domingo, 2 de novembro de 2014
“Assumir o ministério da Fazenda é como ser capitão do Titanic”, diz Constantino
França tem protestos violentos após morte de ambientalista
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, condenou duramente a escalada "deliberada", que ele classificou de "insulto à memória de Rémi Fraisse". As duas manifestações reuniram cerca de 600 pessoas, segundo a polícia.
Convocados por movimentos radicais e anticapitalistas, os atos foram organizados "contra a violência policial" para denunciar a morte do jovem militante de 21 anos, que chocou o país. Rémi Fraisse foi morto durante confrontos com forças da ordem no último fim de semana, no canteiro de obras de um polêmico projeto de barragem, em Sivens, no sudoeste do país. A obra foi suspensa. Essa morte é a primeira a ocorrer em uma manifestação reprimida pela polícia na França metropolitana desde 1986. A investigação apontou que o rapaz morreu vítima da explosão de uma granada ofensiva lançada pelos gendarmes.
Pelo menos cinco manifestantes foram feridos. A prefeitura informou que dois homens das forças policiais também ficaram feridos, um deles atingido por uma garrafa de ácido. Até o fim da tarde, 16 pessoas haviam sido detidas. Já em Toulouse, pelo menos oito pessoas foram presas, segundo a prefeitura, acrescentando que há "um ferido leve" entre os 300 policiais e gendarmes mobilizados para acompanhar o protesto. Atos em memória de Rémi Fraisse foram realizados em outras cidades francesas, como Lille (norte), Bordeaux (sudoeste) e Montpellier (sul).
PT e PMDB brigam por setor energético
O argumento dos petistas é que o ministério ganhou peso estratégico devido à crise hídrica que tem afetado o nível dos reservatórios, a geração de energia e os problemas de caixa das distribuidoras. Também as denúncias de corrupção na Petrobras assumiram um alto grau de importância. O partido acredita que retirar o PMDB do comando do ajudaria a transmitir a imagem de que o governo está interessado em apurar as denúncias de corrupção na Petrobras. Dessa forma, a Pasta precisaria estar mais próxima do Palácio do Planalto, atuando em sintonia com os futuros titulares da Fazenda e da Casa Civil.
O senador Walter Pinheiro (PT-BA) afirmou que, no próximo governo, a Pasta não pode ser vista como um “ministério qualquer”. “Precisa fazer parte do núcleo mais importante do governo”, argumentou. Não por acaso, um dos nomes cotados pelo partido para assumir o posto hoje ocupado por Lobão, afilhado político de José Sarney (PMDB-AP), é o do governador da Bahia, Jaques Wagner. Próximo à Dilma e fortalecido no PT por ter eleito seu candidato ao governo estadual ainda no primeiro turno, Wagner deverá ter papel de destaque no próximo mandato. O chefe de gabinete de Dilma, Giles Azevedo, que foi secretário de Minas e Metalurgia quando a petista comandou o ministério, é outro cotado.
O PMDB, no entanto, está decidido a lutar pelo ministério. O principal argumento é o de que Dilma precisará do partido, caso queira garantir o mesmo apoio político que teve no Senado em seu primeiro mandato.
Apoio é moeda de troca no Senado
A partir do próximo ano, com uma oposição mais forte no Senado, com a presença dos tucanos Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE) e de Ronaldo Caiado (Dem-GO), o governo precisa garantir apoio na Casa. Como as condições da economia em 2015 não são das melhores, o respaldo no Senado para aprovação de medidas previstas pelo Executivo, algumas impopulares, é fundamental. O PMDB do Senado precisa ser bem tratado pelo governo.
Entre os nomes que o PMDB quer ver no ministério de Minas e Energia estão o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), e o líder do governo na Casa, Eduardo Braga (AM), que é engenheiro elétrico. A bancada dos senadores quer manter os três ministérios da sua “cota” além de Minas e Energia, a Previdência e o Turismo, esse último cota do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os deputados da sigla, por sua vez, controlam a Agricultura. O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, é indicação pessoal do vice de Dilma, Michel Temer.
Desde o início do governo Dilma, o PMDB se ressente da perda de espaço na área. A petista foi a primeira ministra de Minas e Energia de Lula e responsável pelo modelo de gestão do setor. No final do governo Lula, o partido chegou a ter praticamente uma “porteira fechada” no setor. Contudo, tão logo assumiu, Dilma acabou com o monopólio e indicou pessoas de sua confiança para uma gestão compartilhada de PT e PMDB.
O PMDB do Senado até toparia perder Minas e Energia, desde que a compensação viesse em uma pasta de igual “envergadura”, como Cidades, Transportes ou Integração Nacional.
Prêmio Jovens Insipiradores entrevista Bel Pesce: É fundamental aprender com seus erros
Publicado em 30/10/2014
Bel Pesce, de 26 anos, é um fenômeno. A menina do vale formou-se em cinco faculdades pelo MIT, já trabalhou no Google, na Microsoft e tem dois livros publicados. Em entrevista exclusiva ao Prêmio Jovens Inspiradores, ela conta sua trajetória e dá dicas para futuros empreendedores sociais.
Armadilha à espera de Lula
Publicado em 30/10/2014
Se Aécio Neves precisa vencer as eleições em Minas para ser candidato outra vez, Lula só voltará ao Planalto caso consiga ressuscitar o PT em São Paulo.
Mediadores internacionais pedem transição civil em Burkina Faso
Enviado da ONU afirmou que entidade quer evitar aplicação de sanções ao país
Mediadores internacionais pedem transição civil em Burkina Faso | Foto: Issouf Sanogo / AFP / CP
Os mediadores internacionais em Burkina Faso, em plena crise política após a queda nessa sexta-feira do presidente Blaise Compaoré, pediram neste domingo a adoção de um regime de transição liderado por um civil e de acordo com a ordem constitucional, sob pena de sanções.
"Queremos evitar a aplicação de sanções a Burkina Faso", declarou o enviado da ONU para a África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, em uma entrevista coletiva em nome da missão formada pelas Nações Unidas, a União Africana e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental.
No sábado, o exército do país designou o tenente-coronel Isaac Zida para dirigir a transição. A Constituição do país determina que o presidente da Assembleia Nacional é a pessoa que deve assumir o poder interino. Os partidos de oposição e as organizações da sociedade civil rejeitaram a nomeação e convocaram a população para um protesto neste domingo na capital, Uagadugu.
Compaoré se viu obrigado a renunciar na sexta-feira. Um dia antes, o exército assumiu o controle do país, depois de uma revolta popular contra a vontade do presidente de permanecer no poder, que ele havia tomado em um golpe de Estado em 1987. Segundo testemunhas, Compaoré está com a família na Costa do Marfim.
AFP e Correio do Povo
Se Dilma for reeleita, o presidente do Brasil acabará sendo Michel Temer
Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil Blog
Reinaldo Azevedo
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24/10/2014
às 6:19
A CAPA DE VEJA – Ou: Se Dilma for reeleita, o presidente do Brasil acabará sendo Michel Temer. Ou: Além de dizer que a governanta sabia da roubalheira na Petrobras, doleiro diz que pode ajudar polícia a identificar contas secretas do PT no exterior. Parece que a casa caiu!
O governo segurou dados negativos sobre o Ideb, a miséria e a arrecadação, entre outros, porque teme que eles possam prejudicar a votação da candidata do PT à reeleição. Já é um escândalo porque o estado brasileiro não pertence ao partido. Ao jornalismo não cabe nem retardar nem apressar a publicação de uma reportagem em razão do calendário eleitoral. A boa imprensa se interessa por fatos e disputa, quando muito, leitores, ouvintes, internautas, telespectadores. Na terça-feira passada — há três dias, portanto —, o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato, deu um depoimento estarrecedor à Polícia Federal e ao Ministério Público. A revista VEJA sabe o que ele disse e cumpre a sua missão: dividir a informação com os leitores. Se, em razão disso, pessoas mudarão de voto ou se tornarão ainda mais convictas do que antes de sua opção, eis uma questão que não diz respeito à revista — afinal, ela não disputa o poder. E o que disse Youssef, como revela VEJA, numa reportagem de oito páginas? Que Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sabiam da roubalheira que havia na Petrobras.
Mais: Youssef se prontificou a ajudar a Polícia a chegar a contas secretas do PT no exterior. Segundo as pesquisas, Dilma poderá ser reeleita presidente no domingo. Se isso acontecer e se Youssef fornecer elementos que provem que a presidente tinha conhecimento das falcatruas, é certo como a luz do dia que ela será deposta por um processo de impeachment. Não é assim porque eu quero. É o que estabelece a Lei 1.079, com base na qual a Câmara acatou o processo de impeachment contra Collor e que acabou resultando na sua renúncia. O petrolão já é o maior escândalo da história brasileira e supera o mensalão.
O diálogo que expõe a bomba capaz de mandar boa parte do petismo pelos ares é este:
— O Planalto sabia de tudo!
— Mas quem no Planalto?, perguntou o delegado.
— Lula e Dilma, respondeu o doleiro.
Youssef diz ter elementos para provar o que diz — e, em seu próprio benefício, é bom que tenha, ou não contará com as vantagens da delação premiada e ainda poderá ter a sua pena agravada. A sua lista de políticos implicados no esquema já saltou, atenção, de 30 para 50. Agora, aparece de forma clara, explícita, em seu depoimento, a atuação de José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras durante o califado de Lula e em parte do governo Dilma. Entre outros mimos, ele revela que Gabrielli o chamou para pagar um cala-boca de R$ 1 milhão a uma agência de publicidade que participava do pagamento ilegal a políticos. Nota: Youssef já contou à PF que pagava pensão mensal a membros da base aliada, a pedido do PT, que variavam de R$ 100 mil a R$ 150 mil.
Pessoas que conhecem as denúncias de Youssef asseguram que João Vaccari Neto — conselheiro de Itaipu, tesoureiro do PT e um dos coordenadores da campanha de Dilma — será fulminado pelas denúncias. O doleiro afirma dispor de provas das transações com Vaccari. Elas compõem o seu formidável arquivo de mais de 10 mil notas fiscais, que servem para rastrear as transações criminosas.
Contas no exterior
É nesse arquivo de Youssef que se encontram, segundo ele, os elementos para que a Polícia Federal possa localizar contas secretas do PT em bancos estrangeiros, que o partido sempre negou ter, é claro. Até porque é proibido. A propósito: o papel de um doleiro é justamente fazer chegar, em dólar, ao exterior os recursos roubados, no Brasil, repatriando-os depois quando necessário.
Por que VEJA não revelou isso antes? Porque Youssef só depôs na terça-feira. A revista antecipou a edição só para criar um fato eleitoral? É uma acusação feita por pistoleiros: VEJA publicou uma edição na sexta-feira anterior ao primeiro turno e já tinha planejada e anunciada uma edição na sexta-feira anterior ao segundo turno. Mas que se note: ainda que o tivesse feito, a decisão seria justificada. Ou existe alguém com disposição para defender a tese de que vota melhor quem vota no escuro?
Quanto ao risco de impeachment caso Dilma seja reeleita, vamos ser claros: trata-se apenas da legislação vigente no Brasil desde 10 de abril de 1950, que é a data da Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade e estabelece a forma do processo. Valia para Collor. Vale para Dilma. Se Youssef estiver falando a verdade — num processo de delação premiada — e se Dilma for reeleita, ela será deposta. Se a denúncia alcançar também seu vice, Michel Temer, realizam-se novas eleições diretas 90 dias depois do último impedimento se não tiver transcorrido ainda metade do mandato. Se os impedimentos ocorrerem nos dois anos finais, aí o Congresso tem 90 dias para eleger o titular do Executivo que concluirá o período.
Informado, o eleitor certamente decide melhor. A VEJA já está nas bancas.
Texto publicado originalmente às 4h25
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Eleições 2014
Classificação do Brasil de Pelotas tem batalha campal e goleiro preso
Eduardo Martini deu chute em preparador de goleiros do Londrina
O Brasil de Pelotas arrancou um empate em 2 a 2 com o Londrina, na noite deste sábado, no Estádio do Café, e garantiu a classificação para a decisão da Série D. Porém, sua inédita decisão na competição ficou marcada por cenas lamentáveis de uma briga generalizada, que culminou na prisão de uma pessoa: o goleiro xavante Eduardo Martini.
A confusão teve início aos 24 minutos do segundo tempo, quando Diogo Roque e Silvio já tinham feito o Londrina igualar o marcador, após Nena abrir uma vantagem de 2 a 0 para os gaúchos. O técnico do Brasil de Pelotas se dirigia ao vestiário quando se desentendeu com torcedores do clube paranaense. Os ânimos, que já estavam acirrados desde o primeiro tempo, quando os jogadores do LEC questionavam a cera adversária e partiram para cima dos jogadores no intervalo.
Jogadores e integrantes da comissão técnica de ambos os times iniciaram uma verdadeira batalha campal. O goleiro Eduardo Martini, do Brasil de Pelotas, aproveitou que o preparador de goleiros do Londrina, Chimbica, estava caído e lhe deu um chute. Além de ser expulso, o camisa 1 saiu do estádio preso. O funcionário do Tubarão foi atendido no gramado e levado para um hospital, onde passará a noite em observação.
Após 26 minutos de paralisação, a partida foi reiniciada. O Brasil ainda teve a chance de vencer, mas Nena cobrou um pênalti nas mãos do goleiro Vitor. Mesmo com o empate em 2 a 2, a equipe xavante garantiu sua vaga e esperará o vencedor de Tombense e Confiança. Como venceu o primeiro jogo por 1 a 0, o clube mineiro terá a vantagem do empate no duelo do Presidente Médici.
Lanceress e Correio do Povo