sábado, 20 de dezembro de 2014
Conselho aumenta juros de financiamentos do BNDES pela primeira vez em dois anos
Pela primeira vez em dois anos, as empresas que contraírem empréstimos e financiamentos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão pagar juros maiores. Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) reajustou a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para 5,5% ao ano. Desde janeiro de 2013, a taxa estava em 5% ao ano, no menor nível da história.
Saiba Mais
Originalmente, a decisão deveria ter saído ontem (18), na reunião mensal do órgão. A definição, no entanto, tinha sido adiada por causa das definições sobre a prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), conjunto de linhas especiais do BNDES que financiam a compra de máquinas e equipamentos, exportações e investimentos em inovação por empresas.
A cada três meses, o CMN fixa o nível da taxa para o trimestre seguinte. O conselho é formado pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
O reajuste da TJLP reduz as pressões sobre o Tesouro Nacional, que gastará menos para cobrir a diferença entre a taxa subsidiada e os juros de mercado. De julho de 2009 a junho de 2012, a TJLP permaneceu em 6% ao ano. A taxa foi reduzida para 5,5% em julho de 2012 e para 5% em janeiro de 2013, como medida de estímulo à economia.
Criada em 1994, a taxa é definida como o custo básico dos financiamentos concedidos ao setor produtivo pelo BNDES. De acordo com o Ministério da Fazenda, o valor da TJLP leva em conta dois fatores: meta de inflação, atualmente em 4,5%, mais o risco Brasil, indicador que mede a diferença entre os juros dos títulos brasileiros no exterior e os papéis do Tesouro norte-americano, considerados o investimento mais seguro do mundo.
Apartamento l Bairro Petrópolis l 3 dormitórios l 2 vagas l 243.39 M2 l Código AP0063-GJ9
Alckmin veta projeto que proíbe uso de bala de borracha em São Paulo
O governador de São paulo, Geraldo Alckmin, antecipou hoje (19) que vetou o projeto aprovado pela Assembleia Legislativa do estado (Alesp), que proibia o uso de bala de borracha pelos policiais civis e militares. O veto será publicado amanhã (20) no Diário Oficial do Estado de São Paulo, segundo a assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes.
Alckmin argumenta que a polícia necessita de liberdade para realizar seu trabalho. “A polícia tem protocolos. Precisa ter liberdade dentro dos seus protocolos de trabalho, dentro da sua competência, para poder administrar a maneira como estabelece a ordem pública, protege os cidadãos”, disse.
A Alesp aprovou o projeto de lei – de autoria da bancada do PT – em 3 de dezembro, e encaminhou o texto para sanção ou veto do governador. Na época, em justificativa, o líder do partido na assembleia, João Paulo Rillo, observou que muitas pessoas atingidas por esse tipo de munição sofreram ferimentos graves. "O direito à livre manifestação é um imperativo da lei. O fato de jornalistas perderem a visão durante as manifestações de junho obrigou os parlamentares a dar uma resposta à altura", declarou.