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sábado, 5 de março de 2016

Se quiserem me derrotar, vão ter de me enfrentar nas ruas, diz Lula

Em discurso para a militância petista, na quadra do Sindicato dos Bancários do Estado de São Paulo, o ex-presidente Lula disse na noite desta sexta-feira (4) que não irá se calar mesmo ameaçado por perseguição política e denúncias infundadas. E que para derrotá-lo, os opositores terão de enfrentá-lo nas ruas.
Lula falou em ato organizado pelo PT, sindicatos e movimentos sociais sobre a situação política após ter sido conduzido pela Polícia Federal ao Aeroporto de Congonhas para depor nas investigações da Operação Lava Jato. 
“Eu vim aqui para dizer o seguinte: eu não sei se vou ser candidato, mas eu queria dizer a todos que me ofenderam hoje pela manhã que foi uma ofensa; um ex-presidente que fez por esse país o que eu fiz, não merecia receber o que eu recebi hoje de manhã. Mas sem mágoa. Quero dizer para você aqui, se eles tiverem que me derrotar, eles vão ter que me enfrentar nas ruas deste país”, disse o ex-presidente.
O discurso de Lula, o último do evento, foi acompanhado por militantes e lideranças políticas que lotaram a quadra dos bancários. Muitas pessoas, no entanto, não conseguiram entrar no local, e acompanharam a fala do ex-presidente do lado de fora, na rua Tabatinguera, na região da Sé.
Lula disse que não pretendia se candidatar nas próximas eleições presidenciais, mas diante da atual conjuntura, colocou-se à disposição da militância para a candidatura de 2018. “Eu estava quieto no meu canto. Estava na expectativa que vocês escolhessem alguém para disputar 2018. Cutucaram o vulcão com vara curta. Portanto quero me oferecer a vocês, esse jovem de 70 anos de idade com tesão de um jovem de 30, com corpo de atleta de 20. Não tenho preguiça de acordar as 6 horas. E não tenho problema de dormir às dez”.
“A partir de hoje, a única resposta que eu posso dar a insolência que fizeram a mim, a ofensa que fizeram a mim, é ir para rua dizer: estou vivo e sou mais honesto do que vocês. De coração eu quero agradecer a cada um de vocês”, acrescentou.
Lula voltou a dizer, como havia feito no pronunciamento à tarde, que voltará a viajar pelo país e que não se calará diante do que diz ser perseguição política e denúncias infundadas. “Estou disposto a viajar esse país do Oiapoque ao Chuí, estou disposto. Se alguém pensa que vai me calar com perseguição e denúncia, não sabe que eu sobrevivi à fome, e quem sobrevive à fome não desiste nunca”, disse.
“Eu não sou vingativo, não carrego ódio na minha alma, mas eu quero dizer para vocês uma coisa: eu tenho consciência do que eu posso fazer por esse povo, e tenho consciência do que eles querem comigo. Portanto, queridas e queridos companheiros, se vocês estão precisando de alguém para animar a nossa tropa, o animador está aqui”, destacou.
O ex-presidente ainda disse que a operação da Polícia Federal confiscou um celular de sua esposa, Marisa Letícia, e papéis da casa de seu filho, Luís Cládio, que já haviam sido levados há quatro meses.
“Na casa de meu filho, Luís Cláudio, levaram a mesma papelada que já levaram há quatro meses atrás. As perguntas que fizeram hoje já fizeram cinco meses atrás. Então é pura provocação. Estão dizendo: nós existimos e vamos criminalizar o PT. Eu quero dizer, vocês existem mas eu existo. E eu vou resistir à criminalização”.
No ato, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que a ação da Polícia Federal foi um “golpe no Estado de direito” e classificou o ocorrido como muito grave. 
“É muito sério o que aconteceu hoje. É muito grave o que aconteceu hoje. Foi um golpe no Estado democrático de Direito. Não foi outra coisa. Não se faz isso, não é necessário nada disso”, disse em discurso na quadra do Sindicato dos Bancários do Estado de São Paulo, na região da Sé.
“A nossa lei assegura que ninguém nesse país pode ser coagido se estiver à disposição da Justiça, se estiver colaborando com a Justiça. Se estiver disponível para enfrentar qualquer debate, público ou privado, se estiver disponível para prestar qualquer esclarecimento, se tem endereço certo, se trabalha em lugar certo. E se está há 50 anos defendendo a democracia no Brasil, e esse é o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva”, disse.
“O que está por trás desse tratamento, o que está por trás desse tipo de ação e iniciativa totalmente desnecessária em se tratando de uma pessoa, que mais fortaleceu a Polícia Federal, que mais autonomia deu ao Ministério Público Federal?”, acrescentou.
Haddad ainda sugeriu que, se a condução coercitiva foi tomada para garantir a segurança do investigado - como argumentaram procuradores e o juiz do caso – que a militância passe a escoltar o presidente Lula.“Ninguém pode se furtar a qualquer investigação, todos nós estamos sujeitos, sobretudo homens públicos. Mas nós temos que nos dar o respeito, e exigir o cumprimento da lei. O que aconteceu hoje foi um ato desnecessário. Mobilizar centenas de profissionais para escoltar um homem? Nós escoltaremos o Lula da próxima vez”.


A escola é baseada na filosofia do mestre iogue Paramahansa Yogananda http://bit.ly/1p56u1G


Maior inadimplência em dois anos

A taxa de inadimplência de famílias e de empresas aumentou em julho. Os motivos são a crise econômica e a alta do desemprego. De acordo com os dados do Banco Central de ontem, a taxa de calote das famílias aumentou 0,2 pontos percentual e chegou a 3,8% em todos os tipos de crédito. A inadimplência dos financiamentos imobiliários subiu de 1,8% para 1,9%. Se considerado apenas o segmento de recursos livres, o calote subiu a 4,8% em julho. O patamar mais alto em dois anos.

Fonte: Correio do Povo, página 6 de 27 de agosto de 2015.


Mais gestão, menos impostos, por Claudio Lamachia

Um dona de casa e um pai de família sabe que a administração das finanças começa por uma regra simples: gastar menos do que se arrecada. Essa lógica parece passar longe dos manuais dos administradores públicos. Para governos, a regra para equilibrar o caixa é onerar cada vez mais o contribuinte e os empresários.
O pobre cidadão brasileiro paga uma das mais altas cargas tributárias do mundo. Em um ano, trabalhamos cinco meses apenas para pagar impostos. É como se, numa empresa, o sócio aparecesse apenas para receber o holerite, sem contribuir com uma gota de suor para o sucesso do negócio.
Enquanto isso os cidadãos estão morrendo nos corredores dos hospitais, ou encarcerados dentro de casa, sitiados em razão do medo de sair às ruas. Empresas fecham as portas ou demitem para conseguir um mínimo de fôlego para enfrentar a crise.
O Rio Grande do Sul, que hoje não consegue sequer pagar o funcionalismo em dia, tem proporcionalmente uma das maiores dívidas públicas. Da dívida original de R$ 10 bilhões, já pagamos mais do que o dobro. E, acreditem, ainda devemos outros 50 bilhões!
Em 2012, a OAB/RS ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para discutir os altos juros dessa dívida. Para se ter uma ideia do abalo que o repasse causa ao caixa do Estado, são 13% que saem todos os meses para a União. Enquanto isso, nem os 12% obrigatórios de investimento em saúde são feitos.
Por motivos que não consigo compreender, nem o governo atual nem o anterior buscaram apoiar a ação. Em momento algum manifestaram qualquer apoio à medida tomada pela Ordem. Parecem não considerar a hipótese de que a via judicial seja uma opção capaz de amenizar a crise.
Outra atitude que também não foi tomada pelos governo é a implementação de uma política de gestão profissional, com cortes racionais nas despesas na busca de cessar a sangria dos cofres e buscar o equilíbrio financeiro. Novamente a solução mágica encontrada pelo governo passa pelo absurdo aumento de tributos.
Nenhum cidadão aguenta qualquer aumento de impostos, seja no âmbito estadual ou federal, especialmente quando vê cotidianamente seu dinheiro esvaindo no raio da corrupção. Nos últimos dias, a OAB Nacional, juntamente com federações, apresentou uma Carta à Nação, com propostas e sugestões para a superação da crise ética, política e econômica que o país enfrenta.
É preciso que as forças políticas, de diversos matizes, trabalhem para a correção de rumos de coisa pública. É uma tarefa que se inicia pelo Executivo, a quem cabe o maior papel nessa ação, mas exige o forte envolvimento do Legislativo, do Judiicário e de toda a sociedade.

Vice-presidente nacional da OAB

Fonte: Correio do Povo, edição de 26 de agosto de 2015, página 2.



Equipe olímpica feminina do Brasil participa de evento-teste de rugby no Rio



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O evento-teste de rugby para os Jogos Olímpicos Rio 2016, em agosto, começa hoje (5) no Estádio de Deodoro, zona norte do Rio de Janeiro, com o Campeonato Sul-Americano de rugby sevens, do qual participará a seleção feminina olímpica do Brasil rugby 7, ou rugby de 7, integrada por sete jogadoras. Doze atletas foram convocadas das quais sete jogarão e cinco ficarão no banco de reservas. O campeonato se estenderá até amanhã (6), quando ocorrerão os jogos finais e serão conhecidos os vencedores.
No total, serão 96 atletas de oito países (Brasil, Colômbia, Argentina, Venezuela, Uruguai, Chile, Paraguai e Peru). As atletas brasileiras convocadas são Amanda Ricci, Beatriz  Muhlbauer, Bruna Lotufo, Edna Santini, Franciny Amaral, Haline Scatrut, Julia Sardá, Juliana Santos, Luiza  Campos, Paula Ishibashi, Patricia Campos e Raquel Kochhann.
Segundo o diretor da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), Agustin Danza, o evento será fechado, inclusive para transmissão por emissoras de televisão, “porque o espaço ainda não está pronto para receber o público”. O Comitê Organizador Local (COL) da Rio 2016 confirmou que as arquibancadas do estádio são temporárias e serão montadas mais adiante, como ocorrerá também com a arena de vôlei, em Copacabana, zona sul da cidade, e no Parque Olímpico, zona oeste.
De acordo com o COL, o evento-teste vai avaliar as condições do estádio para receber as seleções, incluindo gramado, vestiários, cronometragem do tempo de jogo, apresentação do esporte, voluntários e operações internas. O objetivo é corrigir eventuais falhas para que na Olimpíada tudo esteja acertado. A avaliação atende a determinações do próprio COL.
Agustin Danza explica que na modalidade sevens, cada jogo dura 14 minutos, sendo dois tempos de sete minutos cada. Como o evento total se estende, em geral, das 10h às 18h, com cada equipe podendo jogar três vezes ao longo do dia, os torcedores costumam assistir às partidas vestindo fantasias. “É um clima festivo”, explica Danza, pois “o rugby não é só um jogo que o torcedor vê e vai embora”.
De acordo com o diretor, o objetivo não é ganhar medalha de ouro na Olimpíada, que será aberta no dia 5 de agosto.  “Não estamos prontos para medalha de ouro”, explica. O objetivo é fazer bons jogos iniciais, para entrar no grupo Top 6, o grupo dos seis melhores do mundo, e “aí, então, teremos jogo para lutar por uma medalha”, diz ele.
Rio de Janeiro - Atletas de rúgbi treinam na inauguração da Arena da Juventude e Estádio Deodoro, do Complexo Esportivo de Deodoro que serão palco dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Atletas de rúgbi treinam na inauguração da Arena da Juventude e Estádio Deodoro, do Complexo Esportivo de Deodoro que serão palco dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 Tânia Rêgo/Agência Brasil
Desempenho
Nos últimos dois anos, a seleção masculina de rugby 7 conseguiu jogar de igual para igual com times que estão no topo mundial, como Portugal, Escócia, França, Quênia, vencendo as equipes B da África do Sul e dos Estados Unidos e classificando-se pela segunda vez para o Torneio Internacional de Hong Kong. A seleção olímpica masculina, segundo Danza, tem evoluído muito tecnicamente e melhorado o desempenho. Mas, como não existe um ranking, o jeito de avalizar esse crescimento é citando desempenhos contra times melhores que os do Brasil.
Na modalidade rugby 15, formada por 15 jogadores em campo, a CBRu considera mais importante como um indicador não o ranking em si, mas a estratégia de crescimento no longo prazo. A ideia é colocar em campo muitos jogadores  jovens, com o objetivo de classificar o Brasil para a Copa do Mundo de 2023. Para isso, as classificatórias ocorrerão em 2021.

Danza afirma que a seleção olímpica feminina (rugby 7) está entre as dez melhores do mundo: “São dez vezes campeãs da América do Sul, (estão) invictas, nunca perderam um jogo”. O objetivo do time é figurar no grupo das seis melhores seleções olímpicas do mundo “e ter chance de disputar uma medalha”, segundo o dirigente. Entre as principais concorrentes da equipe rugby 7 feminina brasileira estão as seleções da Austrália, Nova Zelândia e Inglaterra.
O rugby está voltando aos Jogos Olímpicos este ano, após 92 anos de ausência. Sua última participação foi em Paris, em 1924, como rugby de quinze, e agora será rugby de 7.
Esporte coletivo de origem inglesa do século 19, marcado por intenso contato físico, o rugby está crescendo no Brasil há muitos anos, reunindo hoje cerca de 60 mil praticantes em quase todos os estados da Federação, conforme o diretor da CBRu, Agustin Danza.
“Já se evidenciava nos últimos anos o crescimento do rugby 7, que é a modalidade olímpica”, acrescenta Danza. Também houve expansão na modalidade de 15 jogadores (rugby 15), em que a seleção brasileira masculina venceu os Estados Unidos, no último sábado (27/2). “Quebramos o recorde da história do rugby. Nunca um time tinha ganhado de outro que estivesse 26 posições acima dele no ranking e fizemos isso no sábado”, diz ele.