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domingo, 3 de janeiro de 2016

No PT, do Instituto Lula à direção, o desânimo cresce


Por Vinicius Torres Freire

Michel Temer despacha todos os dias no escritório do impeachment. No momento, a prioridade é ter maioria no PMDB, uns dois terços, por aí, equivalente à quantidade de votos bastante para abrir o processo de deposição de Dilma Rousseff na Câmara. Dado o exemplo dentro de casa, fica mais fácil conquistar partidos amigos da onça do governo, essa coisa que Brasília chama pelo nome cafona de “base aliada” (coalizão).

Esse é o plano lento, gradual e seguro do fechamento do cerco à presidente, dizem um peemedebista graduado e dois líderes parlamentares da oposição que conversam com Temer, um diálogo agora sistemático. O fato de o governo tentar comprar peemedebistas irrita ainda mais um PMDB cada vez mais na oposição aberta.

No PT, pelo menos nos comandos paulistas, do Instituto Lula à direção, o desânimo cresce, apesar da vitória parcial no Supremo. Alguns petistas dizem não entender tamanha desmobilização, pois o país ainda está dividido – há pelo que combater ainda. No entanto, Lula está quase quieto. Nem o PT paulista nem a direção nacional organizaram um plano de defesa de Dilma Rousseff, muito pelo contrário. Rui Falcão e Lula vivem a criticar a política econômica de Dilma.

DESINTEGRAÇÃO

Parece agora um tanto disparatado tratar de política econômica, até porque propriamente não existe mais tal coisa no governo de Dilma. Mesmo assim, a presidente, mais que de costume tardia e alienada da realidade, no final do ano resolveu dizer que ainda estava indecisa a respeito de seu plano de fantasia para o ano que vem. Quando Dilma se definiu pela meta 0,5% do PIB, os ministros da economia ainda disputavam a decisão. No que resta de material nesse debate, os ministros digladiavam-se mais pelo sinal que seria dado ao “mercado” do que pelo realismo da meta, na qual ninguém acredita desde já (as previsões são de rombo feio em 2016).

SAÍDA DE LEVY

Ainda assim, nessa luta restante, o ministro da Fazenda deu o fora e há no governo desde gente que defende uma “virada responsável à esquerda” até aqueles para quem Levy é agora apenas irrealista. É mais desgoverno, desorientação.

Por que descrédito ainda maior em metas fiscais? Com o fim do ano na esquina, mal se conhece o tamanho do rombo de 2015, menos ainda a dimensão da desgraça político-econômica que vai se abater de novo sobre o PIB e a receita de impostos. Menos ainda se dá crédito a um governo de Dilma Rousseff, que fraudou a contabilidade pública e gastou o que não tinha ou, legalmente, não podia, em parte por incompetência grossa, em parte a fim de mentir para o público e vencer a eleição.

Sabe-se muito pouco do que vai ser de PIB e impostos em 2016, verdade. O que interessa aqui é a firme impressão, digamos, de que não dá para confiar nas promessas ou no discernimento da presidente e de que o governo se desintegra.

Folha de São Paulo / Tribuna da Internet

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Família Lula da Silva ganha o concurso da Piada do Ano

'Filho de Lula está lutando para colocar o pai na cadeia'

Por Carlos Newton

Foi uma final eletrizante, e a presidente Dilma Rousseff parecia imbatível, tal a quantidade de asneiras que falou durante o ano inteiro, inclusive na abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas, quando brilhou como nunca, ao apresentar sua teoria da estocagem do vento. E com um detalhe importantíssimo. Desta vez, não se tratou de uma tirada de improviso, como é forte de nossa governanta, digo, presidenta. A estocagem do vento foi piada que constou de um discurso formal, previamente redigido, e que Sua Excia. revisou e releu diversas durante a viagem até Nova York, para obter a consagração internacional como mulher sapiens. Vamos recordar seu raciocínio lógico e concatenado:

“Até agora, a energia hidrelétrica é a mais barata, em termos do que ela dura com a manutenção e também pelo fato da água ser gratuita e da gente poder estocar. O vento podia ser isso também, mas você não conseguiu ainda tecnologia para estocar vento. Então, se a contribuição dos outros países, vamos supor que seja desenvolver uma tecnologia que seja capaz de na eólica estocar, ter uma forma de você estocar, porque o vento ele é diferente em horas do dia. Então, vamos supor que vente mais à noite, como eu faria para estocar isso?”, disse Dilma, espantando o mundo inteiro, que se curvou diante da competência da governanta brasileira.

OS GRANDES VENCEDORES

Mas as asneiras não são exclusividade de Dilma Rousseff. Há muitos concorrentes que insistem em disputar o título da Piada do Ano. E para evitar que a chefe do governo vencesse com a piada que fez a ONU sair do sério, a família Lula da Silva se esforçou de uma forma impressionante, com máximo empenho para ganhar essa eleição democrática e conquistar o cobiçado título.

Em contraponto a outras grandes bobagens ditas no decorrer do ano por Lula, que é chefe do clã, desta vez dona Marisa Letícia decidiu disputar. Depois de vários anos reformando o tríplex da família na praia do Guarujá, com instalação de um elevador privativo e de luxuosa decoração, a ex-primeira-dama repentinamente desistiu de ocupar o imóvel, sob argumento de que o apartamento jamais pertencera aos Lula da Silva. Está devolvendo o triplex à construtora OAS, à qual Lula é tão ligado, e vai receber de volta os R$ 47 mil que investira.

Quando estava todo mundo espantado com essa maravilhosa piada da dona Marisa, seu filho caçula, Luís Cláudio, atropelou por fora e levou o título. Investigado na Operação Zelotes e arriscado a ir em cana, o jovem Lula da Silva mostrou que perde a liberdade, mas não perde a piada. Nos autos do inquérito movido contra ele pela Polícia Federal, o jovem copiou textos da Wikipédia para justificar os pagamentos de R$ 2,6 milhões que recebeu de um conhecido lobista, investigado pela compra de Medidas Provisórias nos governos Lula e Dilma.

Diante de uma asneira desse porte, que pode a qualquer momento pode levá-lo ao convívio do japonês da PF, o jovem Lula da Silva deixou os concorrentes para trás. Uma vitória merecida. Vá ser burro assim lá atrás das grades!

Tribuna da Internet