desemprego; aviso prévio; 13º salário, férias e adicionais pro rata; saldo do FGTS e multa de 40%), um trabalhador brasileiro que recebe um salário mínimo e que tenha permanecido 6 meses no mesmo emprego tem direito a receber 6,15 salários mínimos se demitido sem justa causa.

Há evidências claras de que esses incentivos induzem, de fato, as demissões sem justa causa. Os dados da Rais mostram que o número de vínculos trabalhistas CLT desfeitos por demissão sem justa causa aumenta substancialmente quando o trabalhador completa seis meses de tempo de serviço. Em 2013, há um salto de 606 mil para 712 mil demissões involuntárias de trabalhadores com 5 e 6 meses de tempo de serviço, respectivamente.

Sobre os falsos acordos de demissão, convido o leitor a entrar no sítio Yahoo! Respostas e digitar "acordo demissão" no ícone "Buscar em respostas". Acessei 2.664 entradas. O exemplo típico é de uma trabalhadora que diz que gostaria de sair, mas pergunta como ser mandada embora, se é possível "fazer um acordo" com a empresa. Afinal, ela gostaria de acessar FGTS e seguro-desemprego.

Muitos dos que respondem avisam que "isso é fraude", mas "é muito comum". De acordo com os depoimentos, as empresas em geral só exigem em troca a devolução da multa de 40% do FGTS. Quando não há acordo, muitos forçam a demissão –qualquer empresário sabe como é difícil manter um trabalhador insatisfeito.

REMÉDIO IMPERFEITO

Ao final de dezembro, o governo emitiu medida provisória que, entre outras medidas bem-vindas que visam coibir abusos nos gastos com pensões por morte, abono salarial e bolsa-pesca, só age no sentido de dificultar o acesso ao seguro-desemprego nas duas primeiras solicitações.

A mudança mais brusca se concentrou na primeira solicitação. Em vez de comprovar 6 meses de emprego formal nos últimos 36 meses, o trabalhador tem que mostrar que trabalhou 18 meses com registro nos últimos 24.

Pelas contas do governo, mais de 50% dos trabalhadores que solicitaram o benefício pela primeira vez em 2014 não seriam elegíveis a recebê-lo sob as novas regras.

A mudança é excessivamente radical, com foco apenas no aspecto fiscal do seguro-desemprego, sem levar em conta os demais incentivos. Os principais afetados seriam trabalhadores jovens e de setores com elevada rotatividade, como construção civil e agricultura, aos quais seria praticamente vedado o acesso ao benefício.

Na prática, a MP introduz um desincentivo à formalização de trabalhadores que nunca solicitaram o seguro-desemprego. Por outro lado, os defeitos da atual legislação continuariam intocados para os que já solicitaram o benefício duas vezes.

Como a MP só entraria em vigor em março, espera-se uma elevação nas quebras de vínculos trabalhistas em janeiro e fevereiro, com a corrida de trabalhadores que nunca usaram o seguro-desemprego para recebê-lo antes das novas regras.

O que fazer? O ideal seria reduzir moderadamente o acesso independentemente de qual solicitação e aumentar os incentivos para que tanto trabalhadores quanto empresas prefiram relações de trabalho mais longas.

Só assim o país obteria reduções significativas da rotatividade, o que geraria ganhos fiscais e de produtividade no médio prazo.
Fonte: Folha Online - 08/02/2015 e Endividado
 
O jornalista Cláudio Humberto destaca um importante projeto meu que não progride por desagradar o governo. Na contramão da história, o Brasil nem sequer trata terrorismo como crime. Vamos sediar olimpíadas precisamos demonstrar ao mundo que não toleramos terrorismo. Mas o PT de Dilma e Lula prefere criticar os Estados Unidos e propor diálogo ao Estado Islâmico.
A 18 meses das Olimpíadas do Rio, onde o risco de atentados é real, o Brasil não dispõe lei que tipifica o crime de terrorismo. Vários governos já manifestaram preocupação ao Brasil oficialmente,...
diariodopoder.com.br
 
 

IPC-S atinge alta de 1,63%, inferior à apuração do início de janeiro

  • 09/02/2015 09h50
  • São Paulo
Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) teve alta de 1,63% na primeira prévia de fevereiro, 0,10 ponto percentual menor do que o registrado na última apuração (1,73%). O levantamento, feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), mostra a variação de preços encontrada entre os últimos dias 8 de janeiro e 7 de fevereiro, comparada ao período de 8 de dezembro a 7 de janeiro.
Cinco dos oito grupos pesquisados tiveram decréscimos, com destaque para habitação que apresentou alta de 1,69%, taxa abaixo da medição anterior (2,01%). O resultado foi influenciado, principalmente, pela tarifa de eletricidade residencial, com aumento de 7,12% em relação a 9,41%. Em alimentação, a taxa passou de 1,64% para 1,44%, com redução no ritmo de correções das hortaliças e legumes (de 13,32% para 10,36%).
No grupo educação, leitura e recreação houve elevação de 3,51% em relação a 4,15%, com os cursos formais em alta de 7,13% em comparação a 9,19%. Em comunicação, a média dos preços ficou em 0,43%, comparada a 0,52%: o principal motivo para a redução na velocidade de reajuste foram os pacotes de telefonia fixa e internet (de 1,20% para 0,75%). Em despesas pessoais, o índice passou de 1,96 para 1,92% sob o efeito do cartão de telefone (de 0,78% para 0,33%).
Em transportes ocorreu um avanço (de 2,39% para 2,82%), puxado pela gasolina (de -0,40% para 0,92%) e, em vestuário, diminuiu a intensidade de queda nos preços (de -0,44% para -0,31%), com as roupas custando em média 0,65% menos em comparação a um recuo de 0,79%.
No grupo saúde e cuidados pessoais, a variação manteve-se igual à da pesquisa passada em 0,30%, apesar da ligeira elevação constatada nos hospitais e laboratórios (de 2,60% para 3,05%) . Esse aumento foi de certa forma compensado pela queda de preços dos protetores para a pele (de -1,31% para -1,60%).
Os cinco itens que mais pressionaram o IPC-S foram: tarifa de ônibus urbano (9,07%); tarifa de eletricidade residencial (7,12%); curso de ensino superior (6,54%); refeições em bares e restaurantes (1,13%) e automóvel novo (2,1%). Em sentido oposto, os que ajudaram a reduzir a intensidade de alta foram: passagem aérea (-9,26%); perfume (-1,54%); tarifa de táxi (-3,15%); leite tipo longa vida (-2,01%) e blusa feminina (-2,03%).

Agência Brasil




 


Análise: Tarifaço inaugura nova onda inflacionária no Brasil

por GUSTAVO PATU

O tarifaço renegado na campanha eleitoral se materializou no primeiro mês do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

A energia elétrica teve o maior aumento desde dezembro de 1995; o ônibus, desde fevereiro daquele ano, quando ainda se enfrentava a herança da hiperinflação; o metrô, desde fevereiro de 2003. Todos são preços controlados por governos nas esferas federal, estadual e municipal, que vinham sendo represados por orientação do Palácio do Planalto, com custos para os cofres públicos.

  Editoria de arte/ Folhatress  
com impacto na energia
com impacto na energia
A recuperação dessas e de outras tarifas inaugura uma nova onda inflacionária -e a anterior, decorrente da expansão do setor de serviços, ainda não foi debelada.

No primeiro mandato de Dilma, tolerar inflação acima da meta de 4,5% anuais foi uma opção política e ideológica: entendia-se que o encarecimento do trabalho doméstico e no comércio era parte do processo de distribuição de renda.

Agora, o IPCA tende a ultrapassar neste ano o teto legal de 6,5%, e o Banco Central pouco pode fazer a respeito: independentemente da alta dos juros, as tarifas de energia sobem devido à escassez de água e à penúria das estatais do setor.

Em menor proporção, a gasolina pesará nos índices de fevereiro por causa do aumento da tributação, na tentativa de reequilíbrio do Orçamento federal.

Dito de outra maneira, a administração petista, cujas opções são cada vez mais escassas, sacrifica a meta de inflação na busca de cumprir a meta fiscal de poupar R$ 66,3 bilhões em 2015 para o abatimento da dívida pública.

Ainda assim, o BC terá de manter altos os juros, que estão entre os mais elevados do mundo, a fim de evitar um descontrole inflacionário maior. Afinal, se os preços monitorados pelo governo acumulam alta de 7,55% em 12 meses, a taxa chega a 8,75% nos serviços.

Como o controle da inflação é considerado fundamental para restabelecer a credibilidade da política econômica, resta encarecer o crédito, frear o consumo e diminuir o ritmo de contratações e reajustes salariais, o que reduzirá a margem para aumentos dos preços livres.

Tudo isso faz crescerem os riscos de recessão -o encolhimento da renda do país, possibilidade ainda negada por Dilma- e desemprego. Na combinação com a escalada do IPCA, o resultado é o que os economistas chamam de estagflação.
Fonte: Folha Online - 07/02/2015 e Endividado
 
 

Investigação Swissleaks revela esquemas de evasão fiscal no banco HSBC


Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto
O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação divulgou nesse domingo (8) documentos confidenciais sobre o ramo suíço do banco britânico HSBC, que revelam supostos esquemas de evasão fiscal.
A investigação, batizada "Swissleaks", revela documentos fornecidos por Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC em Genebra, ao jornal francês Le Monde e compartilhados com o consórcio e com jornalistas de mais de 40 países.
Os jornalistas analisaram cerca de 60 mil fichas, algumas das quais com informações que denunciam que o banco tinha conhecimento de práticas ilícitas de alguns clientes.
O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação publica informações sobre 61 pessoa. Entre os nomes mencionados estão o rei de Marrocos, Mohammed VI; rei da Jordânia, Abdullah II, designer de moda Valentino; modelo Elle McPherson; ator Christian Slater; banqueiro Edouard Stern e motociclista Valentino Rossi.
A informação divulgada diz respeito a contas no valor de mais de US$ 100 bilhões, englobando 106 mil clientes de 203 países.
As informações foram compartilhadas pelo consórcio em seu site.
Apesar de expor esses documentos, o consórcio de jornalistas afirma que não pretende "sugerir ou presumir que quaisquer pessoas, empresas ou entidades mencionadas nos dados da informação revelada tenham violado a lei ou tido outro tipo de conduta imprópria".
A filial suíça do banco britânico HSBC Private Bank assegurou ter sofrido uma “transformação radical” após “descumprimentos verificados em 2007”, para evitar casos de fraude fiscal e de lavagem de dinheiro.
“O HSBC (da Suíça) fez uma transformação radical em 2008 para evitar que os seus serviços sejam utilizados para fraudar o fisco ou para a lavagem de dinheiro”, disse o diretor-geral da filial, Franco Morra, em comunicado enviado à agência de notícias France Presse.

Agência Brasil


STJ define que é cabível cautelar de exibição de documentos para obter extrato bancário

É cabível a propositura de ação cautelar de exibição de documentos para obter extratos e outros documentos bancários como medida preparatória de ação de cobrança. A decisão é da 2ª Seção do STJ,  em julgamento de recurso especial repetitivo interposto por correntista da Caixa Econômica Federal.

 Para o colegiado, é necessária a demonstração da existência de relação jurídica entre as partes, a comprovação de prévio pedido à instituição financeira não atendido em prazo razoável e o pagamento do custo do serviço conforme previsão contratual e a normatização da autoridade monetária.

 “A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que a propositura de cautelar de exibição de documentos, em se tratando de documentos comuns às partes, é cabível como medida preparatória a fim de instruir a ação principal, bastando a demonstração de relação jurídica entre as partes”, afirmou o relator do recurso, ministro Luis Felipe Salomão.

 A tese, firmada sob o rito dos recursos repetitivos (artigo 543-C do CPC), passa a orientar a solução dos recursos idênticos que tiveram a tramitação suspensa até esse julgamento.

 Só caberá recurso ao STJ quando a decisão de segunda instância for contrária ao entendimento firmado em repetitivo.  O advogado Caio Madureira Constantino atua em nome da correntista. (REsp nº 1349453).

Para entender o caso

·No caso julgado como paradigma, a correntista ajuizou a ação cautelar contra a CEF para obter extratos bancários relativos à sua conta-poupança dos meses de junho e julho de 1987; janeiro, fevereiro e março de 1989; março, abril, maio, junho e dezembro de 1990; janeiro, fevereiro e março de 1991.

 ·O juízo da Primeira Vara Federal de Mato Grosso do Sul determinou que a CEF apresentasse “os extratos bancários referentes à conta-poupança, mediante o pagamento da respectiva tarifa bancária”.

· O TRF da 3ª Região reformou a sentença, extinguindo o processo sem resolução do mérito, ao fundamento de “ausência de interesse de agir”. O julgado regional ressaltou que as hipóteses de exibição de documentos previstas no CPC revestem-se de natureza probatória, e não cautelar, devendo a parte formular tal pedido nos autos da ação principal.

·Em seu voto, o ministro Salomão ressaltou que “o  interesse de agir deve ser verificado em tese e de acordo com as alegações do autor no pedido, sendo necessário verificar apenas a necessidade da intervenção judicial e a adequação da medida jurisdicional requerida de acordo com os fatos narrados na inicial”.

 ·O julgado afirmou também a necessidade de prévio pedido ao banco, não atendido em prazo razoável, e do pagamento do custo do serviço conforme o contrato e as normas oficiais.
Fonte: Espaço Vital - www.espacovital.com.br - 06/02/2015 e Endividado
 
 



 

Homem é morto em tentativa de assalto ao vice-governador do Rio Grande do Sul

Um dos policiais que fazia a segurança de José Paulo Cairoli ficou ferido na perna
 
zh.clicrbs.com.br
 

Empresários se unem no WhatsApp para obter dívida de obra da Petrobras

por DIÓGENES CAMPANHA

Na tentativa de receber os valores devidos pelo consórcio que construía a UFN3, fábrica de fertilizantes da Petrobras que está com a construção paralisada desde novembro passado, empresários de Três Lagoas (MS) recorrem à associação comercial local e se organizam em grupos no aplicativo WhatsApp.

Compartilham histórias dos investimentos que fizeram para se tornar fornecedores de produtos e serviços para o empreendimento, orçado em R$ 3,1 bilhões, e dos prejuízos que acumulam nos últimos meses, quando deixaram de receber valores estimados em R$ 37 milhões pela associação. Os relatos em comum também incluem noites mal dormidas e problemas de saúde, incluindo depressão.

Mohamed Ibrahim Smidi, 51, conta que gastou R$ 78 mil para instalar aparelhos de ar-condicionado e um refeitório no hotel Central, antes de alugá-lo para o consórcio construtor da fábrica. "Isso fora roupas de cama, beliches, cem travesseiros e jogos de cama de algodão, tudo exigido por eles", completa.

Fez um contrato de locação de três anos, mas após os primeiros 12 meses, conta, começaram os atrasos. Em maio de 2014, já com sete parcelas a receber, fez um acordo em que baixaria a dívida de R$ 475 mil para R$ 275 mil em troca da devolução das chaves, mas afirma que os termos não foram cumpridos.

"Acabei demitindo oito funcionários, amargando prejuízos. A dívida está em mais de R$ 600 mil. Estou brigando para eles me entregarem o hotel para eu poder locar para outra empresa", diz ele, que contabiliza mais de R$ 400 mil em empréstimos tomados "para segurar a bronca do consórcio".

Turquinho, como é conhecido no meio empresarial do município, conta que não "quebrou" porque possui uma loja e outros imóveis alugados, mas que alguns colegas não têm plano B para se manter.

É o caso de Gustavo Abdo, 34, que instalou uma lavanderia industrial dentro do canteiro de obras da fábrica para limpar uniformes e roupas de camas dos alojamentos. Por exigência do consórcio, que queria exclusividade, fechou a unidade que mantinha na cidade. "Lavávamos 6.000 quilos por dia", conta.

Ele deixou de receber em agosto, e o contrato foi rompido em dezembro. Além de ter R$ 450 mil a receber, suas máquinas, avaliadas em R$ 500 mil, continuam retidas dentro do canteiro. "Meu advogado vai tentar meios legais para liberar os equipamentos e cobrar minha dívida."

Demitiu quase todos os 17 funcionários. "Só ficou uma, porque teve filho", diz Abdo, que também precisou fazer dívidas em banco e até com familiares.

A mulher, Priscila, está tomando remédios de tarja preta. "Está com depressão, não consegue dormir. A gente fica sem rumo. Acreditamos na Petrobras, uma empresa super-respeitada, e acontece uma palhaçada dessas."

Quem também faz uso de medicamentos para tentar dormir é Isabel, a mãe de 75 anos do empresário Áureo Guimarães dos Santos, 54. Há quatro anos, a família deixou a capital Campo Grande rumo a Três Lagoas, atraídos pelas oportunidades de negócios gerados não apenas pela UFN3, mas pelas indústrias de celulose instaladas na cidade, Fibria e Eldorado Brasil.

Arrendou dois hotéis, que o Consórcio UFN3 usou para alojar operários demitidos ao longo de 2014 que tiveram de aguardar o trâmite das rescisões antes de voltar às suas cidades de origem –a maioria em outros Estados.

Santos se considera um dos "pequenos" credores do consórcio, com cerca de R$ 170 mil a receber. Demitiu 12 funcionários, recebeu processos trabalhistas. A mãe, apesar da idade, se tornou figurinha carimbada nos protestos que os empresários promoveram para tentar cobrar suas dívidas.

Em janeiro, eles fecharam uma rodovia federal e os acessos ao canteiro de obras. Na última semana, no entanto, a Justiça proibiu a realização de piquetes bloqueando a fábrica (que está 83% concluída), sob pena de multa de R$ 10 mil para os já endividados fornecedores.

Entre os empresários ouvidos pela Folha, quem cobra a maior quantia do consórcio é Humberto Garcia de Oliveira: R$ 2,2 milhões. Ele construiu e alugou um alojamento para 480 operários. Após a interrupção da construção da unidade de fertilizantes, conta ter recebido o espaço de volta deteriorado pelos dois anos de uso.

"Tive um investimento de R$ 4 milhões e agora está tudo perdido pela deterioração e falta de meios para pagar, além do financiamento [da construção], a reforma", diz Oliveira, que afirma ter demitido 49 funcionários e vendido carro e imóveis. Mesmo assim, não evitou que seu nome ficasse sujo na praça. "Não tenho créditos em lugar nenhum."

DISPUTA JUDICIAL

O Consórcio UFN3, que era o responsável pela construção da fábrica de fertilizantes em Três Lagoas (MS), briga na Justiça pela manutenção do contrato com a Petrobras, rescindido pela estatal em dezembro passado.

Ele é composto pela petroleira chinesa Sinopec e a Galvão Engenharia.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a empreiteira afirmou que existe uma ação em juízo na qual o Consórcio UFN 3 pede que sejam "reconhecidos os seus direitos".

O caso corre sob segredo judicial. A Folha apurou que o consórcio pede, além da retomada do contrato, o ressarcimento de perdas estimadas em mais de R$ 1 bilhão.

Os valores incluiriam serviços adicionais determinados pela Petrobras, o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato e danos causados por rescisões trabalhistas e atrasos no pagamento de fornecedores.

Representantes dos empresários e políticos de Mato Grosso do Sul, incluindo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e a prefeita de Três Lagoas, Marcia Moura (PMDB) se reuniram com a Petrobras na última quarta-feira (4), mas não houve solução para o problema.

Questionada sobre a reclamação de fornecedores que afirmam ter equipamentos retidos no canteiro de obras, a Petrobras não respondeu até sábado (7).

A Folha não conseguiu contato com a assessoria da chinesa Sinopec.
Fonte: Folha Online - 08/02/2015 e Endividado
 
 

Dívida no rotativo do cartão de crédito cresce e calote bate recorde

por EDUARDO CUCOLO

As dívidas no rotativo do cartão de crédito cresceram 17% no ano passado e alcançaram o valor inédito de R$ 29,8 bilhões. Essa foi a linha de financiamento que mais cresceu em termos de estoque, entre aquelas destinadas ao consumo.

O uso mais frequente desse crédito foi acompanhado pelo aumento da inadimplência, que atingiu patamar recorde de 40% em dezembro.

O crédito rotativo no cartão inclui o financiamento de parte do valor da fatura e os saques na função crédito. Essas operações representaram cerca de um terço do valor total movimentado no ano passado com cartões de crédito.

Essa modalidade é a que apresenta hoje maior nível de calote e taxa de juros no caso das pessoas físicas. Dados da Anefac (associação dos executivos de finanças) mostram que a taxa de juros nessa modalidade estava em 258% ao ano no fim de 2014.

Os dados superam, inclusive, os do cheque especial, em termos de estoque (R$ 21 bilhões), custo (200% ao ano) e inadimplência (9,5%).

Em relação às novas concessões, a procura pelo rotativo cresceu 15,3% em 2014. Essa variação é o triplo, por exemplo, do aumento nas concessões do cheque especial no mesmo período.

Segundo especialistas, o maior problema do rotativo é quando a pessoa entra por não conseguir pagar sequer o valor mínimo obrigatório da fatura. Desde junho de 2011, é necessário quitar mensalmente 15% do saldo devedor.

Esse percentual estava previsto para subir a 20%, mas o BC reviu a medida diante do aumento da inadimplência provocado na época –em três meses, esse indicador passou de 32% para 37%.

Alguns bancos oferecem juros menores para quem faz o pagamento mínimo e negocia o parcelamento do valor restante. Muitas vezes, no entanto, os juros desse parcelamento já levam o consumidor a entrar em inadimplência.

Nesse caso, são cobrados ainda multa e juros moratórios, o que encarece a dívida em mais 3% ao mês. Em todos os casos, também há incidência de imposto (IOF).

O consumidor também precisa estar atento às regras do rotativo, que variam de acordo com o cartão.

Alguns bancos cobram juros sobre o valor financiado e também sobre cada uma das compras, inclusive das novas despesas, desde a data de sua realização até o fechamento da fatura.

Nesse caso, é aconselhável deixar de usar o cartão até quitar a dívida original.

Miguel de Oliveira, diretor da Anefac, afirma que é preciso evitar a entrada no rotativo, buscando empréstimos mais baratos, como crédito pessoal ou consignado, para pagar toda a fatura.

"Nas situações em que a pessoa não consegue mais pagar o rotativo nem buscar um crédito mais barato, a opção é parar de pagar o cartão e negociar com o banco."

Os bancos costumam oferecer o parcelamento em até dois anos com juros menores.

A especialista em finanças pessoais Myrian Lund, professora da FGV, afirma que, normalmente, quem entra no rotativo não consegue mais sair dessa dívida.

Ela também recomenda que se busque outro tipo de empréstimo para pagar o cartão. "A pessoa deve somar o que tem de dívida no cartão e no cheque especial e procurar um crédito pessoal. Vai pagar 5% [ao mês], metade do que paga nessas outras linhas."
Fonte: Folha Online - 09/02/2015 e Endividado
 
 

URGENTE
Credit Suisse corta recomendação para ações da Petrobras e dá 5 motivos para apostar na queda dos papéis.
 
Mais informações em breve
infomoney.com.br|Por Paula Barra


A R$ 2,774, dólar é o mais caro desde 2004, com dados de emprego dos EUA

por DANIELLE BRANT

O dólar fechou no maior nível em dez anos após dados de emprego dos Estados Unidos aumentarem a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) inicie a alta dos juros ainda neste semestre.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 1,31%, para R$ 2,774, maior valor desde 9 de dezembro de 2004, quando a moeda fechou a R$ 2,780. No ano, a moeda sobe 4,76%. Em 12 meses, o avanço é de 16,3%.

O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, fechou com avanço de 1,20%, maior nível também desde 9 de dezembro de 2004, quando a divisa encerrou cotada a R$ 2,781. No ano, a valorização é de 4,36%. Em 12 meses, a alta é de 16,6%.

A cotação da moeda foi influenciada pelos dados de emprego nos Estados Unidos, afirma Ignácio Rey, economista da Guide Investimentos. "O mercado de trabalho americano está pegando fogo. Há uma criação de empregos forte, acima do esperado. Esse indicador é o que o Fed olha quando pensa em subir os juros", afirma.

Com juros mais altos nos EUA, recursos internacionais poderiam se direcionar para investimentos em títulos americanos -remunerados pela taxa e considerados de baixo risco-, em detrimento de aplicações mais arriscadas, como em países emergentes.

Diante da perspectiva de entrada menor de dólares no Brasil, o preço da moeda americana sobe.

Em janeiro, a geração de vagas de emprego cresceu acima do esperado e a renda dos trabalhadores subiu. De acordo com dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta sexta-feira (5), foram criados 257 mil postos no período, acima da previsão do mercado, de 234 mil. Foi o 11º mês seguido em que a geração de vagas ficou acima de 200 mil, a maior sequência desde 1994.

A taxa de desemprego terminou o mês em 5,7%, pouco acima do índice de dezembro, de 5,6%. O aumento, porém, foi gerado por um dado positivo: mais trabalhadores voltaram a procurar emprego no mês passado.

Segundo o economista, além do fator externo há também um componente interno na valorização da moeda americana. "O dólar acaba refletindo a percepção do risco do país. E as últimas notícias envolvendo a crise da Petrobras e as dificuldades do ministro Joaquim Levy [Fazenda] em implementar seus ajustes acabaram piorando a sensação de risco do país", diz.

"A tendência é que o real se deprecie mais daqui para frente. Até porque houve um otimismo exagerado com o ajuste fiscal", afirma Rey. Em janeiro, a moeda americana chegou a recuar com a perspectiva de que o ministro Joaquim Levy (Fazenda) colocasse em prática os ajustes necessários para recuperar a credibilidade do governo.

Nesta manhã, o BC deu continuidade às atuações diárias e vendeu a oferta total de 2.000 contratos de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Foram vendidos 1.000 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.000 contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 98 milhões.

O BC também vendeu a oferta integral de até 13.000 contratos de swap para rolagem dos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 30% do lote total.
Fonte: Folha Online - 06/02/2015 e Endividado
 
 

Parceria prevê o bloqueio de celular roubado em São Paulo

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e as operadoras de telefonia firmaram uma parceria para garantir o bloqueio, em um prazo máximo de 12 horas, dos celulares furtados e roubados no estado. O objetivo é diminuir a quantidade de crimes envolvendo esses equipamentos, que cresceu 149,59% entre 2013 e o ano passado e foi responsável pelo aumento em 20,6% do total de roubos e furtos no estado, registrados no mesmo período.

Os detalhes da medida foram debatidos em reunião do secretário de segurança pública, Alexandre de Moraes, e representantes das empresas de telefonia, nesta sexta-feira (6/2). O procedimento relacionado às requisições de bloqueio será tratado em uma resolução ainda a ser publicada no Diário Oficial.

Mas já ficou acertado que as solicitações serão gerenciadas pelo Departamento de Inteligência da Polícia Civil. Os pedidos serão feitos pelo órgão diretamente às operadoras, em até 12 horas. Antes da parceria, apenas as vítimas podiam adotar o procedimento junto às empresas de telefonia.

“Queremos que os IMEIs (International Mobile Equipment Identity, sigla em inglês) sejam efetivamente bloqueados. Os IMEIs são o ‘documento de identidade’ dos celulares e, uma vez bloqueados, impedem o funcionamento e a comercialização deles no mercado ilegal, tornando inútil o furto e roubo desses equipamentos”, explicou o secretário.

De acordo com Moraes, um grupo de trabalho será criado para estudar outras medidas para aprimorar a medida. “Este grupo terá três participantes de cada operadora, de três áreas técnicas diversas, para conseguir, a partir dessa experiência, um mecanismo que seja imediato (o bloqueio).”

Pela futura resolução, os delegados deverão, ao procederem os registros dos boletins de ocorrência, coletar a autorização das vítimas para que a Polícia Civil possa fazer a solicitação do bloqueio.

A nova sistemática também permitirá que isso seja feito quando o crime for registrado pela Delegacia Eletrônica. “Já determinei que seja feita uma mudança no site da Delegacia Eletrônica para incluir esta autorização, pelas vítimas”, afirmou o secretário.

A dificuldade em inutilizar celulares roubados e furtados é considerada pela Secretaria de Segurança Pública como um dos facilitadores desses crimes. É que o bloqueio do chip, principal medida adotada por quem teve o celular roubado, apenas inutiliza a linha telefônica. Quando o IMEI é bloqueado, o celular fica sem uso. A expectativa é que isso iniba a comercialização dos aparelhos no mercado ilegal.

Segundo o secretário, a secretaria também encaminhará ao governador Geraldo Alckmin minuta de um projeto de lei que preveja a proibição da comercialização de aparelhos que desbloqueiam o IMEI. O projeto deverá estabelecer o cancelamento da inscrição estadual dos estabelecimentos que descumprirem a determinação. Com informações da assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública.
Fonte: Conjur - Consultor Jurídico - 06/02/2015 e Endividado
 
 

Montadora deve indenizar por falha de informação sobre air bag

O artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) reconhece a responsabilidade do fornecedor por defeito relacionado à segurança que se espera do produto nos casos em que a informação sobre sua utilização e riscos seja insuficiente ou inadequada.

Por essa razão, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça condenou a Renault a indenizar um motorista do Paraná por defeito de informação sobre o funcionamento do sistema de air bag do veículo, que não foi acionado em um acidente nas mesmas circunstâncias descritas em uma propaganda.

Por maioria, o colegiado entendeu que a empresa não cumpriu a promessa constante da peça publicitária, que garantia a ativação do air bag na hipótese de o veículo colidir frontalmente, com forte desaceleração, o que justifica a indenização, decorrente da frustração da legítima expectativa gerada no consumidor pela informação defeituosa.

Segundo as informações disponibilizadas aos consumidores, o acionamento do sistema de air bag se daria sempre que houvesse risco de impacto do motorista com o volante, o que se verificaria, necessariamente, diante de forte e brusca desaceleração causada por colisão frontal.

No caso, o juízo de primeira instância fixou indenização no valor de R$ 30 mil, mas o Tribunal de Justiça do Paraná reformou essa decisão sob o fundamento de que não havia nexo causal entre os alegados danos sofridos pelo motorista e uma eventual falha do equipamento.

O motorista recorreu ao STJ sustentando que, quando da compra do veículo, foi motivado pela propaganda segundo a qual a segurança ali não era item opcional. Ele sofreu diversas lesões na face em razão do acidente.

A Renault argumentou que o sistema de air bag funcionou exatamente como foi projetado para funcionar. A montadora explicou que o sistema não é ativado em qualquer situação de colisão, mas apenas quando o cinto de segurança, diante da súbita desaceleração, não se mostra suficiente para proteger o motorista de eventual impacto contra o volante. Como não teria havido defeito de fabricação do item, a indenização seria incabível.

Expectativa frustrada
Ao analisar o recurso, o ministro Marco Aurélio Bellizze (foto), autor do voto vencedor, explicou que no caso é desnecessário investigar se houve defeito de fabricação, já que é dever do fornecedor reparar os danos morais por defeito de informação.

Segundo ele, o não acionamento do mecanismo em situação de acidente grave, em descompasso com a publicidade promovida pela empresa, frustrou, por si só, a legítima expectativa de segurança gerada no consumidor, com significativo abalo em sua ordem psíquica. O artigo 12 do CDC reconhece a responsabilidade do fornecedor por defeito relacionado à segurança que se espera do produto nos casos em que a informação sobre sua utilização e riscos seja insuficiente ou inadequada.

​Os ministros que ficaram vencidos no julgamento, Villas Bôas Cueva e Moura Ribeiro, entendiam que a causa de pedir na ação indenizatória estava restrita ao defeito de produto, e não propriamente ao defeito de informação, o que inviabilizava o pedido de indenização no STJ. Os ministros vencidos consideravam ainda que havia o óbice da Súmula 7 do tribunal, que impede reanálise de provas na instância superior. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.

Clique aqui
para ler o voto do ministro Bellizze.
REsp 768.503
Fonte: Conjur - Consultor Jurídico - 06/02/2015 e Endividado



 

Governo pode aumentar em 83% teto de cobrança extra da energia

A proposta do governo para revisão das bandeiras tarifárias prevê um aumento de 83% para a faixa vermelha, que é a mais cara. Essa classificação define as cobranças extras sobre a energia quando são usadas formas complementares de abastecimento, como as usinas termelétricas –elas têm custos mais altos do que as hidrelétricas.

A bandeira tarifária amarela deve ter aumento de 66,7%. Além dela e da vermelha, há também a faixa verde, que mantém as cobranças inalteradas.

Nesta quinta, Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia, havia garantido que o aumento não seria superior a 50%.

Editoria de arte/Folhapress
O valor máximo cobrado atualmente, da bandeira vermelha, prevê um aumento da conta de luz de R$ 3 a cada 100 kilowatt-hora (kWh). A ideia agora é que esse valor passe para R$ 5,50 pela mesma quantidade de energia consumida.

Os novos valores serão levados para aprovação da diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nesta sexta-feira (6) durante reunião extraordinária.

A bandeira vermelha, mais cara, vai indicar não apenas que as usinas térmicas estão sendo usadas em larga escala, mas também que as empresas estão tendo de comprar muita energia extra para atender a demanda ou que o risco hidrológico aumentou (diferença entre energia contratada e a entregue pelas geradoras).

No caso da bandeira amarela, que sinaliza uma situação intermediária desses gastos, o valor que será proposto será de R$ 2,50.

Atualmente o preço adicional a cada 100 kWh consumidos é de R$ 1,50 quando a bandeira está nesta cor. Um aumento de 66,7%.

A Aneel ainda irá submeter as alterações por audiência pública. Após esse período, que deve ser curto, os novos valores começam a valer. Ao que tudo indica, já para o mês de março.

ECONOMIA

O governo também informou que estuda estender o horário de verão por mais um mês, na tentativa de economizar energia em um momento que o setor enfrenta dificuldades.

O assunto será discutido internamente pelos técnicos do governo no próximo dia 12, segundo reportagem do Jornal Nacional.
Fonte: Folha Online - 05/02/2015 e Endividado
 

Com juro mais alto, cliente deve pesquisar antes de financiar imóvel

por DOUGLAS GAVRAS

A relações-públicas Júlia Moreira, 28, por pouco não desanimou de comprar seu apartamento em São Paulo. Vivendo em um imóvel alugado há seis meses, ela se interessou por uma unidade de um quarto na Consolação, região central da cidade.

Compra da casa fica até 10% mais cara com aumento de imposto e juros

Para comprar o imóvel, ela propôs pagar 60% do valor à vista e financiar o restante pela Caixa. "Estava buscando um apartamento desde dezembro e achei o lugar que queria um dia após o aumento das taxas de juros da Caixa. Fiquei chateada, mas só de sair do aluguel, já vale."

Júlia optou pela Caixa porque seu pai é servidor público e tem uma conta-salário no banco, o que diminui os juros do financiamento.

A instituição, que opera 70% do financiamento imobiliário do país, elevou as taxas de contratos feitos a partir de 19 de janeiro deste ano.

O maior aumento foi para imóveis acima de R$ 750 mil, contratados pelo SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), cuja taxa de balcão -quando o cliente não tem relacionamento com o banco, como uma conta-corrente- passou de 9,2% para 11% ao ano mais a TR (Taxa Referencial).

Simulação feita pelo site de comparação de produtos financeiros Canal do Crédito mostra que financiar um imóvel de R$ 800 mil na Caixa ficou até 7,3% mais caro do que a média dos bancos privados.

Pela análise, um contrato de R$ 640 mil, por 30 anos, pode custar até R$ 1,69 milhão no banco público a partir de abril, quando o ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis) passará de 2% para 3% na cidade de São Paulo (veja quadro).

  Editoria de arte/Folhapress  
 
Para Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, a elevação das taxas da Caixa incentiva o comprador a comparar as condições de financiamento dos outros bancos.

"Neste momento, a Caixa não é competitiva para o SFI e é preciso fazer a conta total, considerar os seguros pagos com o contrato para ver se aquele banco vale a pena."

"O mercado se sustenta em emprego, renda e confiança do consumidor. Ele não fará um financiamento se não se sentir seguro", diz Prata.

"O consumidor deve pedir descontos e negociar taxas melhores com seu gerente", recomenda Marco Aurélio Luz, presidente da Amspa (associação dos mutuários).

SETOR PREOCUPADO

Ainda que cerca de 80% dos imóveis em estoque -aqueles lançados e não vendidos por um período de até três anos- em São Paulo sejam de unidades que custem menos de R$ 750 mil, segundo o Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), a entidade teme que a alta de juros da Caixa iniba as vendas.

"Para os financiamentos feitos pelo SFI, isso pode inviabilizar operações", diz Claudio Bernardes, presidente da entidade.

  Editoria de arte/Folhapress  
TETO MAIS CARO Alta do ITBI e de financiamento na Caixa eleva custo da compra da casa nova
TETO MAIS CARO Alta do ITBI e de financiamento na Caixa eleva custo da compra da casa nova
Fonte: Folha Online - 08/02/2015 e Endividado
 
 

Apps ajudam a achar estacionamento mais barato e facilitam pagamento

por FILIPE OLIVEIRA

Depois de passarem nervoso tentando achar lugar para deixar o carro em São Paulo, empreendedores decidiram criar aplicativos para facilitar a tarefa.

O Letspark, por exemplo, surgiu depois de Letícia Passarelli, 24, ter pago R$ 45 por um estacionamento próximo a avenida Paulista, para, minutos depois, ver um a R$ 20.

Seis meses depois, em setembro de 2013, ela ajudou a lançar o aplicativo, que mostra em um mapa a localização dos estacionamentos de cada região, seus horários de funcionamento e os preços de cada hora.

Para agilizar o desenvolvimento da plataforma, os dados são fornecidos pelos próprios usuários. Hoje, são 25 mil ativos e 3.000 lugares cadastrados, conta Passarelli.

Ela espera ter receita permitindo aos estacionamentos oferecer descontos ou aceitar reservas pelo aplicativo em dias de grandes eventos.

A Tem Vaga busca outras alternativas para que os aplicativos, além de informar, deem dinheiro. No segundo semestre, ela deve oferecer possibilidade de pagamento pela vaga por cartão de crédito pelo aplicativo (a companhia ficaria com um percentual da transação).

Outra ideia é substituir os cartões de Zona Azul usados para pagar a permanência em algumas vagas de rua. Fernando Botelho Lucas, 26, um dos sócios da Tem Vaga, conta que a empresa está fazendo um projeto piloto na cidade de Águas de São Pedro (SP) em que as vagas estão sendo equipadas com sensores. Quando alguém para nelas, poderá pagar pela permanência no local pelo celular.

Outra proposta vem da Ez Park. A empresa permite alugar vagas de garagem de casas que outros usuários põem para locação em sua plataforma. A ferramenta funciona nos Estados Unidos e Brasil. Lá são 6300 vagas anunciadas e aqui 660, conta Luiz Candreva, 28, fundador da empresa.


Fonte: Folha Online - 08/02/2015 e Endividado
 
 

"Ronan ameaçou envolver o ex-presidente Lula, e os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho no assassinato do então prefeito de Santo André Celso Daniel" e recebeu R$ 6 MM
http://www.istoe.com.br/…/403624_A+EMPREITEIRA+E+O+AMIGAO+D…
 
Relatório inédito do Banco Central anexado a um inquérito da Polícia Federal, obtido com exclusividade por ISTOÉ, revela que o pecuarista José Carlos Marques Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, obteve em outubro de 2004 um...
istoe.com.br

 

Carro sujo mostra preocupação com água, mas é preciso cuidar da pintura

por FERNANDO MIRAGAYA

O estudante de engenharia André César Franco, 21, limpava seu Chevrolet Corsa com água semanalmente. Agora, estufa o peito para falar que não lava o carro há quase três meses. "O que faço é, durante a chuva, pegar um pano e tirar a sujeira", garante.

Com a crise hídrica, manter o carro sujo virou motivo de orgulho cívico em São Paulo. Existe até um movimento para as pessoas só lavarem o veículo quando houver água, o "Não Chove, Não Lavo".

Porém, não dá para apenas ignorar a sujeira. É como ficar muito tempo sem tomar banho: problemas na pele -nesse caso, na lataria- vão aparecer em alguma hora.

A lavagem sob chuva feita por Franco é uma das alternativas mais viáveis para não gastar água. Contudo, é importante secar o carro depois. Sob o efeito do sol, a água ácida dos temporais pode deixar manchas que só sairão com um polimento.

"É pior do que deixar a poeira acumular sobre a lataria", compara Francisco Satkunas, conselheiro da SAE Brasil (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade).

Nos veículos empoeirados, é bom nem tentar disfarçar a sujeira passando pano seco.

"Como o pó acumulado pode ter partículas grossas, o efeito da tentativa de limpeza será o de uma lixa, provocando riscos", Satkunas.

NATUREZA PODE SER INIMIGA DA PINTURA

Excrementos de pássaros, insetos e frutas que se esparramam na lataria são perigosos. "Eles podem provocar perda de brilho e diminuição da resistência da pintura", avisa Edmundo Soares, consultor de Negócios da Glasurit, divisão de tintas automotivas da Basf.

Estacionar perto de grandes indústrias é outro veneno: há risco de corrosão por causa da fuligem. "Qualquer resíduo de origem química tem de ser eliminado. O enxofre, por exemplo, vai formar ácido sulfúrico ao misturar-se com a água da chuva", explica Satkunas.

Nem mesmo as capas veiculares salvam. Em uma área externa, o carro coberto fica sujeito a variações de temperatura em um ambiente abafado. Manchas amareladas poderão surgir, e um simples risco na superfície tende a virar ferrugem.

  Ilustração Alexandre Affonso/Editoria de Arte/Folhapress  
EVITE A SUJEIRAComo manter o carro sem lavar mantendo a lataria íntegra
 
INTERIOR PEDE ATENÇÃO
Na cabine, aspirador de pó e lixeira portátil são grandes aliados em tempos de seca. Já o tapete de borracha pode ser limpo com pano úmido.

Esse também serve para disfarçar a sujeira nos acessos ao habitáculo. É importante limpar as soleiras e as borrachas em volta das portas. Desta forma, evita-se sujar as roupas e levar resíduos para dentro do veículo.
Outra dica é limpar os calçados antes de entrar.

Lá dentro, não fume: a nicotina engordura vidros e peças plásticas. E é prudente não comer no automóvel. "Fico bravo quando meu filho come bolacha dentro do carro", afirma o psicólogo Mauro de Almeida, 62.

Ele tem suas razões: seu Renault Sandero Stepway, comprado em novembro, nunca viu água. O carro, que é branco, está com "outra cor" graças às estradas de terra por onde trafega em São Pedro (a 192 km de São Paulo). "A água sempre foi uma preocupação para mim, mas confesso que a terra cobrindo o carro não é agradável".

MAIS CARA, LAVAGEM A SECO É OPÇÃO CONSCIENTE DURANTE CRISE

Ao permanecer muito tempo com sujeira e sem nenhum tipo de cuidado, a pintura tende a perder seu brilho e, nos casos extremos, ganhar manchas só removidas após o dono investir pesado.

"O polimento de um carro médio sai em torno de R$ 200, podendo chegar a R$ 500 em casos mais específicos", calcula Leonardo Pierucci, da GEB Reparações, que também recomenda o uso de capas para manter o carro limpo por mais tempo. "As de cetim ou lycra são as melhores, mas o veículo deve esta limpo antes de ser guardado e ficar em local coberto, já que elas não são impermeáveis".

Outro alento para quem não consegue ficar com o carro sujo é que engenheiros e especialistas aprovam as lavagens a seco -desde que feita com produtos específicos e panos próprios.

O processo consiste em aplicar um líquido químico na lataria, que age amolecendo a sujeira e facilitando sua remoção. Se o carro estiver mais sujo, usa-se uma quantidade maior do detergente.

Mas há limites: nos casos de barro e lama impregnados na lataria, o recomendável é utilizar água nesses locais, e só então com eles removidos aplicar a lavagem a seco.

Sem maior perigo de riscos na pintura do que uma lavagem convencional, o serviço, no entanto, é mais caro.

Entre os lava-rápidos consultados pela Folha, os preços oscilam de R$ 35 a R$ 75, contra uma variação de R$ 20 a R$ 50 do método tradicional. O investimento é maior, mas é uma alternativa para quem não quer ostentar a poeira do carro por aí.

 
Fonte: Folha Online - 08/02/2015 e Endividado
 
 

Japonês Kakebo chega ao Brasil para ajudar a controlar despesas do lar

por FABÍOLA SALANI

Garrafa de água para enfrentar o calor sufocante, R$ 2,50. Picolé de frutas para conseguir chegar ao destino, outros R$ 2,50. Pão de queijo para driblar a fome, R$ 3,50. Balas, R$ 1,50. Pronto, você gastou R$ 10 e nem percebeu.

Boa parte dos livros sobre finanças pessoais mira no controle desses pequenos gastos como ferramenta para equilibrar o orçamento e achar onde cortar despesas.

  Divulgação  
Capa da edição brasileira do Kakebo, livro de finanças pessoais
Capa da edição brasileira do Kakebo, livro de finanças pessoais
E um livro colorido, com dicas de economia doméstica e formato de agenda para anotar todas as despesas do dia a dia, chega ao Brasil para ajudar nessa tarefa.

O Kakebo –que em japonês significa "livro de contas das despesas de casa"– traz dicas de economia de maneira divertida, para incentivar o usuário a marcar seus gastos e manter seus propósitos.

As páginas dedicadas a anotar as despesas vêm divididas com os dias da semana, sem datas, para que a pessoa comece um ciclo de um ano quando quiser.

A recomendação é apenas que o início se dê em uma segunda-feira –como nas dietas para emagrecer, segunda fica sendo o dia de começar um planejamento financeiro.

Na edição brasileira, um porquinho dá dicas para economizar e representa o dinheiro poupado; um lobo faz as vezes de "vilão" do orçamento. No início de cada mês, o usuário é convidado a listar suas receitas e despesas fixas, além de traçar objetivos e estimar a economia a ser feita.

Nas páginas seguintes, ele vai marcando o dinheiro usado para "sobrevivência" (categoria na qual estão alimentação, farmácia, transporte, filhos e animais de estimação), "lazer e vícios" (bares, restaurantes, cigarros, baladas, cosméticos e roupas), "cultura" (livros, música, espetáculos, filmes e jornais e revistas) e os "extras" (viagens, presentes, eletrônicos, objetos para o lar). No total semanal, aparece o lobo faminto por aquele valor.

A divertida página do fim do mês mostra lobo e porquinho brigando pelo orçamento e permite organizar despesas por categoria, facilitando a decisão sobre onde cortar.

Em Portugal e na Espanha, onde já foi lançado, o livro desperta comentários positivos de usuários em redes sociais, que, contudo, reclamam do formato, que, segundo eles, é difícil de ser levado de um lado para o outro.

Os editores negam que isso afete o progresso dos usuários e afirmam que eles são encorajados a guardar notas para depois lançá-las no livro, num momento definido individualmente.

A versão 2015 lançada na Espanha trouxe um pequeno livro em formato de passaporte exatamente para ser mais facilmente transportada.

Ao fim e ao cabo, o Kakebo funciona mais como um estímulo para controlar as finanças do que como ferramenta em si. O sucesso vai depender da disciplina do usuário.

Como disse José Vignoli, educador financeiro do Meu Bolso Feliz, do SPC Brasil, "é mais um tipo de controle de finanças pessoais, voltado para alertar sobre os pequenos gastos que ao final do ano podem somar valores consideráveis. Nada muito diferente das regras básicas de controle pessoal, mas traz um charme que faz vender bem".

Para Vignoli, o Kakebo é um "aplicativo impresso": "É muito usado no Japão dentro da cultura oriental de consumo, que difere da nossa".

Kakebo – Agenda de finanças pessoais

Editora Bestseller

Quanto R$ 30 (200 págs.)

Classificação Bom
Fonte: Folha Online - 09/02/2015 e Endividado