domingo, 9 de novembro de 2014

Precavidos chegam para o Enem duas horas antes da abertura dos portões

Quase duas horas antes da abertura dos portões, um grupo mais precavido já aguardava em frente a uma escola de Brasília para fazer o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A estudante Maria Clara Pereira Nascimento, 17 anos, contou que quase ficou do lado de fora ontem (8) e preferiu sair mais cedo de casa neste domingo.
“O nervosismo de chegar na hora de fechar os portões prejudica”, contou. Segundo ela, apesar do horário, as provas de ontem foram mais tranquilas e ela teve dificuldade apenas com as questões de química. Para a estudante, o grande desafio do Enem será hoje. “É redação e matemática. Para redação, eu treinei bastante, mas o que dá medo é o tema que vão escolher. Pensei em temas como ebola e escassez de água e li muito sobre isso”, afirma.
Candidatos chegam para o 2 Dia de prova do Enem (Elza Fiuza/Agência Brasil)
Candidatos chegaram mais cedo para o segundo dia de provas do EnemElza Fiuza/Agência Brasil
As provas de hoje (9) reúnem questões de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnologias. O exame será aplicado em mais de 1,7 mil municípios e os participantes terão 5 horas e 30 minutos para resolver as questões e escrever a redação. Muitos participantes, como Maria Clara, consideram o dia mais longo e tenso para quem busca uma boa nota no exame.
No topo de uma árvore, o bombeiro Marco Antonio Leal da Silva, que chegou duas horas antes de as portas abrirem, buscou uma sombra para se concentrar para a prova. Aos 47 anos, Silva busca uma oportunidade melhor e quer obter nota suficiente para cursar uma faculdade de Direito. Com os olhos pregados em anotações, o militar também admitiu que o bicho papão do Enem está na prova de matemática. “É a pior e a que tem mais peso assim, como a redação. A gente fica na expectativa de conseguir melhorar a vida porque, nesse país, só é possível com estudo”, afirmou.
No segundo ano do ensino médio, Marcelo Barros Pereira tenta antecipar seu ingresso na faculdade. Não tem ainda um alvo, e elenca interesse em cursos que vão de administração ao de educação física. “O que pretendo é passar para terminar logo [o ensino médio] e me engajar em um curso superior”, disse.
O bombeiro Marco Antônio Leal da Silva, também aguarda a abertura dos portões para fazer as provas do 2 Dia do Enem (Elza Fiuza/Agência Brasil)
O bombeiro Marco Antônio Leal da Silva preferiu aguardar a abertura dos portões descansando em uma árvoreElza Fiuza/Agência Brasil
O estudante de 18 anos, que está fazendo a prova pela primeira vez, garantiu que não está nervoso. “Imaginava que era um bicho de sete cabeças pelo que falavam, mas foi muito tranquilo, e hoje é matemática, que eu tenho facilidade. A expectativa é com o tema da redação, mas tenho facilidade também”, afirmou. Ontem (8), em quatro horas e 30 minutos, os candidatos resolveram questões de ciências humanas e ciências da natureza.
Para a secretária Vânia Duarte, também não há motivo para temer. “Para mim, não são as piores provas. Já venho me preparando há três anos. Matemática se aprende e redação a gente tem que especificar o conteúdo e ficar atenta à acentuação e pontuação”, disse. Aos 35 anos, Vânia tenta retomar os estudos que foram interrompidos há oito anos, depois de um acidente. “Meu sonho é cursar novamente administração, que tenho incompleto, e melhorar no meu emprego”, contou.
Quem vai fazer a prova precisa levar documento de identificação original com foto, cartão de confirmação da inscrição e caneta esferográfica preta em material transparente. Os portões foram abertos às 12h e serão fechados às 13h, no horário de Brasília.
Este ano, mais de 8,7 milhões de pessoas se inscreveram no exame, que é usado tanto para garantir o ingresso em instituições federais de educação superior quanto o acesso a políticas públicas como o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o Ciência sem Fronteiras.

Publicidade infantil é tema da redação do Enem

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi Publicidade infantil em Questão no Brasil, conforme divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Hoje é o segundo dia de prova do exame e também o mais temido por muitos candidatos, justamente pela elaboração da redação.
Para subsidiar a produção textual dos participantes, de acordo com o Inep, a prova de redação traz três textos motivadores: um texto jornalístico que discute se a publicidade infantil deve ser proibida no Brasil, um infográfico sobre a publicidade para crianças no mundo, e outro texto sobre a criança como o consumidor do futuro.
Este ano, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) publicou resolução sobre a questão considerando abusivo o direcionamento de publicidade e de comunicação mercadológica à criança, "com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço".
As provas começaram a ser aplicadas em todo o país às 13h, no horário de Brasília, e terão cinco horas e 30 minutos de duração. Além da redação, os candidatos terão que responder a questões de linguagens e códigos e matemática.
Alguns cuidados devem ser tomados pelo estudante hoje à tarde. As redações com sete linhas ou menos receberão nota zero. A estrutura deve ser dissertativo-argumentativa, ou seja, os candidatos devem expor argumentos relacionados ao tema da redação, elaborando-os de forma consistente e coerente.
A proposta de redação do Enem sempre vem acompanhada de textos que podem servir de motivação para que os candidatos elaborem seus próprios textos. No entanto, o estudante não deve se restringir às ideias ali apresentadas, copiar trechos ou torná-los parte de sua argumentação. Tais procedimentos podem fazer com que o candidato perca pontos na avaliação de competências. Aquele que fizer qualquer brincadeira ou deboche vai tirar zero.
As redações serão avaliadas de acordo com cinco competências: domínio da norma-padrão da língua escrita, compreensão da proposta da redação e aplicação de conceitos de diversas áreas do conhecimento para desenvolver o tema; capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações para defender um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação e elaboração de proposta de intervenção ao problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Todos os anos, a redação é alvo de disputas na Justiça, pois as notas não são passíveis de recurso. O Inep divulga o espelho da redação para fins pedagógicos, para que o estudante saiba a nota que tirou em cada competência.

Celebração pelos 25 anos da queda do Muro de Berlim reúne 2 milhões de pessoas

Mais de 2 milhões de pessoas, de várias partes da Alemanha e de diferentes países, participaram hoje (9) da grande festa em homenagem aos 25 anos da queda do Muro de Berlim. As ruas que circundam o Portão de Brandemburgo, onde um grande palco foi montado para abrigar apresentações artísticas durante todo o dia, foram tomadas pela multidão, que aguardava com ansiedade o lançamento aos céus dos 8 mil balões que recriaram o trajeto do muro durante o fim de semana.
Os balões alinhados ao longo de 15 quilômetros onde havia o antigo muro foram soltos por volta das 19h
Os balões alinhados ao longo de 15 quilômetros onde havia o antigo muro foram soltos por volta das 19h de BerlimSoeren Stache/Lusa
Pouco depois das 19h (16h da tarde em Brasília), com a presença do presidente Joachim Gauck, da chanceler alemã, Angela Merkel, e do ex-líder soviético, Mikhail Gorbachev, os pontos de luz ganharam os céus, relembrando a derrubada do muro e emocionando a multidão. Pessoas se apertavam em busca do melhor ângulo para registrar com suas câmeras o momento histórico. Alguns aplaudiam. Outros, se abraçavam. O alemão Uli Hochstadt, que em 9 de novembro de 1989 viu o Muro de Berlim ser derrubado pelo povo, não tinha palavras pra expressar o que sentia. “É um momento muito importante pra mim. Mal consigo falar, tamanha a emoção”, disse ele.
A festa, que começou cedo e avançou pela noite, contou com várias apresentações, entre elas a do cantor britânico Peter Gabriel, que encantou com uma versão da música Heroes, de David Bowie, acompanhado pela Ópera Estatal de Berlim. Um minuto de silêncio foi feito em honra aos que morreram tentando atravessar o muro. O brasileiro Luiz Alberto, que viu a barreira de concreto de perto quando era criança, em uma viagem à capital alemã, estava fascinado. “Eu vim aqui só pra acompanhar esse evento. É super emocionante, estou vendo a história acontecer”, disse ele.
As comemorações pelos 25 anos de derrubada do Muro de Berlim levaram 2 milhões às ruas
As comemorações pelos 25 anos de derrubada do Muro de Berlim levaram 2 milhões às ruasBritta Pedersen/Lusa
Ao subir ao palco, Gorbachev, que é reconhecido pela sua importante contribuição para a abertura da ex-União Soviética, foi aclamado pela multidão, mas não discursou. No dia de intensas comemorações, Angela Merkel fez um único discurso durante um evento pela manhã, no Memorial do Muro de Berlim. Ela afirmou que o dia de comemoração da queda do Muro é também um dia para pensar nos que morreram com sede de liberdade. “A queda do Muro nos mostrou que é possível realizar sonhos e que nem tudo deve ficar como está. Esse pensamento, nós queremos dividir com nossos parceiros em todo o mundo”, conclui a chanceler.

Mais uma mulher é flagrada andando nua em Porto Alegre


Mais uma mulher é flagrada andando nua em Porto Alegre
zhora.co
Dessa vez, a pessoa estava nas proximidades do Palácio Piratini

Festa em Berlim Pela queda do Muro


Festa em Berlim Pela queda do Muro


sábado, 8 de novembro de 2014

Sai edital do concurso para servidor de escola


Dilma, a rainha da selva


Número de miseráveis volta a crescer no país


Comissão Nacional da Verdade‏ (E-mail recebido aqui no RS Notícias)

Publicado hoje no Blog do Claudio Humberto.
O coordenador da Comissão Nacional da Verdade falta com a verdade descaradamente ao dizer que  ""Vamos seguir o que diz a lei que deu origem à comissão”.

Com comissários desse tipo não se poderia esperar outra conclusão dessa Comissão, espúria desde o seu nascimento!

Azamba. Concordo amigão Madruga



Comissão quer punir só militares, e não militantes
O relatório final deverá ser entregue à presidente Dilma Rousseff em 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos
 
Publicado: 7 de novembro de 2014 às 9:53 - Atualizado às 10:33
Por: Redação
 
 
A Comissão Nacional da Verdade vai recomendar explicitamente, em seu relatório final, a responsabilização criminal de agentes de Estado apontados como autores de graves violações de direitos humanos ocorridas no período da ditadura. O colegiado também deverá apresentar uma lista com os nomes de pessoas que, de acordo com suas investigações, devem ser responsabilizadas. O texto do relatório não deverá citar explicitamente, porém, a necessidade de revisão ou reinterpretação da Lei da Anistia, de 1979. A Comissão da Verdade não menciona possibilidade de pedir punição de militantes que pegaram em armas e fizeram vítimas inocentes.
O coordenador da comissão, o advogado Pedro Dallari, disse ontem (6) que, embora o texto com essa recomendação de penalização dos agentes de Estado ainda não tenha recebido sua redação final, as suas principais ideias já estão definidas. “Vamos propor a responsabilização criminal daqueles que deram causa a graves infrações de direitos humanos”, afirmou. “Essa é a questão fundamental para a comissão. Se isso envolve mudar ou reinterpretar a Lei da Anistia trata-se de um debate jurídico que não nos compete, não é nosso.”
Dallari lembrou que a ideia da responsabilização criminal foi debatida e votada recentemente entre os integrantes da comissão e que só um deles, o advogado Paulo Cavalcanti, votou contra. Ele também mencionou as várias interpretações que existem a respeito de como tratar a questão da responsabilização penal diante da Lei da Anistia. “O Gilson Dipp acha que é possível responsabilizar os agentes de Estado sem mudar a Lei da Anistia. Mas existem outras opiniões.”, disse ele, referindo-se ao ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que já fez parte da comissão.
O coordenador também confirmou que será apresentada uma lista com os nomes de agentes de Estado que cometeram graves violações de direitos humanos. “Vamos seguir o que diz a lei que deu origem à comissão”, explicou. “Ela diz que, além de apurarmos a verdade sobre os crimes cometidos, devemos também apontar a sua autoria.”
O relatório final deverá ser entregue à presidente Dilma Rousseff em 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Foi nessa data, em 1948, que a Organização das Nações Unidas adotou, numa cerimônia realizada em Paris, a Declaração Universal dos Direitos Humanos.