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domingo, 28 de junho de 2015

Educação sexual: de quem é a responsabilidade, por Liziane Bayer

Quem educa a criança é a família, os pais. Quem escolhe e sabe o modo e o tempo certo de abordar a sexualidade com a criança também é a família, independentemente do conceito de família. Porém, neste momento, está para ser votado na Assembleia Legislativa do RS o Plano Estadual da Educação e prevê a transferência de mais essa responsabilidade e direito, de educação dos nossos filhos, para a escola.
Em 2014, o Congresso Nacional, consciente deste equívoco, retirou do Plano Nacional de Educação este tema polêmico que trata da “ideologia de gênero”. Entretanto, o governo federal, defensor de tal ideologia, vem “vendendo” a ideia de que o item foi mantido e deve ser meta obrigatória nos planos estaduais e municipais.
Teóricos da ideologia de gênero afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria identidade ao longo da vida, isto é, seu gênero. Homem e mulher, portanto, seriam apenas papéis, sociais flexíveis, que cada um representaria como e quando quisesse.. Um “sexo versátil”, contrariando o que a biologia determina como masculino e feminino. Assim, segundo os defensores desta ideologia, estariam resolvidas algumas desigualdades sociais entre homens e mulheres.
O mais preocupante neste processo é que, caso seja aprovada a proposta, será ensinado nas escolas, pelo período de dez anos, que nossos filhos não são meninos e meninas conforme sempre pregou a ciência, a família e a tradição. Nossas crianças passarão a receber cartilhas e materiais didáticos com uma nova filosofia de sexualidade, ignorando o direito dos pais de orientar e educar seus filhos.
Por fim, cabe ressaltar que é garantido, por meio da Constituição federal, que a família seja protegida pelo Estado e que cabe aos pais criar, assistir e educar os filhos menores. Concluo fazendo esse alerta à Sociedade e à família. Preserve e lute pelos seus direitos. A família educa, a escola transmite conhecimento!

Parlamentar


Fonte: Correio do Povo, da edição de 23 de junho de 2015, página 2.