Banco Central tem lucro de R$ 30,9 bilhões em 2014
Wellton Máximo - Repórter da Agência BrasilEdição: Aécio Amado
O lucro registrado pelo BC no ano passado é o segundo maior desde 2008Arquivo/Agência Brasil O
Banco Central (BC) encerrou o ano passado com lucro de R$ 30,9 bilhões,
segundo balanço da instituição financeira aprovado hoje (27) pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN). O resultado positivo é o segundo
maior registrado pela instituição financeira desde 2008, só perdendo
para o lucro de R$ 31,9 bilhões em 2013.
No primeiro semestre do
ano passado, o BC lucrou R$ 5,3 bilhões. No segundo semestre, o
resultado positivo somou R$ 25,6 bilhões, beneficiado principalmente
pela valorização de R$ 108 bilhões nos ativos em moeda estrangeira.
O lucro do BC em 2014 seria ainda maior não fossem as operações com as reservas internacionais e os swaps cambiais
(venda de dólares no mercado futuro), registrados em uma conta
separada, chamada de equalização cambial. No primeiro semestre, o banco
teve prejuízo R$ 51,2 bilhões com a equalização cambial. No segundo
semestre, no entanto, lucrou R$ 65,2 bilhões.
O lucro com as
operações cambiais no segundo semestre decorreu da alta do dólar, que
subiu de R$ 2,20 em agosto para R$ 2,65 em dezembro. A moeda
norte-americana mais cara aumenta o valor das reservas internacionais em
reais.
Nos próximos dez dias, o BC repassará ao Tesouro Nacional
R$ 90,8 bilhões. O montante equivale ao lucro operacional de R$ 25,6
bilhões no segundo semestre e ao lucro de R$ 65,2 bilhões com a
equalização cambial. Por lei, o dinheiro só pode ser usado para
amortizar a dívida pública, não podendo ser gasto em despesas federais.
As
análises preliminares do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)
indicam que o mês de março repetirá o início do ano, uma vez que a
previsão é que ocorra chuva com volumes abaixo da média histórica para
as regiões Sudeste e Centro-Oeste.
A Energia Natural Afluente
(ENA) no Sudeste deverá ficar em 66% da média histórica para a primeira
semana de março e encerrar o mês com volumes em 69% da média histórica.
No Sul, região geralmente caracterizada por períodos de chuva
forte, a previsão para o final de março é de precipitações de 152% acima
da média histórica.
A situação enfrentada pelas regiões
Sudeste e Centro-Oeste também se repetirá no Nordeste, onde as previsões
indicam que o volume de chuva deve ficar em 33% da média histórica na
primeira semana de março, encerrando o mês em 39% da média.
No
Norte, as precipitações para a primeira semana de março estão previstas
para 64% da média histórica. A Energia Natural Afluente deve encerrar o
mês em 77% da média histórica para o período.
Os valores previstos para o final de março serão atualizados semanalmente pelo ONS.
A redução da desoneração da folha de pagamentos fará o governo
economizar R$ 5,35 bilhões este ano, disse, há pouco, o ministro da
Fazenda, Joaquim Levy. A partir de 2016, a economia aumentará para R$
12,8 bilhões por ano.
Atualmente, o regime especial de
contribuição dos empregadores para a Previdência Social faz o governo
deixar de arrecadar R$ 25,2 bilhões por ano. Com as novas alíquotas que
entrarão em vigor a partir de julho, a renúncia fiscal cairá para R$
19,85 bilhões. A partir de 2016, o governo deixará de arrecadar R$ 12,4
bilhões. O ministro Joaquim Levy, e o secretário da Receita, Jorge Rachid, falam sobre redução da desoneração da folha de pagamentoValter Campanto/Agência Brasil Levy
destacou que o governo não eliminou a desoneração da folha, apenas
reduziu os benefícios e tornou o incentivo fiscal mais eficaz. “Havia
uma relativa ineficiência da desoneração, que não alcançou o desenho
projetado. A intenção era boa. A execução foi a melhor possível, mas
essa política não deu resultados e mostrou-se extremamente cara”,
ressaltou.
Até agora, a desoneração da folha beneficia 56 setores
da economia que pagam 1% ou 2% do faturamento para a Previdência
Social, em vez de desembolsarem 20% da folha de pagamento a cada mês. A
Medida Provisória (MP) 669, publicada hoje (27) no Diário Oficial da União,
aumenta as alíquotas para 2,5% (para os setores que pagavam 1%) e para
4,5% (para as empresas que pagavam 2%). As mudanças entram em vigor em
julho.
A MP também permitiu que as empresas de cada setor
beneficiado escolham se querem permanecer no regime especial ou se
voltam ao sistema antigo, em que pagam 20% da folha de pagamento. Para o
ministro da Fazenda, a mudança traz flexibilidade para empresas menos
intensivas em mão de obra que vinham sendo prejudicadas pela
desoneração.
“A desoneração não beneficia igualmente todas as
empresas dentro de um setor. Quem usa muita mão de obra certamente tem
um ganho, mas muitas empresas, com intensidade média ou baixa de mão de
obra, eram prejudicadas [pela desoneração da folha] e não tinham a opção
de voltar para o regime antigo”, explicou.
Apesar de trazer
liberdade às empresas, o número de companhias que pagam menos à
Previdência Social com a desoneração da folha cairá com as novas
alíquotas. De acordo com estatísticas distribuídas pelo próprio
Ministério da Fazenda, a proporção das indústrias diretamente
beneficiadas pela desoneração cairá de 78% atualmente para 40% a partir
de julho. O texto foi alterado às 18h28 para correção no
primeiro parágrafo: A redução da desoneração da folha de pagamentos fará
o governo economizar R$ 5,35 bilhões este ano, e não em 2014
Zimmermann renuncia ao cargo de conselheiro da Petrobras
Alana Gandra - Repórter da Agência BrasilEdição: Stênio Ribeiro
Zimmermann deixa Conselho de Administração
da Petrobras Marcelo Camargo/Agência Brasil O
secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio
Zimmermann, renunciou hoje (27) ao cargo de membro do Conselho de
Administração da Petrobras. A informação foi dada pela assessoria de
imprensa da estatal.Em reunião nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, o
nome do advogado Luiz Navarro foi aprovado, por maioria, para substituir
Zimmermann no conselho.
De acordo com o disposto na Lei de
Sociedades Anônimas e no Estatuto Social da Petrobras, a eleição de
Navarro tem validade somente até a próxima assembleia geral de
acionistas da empresa, programada para o mês de abril. A data ainda não
foi definida.
Ex-funcionário da Controladoria-Geral da União
(CGU), onde exerceu os cargos de secretário executivo, secretário de
Prevenção da Corrupção e corregedor-geral, Luiz Navarro é, atualmente,
consultor sênior no escritório Veirano Advogados.
O
setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e
empresas estatais – apresentou superávit primário de R$ 21,063 bilhões
em janeiro, o equivalente a 4,88% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a
soma das riquezas de um país. O resultado é 5,73% maior que o superávit
de R$ 19,921 bilhões em janeiro de 2014. O saldo positivo ocorre após o
ano passado fechar com déficit de R$ 32,5 bilhões.
Os dados
foram divulgados hoje (27), pelo Banco Central (BC). No acumulado de 12
meses, o resultado permanece deficitário em R$ 31,4 bilhões. O superávit
primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública
e reduzir o endividamento do governo no médio e longo prazos.
No
mês passado, o Governo Central – Tesouro Nacional, Banco Central e
Previdência Social – registrou superávit de R$ 10 bilhões. Os governos
estaduais registraram saldo positivo de R$ 9,2 bilhões e os municipais,
de R$ 1,3 bilhão. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e
Eletrobras, registraram superávit primário de R$ 444 milhões.
Os
gastos com os juros que incidem sobre a dívida somaram R$ 18 bilhões, em
janeiro. Em dezembro, o valor foi R$ 47,2 bilhões. A melhora nos juros
ocorreu graças ao resultado favorável de R$ 10,8 bilhões em operações de
swap cambial que é a venda de dólares no mercado futuro feitas
pelo BC. Em função disso, houve superávit nominal – formado pelo
resultado primário mais as despesas com juros – de R$ 3,041 bilhões, no
mês passado. Em 12 meses, o déficit nominal alcança R$ 330,4 bilhões.
ONU diz que 5 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária
Cerca de 5 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária
devido ao conflito no Leste da Ucrânia, alertou hoje (27) a Organização
das Nações Unidas (ONU), ressaltando que se trata de "uma situação muito
sombria".
"Existe verdadeiramente uma crise humanitária nas
zonas controladas pelos separatistas", destacou o coordenador para a
Ajuda Humanitária da ONU na Ucrânia, Neal Walker, de passagem por
Bruxelas, para incitar as instituições europeias a contribuir para novo
apelo de recolhimento de fundos, lançado esta semana pelas Nações
Unidas, com o objetivo de arrecadar 282 milhões de euros.
A ONU
calcula que 4,7 milhões de pessoas em território separatista, em zonas
de combate ou nas suas proximidades, necessitem de ajuda. Além disso,
300 mil pessoas fugiram para outras partes do país e 1 milhão procuraram
refúgio no exterior para escapar do conflito que já matou 5,8 mil
pessoas em dez meses.
"Assistimos a um abrandamento momentâneo
dos combates, nas últimas 24 horas, e esperamos sinceramente que o
cessar-fogo nos permita dar respostas a necessidades humanitárias
críticas", disse o coordenador da ONU.
Para poder agir, as Nações
Unidas têm de cruzar a linha de frente do Exército ucraniano, construir
"abrigos de emergência", conseguir acesso a água e saneamento, além de
"haver uma necessidade desesperada de medicamentos", indicou Neal
Walker. Ele acrescentou que, até agora, "o conflito tornou muito difícil
o trabalho", notadamente nos casos de maior vulnerabilidade.
"Essas
pessoas têm vivido em circunstâncias extremamente difíceis, sob
bombardeios constantes e, por isso, se esconderam em adegas e cavernas
onde não dispõem de sanitários. Muitas vezes não têm comida, nem água ou
aquecimento", descreveu Walker.
Ele relativizou, porém, o
impacto da recente interrupção do fornecimento de gás aos territórios
separatistas, por parte da Ucrânia, e disse que, "com ou sem gás, muitos
edifícios não têm aquecimento, as suas janelas estão partidas ou os
telhados perfurados".
"A questão do abrigo e do aquecimento não
tem a ver apenas com o gás, mas sobretudo com um cessar-fogo
sustentável, uma paz viável", concluiu.
Assim opera a projeção do mal ou o que os militantes esquerdistas chamam de “discurso do ódio”:
- engendra-se uma belicosidade categorial contra o “mal”, sobretudo pelos seguidores do marxismo-leninismo e outras variantes afins da mesma gênese criminosa que pensam e identificam a “burguesia”, como uma categoria, numa classe, não como seres humanos e, ademais ainda erigem outras categorias como “direitista”, “elites” (“zelites”), empresários capitalistas, e, até a sofrida classe média, como fez a novíssima pensadora do petismo-lulismo, sob os aplausos orgiásticos do seu chefe e militantes.
Nesse contexto, forjado pela dialética criminosa se sobressai a irresponsabilidade da pirotecnia verbal,
apontando e identificando os “inimigos”, acusados de “nazistas”,
“fascistas”, “direitista” com incitação ao castigo, estímulo dos
instintos sinistros de (des) humanidade e a partir daí toda e qualquer
atrocidade é “auto justificada”.
Assim, essa ‘lógica’ perversa e criminosa
pode levar uma pessoa medíocre a se converter não só em “assassino de
reputações”, mas também e até num genocida, posto que a certa altura
torna-se incapaz de distinguir o bem, do mal..., pois o “mal” já foi identificado no “outro” erigido a “inimigo”.
Por fim, insidiosa e criminosamente forja-se um plano programático e sistemáticode aniquilação
comandado pelo (des) governo e seus comissários já é visível pelos
sinais explícitos não só da violência política macro, mas também da
violência social micro, cujo sucesso ocorre na medida em que as pessoas
são convencidas que ele só existe nos outros, não nos que praticam o mal.
Assim operou na extinta União Soviética, na China de Mao, e prossegue
descaradamente em seu desiderato criminoso na Coreia do Norte, em Cuba
da ditadura Castro, avança na Venezuela e nos demais satélites do
bolivarianismo.
E, ainda acusam os outros de“fascista” e “nazista” ...
No desespero
para salvar o PT de um desastre que a incompetência do governo de Dilma
Rousseff torna a cada dia mais grave, o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva
ameaça incendiar as ruas com "o exército do Stédile", a massa de manobra
do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Lula acenou com
essa ameaça em evento "em defesa da Petrobrás" promovido na sede da
Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio
de Janeiro, pelo braço sindical do PT, a Central Única dos Trabalhadores
(CUT) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Basta abrir
as páginas dos jornais ou assistir ao noticiário da televisão para
perceber que a radicalização política começa a levar a violência às ruas
das principais
cidades do País. De um lado, militantes de organizações sindicais e
movimentos sociais, quase sempre manipulados pelo PT, aliados a radicais
de esquerda; do outro lado, sectários antigovernistas engajados na
inoportuna campanha de impeachment da presidente
da República. Esses grupos antagônicos se agrediram mutuamente diante da
ABI, pouco antes do evento protagonizado por Lula.
Diante do
sintoma claro de que o agravamento da crise política em que o País está
mergulhado pode acender o rastilho da instabilidade social, o que se
espera das lideranças
políticas é que ajam com responsabilidade para evitar o pior. Mas Lula,
assustado com a possibilidade crescente do naufrágio de seu projeto de
poder, parece disposto, em último recurso, a correr o risco de virar a
mesa. Não há outra interpretação para sua atitude
no evento.
Em seu
discurso, o coordenador do MST, João Pedro Stédile, como de hábito botou
lenha na fogueira: "Ganhamos as eleições nas urnas, mas nos derrotaram
no Congresso
e na mídia. Só temos uma forma de derrotá-los agora: é nas ruas". É o
caso de perguntar o que Stédile quer dizer com "derrotá-los nas ruas".
Mas Lula parece saber a resposta. E aproveitou a deixa, ao falar no
encerramento do ato: "Quero paz e democracia. Mas
eles não querem. E nós sabemos brigar também, sobretudo quando o Stédile
colocar o exército dele na rua". Uma declaração de guerra?
A atitude
irresponsavelmente incendiária do ex-presidente é coerente com a
estratégia por ele traçada e transmitida à militância petista com o
objetivo de reverter
a repercussão extremamente negativa para a imagem do PT provocada pelo
desgoverno Dilma e, em particular, pelo escândalo da Petrobrás. A ideia
é, como sempre, transformar o PT em vítima da "elite", os temíveis
"eles" que só querem fazer mal ao povo brasileiro.
Do mesmo modo
que para Lula o escândalo do mensalão foi uma "farsa" que resultou na
condenação injusta dos "guerreiros do povo brasileiro", o petrolão é
coisa de "meia
dúzia de pessoas" para a qual Dilma Rousseff "não pode ficar dando
trela": "O que estamos vendo é a criminalização da ascensão de uma
classe social neste país. As pessoas subiram um degrau e isso incomoda a
elite", disse Lula.
Ou seja, o
que abala o Brasil não é a ação da quadrilha que, há 12 anos, pilha a
Petrobrás e ocupa, para proveito próprio ou do PT, cada escaninho
possível da administração
pública. Muito menos é a incompetência administrativa demonstrada pelos
petralhas que sugam o Tesouro. É - no entender de Lula e companhia bela -
a reação dos brasileiros honestos e indignados com a roubalheira e a
desfaçatez.
Esse discurso
populista pode fazer vibrar a militância partidária manipulada e paga
pela nomenklatura petista, mas é inútil para garantir ao PT e ao governo
o apoio
de que necessitam para tirar o País do buraco em que Dilma Rousseff o
meteu ao longo de quatro anos de persistentes equívocos.
O principal
aliado do PT, o PMDB do vice-presidente Michel Temer, agora decidiu
exigir o papel que lhe cabe como corresponsável pela condução dos
destinos do País.
Não aceita mais, por exemplo, que o núcleo duro do poder de decisão no
Planalto seja integrado exclusivamente por petistas. O PMDB tampouco
aceita que os petistas continuem se fazendo passar por bonzinhos na
votação das medidas de ajuste fiscal, posicionando-se
na defesa dos "interesses dos trabalhadores" e deixando o ônus da
aprovação do pacote para os aliados.
Os arreganhos
de Lula e do agitador Stédile mostram que a tigrada está cada vez mais
isolada - e feroz - na aventura em que se meteu de arruinar o Brasil.