segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Calor deve continuar no Rio até a virada do ano, prevê Inmet


Calor
Inmet prevê tempo quente até a virada do ano, no Rio de Janeiro, com possibilidade de pancadas de chuvas no fim da tarde e no início da noiteMarcelo Camargo/Agência Brasil
O forte calor registrado no Rio de Janeiro durante o fim de semana deve continuar hoje (29), prevê o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A máxima esperada para a cidade chega a 37 graus Celsius (ºC), com tempo claro a parcialmente nublado pela manhã e parcialmente nublado à tarde e à noite.
De acordo com a meteorologista do instituto Marlene Leal, a tendência é que a situação permaneça até a virada do ano, na quarta-feira (31), com chance de pancadas de chuva durante o fim da tarde e o início da noite. A nebulosidade deve ser maior no litoral sul do estado, nos arredores de Angra dos Reis.
A presença de nuvens, no entanto, não deve aliviar o calor: "O tempo continua muito abafado, apesar da nebulosidade. Na faixa dos 37ºC, 38ºC. No sul do estado, pode ocorrer chover hoje e amanhã. Mas, nas outras áreas, fica praticamente sem chuva", disse a meteorologista. O Inmet prevê que o tempo mude só no domingo (4) à noite, com a chegada de uma frente fria ao estado.
Segundo o instituto, a temperatura máxima de ontem foi 40,1ºC, nos bairros de Vila Militar e Realengo, na zona oeste da cidade. De acordo com a meteorologista, como a umidade relativa do ar era 28% no horário da temperatura máxima, a sensação térmica chegou a 42ºC.
O sistema de alerta de chuvas intensas e de deslizamentos em encostas da cidade do Rio de Janeiro – Alerta Rio – também prevê temperaturas altas, que podem chegar a 39ºC.
O calor pode contribuir para pancadas de chuva, segundo a meteorologista do Alerta Rio Juliana Hermsdorff: "Há atuação de uma massa de ar quente, com bastante sol e calor. No fim do dia, com esse calor e a alta da umidade, podem ocorrer pancadas de chuva rápidas, bem típicas do verão".
Segundo o Alerta Rio, a tendência é que a situação não se altere até a noite de Ano-Novo, de 31 de dezembro para 1º de janeiro, quando pode ter a incidência de chuvas rápidas em alguns pontos da cidade.

Réveillon: Copacabana terá 2 milhões de pessoas e dez navios de cruzeiro


balsa fogos de artíficio
Preparativos para os fogos de artíficio em balsaTomaz Silva/Agência Brasil
Cerca de 2 milhões de pessoas deverão comparecer às areias de Copacabana e pistas da Avenida Atlântica – segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro – para a tradicional queima de fogos que ocorre todos os anos e que vem se consolidando como uma das mais tradicionais e grandiosas festas para marcar a chegada de um novo ano.
Desde domingo (28), a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) vem executando os preparativos para a queima de fogos, que este ano ocorre também nas praias do Flamengo, na zona sul do Rio, e em Icaraí, na baixada litorânea.
A queima ocorrerá a partir de balsas ancoradas na orla marítima. O planejamento da parte marítima dos espetáculos envolve a CPRJ, o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (Cbmerj), as prefeituras do Rio de Janeiro e de Niterói, além as empresas de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) e de Niterói (Neltur). Envolve, ainda, as empresas SR Produções e Marketing (Srcom), Equipemorim Serviços Marítimos e Domberg Show Pirotécnico, vencedoras da seleção pública para a produção, logística e operação do réveillon 2014/2015.
Cabe à CPRJ fiscalizar as balsas e organizar os navios de cruzeiro, as embarcações de turismo náutico, esporte e recreio que trazem pessoas para assistir aos espetáculos. São esperados ainda mais dez navios de cruzeiro e cerca de 250 barcos de turismo náutico, esporte e recreio, na orla da Praia de Copacabana, de acordo com a prefeitura do Rio.
A Capitania dos Portos usará helicóptero, navio-patrulha, 20 embarcações de menor porte e 110 militares para fiscalizar 21 balsas posicionadas por 14 rebocadores nas orlas dos municípios do Rio de Janeiro e de Niterói (11 em Copacabana, cinco no Flamengo, e cinco em Icaraí).
Na manhã de hoje, a CPRJ organiza reunião de coordenação com todos os envolvidos nosshows. À tarde, haverá inspeção prévia nas balsas, quando as embarcações serão liberadas para seguir aos locais de queima.
Como acontece todos os anos, será montado centro de coordenação entre a CPRJ e o Cbmerj, a bordo de um navio-patrulha, “para coordenação da salvaguarda da vida humana no mar, e a separação dos barcos dos espectadores por tamanho, para evitar acidentes durante e após o final dos shows pirotécnicos”.
Segundo a Capitania dos Portos, as embarcações de esporte, recreio e turismo náutico serão posicionadas em duas áreas distintas, de acordo com o porte. Os barcos maiores serão posicionados mais próximos da entrada da Baía (área azul), os menores permanecerão mais próximos do Forte de Copacabana (área cinza), de forma que, no final do evento, os barcos maiores e mais velozes se desloquem na frente dos menores e mais lentos. Haverá, ainda, um local (área branca), mais próximo ao Forte de Copacabana, destinado ao refúgio de embarcações pequenas, em caso de mau tempo.
A Capitania dos Portos recomenda também que os navegantes prestem atenção às previsões meteorológicas e às normas da segurança no mar, não esquecendo, entre outros procedimentos, de disponbilizar nas embarcações a carta de navegação, coletes salva-vidas e extintores de incêndio, mantendo distância segura dos barcos em relação às praias e aos banhistas. Além dissso, as embarcações devem respeitar a lotação permitida.

Posse de Dilma terá esquema de segurança com 4 mil agentes


O cerimonial do Palácio do Planalto faz os ajustes finais da cerimônia de posse da presidenta Dilma Rousseff, marcada para o dia 1 de Janeiro.(Elza Fiúza/Agência Brasil)
O cerimonial do Palácio do Planalto faz os ajustes finais da cerimônia de posse da presidenta Dilma Rousseff, marcada para o dia 1º de JaneiroElza Fiúza/Agência Brasil
Quatro mil agentes das Forças Armadas, das polícias Federal, Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros e do Departamento de Trânsito do Distrito Federal participarão do esquema de segurança da posse da presidenta Dilma Rousseff, na próxima quinta-feira (1°).
Os agentes atuarão no gramado da Esplanada dos Ministérios, no alto dos prédios e em helicópteros. Durante o trajeto em carro aberto da Catedral até o Congresso Nacional, Dilma será escoltada por motociclistas e agentes de segurança a cavalo.
Serão montadas barreiras de controle na rodoviária de Brasília, por onde a maioria do público deve chegar, e grades vão proteger a pista por onde passará o Rolls-Royce presidencial e a área externa do Palácio do Planalto.
O esquema de segurança foi testado ontem (28), durante ensaio da posse. Os 4 mil agentes estarão preparados para impedir eventuais manifestações violentas ou atos que atrapalhem o percurso a ser feito pela presidenta. A expectativa dos responsáveis pela segurança da posse é que não haja grandes manifestações durante os eventos da posse.
A cerimônia começa com o percurso no Rolls-Royce da Catedral Metropolitana de Brasília até a entrada do Congresso Nacional, onde Dilma deve chegar às 15h. No plenário da Câmara, ela faz o juramento, assina o termo de posse e discursa. Na saída, recebe honras militares com uma salva de 21 tiros de canhão e segue para o Palácio do Planalto.
Após subir a rampa, Dilma falará à nação no parlatório do palácio. Em seguida, recebe cumprimentos de autoridades e convidados, dá posse aos ministros e faz fotos oficiais. A última etapa da cerimônia será uma recepção no Palácio Itamaraty.
A estimativa oficial é que cerca de 10 mil pessoas acompanhem a posse de Dilma na Esplanada e na Praça dos Três Poderes. O PT, partido da presidenta, no entanto, calcula que pelo menos 30 mil devam comparecer à solenidade.
São esperadas para a cerimônia de posse delegações de 60 países e 27 chefes de Estado e de Governo, entre eles, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, os presidentes do Uruguai, José Mujica, da Venezuela, Nicolás Maduro, e do Chile, Michelle Bachelet.

Policiais condenados pela morte de presos no Carandiru continuam em liberdade

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Os 73 policiais militares condenados pela morte de 77 presos na Casa de Detenção do Carandiru, em 2 de outubro de 1992, aguardam em liberdade o pedido de recurso para julgamento em segunda instância. Apenas o ex-policial Cirineu Letang, cuja sentença foi dada no último dia 10, está preso por outros homicídios.
Somadas as sentenças de todos os condenados, as penas chegam a quase 21 mil anos de detenção. O promotor Fernando Pereira, que atuou em três das cinco etapas do julgamento do Carandiru, avalia que os pedidos da defesa não terão sucesso, tendo em vista que os réus foram condenados em Júri Popular, com confirmação da sentença nas cinco sessões.
“Temos um princípio chamado soberania dos veredictos. Então o que prevalece é o julgamento do Tribunal do Júri, a não ser que o tribunal [recursal] vislumbre alguma irregularidade”, explicou o promotor.
Os recursos foram apresentados pelos advogados Ieda Ribeiro de Souza, que atuou nos dois primeiros júris e no julgamento de Letang, e Celso Vendramini, que defendeu os policiais do Comando de Operações Especiais (COE) e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Eles alegam que não há provas suficientes para atestar que os policiais mataram os detentos. Vendramini pede também a nulidade do julgamento ao questionar o fato de uma testemunha ter sido dispensada, quando deveria ter permanecido incomunicável.
O Massacre do Carandiru, como o fato ficou conhecido, ocorreu há 22 anos, quando uma operação policial para reprimir uma rebelião resultou na morte de 111 presos. Por envolver grande número de réus e de vítimas, o julgamento dos réus foi dividido, inicialmente, em quatro etapas, de acordo com o que ocorreu em cada um dos pavimentos da casa de detenção. Com o desmembramento do julgamento de Letang, pois a defesa pediu um exame de sanidade mental antes dele ser julgado, foram feitos cinco júris.
A primeira etapa do julgamento do Carandiru ocorreu em abril de 2013, quando 23 policiais foram condenados a 156 anos de reclusão pela morte de 13 detentos que estavam no segundo pavimento. A segunda etapa foi a que condenou a 624 anos de prisão os 25 policiais pela morte de 52 detentos. Eles estavam no terceiro pavimento do Pavilhão 9. O terceiro grupo de dez policiais foi julgado culpado, em fevereiro de 2014, pela morte de oito presidiários que estavam no quinto pavimento. Nove policiais foram condenados a 96 anos de prisão cada, e um a 104 anos [por ter uma condenação anterior].
No quarto júri, foram julgados 15 policiais militares do Comando de Operações Especiais, pela morte de oito detentos que ocupavam o quarto pavimento, além de duas tentativas de homicídio. Eles foram condenados a 48 anos de prisão cada, por homicídio qualificado [pena mínima de seis anos para cada homicídio cometido somado à pena de mais seis anos por impossibilidade de defesa das vítimas].
O último réu, Cirineu Letang, foi condenado no dia 10 de dezembro. Estava previsto também o julgamento em separado do coronel da reserva da Polícia Militar Luiz Nakaharada por conduta individualizada na morte de cinco detentos no terceiro pavimento. Ele, no entanto, morreu de infarto em dezembro do ano passado.
Para o promotor Fernando Pereira, o resultado dos julgamentos indica uma rejeição da sociedade a qualquer tipo de ação que desrespeite os direitos humanos. “A população [representada nos grupos de jurados], nas cinco vezes em que foi confrontada com a prova dos laudos e com os argumentos do Ministério Público, se convenceu de que a ação cometida por aqueles policiais, naquele dia, foi uma criminosa”, disse. Ele acredita que a conclusão do júri, em um caso emblemático como este, é mostra de que o desrespeito à vida humana não prevalecerá.
O assessor jurídico da Pastoral Carcerária, Paulo Malvezzi, avalia que, além da condenação dos policiais militares, é preciso avançar no sentido de indenizar de forma justa as famílias dos detentos mortos. “O Estado executou 111 pessoas naquele dia. Ele também tem o dever de reparar aquelas famílias que perderam seus entes queridos”, destacou. Ele acredita que, diante da impossibilidade de responsabilizar policiais de alta patente ou até mesmo o governador à época, Luiz Antonio Fleury Filho, é preciso reparar o dano causado. “Mas não com valores irrisórios, como aconteceu em muitos processos. Algo que não fosse meramente simbólico”, defendeu.
Malvezzi destacou ainda que as condições carcerárias que levaram ao massacre no Carandiru continuam nas prisões brasileiras. “Temos um quadro de superlotação, de degradação do sistema, de uma quase favelização das unidades prisionais. O que aconteceu é que o Carandiru, que era uma grande unidade prisional, foi pulverizada por todo o estado”, disse. Ele ressaltou que as situações de violações aos direitos humanos continuam ocorrendo no sistema carcerário do país. “Pode não ser algo tão simbólico quanto o Carandiru, mas os dados do massacre continuam”.

Beneficiários do INSS devem comprovar vida e renovar senha até amanhã

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devem procurar os bancos até esta terça-feira (30) para comprovar vida e renovar senha bancária. Para isso, o beneficiário deve ir até a agência em que recebe o benefício e apresentar documento oficial com foto, como carteira de identidade, de trabalho ou de habilitação.
Embora o prazo dado pelo INSS seja o dia 31 de dezembro, os bancos não estarão abertos ao público nesse dia, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Por isso, é importante ficar atento e evitar empecilhos para efetivar as ações, que são obrigatórias.
Quem não puder comparecer presencialmente à agência poderá valer-se de um procurador cadastrado no INSS ou de seu representante legal. Caso a ausência decorra de doenças ou dificuldade de locomoção, o procurador deverá comparecer a uma agência da Previdência Social portando procuração assinada e atestado médico emitido nos últimos 30 dias, além dos documentos de identificação dele e do beneficiário.
A falta de renovação pode levar à interrupção do pagamento do benefício, até que a situação seja regularizada. O Ministério da Previdência Social calcula que, dos 32 milhões de beneficiários do INSS, mais de 30 milhões fizeram os procedimentos obrigatórios até o dia 15 de dezembro, data da última contagem oficial.

Transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, Chikungunya assusta o país em 2014


Na rodoviária de Brasília, funcionários da Secretaria de Vigilância Ambiental distribuem folhetos educativos no Dia D de Combate à Dengue e à Chikungunya (Elza Fiuza/Agência Brasil)
Até 15 de novembro, o Ministério da Saúde já havia identificado 1.364 casos de chikungunya no paísElza Fiuza/Agência Brasil
A febre chikungunya foi registrada no Brasil pela primeira vez em setembro deste ano. De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde (do dia 15 de novembro), haviam sido identificados 1.364 casos no país, sendo 71 importados e 1.293 diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para locais onde há transmissão.
A doença, causada por um vírus do gênero Alphavirus, é transmitida sobretudo peloAedes aegypti, transmissor da dengue, e peloAedes albopictus. Os sintomas incluem febre alta, dor muscular, nas articulações e na cabeça, além de manchas vermelhas pelo corpo, que costumam durar de três a dez dias. A letalidade, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), é rara e menos frequente que nos casos de dengue.
Para evitar a transmissão do vírus, a orientação do ministério é que as pessoas reforcem as ações para eliminar criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas adotadas para o controle da dengue: verificar se a caixa d’água está bem fechada, não acumular vasilhames no quintal, verificar se as calhas estão entupidas e colocar areia nos pratos dos vasos de planta.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, desde 2004, o chikungunya havia sido identificado em 19 países. A partir do final de 2013, entretanto, foi registrada transmissão autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe e, este ano, na República Dominicana e no Haiti. Até então, apenas África e Ásia tinham registro da circulação do vírus.
Desde que foram confirmados casos no Caribe, o governo brasileiro elaborou um plano nacional de contingência da doença, com as metas de intensificar as atividades de vigilância, a preparação de resposta da rede de saúde, o treinamento de profissionais, a divulgação de medidas às secretarias, além de equipar laboratórios de referência para diagnóstico.
Também foram reforçadas medidas de prevenção e identificação de casos. Nas regiões com registro da febre chikungunya, foram constituídas equipes técnicas pelas secretarias de saúde locais para orientar a busca de casos suspeitos e emitir alertas às unidades de saúde e às comunidades. Para garantir o controle dos mosquitos transmissores da doença, está sendo realizada, entre outras ações, a eliminação de criadouros.
A recomendação do ministério é que – uma vez caracterizada a transmissão sustentada de chikungunya em uma determinada área, com a confirmação laboratorial dos primeiros casos – os demais casos sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico, que leva em conta fatores como sintomas apresentados e o vínculo do paciente com pessoas que já contraíram a doença.

Ministério da Educação disciplina uso simultâneo de ProUni e Fies

O Ministério da Educação disciplinou o uso simultâneo de recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa Universidade para Todos (ProUni). Um estudante só poderá usar os dois programas quando tiver bolsa parcial do ProUni e o complemento do Fies for para o mesmo curso e na mesma instituição de ensino superior. A determinação está em portaria publicada na edição de hoje (29) do Diário Oficial da União.
São considerados uso simultâneo dos benefícios os seguintes casos: ocupação de bolsa integral do ProUni e de utilização do Fies; ocupação de bolsa parcial do ProUni e de utilização de financiamento do Fies para cursos ou instituições de ensino superior distintos; ocupação de bolsa parcial do ProUni e de utilização de financiamento do Fies para mesmo curso e mesma instituição, se a soma do percentual da bolsa e do financiamento resultar em valor superior ao encargo educacional com desconto.
O estudante que não se enquadrar nas normas poderá optar por um dos programas, e também será permitido transferir o financiamento do Fies para o mesmo curso onde tem a bolsa parcial do ProUni e vice-versa.

Brasil intensifica em 2014 ação internacional com ajuda do Brics

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O Brasil avançou em 2014 em busca da cooperação consolidada entre os países integrantes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Fortaleza, no Ceará, sediou, em julho deste ano, o encontro de cúpula dos cinco países, quando foi dado mais um passo para a estruturação do novo Banco de Desenvolvimento do Brics, que terá sede em Xangai, na China, e a presidência ocupada por um representante da Índia. O anúncio, na ocasião, foi feito pela anfitriã do encontro, a presidenta Dilma Rousseff.
Ficou acertado na época que o capital inicial autorizado do banco é US$ 100 bilhões e o capital subscrito, US$ 50 bilhões, igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o Brics. O primeiro escritório regional do banco será na África do Sul. A primeira direção da equipe de governadores pertencerá à Rússia e a primeira composição da equipe de diretores será do Brasil. A presidência do banco será rotativa entre os integrantes do bloco.
O esforço para a criação do banco pode esbarrar, no entanto, nas dificuldades que os países do grupo vêm enfrentando sob a influência da crise econômica global, inciada em 2008, e que teima em não arrefecer. A Rússia, por exemplo, passou a viver turbulências e, para proteger sua moeda, o rublo, ante o dólar, elevou em único dia de dezembro a principal taxa de juros do país, de 10,5% para 17% ao ano. A situação tem levado nervosismo e ansiedade ao mercado financeiro, preocupado com uma possível recessão russa.
Durante café da manhã com jornalistas, neste fim de ano, a presidenta reconheceu os problemas enfrentados pelos países emergentes, mas, ao comentar a situação do Brics, negou que a Rússia esteja  “à beira de uma crise econômica”. Segundo ela, a economia russa passou por uma turbulência monetária, “mas tem reservas suficientes”.
Para o Brasil, o novo banco é fonte alternativa para financiamento de infraestrutura, compensando assim a falta de crédito das principais instituições financeiras internacionais. Empresários dos países que compõem o bloco apresentaram proposta que permitirá a troca direta de moedas entre os países, para facilitar e baratear os custos de transação. 
O doutor em ciências sociais e mestre em economia política Francisco Américo Cassano acredita que, devido ao novo cenário mundial, com a crise da Rússia e a mudança de postura dos Estados Unidos em relação a Cuba, ainda é cedo para avaliar se o banco do Brics deslanchará no curto prazo. “Algumas variáveis aconteceram nesse intervalo de tempo, entre a criação do banco e o encerramento do ano. O fato de os Estados Unidos ter se aproximado de Cuba e a economia brasileira ter apresentado sinais decepcionantes pode significar que as coisas nesse sentido devem ficar um pouco acomodadas”, disse em entrvista à Agência Brasil.
Professor da Universidade Presbiteriana Manckenzie, em São Paulo, Américo Cassano defende revisão na política externa brasileira ante a nova realidade. Para ele, o Brasil deve procurar melhor relação com os países desenvolvidos e ser menos dependente do comércio com a China e com países menos desenvolvidos. Ele destaca que, quando defende a mudança, não significa ruptura com os países do Mercosul. Mas, na avaliação dele, o Brasil terá de se aproximar mais da União Europeia.
Mesmo com o ambiente de turbulências no exterior, o professor vê sinais otimistas, internamente. Destacou, como fato representativo, a equipe ministerial de orientação fiscalista, tendo à frente o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele considera importante ainda a escolha do novo ministro da Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, responsável pela política de comércio internacional do Brasil.

Com chuvas, nível do Cantareira fica estável em 7,3%

O nível de armazenamento de água do Sistema Cantareira, principal reservatório de abastecimento da Grande São Paulo, ficou estável em 7,3% em relação ao volume registrado esse domingo (28). Os dados fazem parte do levantamento diário da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Entre os dias 27 e 28, os reservatórios que compõem o sistema tiveram uma baixa de 0,1 ponto percentual após quatro dias de recuperação.
As chuvas têm ajudado a manter o nível do Cantareira acima do patamar de 7% desde o último dia 24. Nessa data, o índice pluviométrico chegou a 52,4 milímetros, elevando em 0,3 ponto percentual a capacidade do reservatório, passando de 6,7% para 7%. No acumulado do mês, as precipitações somam 144,6 milímetros (mm). O índice, no entanto, ainda está abaixo da média para o mês de dezembro, de 220,9 mm.
Nas demais represas que abastecem a região metropolitana de São Paulo, houve queda, entre ontem e hoje (29), no volume armazenado no Alto Tietê (de 12,1% para 12%) e no Guarapiranga (de 40,8% para 40,5%). Neste último, apesar da queda, a pluviometria acumulada, de 244,8 mm, já supera a média histórica, que é 175,2 mm.
O volume de água armazenado no Alto Cotia ficou estável em 31,6%. Apresentaram melhora no nível dos reservatórios os sistemas Rio Grande (de 71,3% para 71,9%) e Rio Claro (de 33,4% para 33,5%).

Temporal em São Paulo derruba 198 árvores e fecha Parque Ibirapuera


Subiu para 198 o número de árvores derrubadas em razão do forte temporal que atingiu a capital paulista na madrugada de hoje (29), conforme atualização da prefeitura de São Paulo. Por esse motivo, o Parque Ibirapuera, que abre normalmente às 5h, está fechado. De acordo com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, a decisão foi tomada por questão de segurança. É a primeira vez que o parque, na zona sul paulistana, é fechado devido à queda de árvores.
A administração do Ibirapuera está removendo e contabilizando as plantas derrubadas pela forte chuva, eNno há previsão de reabertura, segundo a secretaria municipal. A tempestade teve descargas elétricas, trovões e rajadas de vento. Na região do Aeroporto de Congonhas, também na zona sul, os ventos atingiram 96,3 quilômetros por hora (km/h). Toda a cidade ficou em estado de atenção entre 0h20 e 1h23.
Também em razão da forte chuva continua parcialmente interrompida a circulação da Linha 10 – Turquesa, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). No trecho bloqueado, entre as estações Rio Grande da Serra e São Caetano, foram disponibilizados 100 ônibus pelo Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese). Em média, quase 400 mil pessoas usam a Linha 10 diariamente, informou a companhia. Não há previsão de retorno.
Na parte da manhã, os termômetros do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registraram temperaturas entre 26 e 28 graus Celsius (ºC). Os percentuais de umidade do ar oscilaram em torno de 60%. Entre a tarde e a noite, o calor e a grande disponibilidade de umidade na atmosfera devem favorecer a formação de temporais na capital e na região metropolitana. As chuvas podem vir acompanhadas de rajadas de vento e eventual queda de granizo.