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domingo, 5 de julho de 2015

Desemprego avança pela 5ª vez, para 6,7%

Índice apurado em maio pelo IBGE alcançou o maior patamar desde 2010

Rio – Pela quinta vez consecutiva a taxa de desemprego subiu, chegando a 6,7% em maio nas seis principais regiões metropolitanas do país, enquanto a renda média teve a quarta redução seguida, apurou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a base na Pesquisa Mensal de Emprego. Apesar de ter subido só 0,3 ponto percentual ante abril, cuja taxa foi de 6,4% o índice alcançou o maior patamar desde maio de 2010 (7,5%). Regionalmente, a desocupação não se alterou em nenhuma das seis áreas frente a abril, mas ante maio de 2014 houve variações. As maiores estão em Porto Alegre, de 3% para 5,6%, e em Salvador, de 9,2% para 11,3%.
Embora Porto Alegre tenha apresentado a maior variação no desemprego regionalmente, na renda dos desocupados, a Capital mostrou ganho. Enquanto o rendimento médio real (R$ 2.117,10) caiu 1,9% em maio ante abril (R$ 2.158,74) e recuou 5% em relação a maio de 2014 (R$ 2.229,28), em Porto Alegre houve crescimento de 1% de abril para maio. No índice geral do país é a quarta queda seguida observada no rendimento médio real. Em relação a maio de 2014, o rendimento caiu em todas as regiões. E Porto Alegre exibiu a menor variação: -1,6%.
Também no comparativo com todos os meses, a desocupação foi a maior desde agosto de 201 no país, quando ficou igualmente em 6,7%. Ante maio de 2014, a quantidade de desocupados subiu 38,5%, acréscimo de 454 mil pessoas desempregadas. Segundo o IBGE, este é o maior crescimento observado na base de comparação anual da série histórica iniciada em 2002.
Ao todo, o instituto conta 1,6 milhão de pessoas desocupadas em maio. “Em relação a 2014, você tem menos 155 mil pessoas ocupadas”, acrescentou Adriana Araujo Beringuy, técnica de Rendimento e Trabalho do IBGE. A desocupação está mais concentrada nas pessoas entre 18 e 49 anos, apesar de a taxa ter crescido em todos os grupos de idade. “A intensidade desse crescimento foi mais forte entre as pessoas de 18 e 24 anos”, observou Adriana. Nesse grupo, a taxa de desocupação passou de 12,3% em maio de 2014 para 16,4% em igual mês em 2015.


Fonte: Correio do Povo, página 5 de 26 de junho de 2015.