Sua
majestade a rainha Elisabeth II da Inglaterra, acompanhada do
primeiro-ministro, esteve presente num evento relembrando os 800 anos
da primeira Constituição escrita do mundo ocidental.
Dizem
os estudiosos que o mesmo entre os povos primitivos existiam normas
de comportamento e deveres, que definiam direitos e deveres daqueles
que estavam agrupados sob a mesma direção. Feito este registro,
relembrar o rei João em poucas linhas, que esboçam princípios de
direitos e deveres coletivos. Assim como os gregos podem ser
considerados os grandes pensadores e os romanos os tutores do
Direito, os britânicos, na minha ótica, são os grandes estadistas.
Vejamos
o caso de Winston Churchill e Disraele. Este último entrou para a
história ao desafiar a rainha Vitória fazendo-a sentir no degredo
do seu luto, pela perda do príncipe Albert, que deveria fazer uma
grande opção, ou seja, continuar rainha, voltando-se para si o
aplauso de milhões que a aguardavam pra ajudar na promoção do bem
comum, ou renunciar, deixando-se envolver pelas saudades. Vitória
voltou a Londres e a história a reconhece como uma grande mulher,
ressalvadas opiniões, como a de Bismarck, que não a tolerava por
ser ascendente do kaiser. Vale aqui registrar que a grande
rainha britânica fez correr seu sangue nas veias de três monarcas
imperantes no continente europeu: o kaiser alemão, o czar da Rússia
e o próprio rei inglês, que a sucedeu, após o rei Eduardo.
A
comemoração dos 800 anos deve ser celebrada pelos povos do mundo
civilizado, especialmente pelos legisladores brasileiros que iniciam
revisões constitucionais, que entendemos como necessárias, mas que
devem ser feitas tendo em mente a unidade, a harmonia e a perenidade.
Nisto, creio eu, depositamos a esperança de milhões de brasileiros.
Professor
Fonte:
Correio do Povo, editorial da edição de 4 de julho de 2015, página
2.