O
salto entre 2014 e 2015 é sem precedentes, justo no ano em que o
orçamento federal enfrenta o maior ajuste fiscal já realizado em mais de
uma década e que não poupou nem os recursos destinados à Educação e às
áreas sociais (via Politica Estadão)
O
salto entre 2014 e 2015 é sem precedentes, justo no ano em que o
orçamento federal enfrenta o maior ajuste fiscal já realizado em mais de
uma década e que não poupou nem os recursos destinados à Educação e às
áreas sociais (via Politica Estadão)
O
atentado ocorrido na manhã de hoje (18) no Museu do Bardo, em Túnis,
que matou 22 pessoas, vai reforçar as discussões sobre terrorismo e
fundamentalismo religioso no Fórum Social Mundial (FSM) que ocorrerá na
Universidade El Manar, na capital tunisiana, entre os dias 24 e 28 deste
mês. Em comunicado, a comissão organizadora do fórum informou que todas
as atividades estão mantidas.
Entre os mortos no atentado,
estão 20 turistas estrangeiros, um civil e um policial tunisianos, além
dos dois homens armados que fizeram o ataque. De acordo com o Ministério
do Interior, há 42 feridos. Até o momento, nenhum grupo reivindicou o
atentado.
“Mais que nunca, a ampla participação no FSM 2015
será a resposta apropriada de todas as forças de paz e de democracia que
militam no seio do movimento antiglobalização por um mundo melhor, com
justiça, liberdade e coexistência pacífica”, diz a nota do coordenador
do comitê organizador do fórum, Abderrahmane Hedhili.
Segundo
ele, com esse ataque, os grupos terroristas têm por objetivo
desestabilizar a transição democrática na Tunísia e na região, assim
como de criar um clima de medo entre os cidadãos que desejam a liberdade
e a participação pacífica na construção democrática. “O movimento civil
na Tunísia conta, mais que nunca, com apoio da forças democráticas do
mundo inteiro para se opor à violência e ao terrorismo”, destacou
Hedhili.
O diretor executivo da Associação Brasileira de
Organizações Não Governamentais (Abong) e coordenador da ONG Vida
Brasil, Damien Hazard, que é membro do Conselho Internacional do Fórum
Social Mundial, disse que o governo tunisiano vai reforçar a segurança
no local do evento, nos hotéis, bares e restaurantes. Haverá também
orientação aos participantes do FSM de que lugares se deve evitar.
Segundo a organização, são esperadas cerca de 60 mil pessoas para o
fórum.
“A melhor resposta contra a intolerância, o extremismo e
o fundamentalismo religioso é ir a Túnis para unir forças contra esses
grupos antidemocráticos”, disse Hazard.
A Tunísia foi o primeiro país da chamada Primavera Árabe e conseguiu estabelecer um governo democrático.
Emprego formal tem pior desempenho para fevereiro em 16 anos
por Alexandro Martello
Em fevereiro, foram fechadas 2.415 vagas formais.
Trata-se do pior resultado para o mês de fevereiro desde 1999.
A economia brasileira seguiu demitindo no segundo mês de 2015. Segundo
informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o
país fechou 2.415 vagas de emprego formal em fevereiro.
É o pior resultado para meses de fevereiro desde 1999 – ou seja, em
dezesseis anos – quando foram fechados 78.030 empregos com carteira
assinada. O fechamento de vagas em fevereiro, portanto, foi pior até
mesmo do que o ano de 2009 – momento no qual a economia brasileira
enfrentava os efeitos da crise financeira internacional, cujo início foi
marcado pelo anúncio de concordata do banco norte-americano Lehman
Brothers em setembro de 2008.
Em fevereiro do ano passado, houve a criação de 260.823 empregos
formais no país. Em janeiro deste ano, o Brasil perdeu 81 mil vagas de
emprego formal.
Apesar da queda do emprego formal em fevereiro deste ano, o ministro do
Trabalho, Manoel Dias, considera que isso é um sinal de "estabilidade".
"Tivemos algumas áreas com mais perdas, como construção civil e
comércio, mas tivemos recuperação em serviços", declarou ele.
Acrescentou que o orçamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) é de R$ 56,5 bilhões para a construção de moradias para a
população de baixa renda neste ano. "Este valor vai ensejar a construção
de 545 mil unidades, com a criação de 2,5 milhões de empregos",
declarou ele.
O ministro Manoel Dias avaliou ainda que o resultado de fevereiro "não
foi excepcional". "Queríamos crescimento. foi bom porque estabilizou",
disse ele, lembrando que em janeiro foram fechadas 81 mil vagas formais.
Segundo ele, é "impossível", neste momento, fazer uma previsão para o
resultado do emprego formal em 2015. "Precisamos do primeiro semestre
para ver uma reação disso. O aumento do dólar ajuda o Brasil, do ponto
de vista da valorização do produto nacional", acrescentou ele.
Setores
Segundo dados oficiais, o setor de comércio registrou o fechamento de
30.354 postos em fevereiro deste ano, ao mesmo tempo em que a construção
civil teve 25.823 demissões no mês passado.
"No setor de construção, já teve influência da operação Lava Jato [que
apura irregularidades em contratos da Petrobras]", declarou Manoel Dias.
Segundo ele, isso tende a melhorar, porque a "Petrobras não pode parar
e o Brasil também não". "Mas, em certo ponto, vai pesar [a operação
Lava Jato]", admitiu.
O setor de serviços registrou a contratação de 52.261 postos no mês passado, segundo o Ministério do Trabalho. A indústria de transformação, por sua vez, contratou 2.001 trabalhadores com carteira assinada em fevereiro.
Já a agricultura teve o fechamento de 9.471 postos de trabalho em
fevereiro, enquanto a administração pública abriu 10.541 vagas formais. A
indústria extrativa mineral fechou 1.260 empregos em fevereiro.
Regiões do país
Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de demissões em três das cinco regiões do país em janeiro deste ano.
A região Sul abriu 23.902 postos formais em fevereiro, ao mesmo tempo
em que o Centro-Oeste registrou a contratação de 10.781 trabalhadores
com carteira assinada no segundo mês de 2015.
No Sudeste, que geralmente lidera as contratações no país, porém, foram
fechadas 4.846 vagas formais em fevereiro deste ano. Essa redução foi
atribuída, principalmente, ao desempenho negativo do Rio de Janeiro
(-11.101 postos).
Já a região Nordeste fechou 27.528 postos formais no mês passado,
enquanto que a região Norte registrou 4.724 demissões no mesmo período.
Primeiro bimestre
No acumulado do primeiro bimestre deste ano, foram fechados 80.732
empregos formais, o que representa forte piora em relação ao mesmo
período do ano passado, quando foram abertas 302.190 empregos com
carteira assinada.
Este é o pior resultado para os dois primeiros meses do ano desde 2009,
quando foram fechadas 84.415 empregos com carteira assinada.
Os números de criação de empregos formais do primeiro bimestre, e de
igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as
informações enviadas pelas empresas fora do prazo no mês de janeiro. Os
dados de fevereiro ainda são considerados sem ajuste. Fonte: G1 notícias - 18/03/2015 e Endividado