MEC divulgou os resultados do IGC 2014
Ministro
da Fazenda continua no cargo
O
Planalto negou ontem que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sairá
do cargo. Ele próprio confirmou que não sai. A especulação surgiu
em razão de cancelamento de viagem de Levy ao exterior.
Fonte: Correio do Povo, capa da edição
de 4 de setembro de 2015.
Milhares
vão às ruas contra governo do PT
Cai
número de participantes em todo o país em relação à mobilização
de março
Cíntia
Marchi
Os
protestos organizados por partidos e movimentos contrários ao
governo Dilma Rousseff, a corrupção e o PT, tomaram as ruas de
cidades de 25 estados e do DF ontem. Em Porto Alegre, segundo a
Brigada Militar, 30 mil participaram da caminhada, número inferior
aos 100 mil que estiveram nos atos de março e abril. Os
organizadores divulgaram a presença de 70 mil pessoas.
Os
manifestantes saíram do Parque Moinhos de Vento e foram até a
avenida Érico Veríssimo, pela Ipiranga. Diferentemente dos
protestos anteriores, o de ontem carregou mensagem focada na queda do
PT e no impeachment da presidente Dilma. Para uma das coordenadoras
do Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua, Paula Cassol Lima, a
manifestação foi positiva e conseguiu não se desviar da pauta
nacional. “O primeiro passo é tirar o PT do governo. O impeachment
vai acontecer porque a Dilma não cumpre a lei e deve ser punida.
Precisamos de alguém que dê solidez e credibilidade ao governo para
termos esperança de moralizar o país”, defendeu.
Paula
enfatizou que o movimento não tem vínculos partidários. “Mas não
acreditamos em melhorias com governo de esquerda”, acrescentou. Os
manifestantes carregaram faixas e cartazes com elogios ao juiz
federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato. Uma bandeira com 50
metros pedia “Impeachment já”. Predominaram palavras de ordem
“Fora PT” e “Fora Dilma”. Nas janelas dos edifícios muitas
pessoas apoiaram o movimento.
O
comandante do Policiamento da Capital, tenente-coronel Mário Ikeda,
informou que nenhuma ocorrência foi registrada e que 400 policiais
trabalharam no ato. Paralelo ao protesto, na Cidade Baixa, um grupo
promoveu um Coxinhaço. Cinquenta quilos de coxinhas de frango
assadas foram vendidas a R$ 2,00. 'Queremos celebrar a democracia”,
disse Claranda Barreira.
Protestos
também pelo Interior
Manifestações
de descontentamento com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e
de repúdio à corrupção entre agentes políticos marcaram
protestos pelo Interior. Conforme a Brigada Militar, em Caxias do Sul
reuniram-se cerca de sete mil pessoas e, em Canela, cerca de 90
pessoas. Também houve protestos em Lajeado, Santa Cruz do Sul, Passo
Fundo, Santo Ângelo, Erechim e Pelotas.
“O
Brasil está numa situação difícil. Estados e municípios em
frangalhos”.
José
Serra
Senador
do PSDB-SP
Bloqueio
em Brs e 'mandiocaço'
Em
Alegrete, os organizadores serviram mandioca frita aos participantes
do ato e a quem passava pelo protesto. A brincadeira foi uma
referência à recente manifestação pública em que a presidente
mencionou o cultivo da mandioca. Em Novo Hamburgo, cerca de 600
pessoas bloquearam trecho da BR-116 por alguns minutos. Em Santa
Rosa, 30 caminhões bloquearam o trânsito na BR 472.
Menos
impostos e mais escolas na pauta
A
dona de casa Vera Marrone, de 67 anos, caminhou 7 quilômetros, do
início da manifestação ontem, em nome do futuro do seu neto. “Eu
quero muita paz e ver tudo funcionando, os hospitais, as escolas.
Penso sempre nisso. O que será das nossas crianças?”, questionou
a bibliotecária aposentada, que afirma apoiar a saída da presidente
Dilma Rousseff. Para o futuro, Hélio Rosa, de 63 anos, afirmou
querer mais igualdade social. “Não é possível aceitar a falta de
investimentos que o Brasil vive hoje na segurança, na educação.
Temos que nos unir e pressionar.”
A
advogada Gisele Campos, de 56 anos, chamou a atenção para os
pleitos batendo numa panela. “Estou cansada de tanta corrupção,
de ser explorada pelo tanto que a gente paga de impostos sem ter
retorno nenhum. Vim nos três protestos e sou favorável a saída da
Dilma”. A técnica em Enfermagem, Ivone Dalmolin, de 70 anos,
funcionária do Hospital de Clínicas, disse acreditar na força dos
protestos. “O povo já tirou o Collor (Fernando Collor de Mello).
Esse movimento vai chegar ao seu objetivo”, acredita. Segundo a
organização, não há data marcada para um novo ato.
Ato
em São Paulo e Rio lotam avenidas
As
manifestações em São Paulo contaram ontem com a presença do
senador José Serra (PSDB-SP), que chegou ao ato na avenida Paulista
por volta das 16h. Serra deu uma volta me torno do carro de som do
movimento Vem Pra Rua e teve o nome conclamado pelos ativistas,
embora não tenha discursado. O público, contabilizado aos milhares,
chegou a bloquear os dois lados da avenida Paulista.
“O
Brasil está numa situação difícil, Estados e municípios em
frangalhos. Governo federal perdido. Quando o governo não tem rumo,
nenhum caminho leva a nenhum lugar”, afirmou.
No
Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos de 2016, milhares de
manifestantes tomaram a avenida Atlântica em frente à célebre
praia de Copacabana.
Em
Brasília, com um público similar ao registrado em abril, mas bem
abaixo do que esperavam os organizadores, o protesto contra Dilma
Rousseff teve como principais alvos, além da petista, o
ex-presidente Lula e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
Fonte:
Correio do Povo, página 3 de 17 de agosto de 2015.
Montadoras buscam saídas
Acordo automotivo com a Colômbia deve
ocorrer na semana que vem . IBGE apurou tombo na produção.
Com a indústria automotiva
encerrando o primeiro semestre com recuo de 18,5% na produção ante
igual período de 2014, o cenário de baixa confiança tanto de
investidores quanto de consumidores, aliado à restrição no
crédito, marcou o setor. Além disso, no acumulado de janeiro a
julho, a indústria automotiva teve uma queda de 20,2%. O resultado
representou o maior impacto dentre os indicadores de 26 setores que
foram pesquisados. O presidente da associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou
ontem em Porto Alegre que o acordo automotivo do Brasil com a
Colômbia deve ser fechado na semana que vem, numa reunião em
Brasília com representantes dos dois países.
Moan não confirmou a cota para a
qual a alíquota de importação será zerada para os dois lados.
Disse apenas que hoje o Brasil vende cerca de 8 mil unidades de
veículos para a Colômbia e a expectativa é de que este número
suba para 12 mil ao ano.
Para o presidente da Anfavea, uma
agenda positiva para o setor também passa pelo protocolo assinado
entre o Banco do Brasil (BB), a Anfavea e o Sindicato Nacional da
Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças),
que visa dar apoio financeiro às cadeias produtivas do setor, além
do segmento de máquinas agrícolas, e o convênio firmado entre
Caixa Federal, Anfavea e Sindipeças.
Na primeira etapa do protocolo com o
Banco do Brasil, a estimativa ´que os acordos envolverão 26
empresas-âncora, além da antecipação de R$ 3,1 bilhões a
fornecedores dessas empresas até o fim do ano. Já no convênio com
a Caixa serão oferecidas condições especiais nas linhas de capital
d giro e de crédito. O objetivo do convênio é promover a melhoria
do fluxo de caixa das empresas e fornecedores por meio de auxílio no
pagamento de despesas, salários, tributos e reposição de estoques.
“Quem demitir funcionário terá taxa maior para pagar”,
acrescentou Moan.
Sobre acordos com outros países,
Moan também elogiou a renovação do acerto automotivo com o
Uruguai, anunciada esta semana que vai intensificar a venda de
veículos. Até agora, o compromisso era que o Brasil poderia vender
ao Uruguai, sem pagar imposto de importação, uma cota de 8,5 mil
unidades entre junho de 2015 e julho de 2016. Com o novo acordo, a
cota anterior passa a valer só para o segundo semestre, o que na
prática vai aumentar o fluxo de vendas. Segundo Moan, alcançar a
cota semestral será desafiador, mas possível. No Brasil, as vendas
de veículos novos caíram 8,94% em agosto ante julho e 23,9% na
comparação com igual mês do ano passado, informou a Federação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
Correio do Povo, página 5 de 3 de
setembro de 2015.
Migrantes:
31 em caminhão frigorífico
Lille
– Trinta e um migrantes foram
encontrados com vida nesta sexta-feira no Norte da França a bordo de
um caminhão frigorífico cuja temperatura era inferior a 1 grau,
informaram as autoridades locais. “Por volta das 7h30min (2h30min
em Brasília), 31 pessoas foram encontradas dentro do caminhão
frigorífico em uma área de descanso da estrada A16, na altura de
Gande-Synhte”, disse uma fonte. Entre elas estava um menino de 3
anos de idade. Os estrangeiros “disseram que eram de nacionalidade
síria e um de nacionalidade vietnamita”, acrescentaram as
autoridades, que não puderam esclarecer quanto tempo fazia essas
pessoas estavam a bordo do caminhão.
Na última segunda-feira, 15
migrantes foram encontrados também no Norte da França, na cidade de
Arras, a bordo de um caminhão-tanque no qual estiveram em contato
com um produto tóxico, embora aparente sem ser afetados. No dia 27
de agosto, 71 pessoas foram encontradas mortas a bordo de um caminhão
frigorífico abandonado perto de Viena – um drama que comoveu a
opinião pública europeia e mundial.
Fonte: Correio do Povo, página 7 de 3
de outubro de 2015.