terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Cenário será difícil em 2015 e 2016, diz presidente da Vale

Dado Galdieri/Bloomberg

Caminhões da Vale transportando minérios de ferro na Mina de Brucutu, em Barão de Cocais, no Brasil

Vale: em 2015, ela estima produzir 340 milhões de toneladas de minérios, passando a 376 milhões em 2016

Mariana Durão e Mônica Ciarelli, do Estadão Conteúdo

Rio - O presidente da Vale, Murilo Ferreira, traçou um cenário difícil para o setor de mineração em 2015 e 2016.

O executivo destacou um cenário internacional complexo, com uma economia europeia ainda "anêmica", a japonesa em recuperação e os Estados Unidos em uma queda de braço política entre um Congresso dominado por Republicanos e um governo Democrata.

Em relação à China, Ferreira se mostrou otimista destacando uma mudança de foco do governo do presidente Xi Jinping, olhando para a renda per capita da população e a redução das desigualdades no país, além da concretização de reformas.

"Vejo o cenário mundial muito complexo e não é de se esperar uma situação muito prazerosa. Mas a Vale tem a vantagem de ter enxergado o fim do superciclo ainda em 2011/2012", disse em encontro com jornalistas nesta terça-feira, 16.

Ele mencionou cortes de despesas administrativas de US$ 2 bilhões para cerca de US$ 800 milhões nesse período.

O diretor de Ferrosos, Peter Poppinga, diz que a perspectiva é que a demanda do mercado transoceânico e chinês em 2015 atinja 1,5 bilhão de toneladas.

Ele calcula que cerca de 220 milhões de toneladas de capacidade de minério de ferro não tenham competitividade para se manter operando com preços de US$ 70 por tonelada.

Na prática, a Vale espera a saída de capacidades do mercado, mas ainda não sabe precisar em que prazo.

Segundo o executivo, em 2014 saíram de 50 a 60 milhões de toneladas de minério de mercados não chineses e quase 100 milhões deixaram de ser produzidas na China.

"Estamos com foco na otimização da nossa margem e produtividade", disse o novo diretor de Ferrosos da Vale.

Poppinga lembrou que a Vale capturou um prêmio de US$ 10 por tonelada na venda de seu minério com teor de 65% de ferro.

Além de cerca de US$ 4 referentes à maior qualidade o produto, a Vale conseguiu uma diferença de US$ 6 ao capturar outras características desse minério, como a redutibilidade e logística diferenciada.

A empresa está buscando dar maior liquidez ao índice Platts 65%, que referencia o minério de Carajás de mais alto teor.

Apesar da previsão de entradas de novas capacidades de produção em operação, Poppinga acredita que a contrapartida do esgotamento de outras minas tende a trazer um reequilíbrio para o mercado num período de um a dois anos.

Autorização ambiental

Ferreira anunciou nesta terça que a Vale obteve autorização dos órgãos ambientais para a supressão vegetal na mina N4WS, em Carajás (Pará).

O aval permite o início do desenvolvimento da mina.

A etapa faz parte do licenciamento EIA Global, que compreende a ampliação das cavas de N4WS, N5S, Morro I e Morro II, que contêm 1,8 bilhão de toneladas de reservas, e a permissão para pilhas de estéril no Sistema Norte em Carajás, Brasil.

Em novembro a Vale conseguiu a licença de operação para a ampliação da cava N4WS, expedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A licença engloba o plano de produção nos anos de 2015 e 2016 do Complexo Minerador de Carajás e é importante para o plano da empresa de aumentar sua produção de minério.

Em 2015, a Vale estima produzir 340 milhões de toneladas, passando a 376 milhões de toneladas em 2016, 411 milhões de toneladas em 2017, 453 milhões de toneladas em 2018 e 459 milhões em 2019.

O diretor Peter Poppinga acredita que em um cenário difícil de preços internacionais, não controlado pela empresa, a mineradora deve focar em duas âncoras: produtividade e credibilidade, no sentido de entregar o aumento de produção prometido ao mercado.

 

Exame

 

Luxemburgo recusa oferta do Inter e aposta em Flamengo na Libertadores de 2016

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Getty Images

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Por Tauan Ambrosio l @ambrosiotauan

 

O treinador recusou oferta do clube gaúcho, que segue em busca de alguém para a função

Vanderlei Luxemburgo continua no Flamengo para 2015. O treinador foi bastante especulado no Internacional, que não venceu a concorrência do Corinthians na busca para contar com Tite. O clube gaúcho, inclusive, teria feito uma proposta para o técnico.

De acordo com o blog Extracampo, do jornal Extra, Luxemburgo não quis tirar o seu foco do Rubro-Negro e ainda teria brincado com amigos próximos. A chance de comandar o Colorado na Libertadores não seduziu o comandante do clube da Gávea.

“Projeto da Libertadores? Só se for para o Flamengo de 2016”, teria dito. Segundo o Zero Hora, o Inter teria oferecido R$ 700 mil por mês a Luxemburgo, o dobro do que ele recebe no Flamengo.

Em 2014, Vanderlei chegou ao Flamengo com o objetivo de evitar o rebaixamento do clube e terminou o Campeonato Brasileiro na décima posição. Sob o seu comando, o Fla também chegou nas semifinais da Copa do Brasil.

 

Goal

 

 

Japão detecta foco de gripe aviária e sacrifica 4.000 frangos

 

Exames confirmaram a presença de foco de gripe aviária em granja de Miyazaki, oeste do Japão. Foto: Scott Olson/Getty/AFP Photo/Arquivo

Exames confirmaram a presença de foco de gripe aviária em granja de Miyazaki, oeste do Japão. Foto: Scott Olson/Getty/AFP Photo/Arquivo

As autoridades japonesas ordenaram nesta terça-feira o sacrifício de 4.000 frangos na região oeste do país, depois da confirmação de um novo foco de gripe aviária, o primeiro detectado desde abril.
Os exames realizados com mostras obtidas em uma granja de Miyazaki (na ilha meridional de Kyushu) demonstraram a presença de uma cepa do vírus H5, depois que o proprietário do estabelecimento informou a morte súbita de 20 frangos entre domingo e segunda-feira.
O governo decidiu sacrificar todos os frangos da granja afetada. Este é o primeiro fogo de gripe aviária detectado no país desde o primeiro semestre. Em novembro, no entanto, aves selvagens portadoras do vírus foram encontradas no sudoeste do Japão.
Como é norma, as autoridades estabeleceram um perímetro sanitário ao redor da granja contaminada, com a proibição absoluta de transportar aves na região. Os veículos que circulam na área passam por um processo de desinfecção.
As autoridades japonesas advertem com regularidade os criadores de aves por causa da persistência da doença na Ásia.
Em abril, também no sudoeste do país, foram sacrificados 112.000 frangos pela mesma causa.

 

Diário de Pernambuco

 

Sorteio determina duelos da 1ª fase da Copa do Brasil de 2015

Assim, ficou determinando que o Santos terá pela frente o Londrina, enquanto o Palmeiras enfrentará o Vitória da Conquista

 

Um sorteio dirigido, realizado no fim da manhã desta terça-feira, na sede da CBF, no Rio, definiu os confrontos da primeira fase da Copa do Brasil de 2015. Assim, ficou determinando que o Santos terá pela frente o Londrina, enquanto o Palmeiras enfrentará o Vitória da Conquista.

Além disso, o Botafogo, após ser rebaixado no Campeonato Brasileiro, vai encarar o Botafogo da Paraíba, o Flamengo medirá forças com o Brasil de Pelotas e o Rio Branco, do Acre, será o oponente do Vasco na primeira fase. Por sua vez, o Grêmio duelará com o Campinense, da Paraíba.

Os outros times que vão jogar na divisão de elite do futebol brasileiro em 2015 também conheceram seus adversários. A primeira fase da Copa do Brasil terá os duelos Figueirense x Princesa de Solimões-AM, Avaí x Operário-MT, Sport x Cene-MS, Chapecoense x Interporto-TO, Goiás x Santo André, Joinville x Ituano, Coritiba x Villa Nova-MG, Ponte Preta x Vilhena-RO e Atlético-PR x Remo.

Devido ao critério técnico, todas as equipes mais bem ranqueadas jogarão a partida de ida fora de casa. Assim, caso vençam seus adversários por dois gols de diferença, não será necessária a realização do jogo da volta.

Um sorteio dirigido definiu os confrontos da primeira fase da Copa do Brasil de 2015 (Foto: Divulgação)

Um sorteio dirigido definiu os confrontos da primeira fase da Copa do Brasil de 2015 (Foto: Divulgação)

Como o sorteio também determinou os cruzamentos da segunda e da terceira fase, já é possível prever duelos das etapas seguintes. Na segunda fase, por exemplo, pode acontecer um clássico catarinense entre Avaí e Figueirense. Já na terceira fase é possível que sejam realizados os duelos Palmeiras x Vitória e Santos x Sport.

Cruzeiro, São Paulo, Internacional, Corinthians e Atlético Mineiro, clubes brasileiros classificados à próxima edição da Copa Libertadores, além do Fluminense, sexto colocado no Campeonato Brasileiro deste ano, estão classificados diretamente às oitavas da Copa do Brasil.

Antes do sorteio, os 80 times foram divididos em oito grupos, de acordo com a classificação no Ranking Nacional de Clubes da CBF. Os dez melhores ranqueados ficaram no Grupo A, enquanto os dez com piores classificações ficaram no Grupo H. Os confrontos foram sorteados entre os clubes dos grupos A x E, B x F, C x G e D x H.

Confira os confrontos da primeira fase da Copa do Brasil:

Lado esquerdo da chave

Palmeiras-SP X Vitória da Conquista-BA

Sampaio Correa-MA x Estrela do Norte-ES

Vitória-BA x Anapolina-GO

ASA-AL x São Raimundo-RR

Botafogo-RJ x Botafogo-PB

Caxias-RS x Capivariano-SP

Figueirense-SC x Princesa de Solimões-AM

Avaí-SC x Operário-MT

Santos-SP x Londrina-PR

Madureira-RJ x Maringá-PR

Sport-PE x CENE-MS

Chapecoense-SC x Interporto-TO

Flamengo-RJ x Brasil de Pelotas-RS

Salgueiro-PE x Piauí-PI

Náutico-PE x Brasília-DF

Paraná-PR x Jacuipense-BA

Goiás-GO x Santo André-SP

Icasa-CE x Independente-PA

Portuguesa-SP x Santos-AP

Joinville-SC x Ituano-SP

Lado direito da chave

Coritiba-PR x Villa Nova-MG

Fortaleza-CE x Ríver-PI

Ponte Preta-SP x Vilhena-RO

Boa Esporte-MG x Moto Club-MA

Vasco da Gama-RJ x Rio Branco-AC

Cuiabá-MT x Murici-AL

Atlético Goianiense-GO x Coruripe-AL

América-RN x Globo-RN

Atlético Paranaense-PR x Remo-PR

Tupi-MG x Alecrim-RN

Ceará-CE x Confiança-SE

América-MG x Luiziânia-DF

Grêmio-RS x Campinense-PB

CRB-AL x Amadense-SE

Criciúma-SC x Atlético-AC ou Real Noroeste-ES

Bragantino-SP x Lajeadense-RS

Bahia-BA x Nacional-AM

Luverdense-MT x Cabofriense-RJ

ABC-RN x Boavista-RJ

Paysandu-PA x Águia Negra-MS

 

Diário do Litoral e Estadão

 

Descoberta de anticorpos capazes de combater todas as dengues

Pesquisadores londrinos identificam uma classe de anticorpos capaz de combater os quatro tipos virais da doença. A proteção completa pode reduzir os casos da enfermidade. Hoje, são 400 milhões por ano em todo o mundo.

Descoberta d anticorpos capazes de combater todas as dengues

Foto: sites.uai

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A dengue é uma infecção sistêmica transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que pode infectar humanos com quatro tipos virais (DENV sorotipo-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Eles se diferem por cerca de 30% a 35% na sequência de aminoácidos. Dessa forma, a vacinação para um sorotipo leva a proteção ao longo da vida apenas contra ele. Por esse motivo, a maior parte das estratégias de desenvolvimento de imunizantes da dengue busca opções de vacinas tetravalentes, capazes de proteger o organismo de todas as cepas do patógeno.
A trabalhosa procura por essa poderosa estratégia acaba de ganhar fôlego. Pesquisadores da Imperial College, em Londres, descobriram uma classe de anticorpos que poderão ser usados sozinhos e combater todas as formas de dengue.
Em artigo publicado nesta terça-feira (16/12) no site da revista científica Nature Immunology, a equipe liderada por Gavin Screaton analisou e caracterizou 145 tipos de anticorpos monoclonais humanos e identificou um epítopo — determinante antigênico — da dengue até então desconhecido. Trata-se da parte de um antígeno que é reconhecida pelo sistema imunitário, especificamente por anticorpos, células B ou células T. Ela se liga ao anticorpo e está presente no envelope de todas as formas virais.
Com essa nova informação sobre o vírus da dengue, os cientistas desenvolveram uma classe de anticorpos monoclonais altamente potente e amplamente reativa. Em testes de laboratório, descobriram que eles reconheceram o epítopo e eficientemente neutralizaram os vírus em células de insetos e humanos, impedindo que a infecção ocorresse.
Hoje, o reconhecimento por anticorpos de partículas do vírus é dificultado por mudanças dramáticas no momento de encapsulamento do ciclo de vida do patógeno. “Existe uma necessidade urgente para compreender, portanto, a resposta imune humana naturalmente adquirida contra o vírus e a resposta após a vacinação”, afirma Screaton.
A pesquisa da Imperial College tornou o desenvolvimento desses anticorpos uma meta realista em direção a uma futura vacina universal contra a doença. “A descrição aqui desses anticorpos potentes e de reação cruzada (que protege contra os quatro tipos virais) indica um caminho para o desenvolvimento de subunidades de vacinas contendo o epítopo desejado e, possivelmente, estratégias para recapitular respostas observadas em infecções naturalmente sequenciais”, completa o imunologista.
Estratégia inédita
Esse é o primeiro relato de um anticorpo capaz de neutralizar todas as quatro formas de dengue. Anualmente, são estimados 400 milhões de casos da doença no mundo, sendo que cerca de um quarto deles é sintomático. Há evidências epidemiológicas de que a versão grave ocorre mais regularmente numa segunda infecção por um outro sorotipo. A dengue hemorrágica leva a choque, hemorragia e morte.
Segundo o professor do Departamento de Medicina Clínica e do Departamento de Patologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) Anastácio de Queiroz Sousa, um dos grandes desafios atuais é a proteção universal. Não há vacinas disponíveis para nenhum dos tipos virais da dengue. “Foi produzida recentemente uma vacina (contra os quatro tipos) que, apesar de proteger um percentual importante de pessoas, está muito longe do desejado. Se considerarmos todas as faixas etárias, essa proteção é de até 64%”, detalha o também membro do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Sousa considera que, ainda sendo um resultado bom, ter quase 40% da população desprotegida é preocupante. A grande vantagem do trabalho londrino, segundo ele, é ter encontrado um anticorpo que neutraliza todos os tipos do vírus. O especialista observa que os testes para segurança e eficácia da vacina e, posteriormente, o desenvolvimento em grande escala dela estão distantes, mas ressalta que a descoberta divulgada já é um avanço considerável nessa direção.
“Há uma possibilidade muito grande porque eles já perceberam isso em laboratório; e há uma perspectiva muito positiva desses autores, considerando uma doença que não tem vacina e que as que estão em últimos testes estão longe da proteção que gostaríamos.” Sousa afirma que dificilmente poderemos esperar imunizantes tão eficazes para a dengue como para outras doenças virais, com cerca de 95% de proteção. “A intenção deve ser que o corpo humano, ao ser estimulado, produza os anticorpos monoclonais que estão presentes contra quase todos os vírus, bloqueando a multiplicação e chegando à neutralização.”
Avanço médico
Pertencem a uma classe terapêutica relativamente nova, e o desenvolvimento deles constitui um dos maiores avanços da última década no tratamento de diversas doenças, como infecção por ebola e alguns tipos de câncer. Os anticorpos monoclonais, ou mAb, surgem a partir de um único linfócito B, que é clonado e imortalizado, produzindo sempre os mesmos anticorpos em resposta a um patógeno. Esses anticorpos apresentam-se iguais entre si em estrutura, especificidade e afinidade, ligando-se, por isso, ao mesmo epítopo no antígeno.
Detalhada volta do Aedes ao Brasil
Pesquisadores acreditam que descobrir a forma como o Aedes aegypti — transmissor da dengue, da febre amarela e do recente vírus da chikungunya — migra pode ser a chave para a erradicação dele. Para entender esse movimento, porém, é necessária uma abordagem histórica. Um estudo publicado por Fernando Monteiro, do Laboratório de Epidemiologia e Sistemática Molecular do Instituto Oswaldo Cruz, na revista PLOS Neglected Tropical Diseases, aponta como os insetos retornaram para o Brasil após serem erradicados na década de 1950.
A pesquisa foi feita a partir da análise de trechos de DNA de cerca de 400 insetos capturados em 11 cidades das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, além da comparação com mais de 300 mosquitos de oito localidades estrangeiras. Monteiro analisou a genética dos insetos no país e observou que os do norte teriam vindo de uma região entre a Venezuela e os Estados Unidos. Os do Nordeste e do Sudeste brasileiro, do Caribe (veja mapa).
O trabalho é fruto de uma parceria com o autor-sênior do artigo, Jeffrey Powell, da Universidade de Yale. “A grande vantagem de ter ido ao laboratório em Yale foi que todas as informações das amostras brasileiras puderam ser comparadas diretamente com as geradas por eles para as américas do Norte, Central e do Sul”, diz Monteiro. Entre as conclusões mais importantes, está a indicação de que o programa da década de 1950 para conter o mosquito da dengue no Brasil foi eficiente.
Ao fazer um controle que não é 100% eficaz, sobram insetos. As populações dessa área ficam, então, pobres em variabilidade, porque o inseticida mata a maior parte desses bichos e os poucos que restam cruzam entre si. “Quando você genotipa os mosquitos e percebe a alta variabilidade, como acontece no Brasil, quer dizer que eles foram introduzidos de outras populações.”

Fonte: sites.uai

Marataízes

 

Oswaldo de Oliveira exalta base e fala em resgatar Palmeiras

 

Novo técnico do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira, foi apresentado oficialmente na manhã dessa terça-feira. Ciente do momento complicado que o clube viveu recentemente, o novo comandante falou em resgatar grandes momentos do time alviverde em entrevista na Academia de Futebol.

"Eu realizo um sonho de trabalhar nesse clube de tanta tradição no futebol brasileiro. É uma emoção muito motivadora. Vamos buscar resgatar os grandes momentos do Palmeiras", afirmou o técnico.

Oswaldo de Oliveira é o novo técnico do Palmeiras

Foto: Marcello Zambrana/Agif / Gazeta Press

Famoso por trabalhar com jovens jogadores, Oswaldo terá de trabalhar com uma equipe formada, até o momento, por vários atletas vindos da base, além dos estrangeiros que compõem o elenco. Segundo o técnico, não há problemas em relação a isso.

"Não gosto de trabalhar só com a base, gosto de trabalhar com jogador bom, independente da sua nacionalidade. Maior importÂncia não é a faixa etária, e sim o comportamento do jogador dentro e fora de campo".

O novo técnico palmeirense é o único que trabalhou em todos grandes do "eixo Rio-SP". Sobre encerrrar o ciclo justamente no Palmeiras, Oswaldo diz que é uma coincidência apesar de já ter havido outras "ameaças" de trabalhar na Academia.

"É um motivo de orgulho de trabalhar em todos os grandes do Rio e de São Paulo. Agora é um trabalho de planejamento. A busca é em montar uma boa equipe", explicou Oswaldo, que surgiu para o futebol no arquirrival Corinthians. "Eu não sou o primeiro, único nem último (a treinar Palmeiras e Corinthians). Muitos passaram aqui e no Corinthians. O importante é que vou manter minha integridade profissional assim como foi lá e até melhor."

 

Terra

 

Kerry diz que Rússia teve ‘gestos construtivos’ sobre Ucrânia nos últimos dias

 

Secretário de Estado norte-americano John Kerry faz discurso em Londres. 16/12/2014.  REUTERS/Evan Vucci/Divulgação

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Por Lesley Wroughton

LONDRES (Reuters) - A Rússia deu passos construtivos rumo a uma possível redução nas tensões com a Ucrânia nos últimos dias, afirmou o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, nesta terça-feira.

Falando em Londres, Kerry disse que os Estados Unidos e a Europa estão prontos para aliviar as sanções contra a Rússia se seu presidente, Vladimir Putin, der mais passos para amenizar as tensões no leste da Ucrânia.

“Permitam que eu diga que a Rússia deu passos construtivos nos últimos dias”, declarou Kerry aos repórteres.

“Há alguns sinais de que, sejam negociações sobre uma linha de controle, ou a calma que se instalou em uma série de lugares, a retirada de certas pessoas... há sinais de escolhas construtivas. Isso só ajuda.”

Kerry disse que o propósito das sanções russas foi deixar claro para Putin que há um preço a pagar pelo apoio de Moscou aos separatistas no leste ucraniano.

A região passou a noite de segunda para terça-feira sem qualquer troca de tiros, declarou o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, saudando o primeiro período de calma desta duração como um sinal positivo para o plano de paz.

Indagado sobre a queda do rublo, a moeda russa, Kerry disse: “Há vários fatores em jogo, mas as sanções tiveram a intenção clara de convidar o presidente Putin a fazer escolhas diferentes”.

Ele acrescentou que o colapso da moeda não se deveu somente às sanções, mas que também refletiu outros fatores, como a queda no preço do petróleo.

 

Reuters Brasil

 

 

Ministro alemão vê manifestações contra refugiados como vergonhosas

O governo alemão voltou nesta terça-feira a criticar as manifestações de cunho islamofóbico que acontecem a cada semana no país, e o ministro da Justiça, Heiko Maas, disse que é "vergonhoso" alguém se manifestar contra os refugiados mostrando os valores cristão do Ocidente.

Maas atacou diretamente o movimento Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida), que desde outubro convoca toda segunda-feira uma manifestação em Dresden (leste do país) e que ontem conseguiu reunir nas ruas da cidade cerca de 15 mil pessoas.

Em um ato organizado em Berlim pelo Escritório Federal para a Formação Política sob o título "Liberdade de opinião e difamação", Maas advertiu que não compreende, sob nenhum conceito, os instigadores deste movimento, além dos "que se deixam seduzir" por eles.

No mesmo ato, o ministro do Interior, Thomas de Maizière, também criticou o Pegida, apesar de considerar legítimo que cidadãos tenham dúvidas perante o crescente número de refugiados que a Alemanha recebe -só neste ano, houve mais de 200 mil solicitações.

De Maizière, companheiro de fileiras da União Democrata-Cristã da chanceler Angela Merkel, quis no entanto deixar claro que não há nenhum risco de islamização do país e rejeitou que o racismo ou a xenofobia possam ter um lugar no debate público.

As grandes manifestações das segundas-feiras do Pegida estão marcando a agenda política em um país que acreditava ter encurralado os movimentos de extrema-direita, que não congregavam nem centenas de pessoas quando organizavam concentrações contra a lei de asilo ou a amparo de refugiados.

Pegida -como outros grupos existentes em outras cidades alemãs, embora com muitos menos seguidores- tenta se desligar da estética da extrema-direita tradicional, embora compartilhe uma de suas essências, a rejeição ao estrangeiro, e carrega em todos seus atos a bandeira alemã como símbolo frente à crescente chegada de imigrantes.

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Em suas manifestações, o Pegida assegura que não se opõe ao amparo de refugiados perseguidos por motivos políticos ou religiosos, mas sim àqueles que buscam a imigração econômica, e por rejeitar os muçulmanos que não se integrem no país.

"Pegida defende a manutenção e a proteção de nossa cultura ocidental judia-cristã", sublinham no manifesto com o qual se apresentam na internet.

Frente aos 15 mil manifestantes que ontem responderam à chamada deste movimento em Dresden, cerca de 6,5 mil cidadãos se somaram na mesma cidade à manifestação convocada em favor de uma sociedade aberta e multicultural.

"Não se pode deixar as ruas em mãos de racistas e xenófobos", recalcou o ministro alemão de Justiça para elogiar os cidadãos que participam dessas outras manifestações.

 

Terra

Após tombo na véspera, Petrobras opera com forte oscilação

Papéis da Petrobras chegaram a cair cerca de 6% e, depois, a disparar 7%.
Na véspera, Ibovespa caiu 2,05% e ações da Petrobras perderam 9%.

 

 

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O dia é de volatilidade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), numa sessão marcada por fortes oscilações das ações da  Petrobras e pelo quadro de aversão a risco no exterior.

Às 16h19, o Ibovespa, principal índice da bolsa, caía 0,44%, a 46.814 pontos. Veja  cotação.

Perto do mesmo horário, a ação preferencial da Petrobras subia 3,38%, cotada a R$ 9,49. Já as ações ordinárias avançavam 3,17%, a R$ 8,79.

Os papéis da petroleira chegaram a cair cerca de 6% no início dos negócios e, mais cedo, disparavam mais de 7%. Mas as ações seguiam sendo negociadas sem tendência definida.  Veja cotação das ações

No exterior, a apreensão com a contínua queda dos preços do petróleo acentuou-se com a alta taxa básica de juros na Rússia de 10,5% para 17% para enfrentar o colapso do rublo, enquanto dados da China mostraram contração da atividade industrial.

Arte problemas Petrobras (Foto: Editoria de Arte/G1)

Queda de 9% na véspera
Na segunda-feira (15), a Bovespa fechou em queda de 2,05%, aos 47.018 pontos, menor patamar de fechamento desde 19 de março, quando a Bolsa fechou aos 46.567 pontos.
As ações preferenciais da Petrobras perderam 9,2%, a R$ 9,18, menor cotação de fechamento desde maio de 2005. Os papéis ordinários cederam 9,94%, a R$ 8,52, mínima desde julho de 2004. Trata-se da maior queda desde o final de outubro.

As ações da Petrobras terminaram no vermelho pelo sexto pregão consecutivo, acumulando no período um declínio de 25%. No ano, a desvalorização dos papéis da Petrobras já superam os 40%.

Petrobras divulga novo comunicado
A Petrobras afirmou nesta terça-feira que a ex-gerente Venina Velosa da Fonseca só enviou em novembro deste ano, à presidente da estatal, Maria das Graças Foster, e-mail alertando sobre irregularidades na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e nas áreas de Comunicação do Abastecimento e à área de comercialização de combustível de navio (bunker).
Reportagem do jornal "Valor Econômico" da última sexta afirmou que a diretoria da Petrobras já havia sido alertada diversas vezes por Venina sobre a ocorrência de irregularidades em contratos da estatal. O jornal relata que, apesar das advertências, a direção da empresa não agiu para conter os desvios bilionários e ainda destituiu de seus cargos os executivos que tentaram barrar o esquema de corrupção.

Em nota enviada nesta terça, a Petrobras afirma que os e-mails encaminhados a Graça pela ex-gerente em abril de 2009, agosto e outubro de 2011 e fevereiro de 2012, "não explicitaram irregularidades" nessas áreas.

Após a reportagem, a oposição passou a cobrar a demissão de Graça Foster.

Em reunião com a presidente Dilma Rousseff na última quarta-feira (10), a própria Graça Foster propôs a substituição dela e dos demais diretores da empresa em razão do desgaste com a crise na estatal, segundo apurou a GloboNews.

Dólar em alta
No exterior, a apreensão com a contínua queda dos preços do petróleo acentuou-se com a alta taxa básica de juros na Rússia de 10,5% para 17% para enfrentar o colapso do rublo, enquanto dados da China mostraram contração da atividade industrial.

Nesta terça-feira, o dólar operava em alta pelo 5 dia seguido, chegando ao patamar de R$ 2,74, o que favorecia as ações de empresas exportadoras.

Destaques do Ibovespa
A alta do dólar fazia as ações da Gol registrarem a maior queda do Ibovespa, de mais de 10%, apesar da nova queda nos preços do petróleo.

Na outra ponta, os papéis da mineradora Vale subiam mais de 4%.

O setor siderúrgico era destaque positivo, com Usiminas e Gerdau também em alta. Dados do Instituto Aço Brasil (IABr) mostraram mais cedo que a produção brasileira de aço bruto em novembro somou 2,772 milhões de toneladas, crescimento de 2,4% sobre o resultado de um ano antes. Ao mesmo tempo, distribuidores de aço plano do Brasil esperam alta de 2% nas vendas em 2015.

Nova carteira Ibovespa
A segunda prévia para a carteira do Ibovespa que irá vigorar de janeiro a abril de 2015 mostra um leve encolhimento na composição do principal índice da bolsa paulista frente ao portfólio do último pregão, com o total de papéis listados passando de 70 para 68 ativos.

A versão divulgada nesta segunda-feira pela BM&FBovespa com base no fechamento do dia 15 de dezembro exclui os papéis da construtora e incorporadora Rossi Residencial, da empresa de logística Cosan Log e das preferenciais da distribuidora paulista de energia Eletropaulo. Ao mesmo tempo, inclui os papéis da administradora de shopping centers Multiplan.

A nova prévia mostra crescimento na fatia dos bancos no índice, com Itaú passando para 11,237% e Bradesco subindo a 8,521%. Na carteira válida de setembro a dezembro, tais percentuais são 9,98% e 7,64%, respectivamente.

A participação das preferenciais Petrobras caiu quase pela metade, de 8,7% para 4,704%, enquanto os papéis ordinários da estatal deixam de aparecer entre os cinco maiores pesos na carteira.

Ambev e Vale também aparecem entre as cinco maiores fatias na segunda prévia para a nova composição do índice, com 7,085% e 3,815.

 

 

G1

 

Policial é considerado culpado por morte de brasileiro na Austrália

 

Um tribunal australiano considerou hoje (16) culpado um dos policiais envolvidos na morte do estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, que foi atingido por disparos de taser durante uma perseguição em Sydney, em março de 2012.

A juíza Claire McFarlane condenou o policial Damian John Ralph, mas optou por deixá-lo em liberdade condicional após pagamento de fiança. Ralph não poderá cometer crimes durante os próximos dois anos. Os demais envolvidos no caso – Eric Lim, Scott Edmondson e Daniel Barling – foram absolvidos.

Roberto, de 21 anos, morreu após ter sido perseguido por mais de dez policiais, que o atingiram 14 vezes com choques elétricos. Segundo a polícia, ele tinha roubado dois pacotes de bolachas em uma loja no centro de Sydney. Antes do incidente, o estudante brasileiro tinha sofrido um surto psicótico e corrido pelo centro da cidade após ter tomado drogas.

Segundo a perícia médica, os agentes agiram de forma brutal, imprudente e perigosa, ao deter o jovem usando taser e gás de pimenta.

As pistolas elétricas – taser – provocam descargas de 400 volts e são usadas pelas forças de segurança em países como a Austrália, o Reino Unido e os Estados Unidos para dominar suspeitos em situações que não justificam o uso de armas de fogo.No entanto, organizações como a Anistia Internacional denunciam que esse tipo de arma já causou dezenas de mortes e pode ser usado para torturar os detidos.

 

Agência Brasil e Jornal do Brasil

 

Elevação de taxa de juros pelo BC russo: queda no rublo e nos EUA

 

Os principais índices futuros do mercado de ações dos EUA abriram em queda, com os investidores acompanhando novamente o movimento de baixa no preço do petróleo e repercutindo a derrocada no rublo, após o Banco Central da Rússia ter elevado a taxa básica de juros.
Por volta das 12h20, no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,26%, a 17.081 pontos, o S&P 500 tinha perda de 0,38%, a 1.975,75 pontos, e o Nasdaq retraía 0,55%, a 4.137,25 pontos.
Na noite de ontem, o banco da Rússia aumentou a taxa básica de juros do país de 10,5% para 17% ao ano, depois de o rublo registrar sua maior desvalorização em 16 anos. “A decisão visa a limitar o aumento substancial do risco de depreciação do rublo e os riscos de inflação”, disse a autoridade monetária em comunicado.
No entanto, a ação do Banco Central foi ineficaz e o rublo continuou a despencar hoje. Nesse momento, o dólar está cotado a 72,92 rublos, mas a moeda chegou a operar por volta de 75 rublos no meio da manhã. Mais cedo, às 9h, a cotação girava em torno de 66,53 rublos e, na quinta-feira passada, o dólar comprava cerca de 55 rublos.
“Acredito que o Banco Central terá dificuldades para estabilizar a moeda enquanto a forte queda nos preços do petróleo continuar”, diz Vladimir Miklashevsky, economista do Danske Bank. “No final, essa agressiva elevação dos juros pode não ser suficiente para conter o rublo”.
Outro mercado em franca queda é o de contratos futuros de petróleo, o que continua impactando as ações. O contrato do petróleo Brent, com vencimento em fevereiro, opera abaixo de US$ 60 pela primeira vez desde maio de 2009, depois de dados mostrarem contração na atividade industrial na China.
O índice dos gerentes de compras (PMI,na sigla em inglês) sobre a atividade industrial da China caiu para 49,5 pontos em dezembro, de 50 pontos em novembro, segundo dados preliminares do instituto Markit Economics. O número, abaixo de 50 pontos, indica contração da atividade.
A atenção do mercado também está focada na reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), que tem início hoje e termina amanhã.
Entre os dados da economia norte-americana, as construções de moradias caíram 1,6% em novembro na comparação mensal, para 1,028 milhão unidades, pela taxa anualizada, ante 1,045 milhão em outubro, segundo o Departamento de Comércio. Economistas previam que as construções de imóveis subissem para a 1,035 milhão de unidades em novembro, depois do 1,009 milhão inicialmente reportado para outubro.
O mercado também aguardava a divulgação da leitura preliminar do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor industrial referente a dezembro, às 12h45.

 

Monitor Digital

 

PM acompanha reintegrações de posse na Grande São Paulo

 

A Polícia Militar (PM) acompanha duas reintegrações de posse na manhã de hoje (16), uma na cidade de Guarulhos e outra na zona norte da capital paulista. Em Guarulhos, a Tropa de Choque foi chamada, pois as famílias protestam, ateando fogo em pneus e interditando vias, de acordo com a PM.

Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), o espaço tem 100 casas de alvenaria e 30 barracos de madeira. Moram no local cerca de 500 pessoas.

O terreno, de propriedade particular, está localizado  na Rua Cristian Alice. A desocupação foi determinada pelos juízes Beatriz de Souza Cabezas, da 4ª Vara Cível do Foro de Guarulhos, e Mauro Civolani Forlin, da 6ª Vara Cível do mesmo Foro.

A área da zona norte da capital foi ocupada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), de acordo com a SSP. Cerca de mil pessoas vivem no terreno, em casas de alvenaria e de madeira. A polícia informou apenas que a reintegração ocorre de maneira crítica.

O local foi ocupado em agosto do ano passado e pertence à Elo Empreendimentos Construções, que solicitou a remoção das famílias. O terreno está localizado na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, número 13.370, região de Pirituba.

A ordem judicial foi expedida pela juíza Teresa Cristina Castrucci Tambasco Antunes, da 3ª Vara Cível do Foro Regional XII, Nossa Senhora do Ó.

 

Agência Brasil e Jornal do Brasil

 

Barracos são demolidos após reintegração de posse em comunidade de São Paulo

 

A demolição dos barracos da comunidade Morro do Cipó, no Alto de Taipas, zona norte da capital paulista, está praticamente concluída, segundo a Polícia Militar (PM). O terreno onde ficava parte da comunidade foi reintegrado no início da manhã de hoje (16).

Segundo o major PM Laerte Araquém Fidélis Dias, aproximadamente 200 pessoas estavam no local no momento da chegada da polícia. “Num primeiro levantamento, achamos que teriam mil pessoas, mas não observamos esse número agora. O movimento está bem reduzido”, declarou. 

De acordo com o major, metade das casas estava vazias hoje pela manhã. Para a ação, que começou às 6h, a PM enviou 100 homens, além de um pelotão da Tropa de Choque e um da Cavalaria. Não houve confronto com os moradores. No início da tarde, retroescavadeiras removiam os entulhos. Segundo o major, a previsão é que a demolição termine às 15h.

A área, ocupada em agosto do ano passado, é propriedade da Elo Empreendimentos Construções. O terreno fica na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, região de difícilacesso, repleta de morros e vegetação nativa, próximo à construção do Rodoanel Norte.

Para a moradora Suzana Silva, 36 anos, a área ocupada é extensa, chegando a 400 mil metros quadrados. Porém, apenas uma parte foi reintegrada hoje. Segundo ela, 100 famílias da comunidade perderam suas casas e mais 900 famílias que permanecem no espaço, na parte baixa do morro, podem ser removidas no futuro. “Dia 5 de janeiro, tirarão a parte de baixo”, comentou.

Suzana mudou-se para o Morro do Cipó há 2 anos. Ela explica que não existe um movimento social liderando a ocupação. “Como as invasões são antigas na parte de baixo e havia uma área vazia em volta, cada um que chagava fazia um barraco.”

A ordem judicial de reintegração foi expedida pela juíza Teresa Cristina Castrucci Tambasco Antunes, da 3ª Vara Cível.

 

Agência Brasil e Jornal do Brasil

 

Produção brasileira de aço bruto sobe em novembro, mas segue em queda no ano

 

SÃO PAULO (Reuters) - A indústria siderúrgica do Brasil seguiu apurando performance fraca em novembro, com um baixo crescimento de produção sobre um ano antes guiado por aumento de exportações de produtos semi-acabados, de valor agregado menor que produtos laminados.

Segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABr), a produção brasileira de aço bruto cresceu 2,4 por cento em novembro sobre um ano antes e caiu 9 por cento na comparação com outubro, a 2,772 milhões de toneladas.

Com o desempenho do mês, o setor acumulou produção desde janeiro de 31,38 milhões de toneladas este ano, queda de 0,4 por cento sobre o mesmo período de 2013. No final de novembro, a entidade havia previsto que a produção de aço do Brasil em 2014 teria queda de 0,1 por cento, a 34,2 milhões de toneladas.

Os dados do IABr foram divulgados no mesmo dia em que um dos principais clientes das siderúrgicas nacionais, os distribuidores de aços planos, divulgou queda de cerca de 10 por cento nas vendas em volume em novembro sobre outubro e expectativa de recuo de 20 por cento nas vendas de dezembro.

Além da queda nas vendas, segundo o Sindisider/Inda, que representa os distribuidores, o setor deve terminar 2014 com estoque suficiente para 3,9 meses de vendas, maior nível dos últimos quatro anos.

Segundo os dados do IABr, apenas a produção de produtos semi-acabados teve crescimento em novembro sobre um ano antes, de 40 por cento, para 627 mil toneladas. O movimento ocorreu ainda como consequência do religamento em meados do ano de alto-forno da ArcelorMittal no Espírito Santo, em projeto do maior grupo siderúrgico do mundo para abastecer usinas de laminação nos Estados Unidos.

Os produtos laminados sofreram queda de 8,5 por cento, com recuos em planos, 6,4 por cento, e longos, 11,2 por cento.

"A produção de caminhões, por exemplo, caiu muito no ano e nada leva a crer que em dezembro não vai ser de produção baixa, com isso o número de consumo de aço em dezembro pode piorar", afirmou o presidente do Sindisider/Inda, Carlos Loureiro, a jornalistas, se referindo à fraqueza da atividade industrial brasileira.

O consumo aparente de aço em novembro, segundo o IABr, foi de 1,9 milhão de toneladas, uma queda de 11,2 por cento sobre o mesmo período do ano passado. No acumulado, o consumo aparente, que representa vendas internas de aço mais importações, tem queda de 6,6 por cento.

Apesar do resultado, as ações de siderúrgicas eram as principais altas do Ibovespa às 14h47 (horário de Brasília), com Usiminas, CSN e Gerdau avançando mais de 7 por cento cada. O dólar subia para acima do patamar de 2,7 reais o que melhora as perspectivas sobre escoamento da produção nacional para o exterior.

Porém, de acordo com Loureiro, mesmo que o dólar atinja o patamar dos 3 reais, "não tem espaço para aumento dos preços" de aço no mercado interno diante do estoque elevado de material e da queda dos preços internacionais da liga.

No início do mês, o presidente da associação de montadoras de veículos, Anfavea, Luiz Moan, afirmou que fornecedores de autopeças estavam recebendo comunicações de siderúrgicas sobre reajustes de preços de aço. Porém, Loureiro atribuiu o movimento a possíveis negociações regulares anuais de preços entre alguns grandes fabricantes de autopeças e siderúrgicas.

A expectativa do Sindisider/Inda para as vendas do setor de distribuição de aço, responsável por cerca de 30 por cento das vendas das siderúrgicas nacionais, é de crescimento de 2 por cento em 2015, para 4,360 milhões de toneladas. Porém, o desempenho previsto não vai superar a queda de 6 por cento esperada para 2014.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

 

DCI e Reuters

Austrália: conheça as vítimas do sequestro em café Lindt

Uma das vítimas fatais era mãe de três crianças e outra era gerente da loja que morreu de forma ‘heroica’, segundo testemunhas



Katrina Dawson era advogada e trabalhava em um escritório próximo à cafeteria, onde tomava café
Foto: Daily Mail / Reprodução
O sequestro que durou mais de 16h nesta segunda-feira em um café Lindt, no centro de Sydney, Austrália, deixou duas vítimas fatais que foram identificadas como Katrina Dawson, 38 anos, e Tori Johnson, 34 anos. As informações são do Metro e Daily Mail.
Katrina Dawson era advogada e trabalhava em um escritório próximo à cafeteria, onde tomava café. A presidente da Ordem dos Advogados de Nova Gales do Sul, Jane Needham, descreveu a australiana morta como “uma das melhores e mais brilhantes advogadas que vai fazer muita falta para colegas e amigos”.  
A outra vítima fatal, Tori Johnson, era gerente da cafeteria e foi descrito como “verdadeiro herói” por outros reféns, já que se sacrificou para tentar abordar e controlar o sequestrador iraniano Man Horan Monis.
Tori Johnson, 34, era gerente da cafeteria e foi descrito como verdadeiro herói por outros reféns
Quatro pessoas foram levadas ao hospital após as horas de horror passadas dentro do local. Entre elas, um policial, que teria ficado bastante ferido no rosto por estilhaços.
A brasileira Márcia Mikhail, 42 anos, é uma das feridas no incidente e está no hospital, onde passará por uma cirurgia para a retirada de estilhaços nas pernas e no pé, mas passa bem.
Centenas de flores e mensagens foram deixadas nesta terça-feira na porta do café onde o incidente aconteceu. Familiares, amigos e residentes da cidade estavam emocionados. As bandeiras da cidade estão a meio mastro em homenagem às vítimas.
O premiê Tony Abbott visitou o lugar nesta terça e disse à imprensa que as questões sobre Monis serão respondidas – como a pergunta sobre o motivo de ele estar solto após ter sido preso em 2010, após enviar cartas ofensivas às famílias de soldados australianos mortos no Afeganistão e também aos soldados britânicos mortos em conflitos. Ele também é apontado como sendo o assassino de sua ex-mulher e é suspeito de abusos sexuais.
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O iraniano chegou à Austrália em 1996 como refugiado. Monis adotou  o nome e título islâmico “Sheikh Haron”. Ele foi sentenciado a 300 horas de serviço comunitário, libertado sob fiança.
A polícia irá investigar mais profundamente o caso. O iraniano foi morto após a operação de resgate. 
Veja as outras pessoas feitas de reféns pelo refugiado iraniano nesta segunda-feira:
Fotos: Reprodução/Daily Mail

Tombini crê ser possível fechar 2014 com inflação dentro da meta

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse na tarde desta terça-feira, 16, que, ao fim de 2014, será possível que a inflação fique abaixo do teto da meta, de 6,5% ao ano. Ele mencionou o limite de 0,86% para a inflação de dezembro. Até esse patamar, a inflação medida pelo IPCA encerraria o ano abaixo do teto da meta, segundo cálculos do próprio IBGE. "Acreditamos que a inflação em dezembro será menor que isso e estaremos abaixo de 6,50%", disse Tombini.
Na parte da audiência em que responde às considerações dos parlamentares, Tombini disse que a incidência de tributos indiretos com maior força nas camadas de renda menos favorecidas é um traço universal e evitou comentar sobre "temas específicos" relacionados ao assunto. "Certamente nossos colegas estarão bem posicionados para entrar em detalhes", disse.
Tombini ainda destacou avanços na área de inclusão financeira e a ampliação do uso do sistema de pagamentos brasileiro. "Nós no BC temos trabalhado na regulação para permitir essa expansão e temos visto progresso importante na inserção social do brasileiro", disse. Sobre a obra de Thomas Piketty, "O capital no século XXI", sobre concentração de renda, Tombini disse que "novos estudos com novas bases ajudam a entender padrão de evolução da distribuição da renda no País". O presidente do BC ponderou, entretanto, que é necessário "olhar os estudos delimitados no período estudado e lembrar da limitação da base de dados utilizadas".
Para o presidente do BC a atual situação econômica internacional "recomenda políticas adequadas" para enfrentar o atual cenário de crise. "É importante que tenhamos políticas bem ajustadas para enfrentar esse período". Ele admitiu que não será fácil o governo cumprir a meta de economizar 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) para o pagamento dos juros da dívida "numa conjuntura que não é das mais benignas, para usar um eufemismo". No entanto, segundo Tombini, a entrega desse superávit primário em 2015 ajudará a fortalecer a confiança dos consumidores e dos empresários.
Tombini citou rapidamente a crise da Rússia, de onde os investidores estão fugindo por conta das sanções internacionais e de uma perspectiva cada vez mais sombria sobre a economia do país. "Esse processo decorre de um movimento maior: a queda acentuada do preço do petróleo, que está refletindo em importantes países", explicou. Segundo ele, a Rússia aumentou em quase sete pontos os juros na tentativa de estabilizar o rublo.
De acordo com ele, em momentos de crise como esse, há um impacto em todos os países, assim como aconteceu quando o Federal Reserve anunciou que o plano de retirada de estímulos à economia americana. "Mas ao longo do tempo os países vão sendo separados: políticas mais sólidas, colchões de proteção, tudo isso vai ajudar nesse processo de normalização das condições monetárias", afirmou.

Estadão Conteúdo e R7

Juiz Sérgio Moro aceita denúncia contra 16 acusados na Lava Jato

Entre eles, estão cinco executivos da empreiteira Mendes Júnior 


O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, abriu ação penal contra 16 investigados, cinco deles dirigentes da empreiteira Mendes Júnior. Entre os investigados, que também se tornaram réus, estão o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef, denunciados em todas as ações da sétima fase da operação. 
De acordo com o juiz, há provas de que a Mendes Júnior participava de um “clube” com outras empresas para acertar quem sairia vencedora de licitações com a Petrobras.
“Para permitir o funcionamento do cartel, as empreiteiras corromperam diversos empregados do alto escalão da Petrobras, entre eles os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato de Souza Duque. Os agentes públicos tinham o papel relevante de não turbar o funcionamento do cartel e de tomar providências para que a empresa definida pelo clube para vencer a licitação fosse, de fato, escolhida para o contrato”, disse o juiz.
Conforme a decisão, além de Youssef e Costa, Sergio Cunha Mendes, vice-presidente da Mendes Júnior, teve denúncia aceita pelo juiz. Na ação, também há investigados ligados à empresa UTC.
Também passaram à condição de réus da nova ação penal Waldomiro de Oliveira, Carlos Alberto Pereira da Costa, João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado e Enivaldo Quadrado. Todos prestavam serviços ao doleiro.
Em novembro, Sérgio Mendes confirmou à Polícia Federal o pagamento de propina ao doleiro Alberto Youssef. Conforme o advogado de Mendes, o executivo relatou aos delegados da PF que foi obrigado a pagar propina de R$ 8 milhões ao doleiro.
Segundo ele, Youssef exigiu o pagamento da quantia para que a Mendes Júnior recebesse os valores a que tinha direito em contratos de serviços licitamente prestados e para continuar participando das licitações da Petrobras. De acordo com a defesa, foram feitos quatro pagamentos seguidos, de julho a setembro de 2011.
Sérgio Moro também já aceitou denúncia contra executivos ligados às empresas Engevix, OAS, Galvão Engenharia. Até o momento, dos 39 denunciados pelo Ministério Público Federal 30 já se tornaram réus em ações penais oriundas da Operação Lava Jato.

Agência Brasil e Jornal do Brasil

Temer defende Graça Foster e diz não haver acusação formal

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou na manhã desta terça-feira, 16, que não há "acusação formal" contra a presidente da Petrobrás, Graça Foster, mas sim "pessoal". Em relação à permanência de Graça à frente da estatal, o peemedebista disse que a presidente Dilma Rousseff decidirá "o que for melhor". "Mas, seja qual for a medida a ser tomada, não será nada envolvendo os critérios pessoais de conduta, da lisura da presidenta Graça Foster", afirmou o vice-presidente, que participou de debate promovido pelo PMDB no Rio sobre a reforma política.
"Não vejo nenhuma acusação formal em relação à presidenta Graça Foster. Uma coisa, portanto, é a questão da pessoalidade dessa acusação, outra é a questão administrativa", disse Temer sobre a denúncia de que a presidente da Petrobrás teria sido alertada das irregularidades na estatal antes de a Operação Lava Jato ser deflagrada pela Polícia Federal, em março deste ano.
O peemedebista minimizou o fato de a CPI mista da Petrobrás ter finalizado seu relatório sem indiciamentos. "A conclusão da CPI é remetida ao Ministério Público, que vai verificar se toma providências penais ou não. O Ministério Público está tomando todas as providências que deveria tomar. A Polícia Federal já está fazendo todas as investigações que deve fazer. De modo que o fato da CPI ter concluído (seu relatório) desta ou daquela maneira não influencia o juízo seja do Ministério Público, do Poder Executivo, por meio da Polícia Federal, ou depois pelo Judiciário."
Para o vice-presidente, o momento atual da Petrobrás, com ações novamente em queda, é "transitório". "É natural que neste momento, em face de todo o noticiário e de todas as questões envolvidas, haja essas eventuais perturbações econômicas na Petrobrás, mas eu tenho absoluta convicção de que, superado este momento inicial, vamos ter a Petrobrás do tamanho que ela é", afirmou.
Disputa na Câmara
Temer comentou as declarações do deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), que tenta formar uma maioria contra a candidatura do líder do PMDB, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à presidência da Câmara, e que afirmou nessa segunda-feira, 15, não ter sido procurado pelo vice-presidente. Temer, também presidente nacional do PMDB, afirmou que "tem conversado com todos" sobre a eleição na Casa. Ele disse ainda que está "propondo" que seja realizado rodízio entre os partidos na presidência da Câmara, o que seria "útil para o País".
Após o seminário sobre reforma política, Temer disse ser pessoalmente favorável ao fim da reeleição, com mandatos de "seis ou cinco anos".
Galvão Engenharia
A Justiça Federal aceitou nesta segunda feira, 15, denúncia contra quatro executivos da empreiteira Galvão Engenharia por envolvimento no esquema de formação de cartel e corrupção na Petrobras. Jean Alberto Luscher, diretor-presidente da Galvão, Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente da Divisão de Engenharia Industrial, Eduardo de Queiroz Galvão, que preside o Conselho de Administração do Grupo Galvão, e Dario de Queiroz Galvão filho, presidente do Grupo Galvão, vão responder por corrupção ativa e formação de quadrilha.
Segundo Moro, há indícios de que os executivos pagaram propina de 1% sobre o valor de contratos e aditivos de obras a Paulo Roberto, prática que teria continuado mesmo após a saída dele do cargo, em abril de 2012. Parte do valor pago como suborno, pontuou Moro, teria sido lavado por meio de depósitos em contas controladas por Youssef ou por meio da simulação de contratos fictícios de prestação de serviços.

Estadão Conteúdo e Diário do Grande ABC


Massacre pode marcar reviravolta no Paquistão


Protesto no Paquistão / Crédito: EPA
Ataque em escola deixou mais de 130 crianças mortas e despertou protestos no Paquistão
Para uma nação que já perdeu mais de 70 mil vidas em 13 anos por causa de ataques terroristas, não é fácil falar em "ponto de virada".
Mas o ataque brutal em uma escola para filhos de militares em Peshawar – que matou mais de 100 crianças – pode bem se tornar um marco de mudança em um país cujos governantes há muito tempo alegam "falta de consenso" para explicar as dificuldades e a resistência em lidar com os vários grupos extremistas que atuam dentro de suas fronteiras - do Talebã a Al-Qaeda.
Provavelmente isso explica a recepção política morna dada à inicitiva do chefe do Exército paquistanês, General Raheel Sharif, quando este lançou o que chamou de "operação indiscriminada" contra grupos militantes escondidos no cinturão tribal sem lei do Paquistão.
"Vamos pegá-los", era a mensagem dele, fossem eles do Talebã paquistanês ou do Talebã punjabi, da Al-Qaeda e seus afiliados ou ainda da temida rede Haqqani. As principais lideranças políticas do país, entretanto, optaram por ficar em silêncio.
Mas isso agora deve mudar.
Nesta terça-feira, o Talebã conseguiu atingir o Exército onde mais lhe dói. As 128 escolas administradas pelos militares no país abrigam mais de 150 mil estudantes, sendo que 90% deles são filhos de oficiais do Exército.
Apesar da ligação com o Exército, essas escolas estão tão vulneráveis a ataques quanto quaisquer outras. O ataque trouxe a guerra para a casa do Exército na sua forma mais horrível e brutal.
Ataque no Paquistão / Crédito: Reuters
Relação entre Talebã e Exército deve mudar após ataque na 'terça-feira negra'

Demonstração de Força do Talebã

Além disso, eles demonstraram com sucesso que, apesar de o Exército alegar ter destruído sua capacidade operacional e organizacional, o Talebã ainda existe e é plenamente capaz de planejar e atingir o país de acordo com a sua vontade e onde ele bem entender.
E a grande cobertura do ataque dado pela mídia nacional e internacional terá sido um bônus para o Talebã.
E é justamente por tudo isso que essa tragédia pode se tornar um ponto de virada da história em andamento do país.
Através da brutalidade do ataque, os talebãs mostraram aos paquistaneses que há um sentido por trás da determinação do chefe do Exército do Paquistão de ir caçá-los de forma indiscriminada.
Por trás de cada assassinato brutal que cometiam em Peshawar, os combatentes extremistas pareciam não conseguir conter a raiva e frustração pela mudança de posição do general Sharif, que antes era visto como simpatizante ou mesmo ex-aliado.
Para Sharif talvez seja reconfortante saber que, se ainda restava qualquer simpatia por talebãs no Exército - que era o principal mentor do grupo uma década atrás – esta deve ter escoado pelo ralo juntamente com as lágrimas de luto de centenas de famílias de militares em todo o Paquistão.
No entanto, mais importante que isso talvez seja o impacto que essa "terça-feira negra" possa ter na composição da liderança política do Paquistão.
Hoje, o país todo lamenta a tragédia. Amanhã, irá olhar para seus líderes e questionar: o que virá depois?
E dessa vez eles não terão outra opção senão dar uma resposta clara e determinada ao massacre na escola. É só a clareza dessa resposta das lideranças paquistanesas que poderá ajudar a nação a conviver com o preço que teve de pagar por isso.