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sexta-feira, 30 de outubro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Atravessando águas turbulentas !
Atravessando águas turbulentas
© Letícia Thompson
Você já teve oportunidade de estar numa sala cheia de espelhos? Segundo a posição do espelho e de acordo com que dirigimos nosso olhar, temos uma nova visão. A mesma pessoa, ou mesmo objeto, pode ser visto de várias formas diferentes. Coisa simples e que todo mundo sabe. Mas o que nem todo mundo pensa é que na vida é exatamente a mesma coisa. Muda a nossa visão quando mudamos nosso olhar para outro lado.
O erro está em sempre dirigir o olhar na mesma direção. É assim quando atravessamos águas turbulentas. E é essa visão única na nossa frente que nos abate, nos conduz ao desespero. O homem só se desespera quando não consegue ver saída.
Portanto, pegue o seu espelho e tente ver outros ângulos. Talvez do outro lado a coisa não seja assim tão difícil. Quem sabe essa não é aquela oportunidade que estava faltando te fazer dirigir o olhar para outra direção?
Somos pessoas acomodadas! Ah, terrivelmente acomodadas. Uma vez instalados, por que mudar? E quando uma situação nos obriga a ficar de pé, aí sim é que fica difícil. O fato de estarmos sempre sentados no mesmo lugar pode nos deixar com as pernas preguiçosas. Não peça nenhum esforço de si mesmo e você vai ver como pessoas também enferrujam.
Eu me pergunto qual foi a reação do povo de Israel diante do mar vermelho. Era o fim através da visão humana. É provável que alguns tenham morrido de ataque cardíaco diante do grande mar e com o exercíto atrás. Morrido por precipitação e falta de fé. Mas o mar se abriu no momento preciso e as pessoas puderam atravessar. Como gosto dessa história!
"Se diante de mim não se abrir o mar, Deus vai me fazer andar por sobre as águas." Desconheço o autor dessa frase, que faz parte de um hino. Mas taí um verdadeiro lema de vida. Durante muito tempo eu cantarolei essas palavras e hoje ainda procuro vivê-las. E quando olho pra frente e que tudo parece obscuro e indeciso, procuro os outros ângulos do meu espelho. E me apego à parte mais positiva. Eu sei que de uma maneira ou de outra Deus me dará uma saída, uma porta, uma janela aberta. E se na minha pequena visão eu não conseguir enxergar (podemos ser muito pequenininhos de vez em quando!), Deus vê por mim, eu creio nisso e espero.
Eu sei que não sou de pedra, não sou dura e nem indestrutível. Eu também sofro e choro às vezes. Mas o meu Deus é indestrutível e não há nada em que Ele ponha a mão que não progresse. E Ele me deu esse espelho invisível para que eu possa sempre avaliar uma situação olhando por todos os lados. E deu ao meu coração a certeza de que, se eu tiver que passar por águas turbulentas, eu passo, mas elas jamais irão me afogar.